Doze

_ Dois sucos de laranja, um de morango, um Expresso puro, três águas de Coco e uma Sukita pêssego, pra beber._ Lara começou._ Quatro pães na chapa, uma maçã, um pedaço de melancia e dois pães de queijo, pra comer por favor.

_ Ok, já vou levar na mesa de vocês._ Jaqueline disse, anotando o pedido.

_ Você tem alguma ducha para alugar?_ Cata perguntou.

_ Temos uma para quem sai da água, e um para tomar um banho. Os dois são de graça._ Jaqueline respondeu.

Voltamos para a mesa, encontrando Clara de biquíni, sorrindo muito.

_ Por favooooor... Me deixa ir nadaaaaar..._ Ela falava arrastando as palavras, para enfatizar bem o que queria.

_ Ok. A água está bem ali mesmo._ Eu ri. Bruna e Luana se entreolharam.

Clara deu um pulo, correndo em direção a água. Era a primeira vês que ela estaria entrando no mar.

_ Quando a comida chegar, você volta!_ Bruna gritou.

Me sentei em uma cadeira ao lado de Lara e André. Observei ao redor.
A Praia, mesmo com os atendentes calmos, era cercada com uma cerca de arame farpado, e protegida por pessoas armadas com pistolas. Eu adoraria saber como aquele povo arranjava armas do nada. Um estacionamento na areia, abrigava nosso carro e mais outros dois.
Perto da areia, duas cadeiras vermelhas, uma escrita "água" outra escrita "zumbis". Salva vidas na água, e outro para zumbis... Realmente, eles não estavam tão seguros quanto pareciam.

Clara brincava feliz com outras crianças. Tinha tanta gente ali, tantas pessoas, tantas famílias. Todas refugiadas desse mundo pós apocalíptico.

Os pedidos chegaram, e quem trouxe foi a própria Jaqueline.

_ Aproveitem._ Ela disse. Todos agradeçemos, já pegando o que cada um pediu.

Eu comecei a beber meu expresso, junto com meu pão de queijo. Clara voltou para a mesa, atacando sua água de coco com pão na chapa.

Comemos rápido. Era bom comer algo que não estava guardado a um tempo...
Um a um, fomos ao banheiro, tomamos banho e escovamos os dentes, já que era de graça.
Para pagar o café da manhã, André deu um pouco do dinheiro que tinha guardado para emergências, como essa.

Voltamos para o carro descansados, com um sorriso no rosto.


Eu dirigi a manhã inteira. Já estávamos na divisa e entre Pernambuco e Paraíba.

_ E agora?_ Lara perguntou._ Como vamos encontrar sua irmã? Existem centenas de cidades, e milhares de ruas na Paraíba. Como acharemos ela?

_ Hum..._ Pensei um pouco.

_ A capital da Paraíba tem um registro de todas as ruas paraíbanas, de todas as cidades._ Clara deu um palpite, rindo um pouco.

_ Nem vou perguntar como você sabe disso, mas ok. Partiu João Pessoa!_ Eu continuei.
Continuamos pelo litoral, atravessando a divisa em 30 minutos. Não demoraria muito para chegarmos em João Pessoa.

_ Nossa, essa vista é linda..._ Cata olhou pela janela.

_ Hehehe...


Chegamos em João Pessoa, atravessando a cidade olhando as placas de "Registro Central Paraibano".

A cidade estava infestada de zumbis! Não havia uma rua sem zumbis naquela cidade! Nem em São Paulo isso acontecia.

Atropelamos a maior parte deles, tentando chegar ao grande prédio perto da prefeitura.
Estacionados na rua, observando a movimentação de zumbis. Quando eles estavam um pouco mais longe, saímos em disparada para a porta do local. Eu apontando a arma para os zumbis mais próximos.

Com um grampo de cabelo, Clara tentava abrir a fechadura. Depois de um em tempo, ela conseguiu abrir a fechadura, e nós entramos.

_ Não conheço a minha irmã..._ Bruna entrou balançando a cabeça.

_ Clara, você é foda!_ André disse. Bruna o olhou, repreendendo-o.

Começamos a andar pela estrutura de madeira escura, linda. Havia um corredor, com duas portas de carvalho, com a descrição: "REGISTROS ESTADUAIS".

_ Ali!_ Apontei para a porta, e nos dirigimos a ela.

As portas estavam destrancadas, por isso, foi fácil entrar lá dentro. 

Vários e vários armários, ocupavam as paredes. Dois candelabros ocupavam o teto.

_ Vamos procurar..._ Eu disse baixo. Eu estava tão perto agora.

Comecei a procurar na seção de ruas, começando pela letra L, já que o nome da rua é Lorenzet Mota.

A seção L, ocupava uma gaveta de três metros de altura, por 1,30 de largura, cheia de arquivos e gavetas.

Tirei de dentro de uma das gavetas, a pasta dos "Lorenzet". Olhei devagar, passando os dedos pelos nomes das ruas. Lorenzet Lorenzo(sério?), Lorenzet Morais... Isso Lorenzet Mota! Cidade de Cabedelo.

_ Gente, achei!_ Eu disse para eles._ Onde fica a cidade de Cabedelo?

_ Não é muito longe, de acordo com esse mapa aqui._ André pegou um mapa de cima de uma mesa._ É nos arredores de João Pessoa.

_ Que bom!_ Me animei._ Acho que já podemos ir então.

Andamos de volta para o carro, tomando todo o cuidado com aquela cidade infestada de zumbis.


Cabedelo era nos arredores de João Pessoa. Dava menos de uma hora da capital para essa cidadezinha.

O cerrado começou a ser mais frequentes na paisagem. Estávamos cada vês mais perto da minha irmã.

Entramos na cidade de Cabedelo. A rua Lorenzet Mota ficava no bairro Morada Nova, que tinham casas bem caras, lindas. Mas a casa 347 não era uma das casas lindas e maravilhosas do bairro, e sim, um galpão mal cuidado.

_ É aqui?_ André torceu o nariz.

_ É...

_ Não é bem isso que eu esperava._ Ele continuou._ Normalmente, pessoas são adotadas por famílias ricas ou bem relacionadas, ou, no mínimo, com uma casa grande, e um emprego bom. Não um... galpão mal cuidado.

_ Será que tem uma campainha?_ Fui até a porta do galpão, observando as paredes em volta.
Ao contrário de João Pessoa, Cabedelo não tinha praticamente nenhuma orda grande de zumbis, apenas um ou dois juntos. Era bem mais fácil andar pela cidade.

Achei uma campainha e toquei.

_ Não atende Roni! Pode ser um zumbi!_ Uma vós masculina disse do outro lado da porta.

_ E zumbis iam saber tocar a campainha?_ Uma vós feminina contrapôs.

_ Mas... 

_ Deixa, eu atendo._ A voz feminina disse.

Ouvimos trancas se mexerem, e a porta de ferro se abrir lentamente.

Uma adolescente, mais ou menos da minha idade, abriu a porta.

Parecia que eu estava olhando para um espelho. O rosto era o mesmo, os olhos da mesma cor. A única coisa diferente era o cabelo. O meu, castanho escuro, o dela, castanho bem claro.

Ela, que estava com as costas retesadas, relaxou. Seu rosto mudou completamente.

_ Hanna..._ Ela sussurrou.

_ Marina..._ Eu disse também.

Nossas caras estavam iguais, minha espingarda que estava na minha mão, caiu no chão, junto com a metralhadora dela.

Nos abraçamos.

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Oieeeeeeee Pipocossss! Td bem com vocês? Só para avisar, algumas das informações sobre a Paraíba, está errado. Mesmo eu tendo pesquisado um pouco, nem tudo está certo.
Like e comente. Espero que gostem. Tia Jujuba. ;-)

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