21°

EU sempre gostei de estudar. Nunca reclamei, mas nesse momento tudo o que eu menos queria era estar olhando para todos esses números, com um garoto super tranquilo ao meu lado.

Sebastian parece concentrado no dever, sem reparar que já se passou uma hora e nem sequer nos beijamos. Estamos sentados na cama, ele na cabeceira e eu de frente para o mesmo. Ele não fez nenhum movimento que indicasse que queria fazer o pretendíamos fazer.

Olho para ele mais uma vez e me surpreendo quando o pego me fitando.

— O quê? — Arqueio a sobrancelha como já vi ele fazer várias vezes. Sebastian sorri de modo provocador e meu sangue esquenta.

— Você tem se saído bem no quesito vestimenta. — Ele pisca o olho, me olhando daquele jeito dele. Eu coro.

— Eu aprendo rápido. — Dou de ombros. Já estou cansada de esperar qualquer iniciativa sua e fico de pé, deixando as atividades de Geometria em cima da escrivaninha.

Sebastian faz o mesmo, voltando a sentar logo depois e me encarando com a sobrancelha arqueada, como se estivesse me desafiando. Paro no meio de suas pernas, meu coração batendo tão rápido que me pergunto se ele consegue ouvir. Apoio as mãos em seus ombros, passando minhas pernas ao lado do seu corpo, montando em seu colo.

— Me disse uma vez que eu precisava tomar o controle. — E ele disse, quando eu contei que estava insegura em relação a Theo, então aqui estou eu, tomando o controle mesmo quando não sei o que fazer.

— Faça o que quiser comigo, Madelaine. Eu sou todinho seu.

Suas palavras atiçam uma parte indecente minha que eu nem sabia que tinha e eu o beijo. Os lábios dele me causam o mesmo efeito da primeira vez, fazendo aquela sensação inebriante se espalhar por meu corpo. Sua boca dá espaço para minha língua, no momento que suas mãos sobem por minhas coxas.

Beijar Sebastian me faz delirar e querer mais, sempre mais. Mas nem todos os seus beijos iriam satisfazer o desejo crescente que tenho por ele. Porque não posso mais negar: eu desejo Sebastian Blackwood.

— Você ficou mesmo boa nisso — ele diz quando nos afastamos o suficiente para respirar.

— Eu disse que aprendo rápido. — minha voz é um sussurro quando tiro sua camisa, jogando em qualquer lugar do quarto.

É um absurdo um adolescente de 18 anos ter um corpo desse. Tudo bem que ele joga basquete e provavelmente faz exercícios, mas isso é um pedaço de mal caminho. Sebastian Blackwood é o próprio pecado.

— Você está babando, Medellín. — Ele ri, mas sua risada cessa quando seus lábios se arrastam por meu pescoço, fazendo uma trilha de beijos que me fazem suspirar.

Suas mãos sobem por meu corpo e mais uma vez tenho ele tirando meu suéter. Seus olhos são famintos ao encarar meus seios, protegidos apenas pelo sutiã de renda preta. Antes que eu ceda a vergonha, tiro o sutiã, expondo meus seios nus a ele. Não me deixo pensar muito que há dois dias atrás eu nem sequer consegui deixar Theo tirar minha blusa.

— Quero que você me toque. — sussurro contra os lábios de Sebastian, mesmo não sabendo onde consigo forças para falar.

É pura determinação e fome que sinto nele quando me beija e sua mão tão descaradamente me toca. Um gemido baixo sai de mim e fica mais alto quando seus lábios deixam minha boca, descendo para meu seio, enquanto o outro, ele acaricia com a mão.

Os olhos de Sebastian estão tão escuros quanto a noite enquanto ele me encara, demorando sua língua em mim. Só de pensar o que ele pode fazer em outros lugares... Sou mais uma vez surpreendida pelos meus pensamentos...

— Sebastian... — digo seu nome como uma súplica e segundos depois estou sendo erguida em seu colo, para depois ser deitada na cama. Tão carinhosamente que me pergunto se posso chorar apenas por esse ato de carinho.

Minhas pernas estão entrelaçadas em sua cintura, mantendo-o colado em mim, sentindo o que estou fazendo com ele e a promessa do que ele vai fazer quando não houver mais roupas entre nós.

Não gosto apenas de abraçá-lo, mas de beijá-lo também. Só consigo admitir isso porquê estou inebriada demais por seus lábios que derramam beijos em mim como se fossem vinho.

Estou prestes a dizer algo que com certeza vai fazê-lo perder o controle, quando um toque irritante interrompe o ar.

— Fala sério — consigo dizer em meio a frustração de ser interrompida e o desejo de querer continuar. Sebastian faz menção de se afastar, mas firmo ainda mais minhas pernas em sua cintura. — Deixa tocar.

— Pode ser importante — ele insiste, mas não parece muito querer que eu atenda, já que é o toque do meu celular.

— Tenho certeza que não — murmuro, prendendo a respiração quando ele mordisca minha orelha.

— É melhor atender... — Seus lábios, malditos sejam, se arrastam por mim pele, deixando beijos molhados no trajeto.

— Hmmm... — Arqueio o corpo involuntariamente quando sua língua toca meu seio de novo. Agarro seu cabelo, mordendo o lábio para não gritar.

Desgraçado...

O telefone para de tocar e quase suspiro de alívio, mas quase dez segundos depois, toca de novo.

— Isso é sério...? — digo com um grunhindo. Sebastian ri, se afastando de mim e pegando meu celular na escrivaninha. Sinto a falta dele imediatamente e o vento gelado beija meus seios.

— É sua mãe. — Ele me entrega o celular e eu faço cara feia ao atender. Minha mãe que me perdoe, mas eu estava em um momento que não se deve interromper.

— Oi, mãe?

Oi, meu bem. Estamos esperando você para o jantar.

— Ah... Bom... Eu estou na biblioteca. — Sento na cama, tapando meus seios como posso. Sebastian beija meu ombro.

Até essa hora?

— Achei um livro muito interessante pra ler. — tento não sorrir quando o garoto atrás de mim ri.

Sei que você gosta muito de ler, mas seu irmão não está muito bem.

— O que Max tem a ver com isso? — Fico mais alerta. Será que aconteceu alguma coisa, enquanto eu estava aqui com Sebastian...

Ele está meio cabisbaixo depois que terminou com a Maria.

— Ah, mãe, isso é normal. — Não acredito que Maximilian está me atrapalhando mesmo em casa.

Chamei os garotos. Todos já chegaram, menos o Sebastian. E você.

Meu coração para. E se desconfiarem que estamos juntos? Ah, Meu Deus!

— Tudo bem... Vou dar um jeito. — Espero que ela não consiga sentir a frustração na minha voz.

Até mais, querida.

Ela desliga.

— Eu vou matar o Maximilian! — é a primeira coisa que eu digo quando jogo o celular na cama.

— Seu irmão só precisa de você. — Sebastian ainda está rindo e eu viro completamente para ele.

— Você não parece muito chateado.

— É claro que eu estou chateado — sua mão faz círculos preguiçosos em minha coxa. — Isso e muitas coisas.

Demoro cinco segundos para entender e quando olho para baixo, tento não ficar surpresa com o volume em sua calça.

— Está tão chateada assim por ficar longe de mim? — Sebastian vem pra cima de mim, fazendo-me deitar na cama e seu corpo cobre o meu.

— Não vou ficar longe de você. Minha mãe deixou claro que o quer lá — ao falar, meus lábios roçam nos seus e me seguro para não beijá-lo.

— Mas vai ficar longe dos meus beijos... — um breve estalar de nossos lábios — Dos meus toques... — ele aperta meu seio para dar ênfase. — Talvez eu não consiga ficar mais longe de você.

Não quero pensar no que isso significa e o beijo uma última vez.


~•~

Acharam que ia ter hot, né? Hummmm
Tô de olho em vocês 👀

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2bjs, môres♥

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