5°
TURNER me manda uma foto.
Ele está sorrindo como sempre. Carson está ao seu lado fazendo biquinho. Ethan está virando uma garrafa de whisky na boca. Wesley está fazendo cara feia e Max está sorrindo.
Venha cuidar dos seus garotos, M&M's.
Penso sobre isso, não sobre ele se referir a eles como "meus garotos", mas em ir a essa festa. Eu vou a festas às vezes, mas não pretendia ir a essa hoje. Parece que todos os meus planos mudaram.
Não respondo a mensagem, mas dou o endereço da casa se Sheepp para o motorista.
Volto a olhar a foto e meus olhos procuram por Sebastian Blackwood. Dou zoom na foto e vejo ele lá no fundo conversando com uma garota. É claro. Sebastian tem fama de pegador e não há uma garota naquela escola que não o deseje. Ele e Kendall fariam um par perfeito. Sebastian com seus olhos castanhos escuros, 1.80 de altura, corpo musculoso, rosto bonito...
Por que estou pensando em Sebastian mesmo? Ele é uma pessoa horrível. Apesar de ele fazer parte do time, não somos tão próximos como sou dos outros garotos. Max disse para ficar longe dele. "Sebastian não serve para você", ele disse. Como se eu fosse me interessar por alguém feito o Sebastian!
Quando chego à casa, sou recebida com sorrisos e cumprimentos. Todos me conhecem, mas ninguém olha para mim como olham para Kendall...
— Ei, M&M's! — Wesley vem até mim e me envolve em um abraço. Ele é alto feito um poste, mas está sempre cheiroso, preciso admitir.
— Onde está todo mundo? — pergunto, me referindo aos outros. Wesley passa a mão pelo cabelo longo até os ombros.
— Pegando garotas.
Nós dois olhamos ao redor, mas nenhum deles está à vista.
— Vou ver a Denise — minto. Nem sei se ela veio hoje. Wesley acena para mim antes de eu me perder na multidão.
Tento não ficar ansiosa com todas essas pessoas perto de mim, roçando suas peles na minha. Talvez não tenha sido uma boa ideia. Olho para trás, mas está lotado de pessoas e estou bem no meio.
Fecho os olhos e me concentro na música. É um som estridente e barulhento, mas me concentro nisso. Habits, percebo.
Música. Ouça a música...
Uma mão toca meu braço...e desce para minha cintura. Abro os olhos. Como não bebi, posso distinguir perfeitamente o rosto de Sebastian na pouca iluminação. Antes que eu possa abrir a boca, alguém esbarra me empurrando e sou atirada para cima do garoto à minha frente.
Certo... Isso está ficando estranho. Principalmente quando meus olhos encaram seus lábios. Engulo em seco. Sua mão me aperta um pouco, como se ele dissesse "eu sei exatamente o que pensou em fazer agora", mas como ele saberia que eu pensei em beijá-lo? Deus, como fui pensar nisso?
Sua mão deixa minha cintura e ele agarra minha mão, me puxando para longe. Com certeza a maconha que um garoto na entrada estava fumando afetou minha mente porque me deixo ser guiada por ele. A multidão se abre para ele e conseguimos passar.
— O que você estava fazendo? — Sebastian pergunta por fim quando já estamos na cozinha. Já não estamos mais de mãos dadas, então cruzo os braços e dou de ombros.
— Curtindo a festa — minto pela segunda vez essa noite. Não sou de mentir, mas saber de Kendall e Theodore me abalou um pouco.
— Curtindo? Você estava parada de olhos fechados. É um tipo de curtição estranha, não acha? — Sebastian vai até a geladeira e pega duas garrafas cervejas. Me entrega uma depois de tirar a tampa no mármore. Poderia recusar já que a última vez que bebi... Não vou pensar nisso.
— Obrigada. — Ignoro suas perguntas e viro a garrafa na boca. O gosto ainda é o mesmo, amargo e velho.
— Ei, vai com calma — Sebastian diz. Na verdade não sei porquê ele está aqui comigo ou porque me tirou da multidão.
— Maximilian mandou você ficar de olho em mim? — Arqueio a sobrancelha e tento não fazer cara feia com o gosto da bebida.
— Tenho cara de babá? — Ele imita minha expressão e desvio o olhar.
— Boa festa para você, Blackwood. — Deixo Sebastian para trás e o que quer que tenha acontecido naquele minuto.
~•~
Tequila é uma bebida forte e misturada com outras, fica ainda mais forte. Forte ao ponto de me mexer tanto com minha mente que quase faço xixi nas calças por não conseguir abrir o zíper. Mas eu consigo e fico mais do que aliviada.
Quando termino, lavo minhas mãos e me olho no espelho. Meus cachos estão rebeldes como nunca,, meus olhos têm um brilho estanho, mas me sinto solta... Leve...
Alguém bate na porta.
— Tem gente querendo entrar! — uma voz feminina grita. Reviro os olhos e saio do banheiro.
Uso a parede como apoio até chegar no andar de baixo. A barulheira está mais alta e as pessoas parecem mais animadas e alheias a tudo que não seja cerveja e pegação.
Não esbarrei com nenhum dos garotos, incluindo meu irmão. Todos devem estar enfiados em algum lugar, trepando. Cruzes, que tipo de coisa estou pensando?
— Madelaine será minha dupla! — Denise agarra meu braço e me puxa para o seu lado.
— Dupla em quê? — minha voz não sai embolada, mas estridente. Parece que estou gritando.
— Beer Pong!
Olho a mesa com copos cheios de algo rosa formando um triângulo em cada lado da mesa. O lado oposto ao nosso, dois garotos que não lembro os nomes, usando bonés, agora estão sorrindo.
Denise começa e acerta um copo, fazendo um dos garotos beber. O garoto que não bebeu joga e acerta, eu bebo o líquido rosa e doce, mas puramente alcoólico.
O jogo segue com poucas vitórias da nossa parte e muita bebida em nossas bocas. Estou, definitivamente, bêbada. Mas dançante e sorridente. Já vi Kendall várias vezes assim nas festas. Os garotos cercando ela como estão fazendo comigo agora...
— Quando você passou a ser tão gostosa, Madelaine? — Martins pergunta. Ele faz parte do time também, mas não anda com o bando.
Não repondo sua pergunta, não tem muitos garotos por aí me dizendo isso, então não sei como responder.
— Por que não vamos lá para cima? — ele se aproxima mais para dizer em meu ouvido.
— E-eu acho melhooooor fi...ficar aqui. — indico a festa ao nosso redor e bebo o resto da bebida em meu copo. Acho que é cerveja.
— Lá em cima está mais silencioso... Vamos lá, Made. Vamos apenas conversar... Não quer conversar comigo? — Martins enrola um cacho do meu cabelo em seu dedo.
— Só... Conver...sar?
— Se você quiser algo mais...
— Ela não quer nada de você, babaca. — uma voz que conheço muito bem nos interrompe. Sebastian entra no meio de nós dois, empurrando Martins para trás.
— Ah, qual é? Você tá pegando ela também? Qual o seu problema? — Martins parece realmente indignado. Não entendo.
— Sai fora, Martins! — Sebastian dá um tapa no copo de cerveja na mão dele e Martins sai, resmungando.
Sebastian vira para mim. Eu apenas pisco.
— Vem comigo. — ele não espera minha resposta e agarra meu braço, me guiando pela casa.
Eu estou mesmo bêbada para me deixar ser guiada por Sebastian uma segunda vez, mas agora estamos subindo escadas e virando corredores até um quarto.
— Por que esta...mos aqui? — pergunto a ele quando entramos no quarto desconhecido e escuro.
— Eu já volto.
A porta é batida e eu me encontro sozinha e trancada no quarto de um desconhecido.
~•~
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