Invasão da terra (parte III)
À caminho do hospital se encontravam Seth e sua equipe andando pelas ruas, atentos a qualquer movimento suspeito dentro das casas ou entre os carros estacionados, quando, no horizonte distante, viram um gigante prédio ceder e cair em meio ao fogo e às explosões, levantando envolta de si uma cortina espessa de fumaça que se espalhava por quase um quilometro.
- Meu Deus... - Comentou um dos soldados assustados- O que é aquilo?
Estavam todos horrorizados vendo e imaginando quantas pessoas teriam sido vitimas de tal atrocidade. Alguns tentaram desviar o olhar, porém o cenário em volta também não era muito animador.
Seth fitou seus olhares naquela estrutura, pois sabia de qual se tratava, e isso o fez sentir uma angústia percebida pelos seus companheiros mesmo com a face coberta por aquela armadura. Ao perceber a situação um dos soldados se aproximou e com sua mão apoiada no ombro de Seth questionou.
- Algum problema cara?...
Seth estava viajando tanto que demorou a assimilar a pergunta, tendo após alguns segundos de silêncio ele só inclinado levemente a cabeça e respondido negativamente. Foi quando o mesmo soldado ainda ao seu lado completou.
- Infelizmente não podemos fazer nada para ajudar quem quer que estivesse naquele prédio. O que podemos fazer agora e seguir em frente para tentar salvar outras pessoas para que não caiam no mesmo destino.
Seth ficou a refletir por alguns instantes, mas logo se recompôs virando-se e ordenando que continuassem o caminho.
Naquele instante um alerta em vermelho piscou no visor de Seth com os dizeres: "Inimigo detectado"," Rápida aproximação". O mesmo aviso apareceu para todos, o que fez com que se virassem e observassem surgir dos céus um grande disco de ferro roxo com luzes de mesma cor. Ele se chocou contra o chão a alguns metros de suas posições e então continuou seu movimento rápido cortando o asfalto por onde passava.
Um dos soldados gritou rapidamente "CUIDADO" e então saíram correndo para as calçadas da rua enquanto aquele disco passava a poucos metros de seus corpos.
Tempos depois quando se viraram aquele objeto havia parado e estava sofrendo uma transformação na qual partes dele moviam-se e formavam membros que no fim revelaram um super tanque com 4 pernas cilíndricas de apoio.
Os soldados se levantaram velozmente e empunharam suas armas mirando em direção àquela criatura que parecia ter vida própria. De seu corpo saíram metralhadoras de plasma e miraram na direção dos solares que por sua vez se juntaram e com um movimento do braço criaram um grande escudo transparente, refletindo todas aquelas rajadas arrasadoras.
- Aguentem firme... vou avançar- Disse Seth enquanto mandava sua armadura focar toda a energia no escudo refletor.
Seth saiu e foi correndo em direção ao tanque. Tentou atingir com um soco uma das pernas, porém ela mudou rapidamente de posição o que fez com que Seth passasse direto e conseguisse conter o seu golpe quando já estava embaixo daquela máquina. Um pequeno canhão surgiu na mesma perna e disparou uma bola azul que, ao acertar a armadura, jogou-a para longe com força.
O armamento principal do tanque carregou e preparou para disparar uma enorme rajada de energia. Logo, os soldados desfizeram a formação e se dispersaram em meio aos carros.
- Precisamos de um plano!- Disse um deles pelo rádio.
- Eu tenho alguns explosivos. - Respondeu outro retirando um pequeno dispositivo de seu cinto.
- Tentarei uma distração e você lança. Na minha marca todos atirem. 3...2...1... AGORA.- gritou Seth já recomposto do golpe.
Enquanto os soldados saiam das suas posições defensivas e disparavam rajadas, o que estava com a bomba a preparou para lançar. Seth saiu de traz de um carro vermelho e com um soco investiu contra uma das pernas novamente, agora com sucesso. Isso fez com que o tanque ficasse levemente desestabilizado, aumentando as chances dos solares no ataque.
O humano que estava com a bomba a jogou para o alto, e com um chute acertou-a a jogando na direção do tanque.
Para a infelicidade dele, a máquina respondeu quase que de imediato disparando contra o soldado que correu, mas não o suficiente. O míssil acertou o chão e lançou o solar para longe, enquanto as metralhadoras disparavam arduamente de maneira a obrigar os outros a entrarem nos prédios. Alguns pularam através de vitrines de vidro, outros usaram portas, porém nada evitou que a maioria fosse atingida.
O tanque interrompeu o ataque tentando identificar algum alvo, porém só via aquele pobre homem que havia sido jogado longe pela explosão e que permanecia imóvel para evitar retaliação.
Foram alguns momentos de silêncio total enquanto um soldado humano subia as escadas do prédio que ficava à esquerda do alvo inimigo. Ele chegou a um andar alto o suficiente para o seu plano e correu em direção a uma grande janela. Através dela ele pulou em direção à parte superior esquerda da máquina, porém, para o seu azar, durante os milésimos de segundo enquanto seu corpo atravessava o vidro da janela, o tanque o percebeu e apenas acionou um mini canhão em sua parte superior virado diretamente para o soldado.
Logo já percebeu a morte invadindo seu corpo diante daquela arma mortal que disparou e atingiu o seu peito. O corpo continuou o movimento e caiu rolando encima daquela máquina já quase sem vida. O homem tentou se erguer, mas antes mesmo que saísse de cima de seus joelhos sentiu algo o agarrar pelas costas. O que quer que havia pego aquele solar o puxou brutalmente para trás o jogando para fora do tanque de maneira a cair com força sobre o teto de um carro.
Era um Glingon aliado. Ele havia percebido a ameaça e disparou com uma arma de gancho que agarrou seu parceiro e o puxou para longe da mira das diversas armas mortais. Infelizmente não foi possível evitar o choque contra o veículo, mas foi uma melhor alternativa do que a morte imediata.
O humano estava a salvo,apesar de gravemente ferido, mas o Glingon teve que pagar um preço pelo fato de que o tanque imediatamente lançou um disco afiado que arrancou seu braço esquerdo. Um grito de dor ecoou na rua. A dor era imensa, porém não compararia com a que seria causada pela arma que fora apontada para ele.
Por sorte, Seth tentou o mesmo que o humano, mas do lado oposto e conseguiu. Ele já estava encima de seu alvo destruindo todos os armamentos que havia ali, quando outro canhão se levantou do casco e disparou novamente a bola azul. O guerreiro voou de encontro com o chão, vários metros à frente da máquina gigante.
Sua armadura estava repleta de avisos e apitos em seu visor alertando quanto a sua integridade. Ele deu sorte, pois foi um disparo de energia, comumente mortal a um solar e a várias outras espécies devido à enorme força de impacto, mas com efeito extremamente reduzido pela armadura de Venx. Logo, o dano maior foi a desestabilização dos sistemas eletrônicos.
Ao seu lado o seu parceiro que havia recebido a explosão se levantava, consequentemente outro disco foi lançado e desviado de sua trajetória por uma rajada de tiros que não se podia ser identificada.
Seguindo os fatos, uma bala gigante do calibre de uma cabeça passou próxima a Seth. Em seu movimento retilíneo ela desintegrou uma fina camada que a revestia e se chocou contra do centro frontal do tanque.
O choque gerou uma grande explosão acompanhada de um som estrondoso, daqueles que conseguimos sentir em ressonância com o nosso corpo, causando recuo do inimigo.
Seth virou-se para trás e se deparou com um tanque de guerra humano clássico. Era o exército nacional. Uma torreta automática começou a disparar de forma a ser possível ver apenas linhas amareladas cruzando o ar e atingindo o alvo em cheio enquanto no interior daquele equipamento blindado um novo disparo era engatilhado.
- TODOS PARA DENTRO DO PRÉDIO AGORA!- Ordenou Seth através do rádio.
Seth foi de encontro para ajudar o soldado que caiu sobre o carro o qual tentava andar quase se arrastando. O Glingon que havia perdido o braço saia da rua debilitado bem como o humano da bomba.
Enquanto se protegiam, o tanque da sociedade que recuava sob intenso fogo da metralhadora, acionou a arma principal de energia que foi carregando causando pânico no veículo terrestre.
- Droga! Droga! Droga! Vai rápido, pois eles estão acionando o canhão. - Gritava o capitão que estava observando o exterior através de uma tela.
- Está quase pronto senhor- Um dos soldados olhava um quadro de informações que mostrava o estado de carregamento das armas.
O carregamento do tanque alienígena estava prestes a se encerrar quando, sobre os gritos de desespero do capitão com seus soldados, o canhão humano ficou pronto resultando em um enorme grito.
- FOGO!!!!.
Outro projétil foi lançado, porém desta vez foi na direção exata do centro da boca de disparo da arma inimiga a qual estava repleta de energia concentrada. A explosão foi enorme e causou uma onda de impacto e eletricidade. A tal onda se estendeu por quase um quilometro de raio, e foi capaz de levantar o veículo humano do chão de modo que formasse quase um angulo de 90º com o solo.
- Ou Ou Ou Ou Ou Ou Ou... Não vira, não vira! - Gritava um dos soldados de dentro do tanque sendo que estavam todos segurando firme em qualquer barra de ferro que havia em sua frente. A situação de dúvida se manteve por alguns segundos até a máquina cair novamente em segurança, mas causando um notável impacto.
Havia apenas fumaça para todos os lados, limitando assim o campo de visão daquele lugar. Seth saia de seu esconderijo e se encontrava com seu grupo que felizmente estava todo vivo, porém a maioria ferido de bala. Alguns com lesões mais graves e outros só de raspão, e isso não impedia que nenhum deles continuasse na luta.
- Herk, acho melhor você permanecer aqui e esperar ajuda- Disse Seth para o seu companheiro Glingon que infelizmente perdeu seu braço- Você aguenta aqui?...
Antes que terminasse o soldado humano salvo por Herk interrompeu anunciando.
- Eu fico com ele, minha coluna foi um pouco afetada na queda sobre o carro... serei mais útil dando cobertura a Herk senhor.
Seth então, com um sinal de positivo com a cabeça, a qual havia sido coberta pelo capacete antes da explosão, foi em direção ao tanque do exército.
- Mas seu nome é Herk mesmo? Com "K"?- questionou Seth parando e se virando por um instante. Assim que recebeu uma resposta positiva finalizou - É impressionante o domínio do "K" – disse ele sorrindo e seguindo caminho.
As pessoas de dentro do veículo já estavam saindo aos poucos para avaliar a situação.
- Olá Seth- disse o capitão saindo de dentro do tanque sob uma vestimenta padrão de guerra, verde com variações de marrom.
- Olá, parece que chegaram na hora certa. Estávamos com um probleminha aqui. - disse Seth se aproximando e cumprimentando com um aperto de mão.
- Bom... Foi uma honra poder ajudá-los e à cidade. Eu sou o capitão Mark. Eu e grande parte do exército nacional estamos por toda a cidade em apoio a vocês.
O solar ao perceber o nome do capitão fez uma cara de riso e descrença ao mesmo tempo e depois disse.
- O seu nome vai ser mais um para minha lista de "K"s, mas, brincadeiras à parte, lhes agradeço pela ajuda- O homem sorriu de volta e logo o soldado recolheu seu capacete.
- Eu e meus homens estamos prontos para auxiliar. Não somos treinados para combate alienígena e nem temos super armas, mas possuímos o espírito de luta e... um tanque que pode causar estragos.
- Com toda a certeza esse tanque nos servira capitão. Toda ajuda para nós é bem vinda, ajuda do exercito então é ainda melhor. Estamos a caminho de um hospital a um quilometro daqui, recebi informações de um grupo da sociedade que estava indo em sua direção.
- Filhos da mãe. - Falou Mark,com um ar de assustado, mas depois reconsiderou sua fala- No entanto isso é uma guerra, atitudes assim são de se esperar...
Seth fez que sim com a cabeça enquanto seus companheiros se aproximavam restando apenas Herk e Jonas sentados escorados em uma parede mais atrás.
- Entrem! Iremos levá-los para o local- Orientou Mark.
- Vocês dois vão no tanque- Ordenou Seth direcionando a um humano e um Glingon os quais estavam,o primeiro, com uma ferida de tiro na perna esquerda e, o segundo, com uma ferida no ombro direito e perna esquerda. Logo em seguida Seth se virou para os outros dois soldados e ordenou que ficassem junto a ele sobre o tanque fazendo reconhecimento visual durante o trajeto.
Com tudo pronto todos partiram em direção ao hospital que não ficava muito longe.
Enquanto isto Hoff já havia conseguido chegar até a Slipstar para tentar reparar os sistemas de comunicação. Assim que chegou causou certa surpresa em Dave, mas este apenas deixou que mexesse nos sistemas e concertasse aquilo tudo.
- E... Pronto! O sistema já está reiniciando.
- Ótimo- disse Dave um pouco assustado com a rapidez com que o problema foi resolvido, era como se ele soubesse exatamente o que estava acontecendo. Entretanto, não estava na hora de questionar, pois com tudo funcionando novamente as coisas iriam ficar frenéticas.
Com isso, não demorou muito para que a comunicação voltasse a funcionar e Dave pôde coordenar melhor as frotas solares.
A batalha estava prestes as seguir novos rumos. Com a comunicação entre todos fora da Terra restaurada, os solares puderam atacar mais fortemente e eficientemente as naves da sociedade, assim como enviar alguns recursos para dentro do planeta
- Esquadrão Alfa, estão na escuta?- Chamou Dave pelo rádio os soldados destinados a tomar o canhão da Terra.
- Sim senhor! Ainda bem que as comunicações voltaram! Respondeu um deles em batalha com aliens da sociedade.
- Como está a missão, precisamos adentrar no planeta.
- Estamos conseguindo, não falta muito. Nos dê mais alguns minutos.
- Está bem se apressem! Desligando...
Dave encerrou a chamada e seguiu a atacar as naves que por ali passavam.
A situação na avenida de Kiren estava tranquilizando. A sociedade Já abandonava o local e o controle sobre o planeta estava aumentando. Luana naquele momento se aproximou com seu jato e pousou próximo ao glingon que logo que a viu foi se preparando para ir conversar.
- Olá Kiren! A situação por aqui parece estar bem controlada!
- Eh. Finalmente estas coisas recuaram por um tempo. Como esta a situação lá em cima?- Disse Kiren indo de encontro com Luana enquanto guardava sua arma nas costas. Ao redor diversos soldados solares avançavam com máquinas e armas pesadas em meio ao fogo que iluminava a avenida e a destruição. O inimigo havia recuado, mas não significaria que iriam sair ilesos.
- Sob controle. As comunicações voltaram finalmente e cada vez mais naves estão conseguindo entrar. Se eu fosse a sociedade sairia enquanto é tempo, pois Dave não irá perdoar nenhum que passar por ele tentando fugir.
- Eu no lugar dele também não perdoaria. Olha só isso- Kiren então abriu os braços mostrando envolta a rua, as casas, os prédios, os carros todos pegando fogo e destruídos. Os céus brilhavam com as explosões e disparos- Sem pensar que este é apenas um dos pontos. pelo que fui informado havia mais 3 frentes de ataque da sociedade no mundo inteiro- Luana apenas concordava- Entretanto, abe uma coisa que estranhei?... Os Bundnis... Não me recordo de enfrentar nenhum deles...
Luana começou a refletir, tentando talvez recordar de ter visto algum Bundni nos céus e então após um tempo respondeu.
- Também não me recordo muito bem de nenhum Bundni. O que será que estes filhos da mãe estão traman...
Antes que Luana pudesse completar sua frase, 10 monstros de ferro saíram por debaixo do asfalto pulando em direção a Kiren e Luana. Alguns mais longe e outros muito perto pronto para matá-los com um só golpe. A cena parecia ter parado diante dos olhos de ambos que só conseguiram por as mãos sobre a cabeça em defesa.
Os aliens estavam cada vez mais próximos de golpear com as afiadas lâminas que tinham nas mãos quando, repentinamente, perderam os movimentos. Cada um foi passando direto e caindo no chão já sem vida. A única coisa que restou foi o som ecoado de vários disparos simultâneos.
Kiren virou-se para trás junto a Luana, e viu de onde vieram os tiros que os salvaram. Era Christopher e seu grupo que se aproximava pela retaguarda empunhando seus rifles de precisão.
- Isso que é chegar na hora rapaz!- Disse Kiren apertando a mão de seu grande amigo e com um sorriso continuou- Achei que salvando você dessa daqui- falou ele apontando para Luana com a cabeça- iria deixar você me devendo uma, mas creio que agora quem deve sou eu...
Christopher devolveu o sorriso assim como Luana.
- Agora me deve uma... E por uma coincidente irônica do destino eu a alguns momentos atrás fui jogado de um prédio e me quebrei todo. A vida e seus loopings.
- Não sei por que o fato de você se machucar não me surpreende- Comentou Kiren arrancando alguns risos tanto de Christopher quanto de Luana e os outros soldados. Finalmente conseguiram um breve momento em maio ao caos para descontrair,
- Aiai, não falo nada viu. Mas voltando aqui, eu e meu pessoal estávamos vindo dar suporte na zona Beta. A sociedade está recuando, porém estes caras ainda querem dar o ultimo gás e tentar matar mais pessoas por lá, então estamos indo pegá-los de surpresa.
- Creio que por aqui não temos nada mais. - Disse Luana- Eu vou seguir com vocês pelo ar, as ordens de Dave foram apenas manter eles longe da área civil. Pretendo fazer um reconhecimento para garantir que nenhum deles saia dessa região.
- Então ok. Vamos lá.
Christopher depois de dizer essas palavras preparou para sair quando Kiren lhe avisou que iria seguir para encontrar Seth, então correndo e entrando em uma rua ali perto Kiren se separou do grupo.
- Capitão Seth, não tem nenhum registro de inimigos na área. Apenas recebo assinaturas de presença de cerca de 26 indivíduos em estados de integridade alterados, esses têm DNA Humano.- Disse um soldado ao lado de Seth observando através de um holograma de tela, que era apontado para o hospital mostrando várias informações.
Estavam todos juntos a uma boa distância do hospital, por de trás de algumas pedras e destroços caídos ali formando uma pequena barreira.
- Estranho... era para ter inimigos por aqui!-Comentou um soldado.
Seth olhava envolta procurando qualquer sinal de vida, porém suas tentativas eram em vão. Não havia nada ali e esse fato arrancava de todos vários comentários de desentendimento enquanto Seth tentava contato com Dave.
- Cambio Dave... Está na escuta? Cheguei ao hospital, porém não estou tento contato com nenhuma força ameaçadora.
A única resposta que teve foi um chiado em seu rádio mostrando uma pequena falha na comunicação espacial que ainda não estava 100%.
Segundos depois um brilho amarelado iluminou uma pequena parte do céu. O brilho desceu em velocidade e repousou com ferocidade sobre o hospital. Era um disparo de laser. A sua origem ninguém conseguiu saber, a única certeza era que ele ao se chocar com o prédio do hospital causou uma explosão destruindo tudo e todos naquela estrutura.
Seth e seu grupo apenas receberam uma enorme onda de deslocamento de ar e poeira quente que os fez passar por alguns segundos de desespero.
O local desapareceu, sobrou apenas um grande circulo queimado e rodeado de pedaços de concreto e equipamentos hospitalares. Todos ficaram paralisados diante da cena. Seth principalmente não esboçou reação alguma, apenas ficou lá de joelhos observando tudo.
- S...e....th! Seth! Esta na escuta?- chamava Dave pelo radio que falhava. - Seth!
-Aqui é Seth na escuta. Você pode me responder por que diabos não avisou ou não bloqueou esse tiro? Vocês retomaram o controle ai de cima ou não... - Disse Seth com alto tom de voz enfurecido.
- Hey hey Seth. Abaixe o tom ao falar comigo!.
O soldado olhou para seus parceiros que faziam sinal para que ele se acalmasse e após alguns segundos ele respondeu mais calmo.
- Ok, desculpe senhor...
- Agora sim. A culpa não foi nossa, o disparo veio de fora do sistema. Hoffmann está tentando descobrir a origem dele, porém não esperávamos a existência de um ataque vindo de tão longe.
-O hospital inteiro se foi...
- Isso já passou dos limites. Estamos quase prontos para invadir com tudo. Preciso que você e seu grupo vão para a zona Delta. Os canhões da terra estão prestes a ser ligados e redirecionados.
- Sim senhor. Já estou pegando as coordenadas. E mais uma vez me desculpe.
- Ok. Tudo bem, boa sorte...
Depois de dito isso, Dave desligou.
Seth virou-se para trás e, diante daqueles soldados, deu a ordem para seguirem ao posto Delta imediatamente. Logo todos se posicionaram atrás do tanque que tomou distância e disparou contra a barreira de pedras. Rapidamente uma passagem estava aberta e o grupo pôde seguir pela região destroçada pelo ataque.
Pouco tempo depois a armadura de Seth captou a movimentação de algum inimigo a 600 metros atrás de sua posição. Não era para ter sobrado nenhum alien por lá, porém o ponto vermelho que piscava em seu visor era certo.
- Sigam! Eu vou verificar o que é. Não vou deixar nenhum deles zanzando por ai- Ordenou Seth pronto para seguir o sinal.
Sem muita resistência o grupo concordou e, antes que ele seguisse seu caminho, um de seus soldados lhe entregou uma metralhadora preta que disparava rajadas laranja.
- Tome...para combinar com a armadura... – Disse ele apertando a mão do solar.
Seth agradeceu a ele e a todos pela ajuda e, após bater continência ao capitão Mark e receber o mesmo de volta, ele saiu andando com a arma em punho.
- O que está fazendo aí sozinho Seth?-Questionou Luana sobrevoando a área.
-Tem um baderneiro por aqui, não se preocupe Luh- Respondeu olhando para o céu em direção ao jato que passava por perto.
-Tudo bem, mas tome cuidado, pois há um objeto caindo do céu na direção de onde você está indo...
- Entendido, você tem conhecimento da natureza dele?- perguntou Seth parando de andar e começando a observar o céu à procura do tal objeto.
- Analisei aqui, mas não pude identificar nada, nenhum sinal explosivo ou radioativo. Apenas vejo uma leve coloração vermelha.
- Ok, tenho contato visual. Meu visor não indica nada de mais, creio que não seja ameaça, talvez algum destroço.
- Saia daí, não posso lhe dar mais cobertura, recebi um chamado. Este objeto está se aproximando rápido e liberando uma energia estranha, não consigo aproximar meu jato dele
- Entendido. Pode seguir, eu encontrarei com Kiren mais à frente- Seth passou a olhar para dentro das lojas e nos cantos da rua em busca do dono do sinal.
- Ok. Tome cuidado, desligando...
Luana encerrou a ligação e acelerou seu jato em direção a seu novo objetivo enquanto Seth aumentava o ritmo de seus passos.
Seth estava em meio a uma rua um tanto larga e com alguns carros parados sendo que alguns estavam em chamas, era uma cena assustadora e que representava a situação da cidade inteira.
- Onde está você...- Dizia ele para si mesmo tentando localizar o alvo.
O soldado deu alguns passos em direção ao ponto vermelho que deveria estar a alguns metros à sua frente quando então ele sumiu. A única coisa que Seth fez foi sorrir como se já imaginasse que aquilo iria ocorrer e olhou para trás.
O Objeto em queda estava ajustando seu movimento para cair exatamente onde ele estava e logo pôs-se a correr utilizando a força da armadura.
Alguns metros de distância e o impacto contra o solo fez com que Seth saltasse e virasse para o sentido contrario ao que corria escorregando os pés no chão como freio.
O lugar ficou tomado por fumaça e as poucas luzes dos postes se apagaram. Assim que estava já parado, Seth observou a névoa sair e revelar um ser com o punho no solo. Seu corpo estava revestido por uma armadura semelhante à dele.
- Então quis tentar a sorte hoje?- Provocou observando seu inimigo se erguer com a luz vermelha de sua armadura iluminando ao seu redor.
- Da última vez você fugiu como um covarde. Espero que hoje me dê uma luta de verdade.
Naquele instante Seth cerrou os punhos e partiu para o ataque assim como seu adversário e ambos entraram em uma intensa dança.
Cada movimento era extremamente calculado e era evitado por centímetros em uma esquiva. Ninguém se mostrava superior de inicio e lutavam defendendo e atacando ferozmente.
Dois cruzados seguidos vieram na direção do queixo de Seth, porém este defendeu e revidou com dois socos na face do inimigo, finalizando com um soco em salto que o fez recuar alguns passos.
Aproveitando a distância criada entre os dois, o Solar armou um chute giratório, mas seu pé foi capturado e usado para fazê-lo girar no ar e chocar verticalmente contra o solo. Debaixo de seu corpo o asfalto foi quebrado e segundos depois recebeu um golpe brutal do qual Seth desviou por pouco e se levantou
A luta continuou sob troca de socos, chutes e esquivas extremamente rápidas, porém não demorou muito para o ser ganhar controle na situação.
Os braços de ambos se moviam e entrelaçavam freneticamente e a cada golpe que tinha sucesso a vítima sofria um grande impacto.
O alien acertou um soco e uma cotovelada na parte direita do rosto, mas Seth logo conseguiu se recuperar e acertar um chute giratório em seu abdômen.
- Hahahaha- riu ele provocante- Belo golpe Seth. Parece até que sabe lutar. Mas já entendi o bastante por hoje, vamos acabar logo com isso.
O vermelho avançou com brutalidade e a partir daí a luta ficou mais intensa, pois Seth não conseguia mais revidar, o único que conseguia era resistir aos golpes.
Essa situação se manteve por um bom tempo até o momento em que Seth acertou um golpe com força fazendo o adversário recuar pela primeira vez. Neste instante Kiren surgiu. Ele, que veio correndo, pulou, usando o capô de um carro como apoio, indo em direção à armadura vermelha e pousou no chão acertando um soco em seu queixo. Nesse ponto a dupla agiu rápido e com sincronia.
Kiren aplicou vários golpes no corpo do indivíduo, logo em seguida, segurando nas mãos de Seth, ele o girou fazendo com que seus pés atingissem com força o peito do alien, o qual foi jogado para trás atravessando um carro e parando na parede logo atrás.
- Cheguei atrasado?- perguntou Kiren ironicamente.
- Creio que não precisava ter demorado tanto- respondeu Seth movimentando o pescoço como se o alongasse.
Kiren pensou em devolver um comentário, mas o inimigo voltou.
- Ah, filho da mãe... – Movimentava os membros cobertos de pedaços da parede enquanto se aproximava novamente- Que bom que se juntou a nós Kiren, estava ansioso para vê-lo cara a cara.
- Desculpe desapontá-lo, eu queria uma entrada dramática- Kiren olhou para Seth e ambos se colocaram em posição de ataque.
A luta recomeçou, agora em um dois contra um. Foram socos e movimentos combinados que tornou aquela batalha um verdadeiro show de habilidades. Apesar de ser um dois contra um, a luta encontrava-se equilibrada, o alien de armadura vermelha conseguia esquivar dos golpes dos nossos heróis e revidar com movimentos acrobáticos e pensados. No entanto, os soldados solares tinham uma interação de luta grande e conseguiam combinar golpes diversos e rápidos.
Passado um tempo, o inimigo se encontrou entre meio Seth e Kiren, então foi quando, na tentativa de Seth de acertar um potente soco, ele desviou de modo que Kiren recebeu o golpe de seu amigo e fosse parar no chão. Imediatamente Seth levou um soco no estômago, sendo jogado para longe sob efeito de um disparo de choque que o eletrocutou e paralisou.
Kiren um tanto atordoado tentou se levantar, quando então o alien misterioso com seu pé o empurrou e disse com uma voz grossa e ameaçadora.
- Pelas histórias que sempre ouvi de vocês dois, os "heróis" da via láctea, esperava mais.
Kiren tentava se levantar e continuar lutando, porém o alien não o deixava.
- Não tente se levantar. A única coisa que ganhara com isto será mais uma surra...
Kiren continuou a tentar, enquanto Seth estava imóvel quase desacordado devido ao tiro recebido.
- Ver você assim derrotado me lembra seu pai- encerrou ele dando um soco forte no roso de Kiren que desacordou.
Seth assistia enquanto o soldado pegava Kiren e se teletransportava. Por fim perdeu a consciência.
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