Livro 1. Capítulo 2. O dia seguinte
Mal fecharam os olhos, após aquela madrugada louca, e o despertador tocou. Sabrina, sempre elétrica, abriu a cortina, deixando a claridade bater nos olhos de suas amigas.
— São 7 horas! Vamos! Vamos! Não temos tempo a perder! — De jeito algum ela queria se atrasar para o encontro marcado com Zac.
— Daqui a pouco, Bina. — Isabelle resmungou e virou-se para o lado. — Só mais cinco minutinhos...
— Mas que droga! — reclamou Barbara, espreguiçando-se. — Não dormi nem duas horas!
— Não é hora para lamentar, precisamos correr. Andem logo, senão vou sozinha! — Sabrina deu um ultimato.
Walker, também preocupado em não perder a hora, batia à porta dos filhos, quase abrindo um rombo no revestimento de madeira:
— Meninos, sou eu! Abram de uma vez! Estão acordados?
Taylor encontrava-se no chão, pregado, e nem o som de uma bomba poderia acordá-lo. Isaac, assim como Zac, tentou abrir os olhos, mas limitou-se a colocar o travesseiro sobre a cabeça e voltou a dormir.
O que deu neles? Cansado de gritar em vão, o general desceu à recepção para buscar a chave reserva. O comportamento dos filhos era, normalmente, bem mais responsável. Ele precisava conferir o que havia de errado, e rápido.
Ao retornar ao quarto, deparou-se com os três ainda dormindo, como se tivessem esquecido completamente do compromisso. Walker quase perdeu a calma quando viu Taylor e Zac com as roupas usadas na noite anterior. Respirando fundo, agachou perto do filho do meio e o sacudiu.
— Já passou da hora, levante-se de uma vez!
— Eu quero dormir, me deixe em paz... — resmungou.
— O que você está fazendo no chão? Pode me dizer?
— Boa pergunta... — Taylor tateou o espaço em volta, dando-se conta do seu corpo em contato com o carpete. — Ah, merda!
Isaac e Zac abriram uma fresta dos olhos e viram Walker meio embaçado, andando para lá e para cá pelo ambiente.
— A que horas vocês foram dormir?
— Ah, pai, deixe isso pra lá, já vamos nos levantar... — murmurou Isaac, tentando acalmá-lo.
— Vou descer para acertar a nossa saída. Espero vocês no lobby em meia hora. Nem mais um minuto, entenderam? — ordenou antes de sair do quarto.
Assim que Walker os deixou a sós, reclamações infinitas vieram à tona. Nenhum deles estava com vontade de fazer programação alguma. No entanto, vozes ao longe, entoando um de seus sucessos, fizeram com que acordassem de vez. Fãs. Ah, não! Zac tapou os ouvidos.
Taylor chegou à janela, tonto de sono, e acenou para uma multidão em frente ao hotel, fazendo com que a gritaria atingisse uns decibéis a mais.
Às 8 horas, em ponto, Isabelle, Barbara e Sabrina esperavam pelos seus ídolos no lobby. Sentiam-se especiais, afinal, aguardavam dentro do hotel, e não ao relento, como todas as outras garotas. Sem contar que já haviam sido deles, algo que aquelas pobres mortais — suadas e descabeladas por passarem a noite ali — jamais conseguiriam.
Alguns minutos depois, Isaac, Taylor e Zac apareceram no lugar marcado, de óculos escuros — para disfarçar as olheiras — e cercados de seguranças. As meninas acharam estranho encará-los no dia seguinte. Ali, daquele jeito, eles pareciam tão distantes de novo... Nada de beijos, nada de conversas, nada olhares penetrantes, apenas um aceno e um bom dia, como se nunca tivessem se visto antes.
— É o que precisam fazer para se protegerem de fofocas — Barbara murmurou entre os dentes, a fim de tranquilizar as amigas.
Walker apareceu logo depois e chamou os filhos para a garagem. As meninas seguiram os três, ignorando o fato de eles não terem comentado nada com o pai sobre as companhias extras. O responsável achou estranho que seus filhos quisessem levar fãs para a passagem de som, pois nunca haviam feito aquilo antes, mas deixou para lá e concordou em levá-las. Estavam muito atrasados para discutir detalhes.
Quando a van saiu da garagem do hotel, um grupo enorme de fãs aglomerou-se em volta do veículo. Gritavam, choravam e batiam nos vidros, como verdadeiras selvagens. Barbara, Isabelle e Sabrina se contorciam para se esconder entre os bancos, e os três acenavam para as teenyboppers, achando o assédio uma grande loucura. A demora dos Hanson para virem ao Brasil deixara as adolescentes fora de controle. Elas fariam qualquer coisa para vê-los.
Levaram cerca de meia hora para chegarem à Barra da Tijuca, ao Metropolitan — casa de shows onde se apresentariam naquela noite —, e, durante esse tempo, aproveitaram para tirar um cochilo.
— Da próxima vez, não fiquem conversando até tarde! — Walker os advertiu quando saltaram da van no estacionamento do Shopping Via Parque. — Vocês precisam focar no que importa.
Dentro da casa de shows, as meninas acomodaram-se em um dos degraus da plateia, em frente ao palco, e observaram com atenção a movimentação da equipe e da banda. Isaac, Taylor e Zac, apesar de exaustos, concentraram-se no setlist e ensaiaram todas as músicas, afinando os instrumentos e os vocais para logo mais.
Um pouco depois do meio-dia, quando acabaram de passar o som, Taylor pediu licença e foi para camarim, deixando os irmãos e o resto da equipe no palco, conversando e acertando detalhes mais técnicos.
Barbara e Sabrina, atentas aos menores gestos de seus Hanson favoritos, desligaram-se por um instante, ao verem Isabelle distanciar-se delas. A amiga caminhava para a entrada secundária do camarim, que ficava à direita do palco, junto ao setor das cadeiras laterais.
— O que ela vai fazer? — Sabrina coçou a testa, preocupada.
— Nem queira saber... — Barbara repetiu o gesto da mais nova, com ar de desaprovação. Ela sabia dos planos da garota melhor do que ninguém. — Apesar de ter reclamado do comportamento de Taylor na festa de ontem, ela sabe bem que o quer.
Isabelle, com um crachá acess all areas pendurado no pescoço, passou com facilidade pelo segurança da casa de shows, parado em frente à porta principal. Dentro da área restrita, ela seguiu por um corredor amplo, encontrou a porta com o nome do seu ídolo, deu duas batidinhas e girou a maçaneta.
O loiro maravilhoso, sentado em um sofá diante de um espelho, com um copo d'água na mão, vestia apenas a calça branca que usara no ensaio. Acabara de tirar a camiseta molhada de suor e representava o verdadeiro deus grego da beleza aos olhos dela.
Taylor observou Isabelle pelo espelho.
— Entre e feche a porta, por favor — pediu. — Não quero ser incomodado.
Isabelle obedeceu e, suando frio, parou ao lado da porta.
— Ontem foi bem cansativo, não? — falou a primeira coisa que veio à mente.
— Nossa! Que loucura! — Taylor virou-se no sofá, para observá-la melhor. Seus olhos examinaram-na dos pés à cabeça, sem perder um detalhe. — Dormiu bem, depois que nos despedimos? Queria ter perguntado antes, mas na van não deu para conversarmos direito.
— Bem mal. Só deu para tirar um cochilo.
— Uhum. Pensei em você a madrugada toda depois que retornei ao quarto.
— Verdade? — Isabelle sorriu com a declaração, que era uma tremenda mentira. Depois que deitara no chão, Taylor dormira imediatamente.
— Impossível não pensar, você foi fantástica lá na festa. — Ele apertou os olhos na direção dela, deixando escapar um sorrisinho no canto da boca. — Foi tão gostoso o que rolou entre a gente. Onde aprendeu tudo aquilo?
Isabelle refletiu por um instante. Não era questão de aprendizado, mas de sentimento. Gostaria de respondê-lo de maneira malcriada e deixar o camarim, no entanto, não conseguia resistir àquele ser.
— Chegue mais perto. Tem espaço para dois aqui. — Ele se ajeitou no sofá.
Isabelle se aproximou, sentando-se no lugar que Taylor indicara, e ele não demorou a tomar atitude. Seus dedos tocaram os lábios dela, descendo para o peito, e quando voltaram a subir, seguraram-lhe o queixo, firmando o seu rosto para terminar em um beijo.
— Não temos muito tempo agora, mas... quero muito sentir sua boca... aqui. — Ele apertou o seu membro sobre a calça, mordendo os lábios, e abriu o botão e o zíper em seguida.
Isabelle não pensou duas vezes e se agitou no sofá, abaixando-se entre as pernas de Taylor para terminar de despi-lo. Queria aquilo tanto quanto ele.
— Ah, caralho... — O loiro puxou o ar entre os dentes ao sentir os lábios carnudos no seu ponto mais sensível. — Continue...
A garota empenhou-se no servicinho, sem nem parar para respirar, engolindo-o devagar e profundamente.
— Você me enlouquece, sabia? — Taylor gemeu, tirando os cabelos do rosto de Isabelle, para poder apreciar a chupada. O êxtase se aproximava com o vai e vem, e ele não via a hora de lambuzar aquela boca gostosa.
Ela achou um pouco nojento engolir o gozo, mas lembrou-se de que, em seus sonhos eróticos mais íntimos, planejara fazer aquilo. Sexo oral com Taylor Hanson poderia ser riscado de sua listinha.
— Não tenha os mesmos pensamentos de ontem. — Ele se recompôs e fechou a calça enquanto olhava para ela. — Isso não foi errado.
— Eu sei... — concordou, mesmo que no fundo pensasse que se precipitara novamente. — Onde tem uma pia?
— Logo ali. — Apontou para o banheiro e, em seguida, foi destrancar a porta.
Quando Isabelle voltou, Taylor a beijou nos lábios, agarrando-a pela cintura. Walker entrou no camarim nesse instante, e foi então que começou a entender o que, de fato, acontecia entre os dois.
— Oi, pai. — Taylor desgrudou-se de Isabelle, sem graça. — Quer alguma coisa?
— Venham se juntar aos outros. — Fuzilando a fã atrevida com o olhar, ele deu a ordem, seco.
Antes que Taylor deixasse o local, o general chamou o filho em um canto e o repreendeu:
— Não fica bem você andar por aí com uma garota. Você sabe; os repórteres estão em toda parte e podem espalhar boatos.
Por essas e outras é que acham que sou gay. Taylor ignorou os conselhos do pai e seguiu em frente.
— Venha, Isabelle. — Estendeu a mão para ela.
Walker foi à frente, e o casalzinho seguiu-o em passos lentos.
— Não ligue para o que o meu pai disse — sussurrou —, ele só quer saber de controlar o que faço. Isso é um saco!
— Tudo bem, eu só me importo com as coisas que você diz. — Isabelle arrancou um sorriso de Taylor. — Vamos saber fugir desse controle. Até agora nos saímos muito bem.
Barbara e Sabrina entreolharam-se e riram quando os três chegaram de volta ao salão principal. Isabelle, que sabia exatamente o porquê do riso das amigas, passou a língua pelos lábios para confirmar o que fizera.
— Aonde vamos almoçar? — Walker jogou a pergunta no ar quando, enfim, conseguiu reunir os jovens.
— Têm alguns restaurantes bons no shopping, mas não sei se é aconselhável passear por lá — opinou Barbara.
— Aqui tem McDonald's? — perguntou Zac.
— Claro que tem — respondeu-lhe Sabrina.
— Então, pai, peça para alguém comprar os lanches.
Barbara percebeu que Zac definira de onde viria a comida do almoço. Torceu o nariz, porque odiava os sanduíches do McDonald's, mas não seria ela a do contra.
Todos fizeram os seus pedidos para uma espécie de secretário, responsável pela banda no Brasil, que anotava os sabores e quantidades direitinho.
Enquanto esperavam pela comida, os seis jovens reuniram-se, a sós, em um canto da imensa casa de shows e aproveitaram para conversar.
— Tem um parque de diversões aqui perto, não tem? — perguntou Zac.
— O Terra Encantada — respondeu Barbara. — É aqui do lado.
— Por que não vamos até lá? Acho que teremos um tempinho depois do almoço.
— Vocês chamariam muita atenção — Barbara o desencorajou.
— Podemos usar disfarces.
— Caia na real, Zac, não podemos ir — advertiu-o Taylor. — Ela tem razão. E, além do mais, precisamos descansar para o show.
Isabelle, com a cabeça repousada no ombro do seu ídolo, fechou os olhos, alheia à conversa. E ele, sem se preocupar com nada, recostou sua cabeça à dela. O romance dos dois não era mais segredo. Se Walker já tinha certeza, não precisavam mais disfarçar. Pelo menos, não ali. Os únicos que não podiam saber eram a imprensa e as fãs.
Isaac abraçou Barbara também, e os dois ficaram bem juntinhos um ao outro. Zac, após observar o irmão mais velho, fez o mesmo com Sabrina. Ele era seu guru quando se tratava de garotas.
Os Hanson ainda não conseguiam definir o que sentiam por aquelas fãs, mas, independentemente do sentimento, uma forte atração os unia. Era tudo muito bom para ser jogado fora.
— Vamos brincar de jogo da verdade? — sugeriu Zac.
— Sem chances! — rebateu Taylor.
— Você é muito chato, está sempre me reprimindo! — Zac demonstrou sua indignação. — Primeiro me censurou quando falei para irmos ao parque, agora não me deixou sugerir uma brincadeirinha...
— Cresça um pouco, Zac. Preste atenção à sua amiga em vez de encher nosso saco.
— Venha comigo, Sabrina. Não sou bem-vindo aqui.
Sem vontade de perder tempo discutindo com Taylor, o dono da verdade, Zac levou sua garota para outro canto da casa de shows.
— Que estranho estar aqui agora... — comentou Isabelle, sonhando acordada. — Sempre imaginei o momento em que estaria perto de vocês, mas isso aqui é tão mais real do que a realidade que criei na minha cabeça. Até briguinha de irmãos já presenciei...
— Não tem nada de estranho — disse Taylor. — Você está aqui; nós estamos aqui, e isso tudo é real. Inclusive a briga de irmãos. Acostume-se, acontece com frequência.
— Esperei tanto tempo para conhecer vocês e, de repente, as coisas aconteceram tão perfeitamente... — ela suspirou. — Rápidas, mas perfeitas.
Isaac, com seu ar de sabedoria e romantismo extremo, completou:
— Na verdade, o que tem que acontecer, acaba acontecendo...
— Então você acredita em destino? — perguntou Barbara. Os olhos brilhavam de emoção.
— Destino é uma das coisas em que mais acredito. — Isaac sorriu e tocou os cabelos dela, dando-lhe um delicado beijo nos lábios.
Taylor ocupou sua boca com a de Isabelle e, após o beijo de língua, efusivo e inapropriado para o ambiente, perguntou:
— Será que já têm fãs esperando lá fora?
— Provavelmente — respondeu sua garota. — Elas sempre chegam cedo para guardar lugar.
— Devemos ir até lá dar um oi?
— Taylor, eu não aconselho, isso aqui é Brasil, elas são um pouquinho silvestres... — Isabelle não estava preocupada se ele sobreviveria aos arranhões, mas se ela aguentaria o ciúme.
Decidiram não ir. Almoçaram, recolheram-se aos seus camarins e, espalhados pelos sofás, cochilaram para esperar as horas passarem.
Por volta das 3 da tarde, os portões do Metropolitan foram abertos e as fãs começaram a entrar. Isabelle, Barbara e Sabrina, na primeira fileira, bem no centro do palco, acompanharam a movimentação. Mais e mais garotas chegavam a cada segundo.
— Talvez sejam nossos últimos instantes vivas, mas pelo menos já alcançamos a meta — Barbara comentou enquanto tentava respirar, com a barriga imprensada na grade.
— Alcançamos a meta com louvor. Mas, me diga: custava o titio nos deixar assistir ao show de cima do palco? — Sabrina, a menor das três, era a que mais sofria ali.
— Tolinha. O Walker quer mais que a gente morra! — Isabelle riu alto.
Quando o relógio registrou 6 horas, os Hanson surgiram no palco cantando Gimme Some Lovin', uma das músicas mais animadas do último álbum. Uma gritaria generalizada tomou o lugar, e a histeria foi tanta que quase não se conseguia ouvir as vozes dos três.
Taylor batia um dos pés no chão enquanto tocava piano, do jeito sexy e ritmado que Isabelle gostava. Isaac, com os cabelos caídos sobre o rosto, dedilhava sua guitarra como se explorasse um corpo nu, levando Barbara — e todas suas outras fãs — à loucura. Sabrina, coitada, tentava ver Zac, mas ele, muito distante, viajava em um mundo paralelo, bem escondido atrás da bateria.
Mais para o final do show, durante uma breve pausa para se hidratar, o Hanson mais velho aproveitou para fazer um discurso:
— Agora vamos tocar uma música que vocês conhecem muito bem, do álbum Middle of Nowhere. Gostaríamos de dedicá-la a amigas muito especiais que fizemos aqui no Rio. Vamos nessa! Quero ouvir todos cantando!
Os primeiros acordes de A Minute Without You foram suficientes para fazer Barbara chorar. Era sua música preferida e Isaac acabara de dedicar a elas. Sabrina e Isabelle não conseguiram controlar a emoção e choraram também. Abraçadas, as três gritaram de tanta alegria. A surpresa preparada pelos ídolos fora arrebatadora.
Logo após o show, os Hanson receberam membros do fã-clube oficial no camarim. Barbara, Isabelle e Sabrina ficaram atentas, prestando atenção para ver se alguma engraçadinha avançaria o sinal. Porém, seria impossível avançar; além da proteção de Walker e da segurança reforçada, Isaac, Taylor e Zac limitaram-se a dar autógrafos e tirar fotos. Não viam a hora de acabar com aquilo.
No caminho de volta para o hotel, no escurinho da van, escutando um som calmo vindo da estação de rádio, Zac perguntou o que fariam naquela noite livre:
— Dormir — murmurou Taylor, de olhos fechados, com a cabeça encostada ao vidro da janela. — Não sei vocês, mas o meu sono está acumulado.
— Dormir é uma ótima ideia — concordou Walker, sentado no banco da frente, após forçar uma tosse.
— Nada de descanso — sussurrou Zac, apenas para que os irmãos e as meninas o ouvissem. — Vamos alugar um filme e o assistir lá no quarto.
— Eu topo. — Sabrina apertou a mão dele, beijando-lhe o rosto. — Pode ser às 11 horas?
Isaac, Barbara e Isabelle concordaram com a cabeça, e Taylor foi voto vencido.
No horário marcado, as meninas bateram à porta do quarto deles.
— Entrem. — Zac deu passagem para as três. — Fiquem à vontade e não reparem a bagunça.
— Sentem-se. — Taylor desligou o aparelho de videogame. — Querem uma água?
Barbara acomodou-se ao lado de Isaac, na cama; Isabelle sentou ao lado de Taylor, no chão; e Sabrina ficou no sofá, esperando Zac preparar o filme no videocassete e apagar as luzes.
— Papai está mesmo dormindo? — Taylor jogou uma almofada para trás, acertando a cama. — Não quero que ele fique pegando no meu pé.
— Ah, esqueça o papai. Relaxe, vamos ver o filme. — Isaac jogou de volta a almofada no irmão.
Zac e Sabrina ficaram atentos às primeiras cenas de MIB - Homens de Preto, mas não puderam dizer o mesmo do casalzinho sobre o carpete. Os dois, sem perderem tempo, beijavam-se emanando fogo. Taylor abraçava Isabelle com muita vontade, como se quisesse fazer dos dois uma só pessoa. Então Isaac, que também estava a fim de assistir ao filme, para interromper o amasso, jogou outra almofada nos dois.
— Vamos parar com essa safadeza? — Riu. — Tem mais gente no quarto, caso não tenham percebido.
— Você é um chato, hein? — Taylor, também rindo, jogou a almofada de volta no irmão. — Já basta o papai nos controlando, não precisamos de substituto.
— Parem! — gritou Zac. — Eu quero ver o filme!
Taylor propôs, sussurrando no ouvido de Isabelle, que os dois fossem para outro lugar, onde pudessem se agarrar em paz e terminar a noite de um jeito mais íntimo. Ela, mesmo sem concordar, acabou saindo do quarto com ele, pois tinha coisas importantes a dizer:
— O que você pensa que eu sou? — Isabelle esforçou-se para não gritar no corredor do hotel. — Você acha que sou seu brinquedinho?
— Eu...
Ela não o deixou falar:
— Você só chega perto de mim para sugerir esse tipo de coisa. Eu tenho sentimentos, sabia?
Observando o rosto de sua garota, especialmente os olhos repletos de lágrimas prestes a caírem, Taylor tentou se explicar:
— Você não é meu brinquedo, também tenho sentimentos. Eu só não sei exatamente quais são. — Fez uma pausa — Nunca me senti assim antes.
— Você tem que saber, eu não posso continuar nosso caso desse jeito. Essa coisa de amor incondicional de fã não está rolando...
O cantor pop sentia uma forte atração por ela, disso ele tinha certeza, mas, quanto a algo mais, a confusão imperava.
— Eu gosto de você. De verdade. — A voz dele saiu fraca. — Eu gosto de... fazer amor com você.
Isabelle encarou o rosto cínico de Taylor e teve vontade de apertar o seu pescoço. Sabia que o fato de ele ter dito que gostava de fazer amor com ela, usando palavras bonitinhas, foi apenas para minimizar o impacto da fala. O que ele gostava realmente era de trepar com ela, de foder. Aquele deveria ser o momento de dar um basta na situação, mas o olhar penetrante e o sorriso sedutor do galã foram mais fortes do que qualquer tentativa de negá-lo.
— Não quero magoar você. — Ele tocou o rosto de Isabelle, que continuava segurando as lágrimas. — Quero apenas aproveitar cada momento dos nossos dias aqui... Antes que isso acabe. Quero sentir nossos corpos juntos novamente.
Isabelle pegou a mão que a tocava e a conduziu em direção ao elevador.
— Venha, vamos para o meu quarto, vamos dar um jeito nisso.
No ambiente onde os outros jovens se reuniam, Barbara e Isaac cochilavam, abraçadinhos um ao outro. Zac e Sabrina olhavam atentamente para a TV.
— Essa cena do cachorro é hilária. — Zac gargalhou. — Acho que minha cachorrinha Wickit era um ET!
— E se você for um ET? — Sabrina, rindo, deu-lhe uma cotovelada na costela.
— Essa possibilidade não existe. Eu sou um homem de preto!
— Você não pode ser um homem de preto, você não tem força para segurar aquelas armas...
— Você está duvidando da minha masculinidade? — Zac cruzou os braços, intrigado. Será que ela falara aquilo por causa da brochada no dia anterior?
— Na verdade, estou. — Sabrina riu, nem aí para o fato de que ele poderia ficar magoado.
— Você vai ver, espere só... Eu ainda vou lhe mostrar o meu poder.
— Isso é uma ameaça? — Ela olhou do rosto dele para o meio de suas pernas.
— Não, isso é uma promessa! Você vai ver a potência da minha arma...
Os dois calaram-se quando Zac, esquivando-se do assunto sexual, apontou para o casal dormindo na cama.
— Olhe para aqueles dois... — sussurrou. — Que tal darmos um susto neles?
Sabrina, que adorava uma bagunça, levantou-se do sofá com Zac. Os dois, devagar e sem fazer barulho, aproximaram-se da cama king size, contaram 1, 2, 3 e, logo depois, deram um berro que fez Barbara e Isaac acordarem em um pulo.
— Porra, Zac! — Isaac levou a mão ao peito. — Não tem respeito, não?
— "Porra, Zac! Não tem respeito não?"
— Eu vou pegar você, moleque!
Isaac, mostrando que não estava para brincadeiras, jogou Zac em cima do colchão e o imobilizou.
— Sou mais forte e mais velho, tenha respeito!
— "Sou mais forte e mais velho, tenha respeito!"
Cansado da infantilidade e dos risos histéricos do irmão mais novo, Isaac saiu de cima dele, calçou os sapatos e chamou Barbara para dar uma volta na praia. Não precisava ficar ali aturando o pirralho.
Taylor parecia não muito à vontade no quarto das meninas. Sentado na beirada de uma das camas de casal, ele olhava em volta, reparando na bagunça de malas e roupas largadas pelas três. Depois da conversa que tivera com Isabelle no corredor, não sabia mais se deveria se enroscar com ela nos lençóis sem o romantismo que a garota desejava.
— O que quer fazer? — perguntou enquanto a observava tirar os sapatos e soltar os cabelos.
— Você sabe muito bem o que eu quero. É exatamente o mesmo que você tinha em mente quando me levou para fora do seu quarto.
— A gente pode conversar... Eu sei que você está um pouco chateada com a maneira que...
— Shhhh! — Ela apagou a luz principal do quarto e acendeu a do abajur. — Eu quero que você preste atenção.
Isabelle despiu-se sem pressa e, apenas de calcinha e sutiã, aproximou-se da cama. Parada em pé diante de Taylor, que levantou o rosto para observá-la melhor, ela desabotoou a parte de cima.
— Esta noite você vai fazer somente o que eu quiser. — Mandona, com uma das mãos sobre o peito Taylor, ela o fez reclinar-se. Arrastando-se no colchão, ele chegou para trás, e Isabelle ajoelhou-se sobre a cama, engatinhando para ficar de quatro sobre o seu corpo. — Você não vai escapar de mim. — Passou a língua pelos lábios e roubou-lhe um beijo.
Depois de tirar a camiseta do seu queridinho, a garota arranhou as unhas pelo seu peito, fazendo com que ele se arrepiasse da cabeça aos pés. Em seguida, desceu um pouquinho e, com bastante paciência, arrancou-lhe as calças.
— O que você vai fazer comigo? — Taylor, com o rosto vermelho e o pênis enrijecido sob a cueca, sentia seu coração bater a mil por hora.
— Você vai ver...
Isabelle passou a mão pelo volume diante dos seus olhos e ficou em pé na cama, dando a Taylor uma visão do seu corpo de baixo para cima. Rebolando bem na direção da cueca inflada, ela desceu sua calcinha, fazendo um striptease rápido, porém sensual.
— Você é boa nisso — sussurrou, apertando o membro rígido. — Por que não desce até aqui embaixo?
— Apressadinho, hein?
Isabelle desceu da cama e se perdeu em meio à bagunça, agachada, procurando algo dentro das malas. Depois de revirar o nécessaire de Barbara e encontrar o tubo de gel lubrificante íntimo — que a amiga comprara certa de que transaria com Isaac durante a estadia no hotel — ela voltou para sua posição original.
— O que é isso? — perguntou Taylor, vendo-a em pé sobre a cama, segurando o tubinho transparente.
— Isso é para passar aqui. — Agachou-se sobre ele e apertou o seu pênis.
Após ouvi-lo gemer com a pegada, Isabelle subiu para beijá-lo nos lábios. A língua penetrou sua boca com movimentos rápidos e leves.
— É geladinho, e eu posso garantir que você nunca provou nada igual. — Bem, nem ela havia experimentado. A safada mordiscou o queixo do ídolo e seguiu beijando todo o caminho pelo pescoço, tórax, abdome, até chegar ao que tanto almejava.
Ela ocupou sua boca com o que Taylor tinha entre as pernas e, quando sentiu que ele estava pronto, abriu o tubo de gel e lambuzou a extensão todinha. Tão preparada quanto o membro ereto em suas mãos, ela montou sobre ele, e à medida que se movia para cima e para baixo, o calor agia sobre o lubrificante gelado, tornando a situação insuportavelmente excitante.
Os dois gemeram e gritaram ao atingirem o clímax ao mesmo tempo. E, Isabelle, saciada e ofegante, descansou seu corpo sobre o dele. Cheio de carinho, Taylor afastou os cabelos da testa de sua fã e deu-lhe um beijo.
— Acho que já lhe disse isso hoje. Você me deixa louco, sabia?
Ela balançou a cabeça, consentindo, e, sorrindo de contentamento, beijou-o nos lábios.
Isaac e Barbara passeavam de mãos dadas e pés descalços pela areia da praia. O vento batia por trás, bagunçando os cabelos, e o barulho das ondas do mar ajudava a completar o clima romântico entre os dois.
— Vai ser difícil me separar de você. — Isaac apertou a mão que segurava. — Nunca me senti assim, desse jeito apaixonado, por alguém antes.
Barbara sorriu ao olhar para ele. Seu coração ficou em festa após aquela declaração espontânea. Era óbvio que estavam bem entrosados, mas ouvir que o ídolo se apaixonara por ela a pegara de surpresa. E que surpresa!
— Sim, será bem difícil... Nem preciso dizer que também me apaixonei por você. Aliás, que sempre estive apaixonada. — Riu, lembrando-se dos pôsteres espalhados pelo quarto.
— Amanhã deixaremos o Rio de Janeiro... — Suspirou, pesado.
— Eu sei. Venho me preparando para esse adeus desde o primeiro instante. Dói...
— Por que as coisas são assim tão complicadas? — Isaac olhou para o céu e a garota acompanhou o movimento.
— Elas são como têm que ser. Infelizmente. Se eu pudesse, iria com você.
— Você moraria comigo nas estrelas? — indagou-lhe Isaac.
— Nas estrelas, na lua, e até no sol se fosse possível.
Ele colocou-se de frente para ela, tocando-lhe delicadamente os cabelos, e em seguida a beijou.
— Eu não posso voltar para casa sem você.
— Isaac... Você terá que voltar. — Barbara trouxe-o de volta à realidade. — É melhor não pensarmos nisso agora. Vamos aproveitar o tempo que nos resta.
Ela puxou o ídolo pela mão e caminhou em direção ao mar, deixando a água alcançar os seus pés.
— Me senti culpado ontem à noite.
— O que aconteceu de errado ontem?
— Fomos para cama sem muita conversa e depois você foi embora...
— Não se sinta culpado, nós dois queríamos aquilo. — Ela segurou a mão dele com mais firmeza. — Aproveitamos o tempo como deu, e foi uma noite maravilhosa.
Isaac abaixou-se para pegar uma concha e guardou-a no bolso.
— Quero me lembrar deste nosso passeio. — Sorrindo, ele explicou o gesto. — Esta concha vai estar sempre comigo.
Depois de jogarem na areia seca os sapatos que carregavam, abraçaram-se como se aquele instante fosse o último, trocando mais um de seus beijos apaixonados e infinitos.
O filme MIB – Homens de Preto nem acabara e Sabrina já planejava o restante da noite ao lado de Zac. Achou que poderia muito bem aproveitar que estavam sozinhos, e que provavelmente permaneceriam assim por um bom tempo, para experimentar a potência da arma do seu ídolo. Se ele fizera a propaganda, agora teria que demostrar. Quando os créditos do filme apareceram na tela, a menina pegou o controle remoto e desligou a TV.
— Desligou? — Zac olhou para ela, encucado.
— É o que parece, não? Está tarde, não tem mais nada legal para assistir. Podemos inventar uma brincadeira...
— Quer jogar videogame? — Ele ligou a TV novamente.
— Na verdade, não. — Sabrina riu, tirando o controle remoto da mão de Zac, para colocar no canal 42 da TV a cabo. — Lembrei que tem um programa que vale a pena.
— Mas o que é isso? — O pirralho arregalou os olhos ao ver uma mulher seminua na tela.
— Isso é o que é. — Sabrina desligou a TV em seguida. Parte de seu objetivo fora alcançado e esperava que o teaser a ajudasse com o restante.
— Ligue essa TV novamente! Pare de torturar o pobre menino aqui.
— Tortura é o que você está fazendo comigo.
— Me dê logo esse controle! — Zac estendeu a mão para ela, esperando que cumprisse sua ordem.
— Mas nem morta! — Deitou-se sobre o objeto.
Disposto a tirá-la de cima do controle, Zac pulou sobre a garota, fazendo cócegas na lateral de sua barriga. Rindo sem parar, com o rosto vermelho e os olhos cheios de lágrimas, ela apenas se contorceu, sem abrir mão do objeto. No meio da disputa, Zac tocou, sem querer, um dos seios de Sabrina.
— Você ainda quer o controle? — Ela olhou para o ponto de contato, insinuando-se para ele.
O garoto sentou-se na cama, ofegante depois de tanto lutar. E Sabrina teve uma crise de tosse.
Achando que a sedução não surtira efeito, ela rendeu-se e colocou novamente no canal 42. Talvez, se visse uma peituda só de calcinha, rebolando na TV, ele se animasse para algo mais.
Para a infelicidade de Zac — e dela — o programa havia acabado.
— Não acredito! Viu só o que você fez? — O Hanson mais novo reclamou, zapeando em busca de outro programa erótico.
— Eu fiz? — Riu da cara dele. — Não comando a programação. Não tenho esse poder.
— Aposto que tem! — Jogou uma almofada nela.
— Por que você não esquece essa droga de TV e vê isso ao vivo? — Sabrina arrancou o controle remoto da mão de Zac e levantou sua blusa, de modo a mostrar o sutiã para ele.
Zac, supreso com a atitude, sentiu o rosto queimar.
— Esqueceu o que aconteceu ontem? — Ele baixou a cabeça.
— O que tem ontem? — Fez-se de desentendida.
— Deu tudo errado. Não quero cometer os mesmos erros. — Depois de um tempo mudo, Zac tomou coragem e olhou para ela. — Eu sou virgem.
— Eu também, ora. — Sabrina deu de ombros e depois terminou de retirar a blusa.
— Quer dizer que não se importa? — O pirralho voltou a sorrir, encarando os seios da menina no sutiã lilás. — Você me pareceu tão mais experiente...
— Sou apenas mais cara de pau. — Riu, soltando o fecho traseiro da peça íntima. — Só precisamos permanecer calmos...
— Sim, isso. — Arregalou os olhos quando ela jogou o sutiã longe, mostrando os seios de uma vez. — Permanecermos calmos...
Sabrina puxou Zac para perto, querendo-o sentir o mais rápido possível dentro de si. Se algo der errado esta noite, eu mato esse pirralho, e juro que me mato também.
— Volto já.
Zac se afastou, sem mais nem menos, e Sabrina o viu desaparecer no banheiro. O que será que ele vai aprontar? Para tornar mais rápido o processo, ela tirou o restante da roupa e se enfiou debaixo das cobertas.
— Ah, oi. — Sabrina evitou olhar para o membro de Zac quando o viu surgir, também nu, de dentro do banheiro. Não queria correr o risco de a pressão acabar com a ereção que já se podia notar.
Com o troço balançando, o pirralho correu para a cama e se enfiou nos lençóis.
— Não estamos usando nada, acha que ficarei grávida? — Perguntou no instante em que, sem jeito, ele se deitou sobre ela.
— Isso não vai acontecer.
Zac colou os lábios nos dela, mas Sabrina só conseguiu concentrar sua atenção em outro ponto bem mais molhado, bem mais abaixo. Sentindo-o tentar entrar, forçando a passagem com o uso das mãos, foi tomada por um instante de dor aguda e inesperada. Ah, caramba! Enfim um corpo estranho em seu corpo. Nem teve tempo de aproveitar ou comemorar. Quando o pênis entrou por inteiro, ele fez um último movimento de pressão, gemeu, e parou deitado sobre ela.
— Foi bom para você? — Orgulhoso de seu desempenho, ele fez a clássica pergunta pós-sexo.
Sabrina sacudiu a cabeça, assentindo. Não havia sido bom, mas contente por ter proporcionado a Zac tal felicidade, ela tentou não se abalar com a decepção que tivera.
— Não se preocupe se ficou desapontada — ainda encaixado à sua garota, beijou-a nos lábios —, dizem que a primeira vez é sempre traumatizante.
Como Sabrina permaneceu em silêncio, ele rolou sobre ela e, apoiado em um dos cotovelos, preocupado, perguntou:
— Como se sente?
— Ótima. — Olhando para o teto, pensativa, achou melhor mudar de assunto: — Onde estarão os outros agora?
— Eu não faço ideia, mas é melhor nos arrumarmos, antes que eles voltem.
— Pra que tanta pressa? Shhh! Relaxe.
Zac virou-se na cama, com a barriga para cima e os braços debaixo da cabeça. Sorrindo enquanto olhava para o teto, ele pensou no seu desempenho, em como era bom não ser mais virgem.
— Estou bem relaxado.
Depois do sexo, montada sobre Taylor, Isabelle repetiu o ato por mais duas vezes. Dava a ele apenas um tempo para descansar e depois voltava a fazer tudo de novo. Quando se preparava para exigir do ídolo mais uma ereção, Taylor protestou:
— Por favor, podemos parar? — Gemeu, mas não mais de prazer. — Acho que não aguento outra rodada.
— Já está satisfeito? — Isabelle provocou, segurando-lhe o pênis flácido. — Pois eu não.
— Já chega! — implorou, tirando a mão dela dali.
— Essa maratona foi só para você entender que tudo tem um limite.
— Eu sei que sim.
— Então preste atenção. — Isabelle deitou-se sobre ele, para falar bem perto do seu rosto. — Gosto demais de você, Taylor, mas além de sexo, também quero sentimento. Viu como é ruim quando as coisas ficam desequilibradas? Até então você só pensava nisso.
— Não é verdade — protestou, quase sem forças. — Eu também tenho sentimentos.
Isabelle rolou o corpo para o lado, e esse segundo de liberdade foi suficiente para que ele corresse para o banheiro e se trancasse lá dentro. Determinada a continuar a noite de sexo, com aquele propósito educativo, ela foi atrás e bateu à porta.
— Não adianta se esconder. Abra a porta!
Pegando aquele tempo para respirar, Taylor não respondeu.
— Abra a porta, se você for homem!
Ele sentiu-se na obrigação de abri-la. Não gostava que duvidassem de sua masculinidade, nem de brincadeira.
— Okay, você venceu! — Levantou as mãos, rendido. — Não quero mais transar, nunca mais.
Isabelle riu alto.
— Sei que é mentira, mas tudo bem. Vamos relaxar agora.
Taylor acreditou nas palavras dela, e os dois entraram na banheira de hidromassagem, na água quentinha e cheia de espuma que Isabelle preparara. Ela sentou-se encostada a uma das extremidades, e ele se acomodou entre suas pernas, de costas, deixando seus ombros tocarem-lhe os seios.
— Como isso é bom... — O loiro jogou a cabeça para trás ao esticar as pernas, fechando os olhos.
Possuída por algo muito ruim naquela noite, Isabelle empurrou Taylor para baixo e o submergiu na banheira, trazendo-o para cima logo em seguida.
Tossindo e tentando recuperar o ar, ele apoiou as duas mãos na borda.
— Você é muito má, sabia?
— Só quando alguém é mau comigo.
Fechando as duas mãos no membro de Taylor, Isabelle cantou um hit animado dos últimos tempos: "dance, dance, dance, vem mexendo assim, não pare, pare, pare, com seu jeitinho sexy, sexy, sexy..."
— O que é isso? — perguntou, sem entender uma palavra sequer além de sexy. — Está me gozando?
— Não, apenas cantando. Estou muito feliz! — Depois de dar-lhe um beijo na bochecha, ela riu alto, sentindo-se vingada.
Barbara e Isaac olhavam as estrelas, sentados na areia da praia privativa do hotel, quando sentiram a água do mar alcançá-los. Achando graça da situação, eles rolaram sobre as marolas e deixaram que uma onda maior os encobrisse.
— Você mexeu demais comigo... — Apoiado nos cotovelos, depois de enchê-la de beijos salgados, Isaac sorriu. — Vai ser mesmo muito difícil deixar esses momentos para trás.
— Ontem e hoje foram os melhores dias da minha vida, e devo isso a você.
Depois de mais trocas de beijos e declarações românticas, Isaac e Barbara, encharcados, retornaram ao hotel. Para o azar deles, assim que pisaram no lobby, deram de cara com Walker, que não tinha uma expressão muito amistosa no rosto.
— Pensei que estivesse dormindo. — Walker encarou o filho, sereno a ponto de dar medo. — Posso saber por que você está molhado?
— Bem...
O controlador olhou para o relógio de pulso e o interrompeu:
— Nadando na praia a essa hora da madrugada?
— É costume aqui no Brasil. — Isaac mentiu na cara dura, falando a primeira coisa que lhe veio à cabeça.
— Claro, é costume. Sorte é que eu tenho o costume de descer quando a insônia bate, caso contrário não teria flagrado esta cena. — Walker engrossou o tom da voz. — Onde estão os seus irmãos?
— Devem estar no quarto. — Isaac deu de ombros. Ou não.
— Vamos subir e verificar.
O casal entrou no elevador, tremendo, um pouco pelo frio e um pouco pela bronca, tensos a respeito do que Walker faria a seguir. O general foi ao seu quarto, acordou Diana — sua esposa —, para que participasse da conversa que teria com os filhos, e, em seguida, bateu à porta ao lado.
Zac e Sabrina, muito à vontade na cama, gelaram ao ouvir insistentes batidas à porta e a voz ríspida de Walker.
— Já vai! — gritou o menino enquanto arrumava o cabelo e certificava-se de que ambos estavam completamente vestidos.
Ao abrir a porta e deparar-se com uma verdadeira comitiva, ele deu alguns passos para trás e sentou-se na cama, quase desfalecendo. O negócio era sério.
— O que vocês estão fazendo aqui? — Ousou questionar.
— Zac, eu faço as perguntas. O que vocês estão fazendo aqui? — Walker enfatizou a palavra vocês, encarando Sabrina, que queria se esconder.
— Assistindo a um filme. — Não era mentira, mais cedo tinham mesmo feito isso. — Qual o problema, pai? É proibido assistir a um filminho com uma amiga?
— Isaac, vá buscar Taylor — ordenou o responsável. — Tire-o de onde estiver e traga-o aqui!
O filho mais velho desceu pelas escadas do hotel e bateu à porta do quarto das meninas. Ele não tinha certeza de que Taylor e Isabelle estavam realmente ali, mas era o primeiro lugar da lista onde deveria procurar.
— Acho que tem alguém batendo à porta. — Taylor se agitou na banheira. — Quer que eu vá checar?
— Fique aqui, vou ver quem é. Deve ser a Sabrina.
Isabelle enrolou-se em uma toalha e, deixando um rastro de água pelo caminho, foi abrir a porta. Tomou um susto quando viu Isaac, também molhado, olhando-a de cima a baixo.
— Arrumem-se o mais rápido que conseguirem, meu pai descobriu tudo. Chame o Taylor e subam. Não enrolem muito, porque a coisa está fervendo.
Em poucos minutos o casal chegou ao quarto onde acontecia a reunião. Taylor foi o último a entrar, fechando a porta.
— Vocês também estavam na praia? — perguntou Diana.
— Praia? — rebateu Isabelle, piorando a situação.
Walker entendeu direitinho o que estava acontecendo. Depois de ver os dois juntos na festa e flagrá-los aos beijos no camarim, não foi difícil decifrar o motivo daqueles cabelos molhados.
— Sentem-se ali, os seis. — Apontou para o sofá e posicionou-se de frente para eles.
— "Senta que lá vem a história..." — Sabrina resmungou a frase do Castelo Rá-Tim-Bum e Walker, sem entender o que ela falara em português, apenas a olhou de cara feia.
Não tenho medo de você, ela pensou enquanto cruzava os braços.
— Vocês todos tiveram um dia cansativo. — O fuzilamento visual pulou de um para o outro. — Deveriam estar descansando, no entanto, ao invés de aproveitarem para dormir, resolveram ficar perambulando por aí durante a madrugada.
— E qual é o problema? — Zac o interrompeu.
— Calado! Ainda sou o responsável por vocês! — Grosso toda vida, ele repreendeu o filho. — E vocês, meninas, onde estão os seus pais?
As três apenas entreolharam-se, sem saber se riam ou se choravam.
— Pai, a verdade é que você nos trata como eternas crianças. Nós não somos mais garotinhos indefesos. Vou fazer 19 anos — queixou-se Isaac.
— Podem não ser mais crianças, mas não têm responsabilidade. — Diana usou um tom mais ameno para dar bronca. — E enquanto não tiverem responsabilidade, não terão liberdade.
— Liberdade? Eu já tinha me esquecido dessa palavra. Desde que entramos no mundo da música, nós não tivemos mais liberdade — argumentou Taylor.
— Vocês sempre confiaram na gente, sabemos o que estamos fazendo. — Isaac encarou os pais.
— Os três não sabem de nada! Se você quisesse ser digno de confiança, por exemplo, não teria ido à praia de madrugada. — Walker direcionou sua ira para o filho mais velho. — Você não tem noção dos riscos que correu. Nem ao menos teve a inteligência de chamar um segurança.
— Eu queria privacidade! — Isaac perdeu a paciência.
— Se quer saber... — Zac levantou num pulo, para enfrentar o pai. — Estou cansado! Exausto! Não quero mais ser regulado durante todo o meu dia. Estou de saco cheio de seguranças, fotos, repórteres, fãs gritando nos meus ouvidos. Não quero mais nada disso. Quero ser normal, como os outros garotos da minha idade. Descobri o que significa aproveitar a vida e, definitivamente, não é o que eu estou acostumado a fazer. Aproveitar a vida é muito mais do que viajar por 30 países e dormir em hotéis cinco estrelas, é...
Isaac completou:
— Viver é se apaixonar. Ter tempo para se apaixonar.
Walker arqueou a sobrancelha, olhando de Isaac para Barbara. Será que tinha entendido bem? Achou melhor tirar a dúvida:
— O que está querendo dizer?
— Não quero perder o que encontrei aqui, deixar para trás o sentimento e cair na estrada novamente.
— Ficou maluco? — Walker correu a mão pelos cabelos, bufando.
— Não que eu não goste de cantar e tocar, amo tudo isso, mas sinto necessidade de ter outras experiências. E precisa ser agora. Eu escrevia sobre amor e paixão sem ao menos ter me apaixonado, mas agora eu sei o que é, e quero aproveitar cada segundo desta fase.
Taylor, que até então havia falado muito pouco, resolveu alimentar o discurso:
— Pai, mãe... Zac e Isaac estão certos. Também quero dar um tempo. Não é para sempre; apenas um tempinho. Não paramos um segundo desde crianças, precisamos fazer outras coisas.
— E, por hora, queremos passar mais tempo no Brasil. — Isaac segurou a mão de Barbara.
— No Rio de Janeiro! — Zac foi ainda mais específico.
Diana olhou paras os filhos de boca aberta, espantada com o que acabara de ouvir. Seu marido já havia percebido o interesse dos três pelas meninas desde o dia anterior, mas para ela era novidade.
— Meus queridos, não tem como continuarmos no Brasil; vocês precisam seguir adiante com a turnê.
Barbara, Isabelle e Sabrina escutavam caladas àquela discussão que, pelo visto, não chegaria a lugar algum.
— Vocês poderiam nos dar licença? — Walker achou melhor que as garotas saíssem. Se ele precisava cortar os laços dos filhos com elas, que começasse de uma vez. — Isso é uma conversa de família.
— Queremos que elas fiquem. — Isaac acabou com a autoridade do pai ao falar em nome dele e dos irmãos. — Mal ou bem essa conversa diz respeito a elas também.
As três esperaram uma segunda ordem do general, mas como ele não falou nada, elas resolveram ficar.
— Pai, você não entende; estamos apaixonados. — O brilho no olhar de Isaac foi suficiente para Walker acreditar, mas não o deixou nem um pouco contente.
— Mas e a carreira de vocês? Essa tem que ser a verdadeira paixão, como sempre foi.
— Podemos parar por uns tempos. — Taylor insistiu na solução que dera anteriormente. — Não é assim tão complicado.
Diana intrometeu-se na conversa mais uma vez, sempre com a calma de quem gostaria de apaziguar a terceira guerra:
— Como podem desistir da turnê mundial? Milhões de fãs estão esperando vocês.
Isaac pediu licença por um instante e chamou os irmãos para a sala adjacente ao quarto. Depois de alguns minutos debatendo aquela situação a sós, eles retornaram ao sofá.
— E então? — O pai, de braços cruzados, quis saber o motivo da reunião secreta.
— Concordamos em concluir a turnê...
Walker sorriu, pensando que finalmente conseguira recuperar o bom senso dos meninos, mas Isaac o frustrou ao completar o pensamento:
— ...na América Latina. Depois entraremos de férias e queremos passá-las no Brasil.
— Eu não os reconheço mais, meus filhos queridos. — Diana, em lágrimas, abraçou Zac, espremendo o rosto do mais novo contra o seu peito. — O que foi que aconteceu com vocês?
— Garotas, Diana, garotas... — Walker estreitou os olhos para as culpadas da rebelião.
— Vocês têm certeza de que não vão continuar a turnê após a América Latina? — A matriarca nadava em inconformismo.
— Venha, Diana. — Desanimado, Walker estendeu a mão para ela. — Não há nada que possamos fazer agora. Nossos filhos foram dominados pelo... — Tossiu, omitindo a palavra diabo. — Bem, deixe isso para lá.
Deslocados no quarto dos meninos, o casal se deu por vencido e foi tentar descansar. Eles costumavam dizer que, quando os filhos decidissem acabar com a banda, aceitariam sem questionar. Portanto, mesmo não sendo o caso, tinham que acatar a escolha de terminarem a turnê antes do tempo. Nunca passara pela cabeça dos dois que Isaac, Taylor e Zac poderiam se revoltar assim.
— Vocês vão mesmo cancelar parte da turnê? — Isabelle quebrou o silêncio que se instalou no quarto após a saída dos adultos.
— Provavelmente — respondeu Isaac. — Estamos cansados, não só das viagens e compromissos, mas dos nossos pais nos regulando.
— E quanto às férias no Brasil? Isso é verdade?
— Se meu pai colaborar... — Taylor piscou para a sua garota. — Faremos o possível.
Zac, que estava pensativo, falou:
— Não acho que o papai concordará assim tão fácil com o cancelamento da turnê. Ele não vai desistir da segunda visita à Europa.
— Teremos que discutir isso com ele depois. — Taylor bocejou.
— Chega dessa conversa por hoje, vamos aproveitar os poucos minutos que ainda nos restam aqui. Amanhã vamos para São Paulo. — Isaac, sentado ao lado de Barbara, passou o braço por detrás do seu pescoço, dando-lhe um beijo na bochecha.
Compreendendo que o ídolo queria passar mais tempo com ela, Barbara tratou de agitar mais um momento de intimidade:
— Belle, preciso das chaves do quarto. Vou tomar um banho, tirar essa água salgada do corpo... — Sem se importar com os outros em volta ou qualquer julgamento, ela olhou para Isaac e o convidou: — Você vem?
Ele a respondeu com um beijo nos lábios, levantou-se para pegar uma roupa limpa na mala e, depois, estendeu a mão para ela. Enquanto se encaminhavam para a porta, os outros jovens não perderam a chance de zoar o casal, cheios de risos maldosos e piadinhas vulgares, deixando-os completamente constrangidos com a situação.
— Belle, ficaremos sem lugar para dormir. — Sabrina trocou um risinho com a amiga.
— Não tem problema; nenhum de nós vai dormir esta noite. — Zac se levantou e estendeu a mão para ela. — Vamos tomar um banho também?
Sabrina, sentindo que exalava sexo por todos os poros, levantou-se num pulo e pendurou-se em seu pescoço.
Taylor fez uma careta e franziu a testa, parecendo entender nadinha. Achou engraçada a cara de pau do irmão. Não fazia ideia de que Zac e Sabrina estavam íntimos a esse ponto.
— Tem certeza de que consegue fazer isso, Zac? — Taylor riu da cara do irmão, achando muito pouco provável que Zac soubesse como agir na hora H.
— Cale sua boca, invejoso! — Zac bateu a porta do banheiro.
Isso é o que eu chamo de amor entre irmãos, pensou Isabelle.
Taylor virou-se e viu sua parceira estendida na cama, sorrindo e desembaraçando os cabelos com os dedos.
— Nem tenha ideias, menina... — Coçou a cabeça, preocupado. Transar era a última coisa que ele pretendia fazer nas próximas horas.
— Está com medo de mim?
— Não de você, mas de suas intenções. — Mesmo receoso, ele deitou-se ao lado dela.
— Relaxe, vamos assistir a um filme, já fizemos muito por hoje. — Isabelle riu, mas rolou o seu corpo para cima do dele, roubando-lhe um beijo.
Taylor, não muito empolgado com qualquer demonstração de afeto que pudesse acabar em uma ereção, esticou a mão e pegou o controle remoto sobre a cama.
— O que é isso? — Ele se mexeu para tirar Isabelle de cima do seu corpo. Em um comercial de telessexo um homem e uma mulher transavam ao som de Thinking of You.
Isabelle não conseguiu segurar a risada, olhando do rosto espantado de Taylor para a tela da TV.
— Eu já tinha visto antes. — A garota não parava de rir. — Bem sugestivo um comercial erótico com a sua música.
— Não estou achando a menor graça... É ridículo e nada sugestivo.
Depois do protesto de Taylor, Isabelle olhou para o meio das pernas do ídolo, ameaçando colocar suas mãozinhas no ponto central.
— Nem pense! — Taylor riu, tapando a área genital com as próprias mãos.
— Você não sabe como fico orgulhosa de saber que acabei com você em uma noite. Fraco!
— Pode me chamar de fraco, contanto que me deixe descansar. — Taylor riu ao aproximar-se de Isabelle, para repousar a cabeça em seu peito. — Quero dormir aqui no macio, assim, quietinho.
Isaac e Barbara, ao entrarem no banheiro do quarto das meninas, encontraram a banheira de hidromassagem cheia. Taylor e Isabelle, na pressa de cumprirem a ordem de Walker, esqueceram-se de escoar a água.
— Temos que trocar essa água. — Isaac fez cara de nojo. — Deve ter espermatozoides nadando alegremente por aí.
— Eca! — Barbara escondeu o rosto no peito dele. — Por favor, faça isso.
— Pode deixar, farei o serviço sujo. Só porque quero que, em breve, os espermatozoides felizes estejam por aqui de novo... — Abrindo um largo sorriso, Isaac abraçou Barbara, correndo as mãos pelo seu corpo e puxando-a de encontro à sua ereção.
— Bota felicidade nisso!
Isaac era realmente tudo o que ela sonhara. Romântico, bom de cama e tinha um incrível senso de humor.
Taylor e Isabelle, deitados na cama enquanto Zac e Zabrina divertiam-se no banho, escutaram gemidos. Por um breve instante, pensaram que fossem de um filme na TV, mas, ao abaixarem o volume, certificaram-se de que os sons vinham do banheiro em frente. Com os travesseiros na boca para não chamarem tanta atenção, riram do escândalo dos pirralhos.
Walker e Diana, que não conseguiam pregar os olhos, por causa da discussão com Isaac, Taylor e Zac, agora tinham mais um motivo para ficarem acordados. Do quarto ao lado, ouviam a barulheira dos filhos. O ditador pensou em levantar e ir até lá, para acabar com a pouca vergonha, mas a esposa o segurou na cama.
— Não é um bom momento para mais brigas. Nossos filhos precisam de uma conversa séria, com calma. Sei que vão entender que ainda não é hora de se envolverem sexualmente com ninguém.
— Nem emocionalmente, Diana. Eles mal conhecem essas garotas!
Depois de alguns minutos escutando os gemidos do irmão e de Sabrina, Taylor falou para Isabelle:
— Vamos aumentar o volume da TV, parecemos dois pervertidos, tentando imaginar o que se passa lá dentro.
— Parecemos pervertidos? Acho que nós somos! — Riu.
— Onde está aquela onda de arrependimento que pegou você no primeiro dia? — Taylor lembrou a ela o quanto ficara insegura após o sexo no sofá da boate.
— Oops, evaporou! — Sorriu. — Sem mais arrependimentos.
— Você é minha taradinha número um, sabia? — Ele correu as mãos pelos cabelos dela, roubando-lhe um beijo nos lábios em seguida.
— Espero que não exista uma taradinha número dois.
— Só você me interessa. Só você...
Taylor envolveu Isabelle em um beijo mais profundo, e suas mãos apertaram-lhe os seios firmes. O clima entre os dois começou a esquentar novamente, mas pararam quando se deram conta de que Zac e Sabrina poderiam aparecer a qualquer instante.
Depois de duas horas, quando Taylor e Isabelle cochilavam, os pirralhos, enfim, saíram do banheiro. Tentaram ser silenciosos, porém, o barulho da porta abrindo e a luz que veio de lá de dentro acordaram o casal.
— Que horas são? — Isabelle espalmou a mão à frente do rosto, tentando evitar a claridade.
— Cinco — respondeu Zac.
— Vocês ficaram dentro do banheiro por todo esse tempo? — Taylor chegou a se sentar, para olhar o céu claro pela janela. — Suas mãos devem estar enrugadas.
Zac e Sabrina riram. Na verdade as mãos andaram muito ocupadas para que se preocupassem com rugas.
— Acho melhor irmos para o nosso quarto dormir. — Isabelle ergueu-se na cama, intimando a amiga a ir com ela.
— Ike e Barbara estão lá. — Taylor a puxou pelo braço, fazendo-a reclinar-se novamente. — Não é melhor ficarem por aqui?
Isabelle e Sabrina, em uma breve troca de olhares, decidiram ficar. Interromper o casalzinho apaixonado seria uma tarefa muito cansativa para as 5 horas da madrugada.
Isaac e Barbara dormiam tranquilos, abraçadinhos, um sentindo o calor do outro. Os dois agora formavam um só, e assim seria até que alguém os separasse.
Será que o autoritarismo de Walker poderia fazer isso?
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[ Notas ]
Músicas citadas:
"Gimme some lovin'" (HANSON, 1998)
"A minute without you"(HANSON, 1997)
"Jeito sexy" (FAT FAMILY, 1998)
"Thinking of you" (HANSON, 1997)
Metropolitan - casa de shows dentro do shopping Via Parque, hoje chamada de KM de Vantagens Hall.
Terra Encantada - parque temático que existiu no Rio de Janeiro, Barra da Tijuca, de 1998 até 2010.
Canal 42 - faz referência ao canal Multishow que na NET, no final dos anos 1990 e início dos anos 2000, era o de número 42. Costumava passar programas eróticos durante a madrugada.
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