Invasão da Terra (parte I)

- Você e sua tripulação tiveram a coragem, de abandonar o local junto a mais duas naves, deixando aquele cargueiro nas mãos dos solares! Sinceramente Orbz, não estou vendo honra e senso de perigo algum de você e sua tripulação perante a mim- Dizia Calic sentado em sua enorme cadeira enquanto o Capitão interestelar Bundni, Orbz, ficava de cabeça baixa em pé na sua frente. A armadura vermelha estava ao lado do Sac

- Do que me adiantaria ficar? Seriam apenas três naves a menos em sua frota.

- Não me importa o número de baixas, preciso que meus soldados se sacrifiquem ao máximo para prote...

- Seus soldados?- Disse Orbz levantando sua cabeça e olhando diretamente para Calic em desafio- Não sei se tua arrogância e ingenuidade o deixaram cego, ou se foi um fator de sua própria natureza ruim, esquecer que aqui não há nenhum soldado seu. Pelo que me lembre: Somos um grupo de líderes que juntou forças para defender, pelo menos a princípio, os Starlings e que seguiu a você, que se diz capitão interestelar de uma espécie que nunca esteve na guerra, para atender a um desejo seu de dominar os que confiaram em nós.

- Não admito que fale assim! afinal está com pena dos Starlings?

- Não! Pena eu tenho é de você em ter que seguir sem os Bundnis ao seu lado- encerrou Orbz saindo da sala.

- Os Bundnis são apenas mais um em minha frota!- Ainda tentou sair por cima, mas Orbz apenas parou e disse sem olhar para trás

- Então fique feliz em mudar esta frase e dizer que nós somos menos um em sua frota.

Hoffmann estava bastante ferido e foi diretamente encaminhado para a ala hospitalar para que realizasse exames.

As complicações pareciam ter amenizado, porém uma retaliação era esperada. Não era possível rever onde e nem quando aconteceria e isso deixava os solares e os aliados com uma preocupação enorme.

Knok estava em sua sala junto a Dave resolvendo alguns assuntos na comissão dos aliados e esperando respostas sobre Hoffmann. Torcia muito para não ter que enfrentar outra perda, mas nada disso tirava de sua mente seus pensamentos quanto a Kiren. Não haviam conversado sobre o assunto novamente, porém o soldado não havia demonstrado se afastar totalmente.

- Dê um tempo ao Kiren Knok. Entendo que esteja em dúvidas sobre como será daqui para frente, mas não deixe isso afetar você- Disse Dave observando que seu amigo estava silencioso e pensativo por um longo período de tempo.

- Eu não sei. Acho que contar a ele em meio a isso tudo pode ter sido ainda mais doloroso- respondeu tristemente enquanto terminava de guardar alguns objetos.

- Na verdade acho que foi a melhor coisa que fez. Não iria conseguir dormir com esse peso na consciência e como Luana me disse uma vez: Seria pior não contar- As palavras de Dave tentavam consolar, mas ele sabia que era difícil e então apenas colocou sua mão sobre o ombro do Glingon- Eu e você conhecemos bem o Kiren e sabemos que ele tem a cabeça no lugar. Ele vai analisar a situação, mas precisará de um tempo assim como Seth precisou do dele. Sei que meu filho pode ter aceitado numa boa as minhas desculpas, porém também sei que debaixo daquele ser extrovertido ele pensa muito na mãe e na irmã, ou em como as coisas poderiam ter sido diferentes, pois eu penso assim também. Não posso resolver isso pra ele e sim apenas dar o tempo de que precisa e o apoio. Então calma, pois se está realmente arrependido ele entenderá- Dave já havia encerrado seu discurso quando alguém bate na porta. Na lateral uma tela grande mostrava a imagem de Kiren aguardando e então o humano resolveu se retirar.

- Obrigado Dave- Disse Knok e recebeu um consentimento de volta.

Assim que a porta foi aberta, Dave cumprimentou Kiren e saiu da sala enquanto o soldado entrava e olhava para Knok.

Como havia conversado com Seth, seu plano era manter uma boa relação com seu capitão enquanto decidia se estava realmente pronto para perdoá-lo.

- Você sabe onde está Christopher? Preciso falar com ele- Perguntou.

- Ele teve que ir para a Terra junto do grupo dele. Não teve tempo de avisar, porém pediu para que eu o fizesse. Partiu a pouco tempo- Knok andava em direção à porta tentando disfarçar sua expressão de apreensão.

- Entendi. Obrigado Knok- O soldado respondeu e se retirou junto a Knok e seguiram diferentes caminhos.

Levaram algumas horas até Hoffmann ser encaminhado para a sala de recuperação já consciente e os resultados fossem comunicados.

Dave e Knok foram os primeiros a serem avisados por um médico Glingon que trajava o padrão jaleco branco e a expressão mais amigável possível.

- Irei ser bastante direto- Começou- O estado de Hoffmann não é ruim. Sequelas não serão nenhum problema e logo estará podendo voltar às atividades. Com certa diminuição da carga de trabalho por um tempo logicamente. No entanto, com certeza estará um pouco afetado pelo que passou lá.

Os dois capitães estavam bastante felizes pela notícia. Agradeceram o médico, elogiando o trabalho feito e junto a Knok seguiu para o hospital.

- Oi! Como está se sentindo meu guerreiro?- perguntou Dave enquanto entrava vagarosamente na sala de recuperação.

- Estou melhorando! – respondeu ele com a voz um pouco oscilante e fraca.

- Fico feliz!- comentou Knok com um sorriso largo no rosto e todos o compartilharam, mas então os capitães se mantiveram em silêncio por alguns instantes e se entreolhando.

- Tenho muito a conversar com você meu amigo, porém tem uma pergunta que tenho que lhe fazer antes... – O humano tomou a frente e tentou ser mais direto, pois cada segundo perdido era valioso.

Bruno apenas assentiu e pôs-se a falar, demonstrando já ter conhecimento do assunto que estavam entrando.

- Eu vi meus resultados. E bom, já tentei por algumas vezes me lembrar de algo que possa ter dito ou alguma lembrança que me veio nos últimos dias, mas nada. O que lembro são apenas fragmentos do que aconteceu naquele lugar infelizmente.

Dave e Knok ficaram um pouco desanimados, pois a única chance que tinham para saber o que poderia estar vindo em frente havia falhado. Assim como já haviam planejado eles continuaram por lá e fizeram companhia a Hoff antes de tomar seguintes providências quanto ao caso.

As coisas estavam esfriando de modo que as pessoas pudessem descansar um pouco dos eventos anteriores, porém o peso mental deixava qualquer um extremamente em alerta naqueles quatro dias seguintes.

- Dave! Dave! Slash mandou um alerta- anunciou Steve- Parece que um dos planetas colonizados do sistema Ocin foi atacado.

- Oi? Tem certeza Steve- indagou Dave surpreso.

- Sim! O aviso acabou de chegar, parece que o planeta fora devastado. Realmente difícil de acreditar.

- Ligue para Slash- ordenou Dave, o qual estava na sala principal da ICS sozinho, onde passava a maior parte do tempo. Um silêncio se sucedeu.

- Steve?... Steve!?...

Nada de resposta. De repente uma grande onda invisível passou pela sala e todos os computadores e aparelhos começaram a indicar sinais de alerta, deixando o local iluminado por luzes vermelhas. Junto á onda foi capaz de ouvir um som grave e eletrônico à medida que esta avançou.

Dave estava confuso, saiu de sua sala e já ao ar livre percebeu que todo o porto estava com os sistemas falhando. Vários soldados corriam de um lado para o outro tentando resolver diversos problemas que estavam surgindo.

Ninguém entendia o que estava acontecendo. Não parecia um ataque de pulso eletromagnético, pois os componentes pareciam intactos, mas tinha origem parecida.

Um jato que estava no espaço pousou rapidamente e seu piloto, que corria em alta velocidade, veio ao encontro de Dave aos tropeços.

- A TERRA!... – tentava dizer sem fôlego- Está prestes a ser... atacada... Uma nave obscura gigante junto de diversas outras passou em direção à Terra. Os canhões não dispararam.

- Merda!!! – Dave se exaltou. Pensou em enviar um alerta para que todos se preparassem para decolar, porém nada funcionava.

- Vá até a frota Beta e ordene que eles comandem os canhões de Marte manualmente- Disse Dave enquanto abordava outro soldado que passava por ali- Você! Avise os engenheiros elétricos, computacionais e quem mais for necessário para nos colocar em funcionamento novamente!

Dito isto Dave correu até uma grande estrutura com um sino no meio e o tocou. Aquele era um alerta reserva para que se a Terra ou Júpiter estivesse em perigo. Uma idéia que não achou que usaria algum dia, mas que seria a salvação.

Em pouco tempo diversas naves estavam no ar indo em direção à terra a qual estava sendo invadida em quatro pontos. A principal e mais crítica era em uma cidade na Alemanha.

A aproximação foi feita, mas as naves da sociedade e alguns canhões de defesa terrestres impediam qualquer um de entrar em órbita. Por sorte os grandes armamentos principais não caíram nas mãos de Calic.

- Como eu não posso entrar no meu próprio planeta? Alguém pode me explicar!- Questionava Dave na cabine da Slipstar.

- Senhor, podemos enviar tropas para a terra em nossas cápsulas. Elas são rápidas e pequenas.

- Então prepare, quero todas as tropas preparadas. Temos que defender os civis- Ordenou Dave enquanto Kiren, Seth e Luana entravam na cabine.

- Dave, se conseguirmos acessar um dos canhões, com os códigos de conexão entre eles, podemos controlar ele e os demais sem ter que ir até os outros. Permissão para ir na missão – disse Seth recebendo uma resposta imediata.

- Não! Quero vocês três lá embaixo, o ataque à Alemanha está pesado. Diversas tropas estão seguindo para lá de nossa base na terra. Vocês coordenarão um plano de defesa, quero civis à salvo e o avanço das tropas da sociedade contido. Luana, Você comandará os jatos- À medida que o capitão falava os três batiam continência e assentiam com a missão- Preparem-se para entrar na câmara de vácuo. A armadura aguenta o calor, usarão propulsores dela mesma para frear a queda. Quanto ao plano do canhão eu mandarei uma equipe grande até lá.- Disse Dave rapidamente enquanto fazia diversas coisas na cabine.

- SIM SENHOR- responderam os três em uníssono e saíram rapidamente.

- Knok, aparece logo- disse Dave para si mesmo. Um veículo havia içado encarregado de avisar Knok sobre o ataque, pois ele se encontrava na Europa de Júpiter.

Seth, Kiren e Luana foram lançados em direção à cidade atacada. Em alta velocidade ultrapassaram a atmosfera e com a ajuda de propulsores a jato pousaram em segurança no solo.

Era uma confusão. A Cidade havia se transformado em um campo de guerra. Era noite naquela região, porém dava para se ver o cenário claramente devido á grande quantidade de luz.

Prédios estavam em chamas e desmoronando, postes caídos, carros quebrados. Uma trágica cena de campo de guerra.

- Meu Deus- falou Seth descrente da situação.

- As coisas não estão muito bem por aqui!- exclamou Luana.

No mesmo instante um esquadrão de aliens apareceu frente a eles. Haviam alguns Sacs e seres de pele cinza escuro e dentes extremamente afiados, chamavam-se Fous. Ambas as espécies não utilizavam armadura sobre o corpo e compunham uma equipe de dez soldados. Os solares se colocaram em posição de ataque.

- Finalmente iremos lutar juntos de verdade- comentou Seth com um sorriso largo no rosto e logo se distraiu em outro comentário- Caramba! Nós nunca lutamos jun...- O humano foi interrompido por um dos Fous que avançou em velocidade absurda e o agarrou e ambos voaram alguns metros para trás.

- Tenho que admitir que ele tem razão- disse Kiren o olhar para Luana que apenas revirou os olhos e ambos partiram para cima dos inimigos.

Eles tentaram disparar contra os solares, mas a armadura conseguiu conter bastante parte dos disparos que foram devolvidos pela boca dos fuzis.

Assim que se aproximaram partiram para o combate corpo a corpo Como sempre, estava tudo em extrema sincronia á medida que acertavam golpes brutais e realizavam disparos até Seth entrar na dança.

O Fous que estava enfrentando foi abatido assim como os outros nove restantes.

Nenhum ferimento aparente mostrava que aquela equipe não estava de brincadeira, mas a prova real viria a seguir.

Um grande robô aterrissou brutalmente e se armou contra os soldados. Ele possuía cerca de dois metros e meio de altura e tinha a forma humanóide extremamente massiva. Em suas mãos havia metralhadoras e canhões.

- Wow. Parece que chegou um cara novo para a festa- Comentou Seth com seu tom padrão.

- Espero que seja tão poderoso quanto aparenta- completou Luana quando então o inimigo acionou a arma da sua mão direita. Rapidamente os três socaram um objeto no chão fazendo uma barreira semitransparente surgir e os proteger. Ela possuía três cores, respectivas às armaduras que a geravam.

Assim que centenas de disparos atingiram a superfície em poucos segundos, Seth e Kiren saíram pelas laterais tentaram provocar com tiros.

Isso chamou a atenção do adversário que com uma mão lançou mísseis contra Kiren e a outra continuou com a metralhadora em Seth. Ambos correram para escapar com vida quando Luana também fez sua provocação.

Sem mais opções ele fez serras circulares saírem de seu peito e irem em direção à humana que desviou dos dois primeiros e entrou em um salto com giro horizontal.

Os objetos passaram acima e abaixo de seu corpo que girava no ar, mas o terceiro e último iria a atingir se ela não usasse seu reflexo para pegá-lo.

Á partir daí a cena pareceu ensaiada, pois cada um exerceu seu papel específico e minuciosamente calculado para derrotar o grande robô. Luana lançou o disco que cravou na cintura do alvo enquanto Kiren avançou correndo até ele e chutou o objeto cortante. Isso fez com que terminasse de atravessar o corpo e ele o pegasse já na parte de trás. Com a serra em mãos ele a passou pela parte de trás das duas pernas e a lançou como um frisbee para Seth.

O humano a pegou e lançou em direção ao pescoço arrancando a cabeça do robô.

- Dez pontos para a Grifinória- Dizia Seth á medida que o monte de ferro caia no chão.

- É impressionante como você não para- Comentou Kiren surpreendido com seu amigo que tentava sempre descontrair as situações tensas.

Enquanto os três olhavam ao redor pensando em como prosseguir Lucas apareceu.

- Seth! Que bom vê-los. Como já devem ter percebido as coisas estão feias por aqui... Estou seguindo com estes homens para nordeste, há muitos civis na rua. Tentaremos contê-los e despachar-los em uma nave que irá para uma região segura. Muitos soldados estão reunidos alguns quarteirões daqui- disse Lucas apontando para o sudoeste- Vão até lá! Com certeza precisarão de ajuda.

- Já estamos indo então- Disse Seth olhando seu melhor amigo. No fundo ele sentiu uma grande vontade de abraçá-lo e foi o que fez- Fique bem amigo!

- Você também!- Lucas retribuiu o gesto

Após despedirem-se rapidamente, os três seguiram caminho e encontraram os tais soldados, dentre eles Christopher e sua equipe.

- Que bom que chegaram!- falou ele alegremente tentando fazer sua voz ser ouvida em meio ao barulho caótico- Os ataques não param de acontecer.

- Olá Christopher, bom ver você também!- Disse Kiren rapidamente e depois perguntou- Quem está no comando?

- O tenente Marcos ali- Apontava para um homem alto com vestes militares de alto nível.

- Obrigado!- Os três seguiram rapidamente até Marcos que estava orientando uma pequena equipe de soldados.

- Tenente Marcos? Eu sou Seth. Venho dar informações sobre lá encima.

- Ah Seth, ótimo! Estávamos precisando!- Exclamou ele aparentando mais empolgado.

- As comunicações estão muito falhas, pois nossos sistemas estão paralisados. Diversos métodos mais simples estão sendo utilizados para que uma nave informe a outra. Nossas frotas não conseguem entrar devido aos sistemas de defesa estarem sob controle da sociedade. A ideia é conseguir acessar algum dos grandes canhões terrestres e reconfirgurá-los. Um equipe já foi enviada nessa missão e outras mais já estão por vir dando reforço.

- Entendido. Por aqui está mais ou menos sob controle. Alguns canhões subterrâneos foram ativados e subiram para a superfície. Eles deixarão o céu limpo para os jatos poderem trabalhar. Christopher irá inclusive comandar a equipe dele para defender um destes canhões, pois são muito essenciais.

- Dave me ordenou que liderasse o esquadrão aéreo- Avisou Luana.

- Certo. Kiren, você pode seguir conosco para a avenida principal, lá será nossa frente de defesa. Seth, você e um grupo menor irão até o local onde uma nave pousou não tão longe daqui. Preciso que os abata, pois estão fora do alcance de nossas tropas.

- Sim senhor- consentiu Seth e os três saíram cada um para sua missão.

Grandes canhões estavam acionados atirando em naves inimigas e permitindo assim que os jatos solares decolassem para dar cobertura a uma área maior.

Dave tentava restabelecer a comunicação, porém enquanto tal realidade não se concretizava, diversas naves menores viajavam pela via láctea pedindo ajuda para impedir a entrada de mais naves da sociedade no planeta.

Knok estava prestes a chegar, pois tinha que mover um grande grupo para próximo de Júpiter, o qual estava sob suspeita de invasão.

Ele se encontrava sozinho na cabine de uma nave de médio porte a caminho da Slipstar quando então a presença de alguém misterioso fez-se presente e ele a sentiu. Knok nem precisou virar-se para saber de quem se tratava.

- Então ficará nas sombras nesse canto aí- disse Knok sem se virar- Já esperava sua vinda.

Neste momento o ser de armadura vermelha avançou um pouco e falou.

- Olá Knok, não poderia perder a chance de encontrar você cara a cara- sorriu por baixo de seu capacete.

- Confesso que me senti um idiota por ter demorado tanto para descobrir quem está por baixo dessa sua armadura- comentou Knok agora virando e olhando diretamente para o ser- Seu olhar para Kiren naquele bar... Pensei que matar Caser e Kira teria sido o suficiente para você...

Ele riu novamente.

- Acho que você deve ficar bem confortável em ter e mim para lembrá-lo de seu passado. Se bem que a marca em seu rosto foi uma obra linda que consegui para amaldiçoá-lo- Knok ficava irritado- Sabe o que é mais interessante nisso tudo. Naquele fatídico dia nós dois passamos por uma situação extremamente marcante, porém eu não sinto nada por aquela época, o que me faz perguntá-lo: Você superou o passado meu caro colega.

Knok rangeu os dentes com grande raiva, mas teve calma para responder seu inimigo.

- Sim, aquilo ficou no passado, porém para isso eu tive que libertar os monstros do passado quando revelei a verdade a Kiren, e eles me trouxeram um sentimento ruim. Entretanto creio que você que se diz indiferente com tudo isso não parece ter enfrentado as conseqüências ainda, mas aguarde, pois algum dia elas virão.

Naquele instante Knok partiu para cima com fúria nos olhos. A luta seria totalmente desproporcional, pois a armadura que o assassino dos pais de Kiren era extremamente rígida e Knok não tinha nada nos punhos. Entretanto a pele dos Glingons é mais firme e resistente do que a dos humanos dando uma leve chance de Knok lutar.

Knok investia contra seu inimigo tentando golpes em sua face de modo a acertar alguns, porém os golpes que recebia em troca mostravam-se dolorosos. A cena se repetia, os dois lutando um contra o outro brutalmente em um segundo round da vida. Foi Knok quem retirou uma adaga desta vez visando causar mais dano no inimigo o que deu certo, algumas investidas faziam a lâmina entrar em algumas frestas da armadura. O ser sentia uma certa dor apesar de não recuar e continuar a atacar.

Knok não sobreviveria naquela luta por muito tempo de modo que seu braço direito foi bloqueado enquanto tentava um estocada, em seguida , com um soco na mão, o alien o acertou e fez a arma branca voar para longe indo ao chão.

Agora desarmado o Glingon teve de lutar mais recuado ficando à beira de receber um golpe feroz ou até mesmo mortal. Nesse instante, a porta da cabine se abriu e um raio azul cortou o ar acertando em cheio a aradura que voou de encontro com a parede. Era Frena com uma espingarda de plasma na mão. Ela avançou e disparou novamente enquanto o ser tentava se levantar o lançando na parede novamente. No entanto, antes que fosse atingido uma terceira vez ele foi teletransportado para fora dali, provavelmente havia ido para a grande nave obscura da sociedade que pairava longe.

- Knok, você está bem???- perguntava ela se aproximando de Knok que estava no chão com ferimentos no rosto que sangravam.

- Sim Frena. Muito obrigado! Se não fosse você não sei o que teria acontecido- agradeceu Knok sorrindo de leve e levantando com auxilio de sua subcapitã.

- O que aquele cara estava fazendo aqui? Como ele entrou? Você devia ter pedido ajuda Knok- questionava ela sem entender levando ele até uma cadeira que se levantou do chão.

- Pelo visto nossos amigos tem teletransporte. Eu silenciei o aviso da presença dele, eu precisava de fazer isso- dizia ele olhando sua parceira pegar alguns equipamentos médicos para fazer um curativo.

- Me desculpe Knok, mas nenhuma questão pessoal deveria ser motivo para alguém entrar numa luta como essa. Poderia ter morrido, sorte que eu resolvi vim dar apoio na cabine e ouvi os sons de combate- comentou ela dando uma bronca em Knok ao passo que colocava curativo nas feridas mais severas visando para o sangramento.

- Eu sei Frena, me descul... Aí- resmungou ele quando ela pressionou álcool em um corte profundo em seu braço. Ela o olhou em desaprovação e ele sorriu bobo- Precisamos chegar na Slipstar o mais rápido possível- disse ele.

- Não se preocupe o motor já está pronto para partir- respondeu ela encerrando o curativo e acionando a dobra espacial através de uma tela em seu braço. Não demorou para que chegassem e subissem a bordo da gigante Slipstar

A cada momento que se passava os tinham que recuar mais suas naves devido aos canhões e mais naves da sociedade apareciam no sistema solar tento que entrar em combate com os solares, os quais tinham a desvantagem de estarem desorientados devido a quebra na comunicação. Mesmo com o apoio dos canhões de júpiter a situação ainda era perigosa devido ao fato de que estes também haviam sido afetados pela falha dos sistemas, de modo que apenas pequenos disparos fossem realizados.

- Senhor. Estamos sofrendo algumas baixas, a coordenação de nossas naves esta falha. Sugiro que ataquemos com a Slipstar- avisou um soldado humano entrando na cabine onde se encontrava Dave.

- Levarei a Slipstar para o campo de batalha, creio que nenhuma outra nave da sociedade passará por aqui. MAS EU PRECISO DAS COMUNICAÇÔES FUNCIONANDO NOVAMENTE. - gritou ele- NÃO É POSSIVEL QUE DOS TECNICOS QUE TEMOS, NENHUM SABE ME DIZER COMO CONSERTAR ISTO.

- Irei ver se consigo me informar- disse o soldado saindo apressado da cabine.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top