Livro 2. Capítulo 4. Um pedido inesperado
Pancadas na porta do quarto despertaram Isaac, Taylor, Barbara e Isabelle pela manhã. A paciência de Walker descera pelo o ralo. Será que seus filhos e aquelas namoradas não conseguiriam se comportar pelo menos uma vez? Não à toa ele havia reservado um quarto para as meninas e outro para os meninos.
Zac e Sabrina, atrás do general, conseguiam prever como seria o esporro coletivo, afinal, o responsável já havia deixado claro para os dois o seu descontentamento, a respeito de dormirem juntos.
— Preciso que abram. Andem logo! Isaac, Taylor!
Foi necessária certa rapidez dos jovens, que precisavam catar seus vestidos, calças e camisetas espalhados pelo quarto. Isabelle arremessou para Taylor a peça de moletom jogada sobre o sofá e abaixou-se para pegar a camiseta do namorado no chão. Enquanto vestia a calça, o Hanson do meio deixou escapar sua nudez, e Barbara viu bem mais do que deveria. Nossa, é grande! Isabelle não chegou a perceber que o fato ocorrera, e Isaac, prestes a abrir a porta, muito menos. E foi melhor assim.
— Vou falar de uma vez só para todos vocês. — Walker não deu nem bom-dia ao entrar. — Não quero que dividam o quarto quando forem dormir. Meninas neste e meninos lá no outro. Entenderam? Sei que já compartilharam quarto antes, naquela primeira viagem à Angra, mas eu preciso ter controle aqui.
As meninas ouviram o sermão, sentadas na beirada de uma das camas, e os meninos, em pé, acompanharam envergonhados. Será que o pai não poderia ser um pouco menos invasivo? Por que a necessidade de os diminuírem na frente das namoradas? Dava a entender que eles não tinham vontade própria, que não sabiam caminhar com seus respectivos pés.
— Ontem eu avisei, pedi para que não se metessem em situações de risco. Isaac fez o que fez e bateu a van. — Walker fulminou Taylor com o olhar e, depois, bombardeou Isabelle com a mesma fúria. — E quanto a vocês dois, seus devassos, desajuizados: hoje cedo recebi uma notificação da gerência do hotel. Vocês desconfiam do motivo, não desconfiam?
Ao contrário do que pensavam, quando fizeram sexo no elevador, Taylor e Isabelle foram visto por hóspedes. Esses, para evitar constrangimento maior, em vez de interromperem o ato, fizeram uma reclamação formal na recepção. Foi fácil identificar quem cometera a indecência, devido à popularidade do cantor, e, por ele ser menor de idade, a notificação foi entregue ao seu pai.
O casal transgressor trocou um olhar de cumplicidade e, depois, baixou a cabeça, ouvindo Walker despejar sua raiva:
— Que vergonha! Para onde foram as suas noções de limites? O que será que vão aprontar da próxima vez?
— Não vamos aprontar mais nada, prometo — Taylor murmurou ainda de cabeça baixa. — Desculpe pelo ocorrido. Sentimos muito.
— Controlem seus hormônios, ou serei obrigado a terminar essa viagem antes do tempo. Mais uma vez: nada de bebidas, nada de... — Walker forçou uma tosse. — Nada de... Vocês sabem. Viemos para cá para que se divertissem nos parques; manhã, tarde e noite. E depois do repouso, mais diversão nos parques; manhã, tarde e noite. É isso.
— Anotado. Então para qual dos parques iremos hoje? — Zac ousou perguntar, como se estivesse pouco se importando com a advertência do pai. De fato, até então, ele não fizera nada demais, a ponto de merecer ouvir sobre abstinência de álcool e sexo.
— MGM Studios — O general respondeu ao filho, seco. — Sua mãe acompanhará vocês. Obedeçam e continuem usando bonés e óculos escuros, só por precaução. Eu irei resolver o problema da van na locadora e acertar os detalhes da entrevista coletiva.
Os jovens comemoram internamente o fato de que não teriam a companhia de Walker no parque. Diana era mais maleável, talvez conseguissem se livrar dela em algum momento.
A aventura no MGM Studios teve início no Indiana Jones Stunt Spectacular e seguiu para o Star Tours, onde pegaram uma hora de fila. Diana, que os esperava do lado de fora da atração, comunicou a eles que Zoe estava febril e precisaria retornar para o hotel com o bebê. Ficaram tristes pela irmã caçula, mas, de certa forma, aliviados de a sorte sorrir para eles. Mal ou bem, os adolescentes se libertariam da supervisão de um adulto. Eles só não sabiam que ficariam responsáveis por Jessica e Avery.
— Vou levar o Mackie comigo, mas não conseguirei dar conta de todas as crianças sozinha. Cuidem das meninas por mim.
Diana se despediu dos filhos, das meninas, e deixou algumas recomendações. Barbara e Isabelle não gostaram muito da função de babá designada a elas. Mas o que poderiam fazer? Dizer não para a sogra estava fora de cogitação.
A Jim Henson's Muppet Vision foi a parada seguinte, apenas porque as irmãs mais novas quiseram ver a turma de bichinhos. E, assim, para agradar a todas as idades, o restante do dia seguiu um roteiro bem menos radical do que os jovens gostariam.
Por volta das 5 da tarde, enfim encaminharam-se para a tão esperada Tower of Terror, ignorando os apelos de Jessica e Avery, contrárias à visita ao hotel assombrado. Os fantasmas nem eram o problema, as pirralhas só não estavam a fim de passarem pela experiência de despencarem de uma altura de mais de 60 metros, trancadas em um elevador.
— Dará tudo certo, maninhas. — O irmão mais velho tentou acalmá-las.
Barbara e Isaac, de mãos dadas com Jessica e Avery, respectivamente, caminharam para a atração à frente do grupo. Zac e Sabrina seguiram os passos deles logo atrás, e Isabelle e Taylor os acompanharam na retaguarda.
Aproveitando o momento a sós com o namorado, a garota resolveu ter com ele a conversa séria que lhe prometera na madrugada anterior.
— Falei sobre isto ontem, mas preciso repetir e dizer que estou bem chateada com você. Não gosto do jeito que olha para a Barbara, parece um filé suculento ao qual você não consegue resistir.
— Não tenho culpa, ela é um pouco exibida. — Tentou tirar o corpo fora.
— Sim, bastante. — Isabelle precisou concordar. — Já tive uma conversa com ela a respeito disso no passado e terei outra, mas estamos falando sobre você. Parece até que tem interesse nela.
— Interesse nenhum — rebateu imediatamente. — Barbara é uma garota bonita, vocês todas são, mas meu coração bate por uma só.
O beijo roubado, estalado em seus lábios, não foi suficiente para Isabelle se convencer de sua exclusividade. Preferia não ter ouvido que ele reparava na beleza das amigas.
— Você me deixa insegura. Quero que pare de olhar para ela, para a Barbara.
— Acho que está exagerando. Não acontece do jeito que diz, não fico olhando assim, com desejo ou algo do tipo. Ela passa quase sem roupa e... E o que você quer que eu faça? — Ciente de que realmente admirava a beleza da mais fogosa do grupo, ele usou a técnica de acusar o próximo do que era culpado. — Você também olhou para o Isaac ontem, só de cueca.
— Foi diferente. E não importa se a Barbara estiver nua ou de biquíni, de lingerie ou de burca; feche os olhos.
— Tá bom, tá bom. Não vamos brigar por causa disso. Besteira. — Taylor passou um dos braços pela cintura de Isabelle e continuou caminhando ao lado dela em direção à Tower of Terror. — Vamos dar um passeio no elevador. Não será tão excitante quanto o de ontem, mas prometo que será divertido. Chega de paranoia.
Taylor não havia levado a sério as reclamações de Isabelle, e isso a chateou ainda mais. No entanto, ela foi incapaz de prolongar a discussão, pois a paixão pelo ídolo sempre superava as atitudes desprezíveis dele.
A fila para entrar na atração dava voltas, mas Taylor, Isabelle, Zac e Sabrina não abriram mão do passeio. Isaac e Barbara, cansados, resolveram ficar do lado de fora, fazendo um lanche e tomando conta de Jessica e Avery. As pirralhas não davam tanto trabalho, mas Barbara continuou desconfortável na posição de babá.
— Eu sei que é um saco. — Isaac concordou com a sua garota em entrelinhas, para que as irmãs não percebessem que falavam sobre elas. — Mas é um bom treino. Imagine quando tivermos nossos filhos.
— Nem sei se quero ter filhos nos próximos dez anos, Ike.
Ela amava o namorado, mas que história era aquela de imaginar filhos? Estavam juntos havia apenas cinco meses e tinham muito que viver antes de pensar em cuidar de crianças.
— Minha família é grande, estou acostumado à casa cheia, então eu desejo ter milhares e milhares de bebês. Teremos que conversar sobre isso depois. — Ele riu, mas Barbara percebeu que falava sério. — Minha mãe começou cedo.
— Ela já estava casada, provavelmente. — Barbara piscou um dos olhos para ele e sorriu. — Vamos aproveitar o que temos agora, esse é o segredo da felicidade.
Taylor, Isabelle, Zac e Sabrina deixaram a Tower of Terror animados e, enquanto compravam lembrancinhas, foram abordados por algumas fãs para tirarem fotos e darem autógrafos. As namoradas saíram de perto dos Hanson, a fim de não criarem constrangimento para eles, e só os reencontraram um pouco depois, já na presença de Isaac, Barbara, Jessica e Avery.
— Todo mundo sabe que estamos de férias por aqui, esses disfarces ridículos nem fazem mais diferença. — Zac tirou o boné e os óculos escuros, aproveitando que a noite chegara.
— Pelo menos essas fãs foram mais educadas do que as do Magic Kingdom. Acho que elas chegaram a ver as nossas meninas, mas não criaram escândalo por isso — acrescentou Taylor, também guardando o boné e os óculos escuros.
— É bom mesmo que se acostumem, em breve os nossos relacionamentos serão escancarados. — Isaac apertou a mão de Barbara e sorriu para ela. — Mal vejo a hora de gritar para o mundo o quanto você me faz feliz.
Antes de deixarem o parque, os jovens passaram em algumas outras lojas para comprar lembrancinhas. Os Hanson aproveitaram a distração das meninas e escolheram alguns presentes para dar a elas mais tarde.
Zac não encontrou nada que o satisfizesse nas lojas do parque, então deixou para comprar o presente de Sabrina em uma das boutiques do hotel, onde vira um urso de pelúcia gigante, que a namorada também havia gostado. Depois que as meninas subiram para se arrumarem para o jantar, o mais novo desceu para arrematar o bicho em segredo.
— Você é bem exagerado, garoto. — Taylor riu alto quando o irmão entrou no quarto com a pelúcia de mais de 1 metro. — Isso é mansão de ácaros!
— Cale a boca, seu idiota! Ácaros no seu saco! — rebateu Zac. — Você pode até tentar estragar a minha felicidade, mas não vai conseguir. Sabrina vai adorar o presente.
— Uhum, vai. E terá que fretar um avião especialmente para levá-lo para o Brasil! — Gargalhando, Taylor rolou de um lado ao outro da cama. — Você é uma piada!
— Pare de implicar, Taylor. Respeite os sentimentos dele — Isaac defendeu o mais novo, tirando uma Barbie edição de colecionador de dentro de um saco.
— E você, Ike, comprou uma Barbie? Sério? — Taylor continuou achando graça das escolhas dos irmãos.
— Quem ri por último, ri melhor. Você não sabe das minhas intenções, então cale a sua boca. — Isaac foi firme em sua posição. — O que você comprou, por acaso? Já que achou nossos presentes ridículos, prove que fez melhor.
— Um macaco de pelúcia. Na barriga do bicho tem um relógio, basta abrir o zíper e encontrar a surpresa.
— Que coisa mais sem sal! — Foi a vez de Zac rir.
— O preço foi bem salgado, okay? Mais de 500 dólares. — Taylor pensou que nunca comprara algo tão caro para alguma garota.
— Não se trata do preço, mas do valor sentimental. O presente precisa tocar a alma da pessoa. — Isaac, o eterno romântico, suspirou.
— Falou o idiota que comprou uma Barbie — desdenhou Taylor.
— Vocês não entendem nadinha de garotas. Elas não gostam de bichos de pelúcia caros, elas gostam de Barbies.
— "Barbie, tudo que você quer ser!" — Zac pulou na cama ao lado de Taylor e os dois riram de Isaac.
— Não ligo para o que pensam, nem para as suas gracinhas. Você irão se surpreender mais tarde.
Os três arrumaram-se impecavelmente para o jantar, pois o restaurante escolhido exigia trajes formais. Zac escolheu uma calça marrom, sapatos de couro da mesma cor e uma camisa creme de botões. Taylor optou por uma calça vermelha, de couro, e camisa branca. Isaac, o mais elegante dos irmãos, vestiu um blazer preto, ornando com jeans escuros, e prendeu o cabelo em um rabo de cavalo.
As meninas também vestiram suas melhores roupas para a ocasião, já que Diana lhes avisara sobre a reunião em família no restaurante mais requintado do resort.
Walker aproveitou o momento para comunicar aos filhos sobre a entrevista coletiva, mais do que confirmada para acontecer no Planet Hollywood dali a dois dias. Ele os alertou sobre a extrema importância do evento e que, dependendo de suas respostas sobre as namoradas e de como o público reagiria à novidade, a próxima etapa de suas carreiras poderia ser maravilhosa ou um verdadeiro caos. Não tinha como prever.
— Encontramos algumas fãs hoje no parque, foi bem tranquilo. Dará tudo certo, pai, você vai ver — comentou Taylor. — Não há motivo para não aceitarem nossos namoros, isso não mudará nada a atenção que normalmente damos a elas.
— Exatamente, não mudará nada. E espero que as fãs estejam preparadas para aceitarem um compromisso além. — Isaac chamou a atenção para si ao se levantar. — Eu preciso comunicar algo muito importante a vocês.
Todos na mesa olharam para ele, em silêncio, aguardando o que de tão importante o Hanson mais velho revelaria.
— Nossas vidas mudaram muito de uns tempos para cá, e eu e meus irmãos devemos essa mudança a vocês, garotas. Eu atribuo a minha alegria e plenitude especialmente a você, Barbara. A princesa que me mostrou o quanto é maravilhoso amar e ser amado. — Os olhos dele estavam repletos de lágrimas prestes a caírem, e Walker considerou o filho exagerado e piegas. — Não foi preciso muito tempo para eu descobrir que você é a mulher da minha vida, e eu tinha certeza de que o nosso reencontro seria maravilhoso. Apesar de alguns problemas, essa viagem só está reforçando para mim o quanto quero você ao meu lado.
Emocionado, Isaac se abaixou para pegar debaixo da mesa o presente que comprara para ela.
— Espero que goste, escolhi a surpresa com muito carinho.
Barbara beijou suavemente os lábios do seu namorado, antes de retirar o laço e o papel do embrulho. Ela não conteve as lágrimas ao ver uma linda Cinderela edição de colecionador. Isaac não havia se esquecido de uma das noites em Angra, quando ela lhe disse que só tivera uma Barbie na infância. Como podia ser tão sensível?
— Obrigada, Ike, você não faz ideia do quanto esse presente significa para mim. — Sem se preocupar com a cara feia de Walker, que não fez questão de esconder seu descontentamento com aquela demonstração pública de afeto, ela deu mais um beijo nos lábios de Isaac. — Você é tudo.
— Não, você é tudo, Barbara. Sempre arrumarei mil e uma maneiras para que se sinta especial.
Como se a surpresa feita à sua garota não bastasse, Isaac retirou do bolso uma pequena caixa veludo. Havia mais, muito mais. Ele se agachou diante dela, e o anel de esmeraldas reluziu aos olhos de Barbara e de todos os presentes.
— Você aceita se casar comigo? — Os olhos brilhavam em resposta aos dela, completamente tomados pela emoção. — Eu a amo mais do que qualquer coisa, e este é o momento de tornar a nossa relação mais séria. Quero que todos saibam que o meu coração é todo e somente seu.
Barbara precisou de um tempo para acreditar que o pedido realmente acontecera, e, assim como ela, os outros na mesa também custaram a o levar a sério. Walker, balançando a cabeça e revirando os olhos, perguntou-se sobre quantas encrencas a mais o seu filho se meteria dali por diante. A decisão de se casar não devia ter sido tomada sem que Isaac o consultasse. Ele diria que a escolha de se unir àquela brasileira era um equívoco, e dos grandes.
— Claro que aceito, Ike. Você sabe que o meu amor por você é o maior do mundo. — Barbara estendeu a mão para que ele deslizasse o anel em seu dedo, e o agradeceu com um beijo apaixonado e infinito.
Sem poder dizer nada, o ditador pigarreou, a fim de interromper o agarramento, e propôs um brinde.
— À felicidade do casal. — Ele levantou o seu copo, sem ao menos esboçar um sorriso.
Os jovens estavam cientes da regra de Walker, quanto a dormirem separados por gênero, mas, naquela noite, Taylor e Zac deixaram o quarto deles somente para Isaac e Barbara. A regalia era um presente, para que o casal pudesse comemorar o noivado da melhor maneira possível.
— Ike, a surpresa que fez para mim superou qualquer coisa maravilhosa que já me aconteceu antes. — Barbara o abraçou, de pé no centro do quarto. — Nem sei explicar como me sinto agora que sou sua noiva. Você teve essa ideia, assim, do nada?
— Não, claro que não. — Ele sorriu, acariciando os cabelos dela. — Providenciei o anel antes mesmo da viagem, pois não tinha dúvida de que queria você para sempre. Eu pretendia propor o noivado no nosso último dia aqui, mas não consegui aguentar a ansiedade. Eu não poderia esperar nem mais um dia para saber que você é minha, somente minha.
— Foi tão especial, meu amor.
— Agora nós dois somos um, Barbara. O que você sentir, eu sentirei, os seus desejos serão os meus desejos... — Isaac tangenciou seus lábios nos dela, provocando-a. — Eu a amo tanto, tanto.
— Eu também, Ike, e o amarei para sempre.
O toque suave dos lábios intensificou-se em um beijo faminto e cheio de desejo. Isaac deslizou uma das alças do vestido de Barbara, e depois a outra, apreciando o tecido de seda escorregar pelo corpo escultural da garota e tocar o chão. Sorrindo para ela, ele retirou o blazer e também a camisa, deixando seu peito nu à mostra. Barbara correu as unhas pela pele exposta e desceu os dedos por um caminho reto em direção ao pecado.
— Se livre de uma vez disto aqui — Ela pediu para que ele retirasse o cinto e descesse o jeans, e Isaac prontamente lhe obedeceu. O tesão ficou visível no volume farto na cueca branca e aumentou com a pegada firme em seu membro rígido.
— Eu fico louco quando você me toca assim.
— Uhum, eu sei. — Sorriu. — Venha, eu tenho muito mais para você. — Barbara deitou-se em uma das camas e fez o convite, estimulando seu ponto mais sensível.
Isaac mergulhou sobre ela, tomando o controle das carícias. Com a boca, fartou-se, chupando os mamilos túrgidos, e, com as mãos, percorreu cada centímetro da pele quente e desejosa debaixo de si. A voz sedutora do cantor, soprando "eu te amo", levou Barbara longe, transbordando felicidade. E ela retribuiu com gemidos profundos a dedicação e cada ato de prazer e amor. Na companhia de Isaac, ela sempre se sentiria a mulher mais completa do mundo.
No quarto ao lado, Zac e Sabrina descansavam em uma das camas, e Taylor e Isabelle ocupavam a outra. Aconchegados para dormir, bem à vontade, ele apenas de cueca e ela de baby-doll, conversavam:
— Seu irmão pegou todos nós de surpresa. Você já sabia que o pedido de casamento aconteceria?
— Não. Ele armou tudo em silêncio, muito provavelmente para não correr o risco de o meu pai ficar sabendo antes da hora. — Taylor passou o braço pelos ombros de Isabelle, que apoiou a cabeça em seu peito. — Fiquei atento durante o pedido, acho que o velho não gostou muito dessa história de noivado.
— Eu reparei. Foi bem falso aquele brinde que ele propôs.
— Mas agora, mais do que nunca, ele terá que engolir a presença de vocês em nossas vidas.
— Fato. Você está ansioso para a coletiva no Planet Hollywood?
— Nem estou pensando nisso, acredito que tiraremos de letra. E você, apreensiva? — Taylor deu um beijo suave na cabeça da namorada.
— Ah. — Estalou a língua. — Será o momento em que vocês falarão sobre a gente para a mídia, então dá certo frio na barriga. Não sei como será o assédio quando nos tornamos oficialmente as namoradas dos Hanson.
— Não mudará muita coisa.
— Não sei... — Fez uma pausa, pensativa. — Agora com o noivado do Ike, talvez as fãs fiquem mais chateadas.
— Eu tenho certeza de que o meu pai obrigará o Isaac a se calar sobre esse assunto. Sabemos como as coisas funcionam, não é bom revelar todos os pormenores de uma vez. É preciso deixar que o público se acostume primeiro com o fato de estarmos namorando. Noivado e casamento é melhor deixar para depois.
— Você já sabe o que dirá? — Ela inclinou um pouco o rosto, para olhar para ele.
— Vou falar que estou com a garota da minha vida e que pressão alguma me fará desistir dela. — Taylor soprou um beijo para a sua amada.
— Obrigada, Tay. — Isabelle sorriu timidamente e mandou um beijo de volta para o Hanson.
— Você não precisa me agradecer por ser sincero. Venha aqui me dar um beijo de verdade.
Ela se ajeitou na cama, de modo a ficar com o rosto na altura do dele.
— Às vezes eu fico insegura, sabia? Receosa de que a nossa história acabe de uma hora para outra.
— Por quê? Não vai acontecer nada disso, Belle. Só se você quiser terminar, pois eu acabei de lhe dizer que não pretendo abrir mão do que temos. — Ele roçou os lábios nos dela, passando a pontinha da língua para umedecê-los. — Não sou um monstro sem coração, e, acima de tudo, sou seu amigo.
— Nossa! Você é mesmo um bom amigo — ironizou. — Um excelente amigo.
— Você entendeu o que eu quis dizer. Não fique brava. Venha aqui e me dê um beijo. — Ele tocou seus próprios lábios com o indicador, chamando-a.
Isabelle ignorou o pedido e estalou um beijo em sua bochecha, rápido como um foguete.
— No rosto não. Beije-me direito. Venha cá. — Taylor puxou a namorada sobre o seu corpo, e ela fez o que o ele pediu, sentindo-o se animar debaixo dela. — Zac e Sabrina estão dormindo? Não sei se vou conseguir suportar esta tortura, dividir a cama com você sem poder fazer nada. Estou com tanta vontade... — Ele gemeu, voltando a beijá-la nos lábios.
Isabelle rolou o corpo para o lado e interrompeu os amassos, incerta sobre o desenrolar daquela noite. E o problema não era a presença de Zac e Sabrina no quarto, mas as suas próprias neuroses.
— Eu fiz ou disse algo errado? — Taylor virou-se de lado, apoiando-se no antebraço para olhar para ela.
— Você está sempre com muita vontade, Tay, muita vontade de me comer — Isabelle desabafou, olhando para o teto. — Parece que a única coisa que quer de mim é sexo, ao passo que eu, além disso, quero muito mais.
— Belle, por favor, eu dou a você tão mais do que sexo. Nós já tivemos uma conversa sobre esse assunto antes, e a repetição é bem desgastante. Eu vou assumi-la como minha namorada para o mundo. O que mais você quer?
Isabelle fechou os olhos e viu a cena de Isaac pedindo Barbara em casamento. Não era errado desejar algo como aquilo. Era? Ela se manteve calada, e Taylor se aproximou, deixando o seu corpo pesar sobre o dela.
— Eu... Eu... Amo você.
A declaração verbal de amor aconteceu pela primeira vez, e as três palavrinhas, ainda que gaguejantes, soaram mágicas aos ouvidos de Isabelle. Feliz, ela desviou a sua atenção do teto para os olhos azuis que a encaravam e sorriu.
— O que foi que você disse? — Os braços da garota enlaçaram-no pelo pescoço, e ela puxou, de encontro ao seu, o rosto lindo que a observava.
— Eu disse que... Que eu... Eu... Amo você — gaguejou novamente. — Mas eu tenho as minhas inseguranças também. Medo.
— Medo? — Isabelle franziu a testa. — Medo de quê?
— De não corresponder às suas expectativas, de não ser o cara romântico que talvez você queira que eu seja. Eu tenho um jeito tosco, meio primitivo e arisco, e eu preciso que você entenda isso.
Isabelle suspirou.
— Não vejo você de um jeito tão ruim assim.
— Belle, você acha que eu só quero a levar para a cama. E, sim, eu gosto muito do nosso sexo. Mas eu também quero mais, ouviu? — Ele tocou os lábios dela com os seus. — Você é muito especial, e, do meu jeito, eu espero conseguir fazer você feliz.
Isabelle o abraçou, sem saber se deveria rir ou chorar, e Taylor a beijou mais uma vez.
— Sua camisola é tão sexy. — Ele levantou a barra do baby-doll e, por sua espontaneidade, arrancou uma gargalhada da garota.
Não tinha jeito. Por mais que Taylor tentasse adicionar uma dose de romantismo à relação, ele sempre acabaria soando bem mais sexual. Ah, enfim, o que fazer com esse tarado? Isabelle sorriu e, conformada, acomodou-o entre suas pernas, entregando-se aos beijos apaixonados e às carícias do loiro irresistível.
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