Se Você Realmente Me Ama, Vai Deixa Eu Ir

A sala do trono estava silenciosa, exceto pelo leves sons dos soluços de Helena, que se refugiava no abraço de seu irmão. Alexandre, sentindo a dor da irmã, a segurava com força, tentando oferecer algum consolo para ela e a si mesmo, em meio ao caos.

"Eu vou ver o rei", disse Alexandre, tentando manter a voz calma. "Preciso ter uma última conversa com ele."

Helena simplesmente levantou o olhar, com determinação. Ela balançou a cabeça levemente. "Eu não vou, o mesmo não merece minha presença lá depois de todas essas verdades", disse ela, com a voz firme.

O príncipe assentiu, compreendendo o fardo que ela carregava. Ele não queria forçá-la a nada.

Helena deu um passo para trás, olhando para o irmão com gratidão, mas também com uma dor profunda. "Obrigada", sussurrou ela. " Preciso de um tempo sozinha... preciso processar tudo isso."

Sem esperar resposta, ela se virou lentamente e se retirou da sala, seus passos ecoando de forma suave pelos corredores vazios do castelo. Alexandre a observou partir, respeitando o espaço que ela precisava.

Ao ficar sozinho, ele respirou fundo, preparando-se mentalmente para o que viria a seguir. Com o semblante sério, ele se virou e se dirigiu aos aposentos do rei.

A conversa mais aguardada

O príncipe entrou nos aposentos do rei com passos decididos, mas o ar estava pesado, quase sufocante. O rei, debilitado pelo seu acidente, estava deitado em sua cama. O príncipe ficou parado por um momento, observando o homem que, por tanto tempo, havia controlado seu destino.

"Alexandre, meu filho você veio me ver?", o rei perguntou com a voz rouca, e um sorriso em seus lábios.

O príncipe deu um passo à frente, sua voz fria e firme. "Não vim lhe ver Lionel. Vim para te dizer a dor que você causou a mim e a Helena por tanto tempo e o quanto você foi cruel."

Os olhos do rei estreitaram-se, mas ele não disse nada. O príncipe continuou.

Imagem gerada por IA

"Você destruiu nossa família. Não só com sua tirania, mas com sua indiferença. Eu vi o que você fez à nossa mãe... Eu vi você matá-la!", o príncipe cuspiu as palavras, sua voz se elevando pela primeira vez. "Tenho nojo de você, pai. Nojo por tudo o que fez, por ter destruído minha infância e a de Helena."

Do lado de fora dos aposentos reais, os criados, os guardas ouviam pela primeira vez o príncipe levantar a voz. Qualquer um que passava ali, paravam para escuta as verdades não ditas, mas que a maioria sabiam. O médico estava surpreso e o conselheiro Morgan transtornado com a audácia do principe.

"Vou lá acabar com isso agora!" disse ele, indo em direção aos aposentados do rei.

Antes que ele se quer abrisse a porta, os guardas os barraram e disseram, "Você, não vai a lugar nenhum, todos precisam saber da verdade!"

"Vocês me devem respeito, saiam da minha frente é uma ordem." exaltou Morgan com raiva.

"Os únicos que devemos respeito é ao príncipe e a princesa", disse um dos criados.

De volta aos aposentos do Rei...

Enquanto Alexandre jogava as palavras, o rei se contorcia em sua cama, tentando encontrar palavras para se defender, mas o príncipe o interrompeu antes que ele pudesse falar. "Você nos afastou, e para quê? Para exercer um poder sobre nós, baseado no ego, no medo? Isso não é realeza, isso é tirania."

A raiva no olhar de Alexandre era palpável. Ele deu mais um passo em direção ao pai, sem qualquer hesitação. "Agora eu vou me tornar tudo aquilo que você sempre desejou e me preparou: o rei. E toda Arandor saberá da verdade. Todos saberão quem você realmente foi e o que você fez."

"Quando eu for coroado", o príncipe continuou, com um tom decidido, "as histórias da magia voltarão a ser contadas no reino. Não serão mais silenciadas por sua crueldade. Aquelas histórias que você tanto odiava... minha mãe e minha irmã gostavam de contar e ouvir. Você nem podia imaginar, mas antes de Helena nascer, mamãe me falava sobre essas histórias mágicas. Toda criança terá o direito de saber como essa terra era antes de todos nós. Se eram verdade ou mentira, isso não importa. O que importa é a esperança que essas histórias traziam."

O rosto do rei ficou vermelho de fúria, suas mãos tremendo sobre os lençóis. "Essas histórias são perigosas.... Você vai destruir o reino com essa tolice!"

"Não", o príncipe respondeu, implacável. "Você já destruiu o reino com o medo e com sua ignorância. Eu vou restaurá-lo com esperança. E vou garantir que as crianças conheçam a verdade, que você tentou enterrar junto com a história de nossa terra."

O rei olhou para o filho com uma mistura de ódio e desespero, percebendo que estava perdendo o controle para sempre.

O príncipe deu um último olhar para o homem que havia sido seu pai. "Seu reinado termina agora. E o meu se inicia, para o seu desgosto."

O príncipe se virou, deixando o quarto sem olhar para trás, determinado a reconstruir o reino e apagar o legado de crueldade que o pai havia deixado.

Uma semana depois

Após a conversa com o príncipe, o rei não resistiu aos ferimentos e faleceu durante a madrugada. A notícia se espalhou pelo castelo, e logo o reino de Arandor estava de luto. A bandeira com o brasão do reino foi hasteada a meio mastro, e as ruas ficaram silenciosas. Todos sentiam a dor de seus príncipes, órfãos de pai e mãe.

Brasão de Arandor

No entanto, o luto oficial não durou muito. Apenas um dia após a morte do rei, Alexandre, ignorando as pressões do conselho, fez um comunicado inesperado. Mesmo os conselheiros tentando lhe persuadir, Alexander manteve sua palavra, não hesitou e simplesmente revelou toda a verdade ao seu povo.

Naquele dia o silêncio que se seguiu foi longo, antes que todo o povo de Arandor, com lágrimas nos olhos, aplaudiu em uníssono.

Hoje, uma semana após a queda do Rei Lionel, Arandor já está sentindo algumas mudanças. O príncipe Alexandre em seu primeiro decreto, dois dias depois do enterro de seu pai, dispensou todos do conselho, ele não confiava nos mesmos. Colocou como seu conselheiro primeiro, o que manda depois do rei, Bruce neto do último conselheiro de seu vô, tem experiência na área e é confiável. O príncipe também, ordenou que os criados abrissem todas as janelas do castelo, queria trazer de volta um pouco da alegria de sua mãe, pediu para reestruturar todos os jardins reais, reabriu a biblioteca real e o mais importante trouxe sua irmã de volta para o castelo principal.

Helena por sua vez, ainda processando todas as informações, já estava melhor, seu relacionamento com Alexandre estava evoluindo aos poucos, ela voltou para a parte principal do castelo, se acomodou onde antes era seu quarto, quando ainda era criança, lembranças vieram contudo, foram horas difíceis, mas com a presença de suas amigas e Selene, ela foi se acalmando.

Os criados e os guardas, voltaram a conversa entre eles, era possível ouvir risadas, histórias. Mas eles ainda sentiam falta de ver a princesa entre eles, mas eles estavam cientes de sua dor. No entanto, os cozinheiros reais ficaram surpresos ao verem a princesa se sentar em um banquinho, enfrente a bancada da cozinha e falar sua habitual frase.

"Olá, bom dia! O que estão fazendo hoje?" Helena perguntou graciosamente e com um lindo sorriso em seus lábios.

Todos ficaram animados e felizes com a presença de Helena, ela estava se erguendo aos poucos, isso era um fato e deixavam todos felizes, inclusive Alexandre.

Um mês se passou, desde a morte do Rei Lionel, e a três dias atrás Alexandre foi coroado o novo rei de Arandor. O reino já estava se habituando ao novo governante e as coisas no castelo, estava cada vez mais radiante. Helena, passou a fazer suas refeições com o irmão, os dois voltaram a se comunicar com mais frequência, e para se reconectarem voltaram a passear pelos jardins reais lembrando de quando eram crianças.

Desta vez não foi um sonho e sim uma visão

Helena tinha terminado seu treinamento com Diana, e estava passeando pelo bosque real. Um bosque que tem perto do castelo, ela gostava de ir ali desde pequena, sempre brincava entre as arvores. Mas enquanto andava, Helena sentiu um vento gelado percorrer seu corpo, trazendo consigo uma visão distante.

O que antes era um bosque, agora ela se via em um lugar diferente, quando ela focou sua visão, ela se viu em meio a uma floresta de arvores douradas, um símbolo diferente apareceu em sua frente, uma imagem da biblioteca real mostrando a parte proibida e um livro, mas o sentimento era diferente, dessa vez era de paz e não de trevas e escuridão igual aos sonhos. E ela voltou para sua realidade. Se sentiu um pouco tonta, mas voltou a andar, agora um pouco mais depressa para o castelo.

Em um reino distante, Karathiel também teve uma visão no mesmo momento, enquanto patrulhava em suas terras. Ela se viu em um bosque/floresta, de repente veio a imagem de um castelo e um símbolo. Logo ela voltou a sua realidade pensativa.

As duas voltaram ao seu percurso, até que ambas sentiram um calor incomum invadir seus corpos, e logo outra visão se formou: era uma floresta com arvores rosas, tinha uma arvore gigante e perto dela um poço de pedras, um símbolo e a ultima coisa que as duas viram em suas visões antes de desmaiarem foram olhos azuis para Helena e verdes para Karathiel.

Caitlin é quem viu Helena no chão, rapidamente foi até ela. "Helena, Helena...acorda!"

Helena aos poucos foi recobrando a consciência e logo estava em pé, chamando Caitlin para irem logo para o castelo. Caitlin a seguiu.

"O que aconteceu com você Helena, te achei desmaiada no chão!"

"Tive uma visão desta vez e foi forte por isso o desmaio, vi varias coisas diferentes e uma delas é a ala proibida da biblioteca. Está querendo me mostrar alguma coisa e eu vou descobrir. Vamos!".

Descobertas

Helena apressou o passo pelos corredores do castelo, com Caitlin logo atrás. Ao chegarem ao salão principal, avistaram Selene e Samantha conversando. Sem hesitar, Helena as chamou:

"Selene, Samantha! Venham comigo."

As duas trocaram olhares rápidos antes de seguirem Helena. "Para onde estamos indo?" Selene perguntou, mas Helena já estava apressada em direção à escadaria.

"Vamos até a biblioteca," Helena respondeu, sem diminuir o ritmo.

Caitlin, percebendo o nervosismo crescente no ar, se adiantou e começou a explicar: "Helena teve uma visão... ela viu várias coisas. E uma delas envolve a ala proibida da biblioteca. Eu a encontrei desmaiada na entrada do bosque, e agora temos que descobrir o que isso tudo significa."

As meninas a seguiram com passos rápidos, até alcançarem a grande porta da biblioteca. Helena não parou um segundo, atravessando toda a biblioteca e indo direto para a ala que, até recentemente, era considerada proibida. Graças ao seu irmão, aquele espaço agora estava acessível a todos.

Quando chegaram, Helena começou a vasculhar as prateleiras antigas, seus olhos passando por livros empoeirados e pergaminhos amarelados. Ela sabia que havia algo ali, algo que a visão havia mostrado. "Tem que estar aqui," murmurou para si mesma, enquanto suas mãos deslizavam sobre as capas dos livros antigos.

De repente, como se guiada por algo, seus olhos pousaram em um livro diferente dos outros. A capa era vibrante, com cores que pareciam se destacar em meio à monotonia das prateleiras empoeiradas. Ela soube instantaneamente: era aquele.

"É este," disse Helena, puxando o livro com cuidado. Virou-se para as outras com uma expressão séria. "Este livro... ele vai me ajudar a entender meus sonhos e agora essa visão repentina."

"Tem certeza, que é este livro?" perguntou Caitlin

Helena assentiu firmemente. "Eu vi este livro na minha visão." Com o livro seguro em suas mãos, elas saíram da biblioteca em direção aos aposentos de Helena.

Ao chegarem aos aposentos de Helena, Samantha e Caitlin entraram primeiro, enquanto Selene parou por um instante na porta. Com um sorriso misterioso, sussurrou: "É isso, garota...", antes de se recompor e seguir as outras.

Helena caminhou diretamente até a mesa. Suas mãos tremeram levemente enquanto abria a capa. O cheiro de folha antiga preenchia o ar, carregando consigo o peso de eras passadas. As primeiras páginas estavam repletas de símbolos misteriosos, mas ao se concentrar, ela percebeu que eram brasões, cada um representando um reino ou localidade distinta.

"Esses brasões... representam reinos diferentes dos nossos," murmurou Helena, folheando as páginas com mais urgência enquanto as meninas observavam atentamente. De repente, algo chamou sua atenção. Seus olhos se arregalaram quando ela viu o símbolo que reconhecia de sua visão recente: era um brasão.

Brasão de Galathrendil

"Galathrendil..." sussurrou Helena, espantada. "Um reino de elfos guerreiros..."

Ela ergueu o olhar para as amigas, surpresa. "Minha mãe me contava histórias sobre isso, sobre reinos de outros seres. E agora... isso prova que ela estava certa."

Samantha e Caitlin trocaram olhares de espanto e surpresa e Selene apenas assentiu, como se esperasse por essa revelação o tempo todo.

Determinada a descobrir mais, Helena marcou a página e voltou a folhear o livro. Em questão de minutos, seus dedos pararam sobre outro símbolo de sua visão. "Lorienel...," ela murmurou. "Uma floresta ancestral, habitada por criaturas encantadas."

Brasão de Lorienel

Chegando às últimas páginas, Helena encontrou o que parecia ser um mapa. Seus olhos percorreram os detalhes antigos e precisos dos reinos e florestas, mas o que a fez prender a respiração foi encontrar o nome de seu próprio reino.

"Arandor," disse ela, sua voz carregada de reverência. "Nosso reino está aqui também..."

Sem perder mais tempo, Helena começou a estudar o livro com mais atenção, procurando respostas. Sua mente estava focada em entender quem havia escrito aquelas palavras. Enquanto vasculhava as primeiras páginas em busca do autor, algo chamou sua atenção. Ela reconheceu o nome.

"Eu conheço esse nome..." disse Helena, parando por um momento. "Quando eu era pequena, ouvi meu pai falando dele. Ele foi um dos humanos que ajudou a fundar Arandor ao lado do primeiro rei. Ele explorou todos os territórios dessa terra."

Elas continuaram a folhear o livro, passando por brasões e mais brasões, cada um representando um reino ou uma terra esquecida pelo tempo. Helena estava concentrada. Ela parou de virar as páginas e olhou fixamente para o brasão de Lorienel.

"Se meus sonhos estão ligados a tudo isso..." murmurou Helena, quase para si mesma. "E a visão me trouxe até aqui, então... isso significa que eu preciso encontrar este lugar."

As amigas trocaram olhares, percebendo a seriedade no tom de Helena. Caitlin se aproximou mais, observando o brasão de Lorienel, uma floresta de criaturas encantadas.

"Helena, você acha que... seus sonhos estão conectados a Lorienel?" perguntou Samantha, tentando entender o que se passava na mente da princesa.

Helena assentiu, seus olhos cheios de determinação. "Esses sonhos me atormentam desde os meus cinco anos. Em todas as visões, sempre há uma árvore gigante... e um poço. Esses elementos sempre aparecem, e agora que vi esse símbolo... tenho certeza de que preciso ir até Lorienel." "O outro símbolo eu ainda vou descobrir, mas por hora esse serve."

Samantha franziu a testa. "Você quer dizer que vai sair de Arandor?"

"Sim. Se meus sonhos e visões estão me levando para lá, então eu tenho que seguir o caminho. Preciso descobrir o que isso tudo significa. Não posso continuar vivendo com essas dúvidas. Vou descobrir por que essas visões me perseguem."

As amigas ficaram em silêncio por um instante, sentindo o peso das palavras de Helena. "Estamos com você," disse Caitlin, colocando a mão no ombro de Helena.

Helena agradeceu às amigas com um sorriso sincero, o peso da decisão ainda fresco em sua mente.

Uma conversa entre Irmãos

Helena seguiu pelos corredores em direção aos aposentos de Alexandre, o coração acelerado. Não sabia como seu irmão reagiria, mas sabia que precisava contar a verdade. Ao chegar, ele estava sentado em sua mesa, concentrado em papéis.

"Alexandre, preciso falar com você" Sua voz era firme, mas carregava uma urgência que ele reconheceu imediatamente. Ele ergueu o olhar, preocupado.

Helena começou a contar tudo — sobre os sonhos que a perseguiam desde os cinco anos, as visões, o livro que encontrou na biblioteca e os símbolos de reinos que só existiam nas histórias de sua mãe. Ela falava rápido, tentando explicar a ele por que precisava seguir essa jornada.

"Eu sei que parece loucura, mas esses sonhos sempre me levam para a mesma imagem: uma árvore gigante e um poço. E agora, tudo está se conectando com esse reino, Lorienel. Eu preciso ir até lá, Alexandre. Preciso saber por que essas visões me perseguem."

"Helena, eu entendo o que você está dizendo. Acredito em você. Mas você não pode ir sozinha. Não é seguro... e eu não suportaria perder você também."

Ela olhou para ele com firmeza, o carinho entre os dois evidente, mas sua determinação era ainda mais forte. "Eu não estarei sozinha, Alexandre. Tenho minhas amigas, e além disso, eu sei me defender. Eu preciso fazer isso por mim."

Ela deu um passo à frente, olhando diretamente nos olhos dele, aqueles olhos verdes idênticos aos seus. Sua voz suave, mas cheia de convicção, disse a frase que quebrou a resistência de Alexandre:

"Se você realmente me ama, vai deixar eu ir."

O silêncio pairou no ar. Alexandre suspirou profundamente, percebendo que, apesar do medo, ele não poderia impedi-la. Ela era forte, determinada e pronta para enfrentar o que viesse pela frente. Afinal, ela não era mais aquela menininha que ele tentou proteger por tanto tempo.

Ele assentiu, relutante, mas aceitando a decisão dela. "Tudo bem, Helena. Vá. Mas me prometa que será cuidadosa... e que voltará para casa."

Helena sorriu, os olhos brilhando com a mesma determinação que sempre teve. "Eu prometo, Alexandre. Eu voltarei."

Em busca de respostas

Na manhã seguinte, diante do portão de Arandor, Helena e suas amigas estavam prontas para a jornada que as aguardava. Os cavalos estavam selados, as mochilas com suprimentos estavam seguras, e o livro junto com o mapa que Helena encontrara estavam guardados com cuidado em suas bolsas. A decisão havia sido tomada, e não havia mais volta.

Helena se despediu de Alexandre com um abraço apertado. "Eu volto, irmão", prometeu. Suas amigas, Samantha, Caitlin, se despediram de suas próprias famílias, trocando palavras de incentivo e confiança.

Já montadas em seus cavalos, Helena deu uma última olhada para trás, fixando os olhos no castelo e, especialmente, no irmão que tanto significava para ela.

Alexandre observou enquanto o grupo se distanciava, e por fim, quando não pôde mais conter, lágrimas escorreram de seus olhos. Ele sabia que ela era forte, mas o medo de perdê-la sempre o assombraria.

Enquanto Alexandre estava lidando com os seus próprios pensamentos, Selene, que até então estava em silêncio, aproximou-se dele com passos suaves. Quando estava perto o suficiente, ela inclinou-se e sussurrou algo em seu ouvido. As palavras de Selene o fizeram arregalar os olhos de surpresa, como se tivesse sido atingido por uma revelação inesperada. Ele tentou reagir, chamando por ela, mas ao virar-se, Selene já havia desaparecido, como se fosse uma sombra entre as árvores.

Sem saber o que pensar, Alexandre apenas sorriu. E, em silêncio, agradeceu a Selene por aquela verdade inesperada, a qual aliviou seu coração do medo.

Continua...

Quem é Selene? O que ela sussurrou para Alexandre?

Se preparem que agora vocês irão ser apresentados ao mundo da magia: trevas, elfos, anões, magos, criaturas encantadas e criaturas medonhas. Estão preparados?

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