Ameaça direta
Levou pouco mais de vinte minutos para que Dave e Knok chegassem até a sala para atender ao chamado urgente de Bruno.
- O que foi Hoff. Disseram-me que era de extrema urgência. - Falou Dave aparentando estar levemente cansado, assim como Knok.
- Alguém hackeou nosso computador.
Esta simples frase fez com que Dave e Knok paralisassem.
- Como assim Hoff? Você tem certeza disto?- questionou Knok surpreso.
- Eu também fiquei assustado, mas é o que está aqui- Disse apontando para o quadrado grande e fino de vidro que era a tela do computador- Me parece que o chip não deu errado e sim o hacker invadiu o sistema e conseguiu ter o controle. Além de quase matar Luana ele ainda apagou tudo sobre o projeto que pelo visto tinha funcionado perfeitamente. No lugar da memória do chip foi colocada uma mensagem na nossa língua, mas eu não ouvi, pois esperei vocês cheguem.
- Mas hackeados assim tão facilmente, sem nenhum alerta prévio do sistema, nenhuma resistência por parte de Steve- disse Dave intrigado com aquela situação.
- Bom, pelo que sei, o tipo de unidade que nos invadiu seria sim detectada por Steve, além de acionar algum alerta de nossos sistemas de segurança, porém, depois de analisar muito ,cheguei a uma conclusão que me assusta um pouco.
Todos tinham agora suas atenções totalmente voltadas a Hoffmann que disse algo que despertou certa insegurança nos capitães interestelares.
- Há sim um modo de esta unidade ter infiltrado nos nossos computadores, e para isto ela já teria que estar aqui dentro escondida. Os dois modos para isto seria uma falha no começo da inicialização de todo o sistema da base, o que creio particularmente que seja improvável, pois teríamos descoberto pelo menos um mero vestígio de um corpo estranho durante tanto tempo; ou que ele tenha entrado durante um momento nem que seja de apenas um segundo de interrupção ou falha dos sistemas da base...
Então foi aí que tudo se tornou um pouco claro a Dave e Knok, enquanto Kiren e Seth não compreendiam muito.
Knok se virou para Dave e disse o mesmo que ele estava prestes a dizer.
- O apagão... Eu sabia que aquilo não era à toa.
- Exatamente Knok, aquele apagão tirou Steve do ar por um instante. Ele teria sido o suficiente para dar uma janela de infiltração desta unidade que nos hackeou, ou seja, a onda de energia que você deduziu que poderia ter provocado o abalo, no fim das contas pode não ser uma simples dissipação de energia, e sim uma unidade de PEM.
- Então penso que nossa situação seja pior do que imaginávamos, estamos lidando com um inimigo que possui planos premeditados em relação a nós- Dave falou com uma mão no queixo e a outra apoiando seu cotovelo se movimentando na sala.
- Hoff ligue a tal mensagem, por favor- pediu Knok.
Hoffmann bateu o dedo em uma pasta e imediatamente o rosto de uma coisa parecendo uma pessoa com a feição quase que totalmente na cor preta foi revelada.
- OLÁ! PARECE QUE VOCÊS JÁ ME CONHECEM. EU QUE DIRIGIA A NAVE QUE ACABOU COM A SUA DE RECONHECIMENTO. APESAR DE INFELISMENTE NÃO CONSEGUIR O MEU OBJETIVO QUE ERA MATAR SETH E KIREN E VINGAR OS STARLINGS, POIS, AO CONTRÁRIO DE VOCÊS, NÓS SEMPRE SOUBEMOS QUE ELES SOBREVIVERIAM. NÓS NOS CHAMAMOS DE A SOCIEDADE, TODAS AS RAÇAS QUE ESTÃO AQUI ERAM A FAVORES DA GUERRA E FORMAVA O SISTEMA DE DEFESA PRINCIPAL DOS STARLINGS. EU PARTICULARMENTE ME CHAMO CALIC, PRAZER... LEMBRAM-SE DO GRUPO QUE TENTOU ATACAR O PLANETA STAR HÁ ALGUMAS GUERRAS ATRÁS... É, FOMOS NÓS QUE MATAMOS TODOS, CONFESSO QUE DEU UM POUCO DE TRABALHO, MAS NÓS AGORA ESTAMOS MAIS FORTES, EM MAIOR NÚMERO E COM MAIOR TECNOLOGIA. MATAR OS STARLINGS PODE TER SIDO UMA AÇÃO GLORIOSA, MAS QUE DESPERTOU A NOSSA FÚRIA. AGORA NÓS VAMOS ATRÁS DE VOCÊS, DESTRUIR O SISTEMA SOLAR E QUALQUER UM QUE FICAR EM NOSSO CAMINHO. VAMOS VINGAR OS STARLINGS E NÃO ADIANTA ESCONDER ISTO DA POPULAÇÃO, POIS ESTA TRANSMISSÃO ESTÁ PASSANDO EM TODOS OS CANAIS DE TODAS AS TELEVISÕES DO SISTEMA SOLAR. SE PREPAREM, POIS EU VOU PEGAR VOCÊS.
Depois desta frase a tela ficou sem sinal chiando e depois se apagou.
- Bom... O povo já compreende a situação e deve neste momento estar entrando em pânico, temos que pensar em algo.
- Sim Hoffmann, e creio que estejamos todos em situação de pânico. Irei entrar em contato via mensagem com a população em instantes ao lado de Dave, contudo, antes disto, temos que já organizar uma resposta a essa ameaça- comentou Knok também aparentando estar incomodado.
A sala era um silêncio onde todos estavam pensando em algo a se fazer. Seth e Kiren não estavam muito por dentro da situação, porém, antes que Seth perguntasse algo, Dave deu a ordem e saiu da sala correndo junto a Knok deixando os dois lá.
- Hoffmann, você e Steve, analisem os dados do sistema profundamente em busca de resquícios desta entidade. Eu pretendo organizar uma frota para ir ao local em que foi avistada a tal nave desconhecida pela última vez para ver se encontro algo.
- Está bem Dave, já farei isto e vou reforçar os radares e sistemas de detecção. Esta tal de sociedade provocou em desafiar minhas habilidades de rastreamento desta maneira- disse Bruno Hoffmann confiante.
- Eu irei contigo Dave, prepararei minha nave. Gustav ficará aqui para entrar em contato com o líder dos Ocins, Slash, e de outros sistemas aliados para avisar da possível ameaça.
Dave virou-se para Knok em sinal de consentimento e então saíram.
Kiren resolveu ficar e auxiliar Hoff enquanto Seth pensou em ir ver Luana que àquela altura já devia estar melhor. Ao sair da Centrix viu que Dave estava indo em direção ao centro hospitalar em que estava Luana. Sua vontade era conversar com ela mais particularmente, sendo assim, resolveu ir conversar com os seus antigos amigos.
- Oi... Tá melhor?- perguntou Dave entrando devagar na sala de repouso de Luana que estava em uma cama com alguns medicamentos sendo aplicados e falando baixo.
- Sim... - Respondeu Luana com uma voz baixa e um pouco rouca.
Dave se sentou em uma cadeira do lado da cama quando ela olhou bem no fundo de seus olhos percebendo sua aflição. Logo entendeu que não se tratava apenas da preocupação com aquela mensagem que ela também havia visto. Luana desviou o olhar para o teto, respirou fundo e depois virando lentamente de volta para ele, disse.
- Quando você vai contara ele?
Dave, que estava um tanto cabisbaixo, fez uma cara de desentendido e disse ainda baixo.
-Dizer o que e a quem?
- Não se faça de bobo, coisa que você não é.
Luana olhou fixo em seus olhos com uma cara séria que fez com que Dave se desculpasse e respondesse à sua pergunta.
- Tá, desculpa. Mas você não acha que ele vai ficar com raiva? Eu coloquei a vida dele em risco e já praticamente tinha o perdido.
- Primeiro,você colocou a vida dele em risco para ficar perto, pois não sabia se você sobreviveria para vê-lo de novo, segundo, ele vai ficar triste ou com raiva é se você não contar a verdade.
- Eh... você tem razão...- Dave se silenciou por um tempo e depois disse mudando um pouco o assunto- Você gosta dele não é?
- Ah, ele me salvou praticamente. Se ele não tivesse sido preso, se não tivesse poupado minha vida e não mostrasse que podia ter uma chance de voltar para onde vim, eu ainda estaria lá, presa, com aqueles alienígenas. Ele é mais que apenas um amigo. Ele é quem me acordou daquela vida fora da minha espécie. E também admito que seu filho é um tanto bonito, apesar de não o conhecer bem. - concluiu Luana sorrindo.
Dave retribuiu o sorriso, se levantou e antes de sair da sala ele disse.
- Eu não conseguirei contar a ele. Ainda mais neste clima de tensão. Eu lhe peço que conte em meu nome, eu não o deixarei ir conosco na missão que estamos planejando, não posso perdê-lo de novo.
Dave fechou a porta devagar e após ter ouvido estas palavras, Luana soube que Seth ficaria bastante bravo por ficar de fora.
Dois dias se passaram e estava na hora de todos partirem.
- Kiren, vai ser bom lutar de novo depois de tanto tempo cara. Eu sei que seria loucura ficar querendo ir pra guerra, mas eu ficaria aqui fazendo o que? - comentou Seth enquanto escolhia algumas armas de uma mesa, localizada ao lado da rampa de entrada da nave humana.
- É, eu acho que estou fora de forma. Mas Seth, desde o incidente com o chip você não foi ver Luana?... E eu sei que você tem algo ai por ela, pois desde que vi vocês dois juntos pela primeira vez, quando entraram na nave humana escondidos, eu percebi o jeito que você olhava pra ela.
Seth deu um sorriso e disse.
- É... eu a visitei, mas ela estava desacordada por causa de um procedimento.... Sabe, desde que eu a vi, percebi algo no rosto dela que me trouxe um sentimento estranho. E desde então eu sinto isto.
Kiren não se conteve e riu um pouco de seu amigo desorientado e com vergonha.
- Parece que meu a amigo aqui tá apaixonado!
- Pronto para partir- interrompeu Dave.
- Sim- disse Seth.
- Não. Seth, hoje você fica aqui. Não posso ariscar você de novo. –Dave evitou ao máximo olhar em seus olhos e começou a se retirar.
- Ah, para de brincadeira. Além do mais você não é mais meu capitão- Cruzou os braços como se fosse começar a fazer pirraça.
- Eu não estou brincando e também não mando mais em você, mas sou capitão desta nave e desta base e não aceito que você vá- Dave apenas olhou por cima dos ombros e pronunciava aquelas palavras em um tom firme e decidido capaz de deixar Kiren sem lugar.
- Você não...
- VOCÊ... NÃO... VAI! - disse Dave pausadamente e um tanto grosso.
- Mas Dave...- Kiren foi o interrompido desta vez.
- Entre logo Kiren e Seth fique aqui. Cuide bem de Luana.
Após Dave dizer isto, com os dois já na nave, a rampa subiu e Seth com muita raiva e decepção não teve reação apenas observando a decolagem.
Após meia hora, quando a nave já saiu a encontro dos Glingons, Seth bateu na porta do quarto de Luana levemente e depois entrou.
- Vejo que Dave realmente não te deixou ir!- falou Luana com uma voz um pouco baixa e com um leve sorriso, pois a companhia de Seth a deixou mais confortável.
- Só não entendo por que. Ele falou que não queria me perder de novo, mas não foi só ele que me perdeu...- Foram alguns segundos de silêncio até que Seth suspirou e disse- É... Mas eai, está bem?
Seth se sentou em um banquinho do lado da cama.
Luana fez que sim com a cabeça e em seguida, ainda deitada, colocou sua mão esquerda sobre a mão de Seth, que estava sobre a cama o fazendo olhar diretamente em seus olhos.
- Estou bem...- ela ficou como se quisesse dizer algo e após pequenos e poucos segundos finalmente começou - Seth, Dave... ele não te deixou ir porque ele se preocupa com você mais do que com qualquer um, pois... ele é seu pai.
Seth se assustou um pouco, no entanto logo se recompôs dizendo.
- Pare de gracinha.
- Eu não estou com cara de quem está brincando não acha?- respondeu ela firmemente.
- Mas... Meu pai desapareceu desde que eu era pequeno assim como minha irmã.
Seth estava franzindo o cenho como se aquela notícia tivesse gerado uma série de confusões em sua mente de modo a começar a pensar em diversas coisas.
Luana largou a mão dele de leve e continuou falando.
- Ele não te abandonou, assim... de um jeito sim, mas na verdade a razão de ele fazer isto é que a guerra estava prestes a começar e ele era o capitão. Além do mais você nasceu praticamente no início da guerra... - Luana deu uma pausa pra continuar, a situação era delicada- Após Dave revelar que você era filho dele, ele me contou sobre o que havia acontecido antes daquela guerra na qual eu defendia os aliens de vidro.
Você nasceu pouco antes da guerra começar. Após cinco meses de vida um Bundni Riesen invadiu a base e saiu matando todos que estavam na frente, foi quando ele entrou em sua casa e te viu deitado em uma cama.
Seth começou a sentir uma agonia, porém não queria interromper Luana, pois estava curioso só que ela percebeu.
- Tudo bem Seth? Eu sei que deve ser um baque receber esse tipo de notícia- perguntou ela tentando confortá-lo.
- Não, não, continua, eu quero saber.
- Está bem. Como eu dizia, ele te viu e ligou sua espada, mas antes que ele o pudesse matar sua mãe entrou na frente o enfrentando. O grito dela chamou a atenção de Dave que estava chegando em casa. Ele pegou sua arma e ao passar pela porta que dava no quarto em que você estava, ele viu o Riesen com a mão apertando o ombro de sua mãe, enquanto a outra estava segurando a espada atravessada em sua barriga. Ele ficou com tanta raiva que atirou diversas vezes, até mesmo o Riesen já estando sem vida. Dave foi ajudar ela que já estava quase morta e que disse como seu último pedido com muito esforço" Dave, por favor, deixe nosso filho em segurança enquanto estiver nesta guerra". Dave concordou enquanto as lágrimas corriam por seu rosto como uma cachoeira e foi quando ela usou o que restava do ar em seus pulmões se despedindo "Eu te amo".
Seth ficou emocionado, pois agora sabia que sua família não tinha culpa por ele ter sido afastado de seu meio. Ele, deixando escapar uma lágrima, perguntou.
- Qual era o nome dela?
- Beatriz. Nome lindo não é.
Ele fez que sim com a cabeça. Depois de um período de reflexão ele se virou para Luana novamente.
- E minha irmã. Você sabe dela?
Para falar da irmã de Seth, Luana colocou sua mão na dele novamente e olhou nos seus olhos de novo, porém de maneira profunda.
- É com uma emoção grande que eu falo sobre ela porque eu não só sei, mas eu a vi durante a guerra. Ela me marcou de uma maneira imensurável.
Seth apenas inclinou a cabeça para o lado.
- Sua irmã foi para a guerra ao lado de seu pai. Ela entrou na nave, em que eu estava lutando do lado dos Trafs, com o mesmo objetivo que você e Kiren, destruir o reator principal, mas ao contrário de vocês, ela e seus companheiros Luka e Streger falharam. Os dois morreram no meio do tiroteio e ela foi capturada. Devido ao fato de a tensão estar grande naquele momento de conflito eu fui orientada a viagiá-la.
Nesse tempo em que eu fiquei com ela, senti diversos sentimentos explodindo no meu peito como se o passado viesse ao presente como uma bomba núclear. Estava eu ali, cuidando de um ser humano como refém, alguém com quem eu deveria estar lutando ao lado. Ela ao perceber que eu era humana me perguntou se eu estava traindo ou estava presa. - Luana soltou a mão de Seth deu uma pequena risada sem emitir som e depois continuou- Eu apenas ri de leve e depois disse que de certo modo presa, mas eu estava livre. Ela sem entender me contou que ela tinha uma família e que também sabia que iria morrer naquele dia e então me fez um único pedido, partindo do pressuposto de que eu estava do lado dela e confiou em mim, uma pessoa que a estava prendendo e levando para a morte. O pedido era que eu, se ficasse livre, entregasse a seu irmão, se eu o encontrasse, uma carta escrita por ela e de muita importância. Peguei aquela carta com uma dor no peito, não queria deixá-la morrer- Luana expressou certa emoção- Os guardas a prenderam do mesmo jeito que você... frente a frente vi eles a matarem sem fazer nada e tenho raiva de mim por isso até hoje sempre lembrando da cena e desejando ter lutado. Esse foi o grande motivo para eu não ter deixado que te matassem naquele dia e o ajudei a fugir. Quando soube que haviam capturado outro humano, todas aquelas memórias retornaram freneticamente e eu estava decidida a não repetir os erros do passado. Ainda não te entreguei a carta porque eu queria ter certeza de que era você mesmo, mas as circunstancias nos separaram antes disso.
Eu confesso que na hora que eu descobri que realmente você era o irmão procurado, eu entrei em desespero, pois você estava morto e nunca cumpriria o último pedido de uma garota de 19 anos que eu matei- encerrou ela cabisbaixa.
Seth estava escutando aquela história silenciosamente, imaginando tudo e sofrendo junto de sua "amiga" e ao perceber a tristeza em seus olho ele pensou que estava na vez dele de reconfortá-la.
- Não seu culpe pela morte da minha irmã, você não merece ter este remorso para o resto da vida. Fazer o que fez comigo era perigoso e qualquer um ficaria daquele jeito, entre a espada e o facão- Ela assentiu enxugando seu rosto molhado e logo em seguida se recompôs.
- Aqui esta ela, não a tirei do perto de mim desde que ela me foi dada, pois não queria perdê-la.
Ela se virou para o lado com sua mão indo em direção a uma caixinha quadrada de madeira azul escura, repleta de bolinhas azul claro, de onde retirou um pequeno envelope rosa fechado com a figura de um coração e entregou a Seth.
- Posso abrir?
- À vontade, e lhe juro que nunca nem sequer puxei este coração que fecha a carta- respondeu ela agora mais descontraída.
- Eu vou ler em voz alta porque você guardou esta carta por todos estes anos e merece saber.
Ele se levantou da cadeira e começou a leitura.
Querido Seth, eu sei que você ainda é um mero bebê e não tem como saber, nem entender pelo que nos estamos passando. Nossa mãe infelizmente morreu e estou muito abalada com isso, mas nem sequer penso em ter raiva de você, pois sei que não é sua culpa. Você pode pensar que nós te abandonamos e talvez nunca nos perdoar, no entant,o eu só quero que você entenda que foi para seu próprio bem. A guerra está difícil e não tenho certeza de meu retorno, por isso escrevo esta carta na esperança que você a leia e saiba que nossa mãe te amava muito, assim como nosso pai e eu te amamos também. É difícil saber que tenho um irmãozinho na Terra e que mal posso vê-lo e brincar com ele, mas saiba que onde você estiver eu estarei ai ao seu lado te dando todo o apoio que precisar para seguir em frente, sempre te vigiando e cuidando de você, assim como nossa mãe. No momento eu estou em uma mesa numa sala ao lado da cabine e com a companhia de meus companheiros. Tem uma nave nos confrontando e os tripulantes dela estão nos invadindo. Lucas e Streger foram segurar e dar cobertura na porta da sala para que eu possa terminar minha carta, mas eles não vão conseguir segurá-los por muito tempo então eu terei de dar Tchau e espero poder lhe escrever mais. Tenho que ir agora, mas saiba que nós amamos você e que gosto de sentir que mesmo à distância, você está aqui conosco. Boa sorte pequeno Seth.
Beijos, Laura.
Já no final da leitura a voz do nosso soldado se encontrava tremula e ao acabar ele pôs-se a jorrar água.
No fim da carta havia uma foto de Laura segurada por um clipe, ele o retirou e a olhou. Nela Laura estava dando uma risada com o cabelo solto, ele era liso, radiante e com leves ondas na ponta, vestia um uniforme preto igual a um das forças especiais da polícia. Ela estava com um braço sobre o ombro de um Glingon, provavelmente Streger, e o outro no ombro de um humano, provavelmente Luka. Estavam todos rindo o que fez Seth soltar um leve sorriso vendo a felicidade da sua irmã.
- Ela era linda... Na foto está parecida com você- Disse Seth emocionado.
- Não só na foto, ela realmente tinha uma semelhança- respondeu ela também observando a fotografia.
- Obrigado por me contar isto. - disse Seth abraçando Luana forte e ela retribuiu.
Enquanto eles se abraçavam Kiren entrou devagar, mas sem bater na porta e quando viu os dois acabou dizendo por reflexo.
- Opa! Foi mal- rapidamente retornou com sua cabeça para fora do cômodo fechando a porta.
Os dois interromperam o momento então ela gritou.
- Kiren! Entra.
Ele obedeceu entrando devagar e em seguida fechou a porta dizendo.
- Desculpa aí, não sabia que Seth estava aqui apesar de ser óbvio- disse ele brincando.
- Você não poderia perder ele chorando né?- Ironizava ela.
- O que aconteceu?- perguntou.
- Sente- se, eu vou contar o motivo do choro dele e também outras aventuras que eu vivi enquanto vocês "dormiam"- disse Luana fazendo o movimento de aspas enquanto dizia a palavra dormindo. Kiren puxou uma cadeira até o canto da cama e então ambos se sentaram.
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