Capítulo 2
Six months later
— Six?
— Oi Py.
— Eu tenho que falar rápido porque estou indo para o médico, mas eu consegui dois ingressos de última hora para uma peça. Topa? — Peça de teatro, uma palavra que ficou muito conhecida nestes últimos meses, o primeiro encontro deles foi em uma peça de teatro. Antes que vocês pensem que eles estão namorando, não estão, só estão sendo "amigos", por enquanto.
— Claro.
— De novo com essa câmera Py?!
— Sorriso para câmera! — Ela estava filmando tudo, ela gostava de registrar o momento, tudo que ela podia, ultimamente tem registrado o que ela mais gostava de filmar, Sirius Black.
— Eu fico bonito até sem sorriso.
— Aham, fica. — E ficava, ambos sabiam disso. — A peça não foi demais!? As lutas, as piadas, o casal, tudo. E aquela parte que a gente descobriu que a Lady Romannoff, na verdade, era a vilã. Foi a melhor reviravolta e eu gosto muito dela, ela manipulou tudo e todos, só com simples perguntas e fingindo ser uma mocinha, além do mais...
— Sua boca só serve para falar, ou você vai me beijar logo? — Sirius a interrompeu, mesmo que com culpa, ele amava quando ela ficava empolgada e falava tudo para ela. Ela parou de andar, desligou a câmera e sorriu diretamente para ele.
— Você não liga para os milhões de vermes que serão transmitidos durante o nosso beijo?
— Cala a boca e me beija. — Ela se aproximou e o beijou segurando em seu pescoço e as mãos de Sirius desceram calmamente para sua cintura. Ele se afastou.
— Você ainda liga para os milhões de vermes?
— Ah, Sirius cala a boca!
— Nerd.
— Se você não calar eu calo.
— Você poderia me calar na sua casa. — Ela sorriu maliciosa.
— Vamos. Antes deixa eu gravar esse momento. — Sirius revirou os olhos.
— Oi, minha futura geração!
— Você fala como se eles fossem responder.
— Olha meu namorado, futura geração. — Ela disse apontando a câmera para Sirius.
— Namorado?
— Eu não te pedi em namoro? — Sirius balançou a cabeça sorrindo.
— Neste caso, Sirius Black, aceita namorar comigo?
— Só se você se agachar. E eu vou filmar. — Ele disse tirando a câmera do pescoço da menina.
— Sirius Black você aceita namorar comigo? — Ela disse se agachando. Um casal de velhinhos passou por eles e bateu palmas alegres.
— Diz sim! — A velhinha gritou.
— Sim My lady. — Sirius falou gravando o momento, inclusive os velhinhos.
— Eu já sabia que ia aceitar, eu sou irresistível.
— Depois eu sou o convencido. — Ele virou a câmera para ele. — Bom filhos, eu e sua mãe precisamos fazer vocês agora. Tchau!
— Sirius!
— Relaxa, eu ainda sou muito novo para ser pai, não vamos fazer filhos. Vamos fazer o que fazem para fazer filhos. — Ela riu e puxou o garoto.
Aquela noite foi inesquecível para Sirius.
Three months after
Sirius estava a uma semana sem ver Poppy, sua Poppy, a guerra trouxe vários transtornos e várias missões, então ele ligou para ela para marcar um encontro.
— Oi My lady.
— Oi Sirius. — Sirius desconfiou, geralmente ela sempre a chamava de Six, só quando ele recebe uma bronca dela que ela o chama pelo seu nome e não pelo apelido, sem contar sua voz chorosa. — Não vou poder te encontrar esse final de semana, desculpe.
— Algo aconteceu?
— Não, só não quero te encontrar este final de semana. Desculpe. — Ela desligou e Sirius, como um namorado teimoso, pegou as chaves de casa, vestiu sua jaqueta e foi atrás dela.
Ele chegou lá, ela estava em casa, as luzes estavam acesas. Ele bateu três vezes na porta.
— Quem é?
— Seu namorado.
— Sai daqui Sirius!
— Eu fiz alguma coisa?
— Não fez nada! Não fez merda nenhuma! Eu que sempre faço merda!
— O que aconteceu?!
— Sai daqui Sirius!
— Não vou! — Ela finalmente abriu a porta, ela estava destruída, seu moletom estava sujo de chocolate por todo lugar, além do cheiro de cerveja em seu cabelo.
— Sai daqui Sirius! — Ela gritou, mas logo depois ela tossiu. Ela logo encobriu o rosto com o braço e a boca com o cotovelo, e tossiu bastante.
— Merda. — Ela murmurou olhando para o cotovelo. — Sai daqui Sirius.
— Me explica e eu saio.
— Eu tenho uma porra de uma doença no quarto estágio Sirius! Eles me deram um ano de vida, um ano com mil tratamentos! — Ela desabou, ela chorou ali mesmo, dando espaço para que ele pudesse ver seu cotovelo, tinha catarro, catarro com sangue.
— Há quanto tempo você sabe.
— Há pouco tempo, o câncer voltou Sirius. Desde de criança eu tenho essa merda, herdei do meu pai morto. E agora depois de anos presa em um hospital, ela volta e está no quarto estágio.
— Se teve cura antes pode ter agora, não é?
— No quarto estágio não tem muito o que fazer, o câncer se espalhou silenciosamente nos meus pulmões, é muito difícil achar uma cura.
— Ata. — Sirius falou meio triste, mas queria conversar com ela — Posso entrar?
— Sirius...
— O que foi?
— Eu não posso, eles me deram um ano, um ano com vários tratamentos, você vai... — Ela parou. — Olha eu quero que você seja feliz, não importa se for comigo ou não, e se você... e se você se prender a mim, não vai ser feliz e vai viver no hospital... Olha eu realmente não quero isso para você e... — Sirius a interrompeu com um beijo calmo, segurando calmamente o rosto dela, quando se separou continuou acariciando e limpando as lágrimas dela.
— Eu te amo e eu não ligo se vou ficar no hospital toda hora ou se mal vamos ter tempo de conversar, eu te amo muito, não vai passar por isso sozinha.
— Sirius me deram um ano de vida.
— Dane-se o um ano de vida, dane-se a vida, sabe que se tivesse todo o tempo do mundo ainda seria todo seu, em outros universos ou até mesmo em outras vidas.
— Seria ótimo se me deixasse me "desapaixonar" por você.
— Eu não deixaria nem um milhão de vidas. Vamos Py, vamos viver seu um ano juntos, eu até me casaria se te deixasse feliz. — Ele diz secando as lágrimas do rosto dela, logo sussurrou: — Por favor...
— Está bem, iremos viver um ano juntos e esse ano será incrível. — Ela acolheu a mão de Sirius e sorriu.
— Você quer alguma coisa?
— Quero viver ao seu lado.
— Sim, My lady, viverá ao meu lado até seu último dia de vida.
E eles viveram juntos desde que se conheceram, até o último dia da garota.
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