Se Preparando para a Guerra

O grupo, agora fortalecido pelas novas armas das guardiãs, iniciou sua jornada rumo à batalha final. Com a espada de runas brilhando intensamente na mão de Karathiel e o anel pulsando com uma luz suave no dedo de Helena, todos estavam sentindo o peso da missão.

Karathiel, determinado a proteger Helena e os demais a qualquer custo, decidiu avançar na direção, garantindo que o caminho estivesse livre de perigos. Enquanto os unicórnios transportavam Helena, Borin, Barry, Caitlin, Samantha, Alexandra e Axel, a elfa movia-se com a graça e rapidez de um predador pela floresta.

Seus passos eram silenciosos, sua respiração controlada, e cada movimento parecia uma dança entre as árvores. Karathiel saltava de galho em galho com a agilidade de quem conhecia a floresta como a palma da mão. Suas botas quase não tocavam o chão, e seus sentidos apurados captavam cada som, cheiro e movimento ao redor.

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Os olhos de Karathiel, brilhando em tons de azul e dourado desde que a magia da natureza despertava nela, enxergavam além da escuridão da noite. Um simples balançar de folhas ou uma sugestão do vento era suficiente para que ela detectasse qualquer perigo. Seu arco se encontrava presa nas costas, enquanto sua nova espada parecia responder a cada emoção sua, emitindo pequenos pulsos de energia mágica.

Enquanto isso, o grupo mais atrás segue em silêncio, confiando na liderança da elfa. Helena, sentada no majestoso unicórnio de crina colorida, não conseguiu tirar os olhos de Karathiel. Mesmo distante, ela podia sentir o amor e a devoção da elfa, que fazia de tudo para os observar.

"Ela é incrível, não é?" murmurou Borin, montado em outro unicórnio, ao perceber o olhar fixo de Helena.

"Ela é..." respondeu Helena, com um sorriso cheio de admiração. "Mas o que a torna ainda mais incrível é a alma pura que ela carrega."

Alexandra, ouvindo a conversa, comentou:
"Já vi Karathiel lutando, já vi seu poder, mas acho que ninguém aqui entende o quanto ela está ligada à terra. É como se ela fosse parte da floresta."

Karathiel, alguns metros à frente, parou subitamente. Seus sentidos captaram algo. Ela levantou uma mão, sinalizando para que o grupo parasse. Observando atentamente, procurando pegadas no chão, sinais de criaturas que aconteceram no passado recentemente. Suas mãos deslizaram pela superfície de uma folha próxima, que parecia quase sussurrar para ela.

"Um grupo pequeno... mas perigoso", ela pensou, virando-se rapidamente para Helena e os outros.

"Continue pelo caminho seguro que indiquei. Preciso verificar isso. Não demoro!" disse ela com firmeza.

Antes que Helena pudesse protestar, Karathiel completou:
"Vou encontrá-los no próximo marco. Confie em mim."

E assim, ela desapareceu entre as árvores, um borrão de velocidade e graça. Suas emoções estavam em alerta máximo, mas em nenhum momento se deixavam levar pelo medo. Afinal, ela sabia que cada passo era pela proteção de algo maior: o equilíbrio de Lutharon e o amor que carregava por Helena.

Enquanto o grupo avançava, Karathiel continuava sua vigilância solitária, determinada a manter a passagem segura para seus companheiros. O vento parecia sussurrar em seu ouvido, as árvores a guiavam e, em cada salto e movimento, ela era um com a natureza que jurara proteger.

Karathiel, movendo-se com a precisão de uma sombra, atinge os rastros deixados pelos invasores. As pegadas pesadas e desordenadas revelaram um grupo de batedores orcs, enviados pelo Senhor das Trevas para explorar e, talvez, espalharam mais destruição pela região.

Ela foi encontrada em uma clareira cercada por árvores densas. Havia cinco deles, todos armados e rindo grotescamente enquanto discutiam o próximo local a devastar. Karathiel se moveu com o silêncio de um predador, posicionando-se entre os galhos altos, observando-os.

Seu coração queimou de fúria ao pensar em Lorienel, no massacre de seus habitantes e na Árvore da Vida destruída. Com um movimento fluido, ela retirou o arco das costas e preparou uma flecha. Sem hesitar, atirou, e a flecha atravessou os crânios do primeiro orc, silenciando-o instantaneamente.

Os outros se viraram alarmados, mas Karathiel já estava em ação. Ela saltou dos galhos com a leveza de uma folha, aterrissando silenciosamente atrás do segundo orc e cortando sua garganta com um golpe preciso. Antes que os outros pudessem reagir, ela disparou mais duas flechas, acertando um no peito e outro na garganta.

O último orc, percebendo o poder e a velocidade da elfa, partiu. Karathiel o perseguiu, movendo-se entre as árvores como se fosse parte delas. Quando o alcançou, desferiu um golpe certo com sua nova espada, que brilhou intensamente ao tocar a criatura, desintegrando-a em cinzas.

Ela respirou fundo, olhando ao redor. O grupo de batedores havia sido completamente aniquilado, e não restava nenhum rastro que pudesse indicar sua presença.

Mas, enquanto guardava a espada, um som baixo chamou sua atenção. Algo suave, um pequeno resmungo vindo das árvores próximas. Karathiel se transformou rapidamente, preparado para lutar novamente. Porém, o que viu a fez congelar.

Entre as folhas de um arbusto, uma pequena criatura mágica tremia de medo. Seus olhos eram grandes e desgastados, e suas asinhas estavam rasgadas e manchadas de sangue. Era uma fadinha, uma sobrevivente de Lorienel.

"Não... Pode ser?" murmurou Karathiel, ajoelhando-se lentamente para não assustá-la.

Ela conheceu a fadinha imediatamente: era sua amiguinha de infância, Lumi, que costumava acompanhá-la nas florestas de Lorienel, ajudando-a a encontrar as flores mais raras e compartilhando risos nos dias úteis.

"Lumi... É você?"

A fadinha resmungou algo em sua língua, claramente assustada. Karathiel estendeu a mão com cuidado, falando com a voz mais suave que conseguiu:

"Está tudo bem, pequena. Estou aqui agora. Você está segura."

Lumi hesitou por um momento, mas então, ao conhecer Karathiel, voou desajeitadamente para sua mão. A elfa descobriu que uma das asinhas de Lumi estava gravemente ferida, e seus olhos se encheram de lágrimas ao imaginar que uma pequena criatura havia enfrentado.

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"Sinto muito, Lumi. Eu deveria ter protegido vocês..." disse Karathiel, a voz embargada.

Segurando a fadinha com delicadeza, Karathiel fez uma promessa silenciosa: não deixaria mais ninguém sofrer como Lorienel. Ela tirou um pedaço de pano fino de sua bolsa e envolveu Lumi com cuidado, enquanto a pequena criatura olhava para ela com gratidão e confiança.

Com Lumi protegida, Karathiel voltou para o caminho, correndo com rapidez para encontrar seus amigos na próxima marca. Quando chegou, todos a aguardavam, montados em seus unicórnios.

"Kara!" exclamou Helena, desça rapidamente de seu unicórnio ao vê-la. "Você está bem?"

Antes que Karathiel responda, Helena vê Lumi em sua mão. 

"Ah... Uma sobrevivente..."

"É Lumi, uma amiga de Lorienel. Ela precisa de cuidados " disse Karathiel, entregando a fadinha para Helena, sabendo que as mãos gentis de sua amada seriam mais que adequadas para protegê-la.

Helena segurou Lumi com cuidado, sorrindo suavemente para uma pequena criatura, sua magia curativa já começando a trabalhar para restaurar a asa da pequena fada.

"Eu vou cuidar dela."

Karathiel assentiu, sua expressão suavemente suavizando-se ao olhar para Helena. 

"Obrigada."

"O que você encontrou?" disse Borin, descendo de seu unicórnio.

"Orcs batedores. Estavam explorando uma área. Eles não vão mais reportar nada." A firmeza na voz de Karathiel deixou claro o destino dos inimigos.

Borin deu um grunhido de aprovação, enquanto Alexandra comentou: 

"É melhor continuarmos rápido. Não sabemos quantos mais estão à frente."

Karathiel acabou, mas antes olhou para Lumi nos braços de Helena. 

"Eles estão se movendo rápido. Não temos tempo a perder."

E assim, com Lumi agora parte do grupo, o destino os chamou novamente para a guerra.

No centro de Lutharon

No coração de Lutharon, o caos reinava. O Senhor das Trevas, envolto em uma aura negra que parecia devorar a luz ao seu redor, observava com um sorriso cruel enquanto seu exército espalhava destruição por onde passava. As florestas ardiam, e as árvores, que antes sustentavam a vida e a magia do mundo, tornavam-se cinzas ao som de risadas grotescas dos orcs e criaturas das trevas.

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Grifos corrompidos sobrevoavam os céus, lançando sombras sobre o solo devastado. Trolls das montanhas marchavam com passos pesados, derrubando árvores centenárias, enquanto hordas de orcs saqueavam tudo em seu caminho. A cada vila destruída, a cada ser mágico capturado ou morto, mais criaturas das trevas juntavam-se ao exército, como um furacão que ganhava força a cada instante.

O Senhor das Trevas ergueu sua mão, um comando silencioso que fez todo o exército parar por um momento. Ele sentia algo diferente no ar, algo que o irritava profundamente: a magia que vinha da espada de Karathiel e do anel de Helena.

"Elas têm as armas..." murmurou, a voz grave como um trovão distante. "Mas não importa. Esta terra já é minha."

Ele virou-se para suas tropas, o olhar frio e implacável. 

"Avancem. Queime tudo. Deixem apenas cinzas para trás!"

Os Reinos Humanos em Movimento

Enquanto isso, nas fronteiras dos reinos humanos, o cenário era completamente diferente. Três grandes exércitos foram equipados, um feito raro na história de Lutharon. Liderados por seus reis e pela calorosa Rainha Diana, as tropas marchavam em perfeita sincronia.

O estandarte do Reino de Aearondor, com uma embarcação dourada em um fundo azul, balançava ao vento, seguido pelo brasão vermelho e dourado do Reino de Arandor e pelo verde esmeralda com o dragão prateado do Reino de Faerondor.

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"Nunca imaginei que estaríamos unidos novamente após nossos antepassados ter abandonado os reinos mágicos contra as trevas a mil anos atrás"— disse o Rei Alexandre de Arandor, montado em seu cavalo de batalha preto, olhando para os outros monarcas.

A Rainha Diana, liderando a linha da frente de suas tropas, respondeu com firmeza: 

"Não lutamos apenas por nossos reinos, mas pelo futuro de toda Lutharon. O Senhor das Trevas subestima o que somos capazes de fazer quando estamos juntos."

"Que ele aprenda da pior maneira" disse o Rei Oliver de Faerondor, ajustando seu elmo enquanto observava o horizonte.

O som das trombetas ecoava pelos campos, misturando-se ao barulho das armaduras e das botas de milhares de soldados marchando. Cada homem e mulher sabiam que a batalha seria árdua, mas estavam prontos para dar suas vidas por Lutharon.

Os Reinos Élficos se Encontram

Nas florestas mágicas, três grandes grupos de elfos avançavam com leveza, quase sem fazer barulho.

Os elfos da cura, liderados por Lady Galadriel, eram conhecidos por sua magia restauradora e pela habilidade de luta enquanto protegiam os feridos. Seu estandarte, uma árvore com folhas prateadas em um fundo branco, reluzia entre as árvores.

Do outro lado, os elfos da sabedoria, liderado pelo sábio e imponente Lord Araniel, traziam consigo magos poderosos que se refugiaram lá e arqueiros habilidosos. E, finalmente, os elfos dourados, os mais temidos na batalha, liderados pelo General Valen e pela Rainha Elares, marcharam com suas armaduras brilhando como o sol.

Na encruzilhada, os três grupos se encontraram. Por um momento, tudo ficou em silêncio, como se a própria floresta esperasse o resultado daquele encontro.

Lord Araniel foi o primeiro a falar, erguendo sua mão em um gesto de saudação: 

"Irmãos e irmãs, hoje marchamos como um só povo. A luz de Lutharon dependerá de nossa união."

Lady Galadriel assentiu, sua voz serena mas cheia de autoridade: 

"Lutaremos não apenas por nós, mas por aqueles que não podem mais lutar. Que a cura que carregamos seja a esperança para os que sobreviverem."

O General Valen apenas levemente, olhando para o horizonte. 

"Não deixaremos que a escuridão tome mais nada. Avancemos."

Os Anões, Magos e as Criaturas Mágicas

Nas montanhas próximas, o som dos martelos de guerra dos anões ecoava pelas pedras. Liderados por Tharok, o rei anão, os guerreiros anões estavam prontos para vingar seus irmãos e proteger as terras que ainda restavam.

Ao lado deles, magos de várias ordens caminhavam com suas capas ondulando ao vento. Criaturas mágicas também se juntaram ao exército, entre eles grifos, unicórnios e até mesmo os imponentes Sements, as árvores vivas, que despertaram para defender sua terra.

Tharok exerce seu machado, gritando com toda sua força: 

"Hoje, lutamos por nossos lares, por nossa honra e por nossos amigos caídos! Que a escuridão sinta o peso de nossos martelos e o calor de nossas forjas!"

O Encontro se Aproxima

Em todas as instruções, os exércitos marcharam em direção ao centro de Lutharon. Humanos, elfos, anões, magos e criaturas mágicas, unidos pela primeira vez em séculos, moviam-se como uma única força.

O Senhor das Trevas sentiu-se próximo, mas ele não estava preocupado. Em sua mente, nenhum exército poderia rivalizar com o poder que ele reuniu.

Mas, mesmo em sua arrogância, ele sentiu algo novo: esperança. A força que ele tanto desprezava agora se aproximava de sua fortaleza como uma tempestade ameaçava um acidente.

Aos arredores do exército negro do Senhor das Trevas, onde a escuridão parecia engolir até mesmo os raios do sol, algo extraordinário acontecia.

Na clareza de uma vasta proteção, os exércitos de humanos, elfos, anões, magos e criaturas mágicas finalmente convergiram. Primeiro vieram os elfos dourados, com suas armaduras brilhando como o sol nascente. Em seguida, os elfos da cura e da sabedoria, marchando com uma graça que parecia desafiar as leis da natureza. Os anões, com seus machados e martelos, trazem uma energia feroz e inabalável. As criaturas mágicas voavam e caminhavam ao redor, cada uma carregando a magia viva de Lutharon em suas formas majestosas.

Por fim, os exércitos humanos chegaram. Os soldados, montados em cavalos poderosos e usando armaduras reluzentes, pararam ao ver os seres mágicos. A visão dos elfos, grifos e Sements deixou muitos boquiabertos. Não era apenas a beleza ou a força que os fascinava, mas a sensação de estar diante de algo maior que qualquer lenda já contada.

Os líderes humanos, conscientes da importância naquele momento, desmontaram de seus cavalos e caminharam até o centro do grupo, onde os líderes dos outros povos os aguardavam.

A Apresentação dos Líderes

A Rainha Diana, veste uma armadura prateada com detalhes azul, deu o primeiro passo à frente, inclinando levemente a cabeça em sinal de respeito. 

"Sou Diana, Rainha de Aearondor, e trago comigo o peso e a força de meu povo. Estamos aqui para lutar ao lado de todos vocês.

O Rei Oliver, com sua capa azul ondulando ao vento, falou em seguida: 

"Eu sou Oliver, Rei de Faerondor. Hoje, colocamos de lado nossas diferenças e unimos nossos exércitos. Que a luz de Lutharon prevalece."

Por último, o Rei Alexandre, um homem de presença imponente e com olhos cheios de determinação, deu um passo à frente: 

"Sou Alexandre de Arandor. Meu povo luta pela sobrevivência, mas hoje lutaremos por algo maior: a liberdade de todos os reinos."

O General Valen, líder dos elfos dourados, cruzou os braços com um sorriso leve, claramente satisfeito com a atitude dos humanos. 

"Bem-vindos, reis e rainha ao meu mundo. Já lutamos juntos em seus reinos. Hoje, somos mais que aliados. Somos irmãos e irmãs, unidos por uma única causa."

Lady Galadriel, dos elfos da cura, mudou-se com sua voz suave e serena: 

"É raro que os humanos se unam a nós de forma tão aberta. Isso mostra o quanto todos evoluímos diante de uma ameaça tão grande."

Tharok, o líder dos anões, deu uma gargalhada alta, batendo seu machado contra o chão. 

"Finalmente, os humanos apareceram! Não vamos fingir que somos os melhores amigos, mas, por essa causa, lutaremos lado a lado. Não deixaremos o Senhor das Trevas levar mais nada de nós!"

Todos os líderes presentes concordaram com um aceno firme. Foi um momento histórico, onde alianças que são impossíveis foram formadas diante da necessidade de sobrevivência.

O Acampamento Unido

Os soldados de todos os povos começaram a montar o acampamento, escolheram uma área distante o suficiente do exército negro para evitar ataques surpresa, mas próximo o suficiente para observar os movimentos das trevas.

As tendas foram erguidas com rapidez e eficiência, uma mistura das culturas dos povos presentes. Tendas humanas, feitas de lona resistente, ficaram lado a lado com tendas élficas adornadas com runas reforçadas. Os anões cavaram pequenas trincheiras e fortaleceram os arredores com pedras, enquanto os magos realizaram barreiras mágicas para proteger o perímetro.

No centro do acampamento, uma grande tenda foi erguida. Ela era maior e mais robusta do que qualquer outra, feita para abrigar todos os líderes em suas reuniões estratégicas.

A Reunião dos Líderes

Dentro da grande tenda, os líderes se reuniram ao redor de uma enorme mesa de madeira, onde um mapa detalhado de Lutharon estava espalhado. As linhas negras que marcavam o avanço do exército das trevas eram assustadoras.

O General Valen apontou para uma área no mapa. 

"O exército negro está concentrado aqui, mas suas forças estão se espalhando para destruir tudo ao redor. Se não agirmos rápido, perderemos o controle das fronteiras."

O Rei Oliver franziu a testa. 

"Nosso exército é forte, mas eles têm números superiores. Precisamos de uma estratégia que reduza essa vantagem."

Lady Galadriel sugeriu calmamente: 

"Podemos usar a magia das florestas para criar armadilhas naturais. As árvores e raízes podem nos ajudar a conter parte das tropas inimigas."

Tharok bateu o punho na mesa. 

"E nós, anões, atacaremos de frente. Somos feitos para isso!"

Rainha Elares do Reino Dourado (Galathrendil), observando a discussão, finalmente falou: 

"Vamos concentrar em os manter o mais ocupado possível, temos que ganhar tempo para Helena e Karathiel cumprirem suas missão, nossa esperança está nelas. Então devemos dividir nossas forças. Humanos e anões farão a linha de frente, enquanto os elfos criarão emboscadas e darão suporte à distância em arquearia e pelas laterais."

A Rainha Diana cruzou os braços.
"Uma missão suicida."

Galadriel respondeu com firmeza: 

"Você está errada humana. Enquanto seu povo fugiu a mil anos atrás e nos deixou lutar sozinhos, a gente aprendeu com a derrota nunca mais repetir o erro. Nos treinamos nossos soldados desde a infância e temos algo que vocês não tem, harmonia com a natureza e com a magia. E nos acreditamos em nossas guardiãs e vocês também deveriam já que uma delas é humana."  

Os líderes humanos se entreolharam e abaixaram a cabeça, e, após alguns momentos de silêncio, todos assentiram. A batalha estava prestes a começar, e o destino de Lutharon dependia de cada uma de suas decisões.

Enquanto os exércitos de humanos, elfos, anões e criaturas mágicas se reuniam e se preparavam para a guerra iminente, Karathiel, Helena e seus amigos avançavam com determinação ao centro de Lutharon. A tensão crescia a cada passo. O silêncio da floresta que os cercava parecia pesar sobre os ombros de todos, como se a própria natureza estivesse aguardando o confronto decisivo.

O Início da Guerra

A noite era densa, o silêncio pairava pesado sobre o acampamento das forças unidas. No alto das árvores, os sentinelas élficos do reino dourado, de olhos dourados brilhantes e sentidos aguçados, permaneciam vigilantes. Foi quando o menor ruído, quase imperceptível, chamou sua atenção: o farfalhar de folhas e um sussurro grave que o vento carregava.

Os olhos dos sentinelas imediatamente focaram no movimento sombrio à distância. Eram orcs, movendo-se como sombras, suas armaduras escuras refletindo a luz da lua. Em silêncio mortal, preparavam-se para um ataque surpresa.

Sem hesitar, os sentinelas ativaram suas trombetas douradas, cujo som profundo ecoou pelas florestas e montanhas. As tochas começaram a ser acesas em uma onda rápida, iluminando o acampamento e revelando os orcs escondidos entre as árvores. Gritos de alerta soaram, e os guerreiros despertaram em segundos, preparados para a batalha.

Os elfos dourados, os primeiros a responder, atacaram com precisão devastadora. Suas flechas douradas cortavam o ar, atingindo os orcs antes mesmo que pudessem se reagrupar. Os magos, despertos pelos alertas, começaram a conjurar proteções e ataques mágicos, criando barreiras de luz para proteger os humanos e criaturas mágicas enquanto os guerreiros se preparavam.

As forças humanas, lideradas por seus reis e rainha, pegaram suas armas e organizaram suas fileiras rapidamente, formando escudos humanos contra a onda de trevas que se aproximava. Os anões, sempre prontos para combate, empunhavam suas martelos e machados com ferocidade, posicionando-se na linha de frente ao lado dos elfos.

O som da batalha inicial começou a ecoar pela noite. O aço se chocava com o aço, a magia faiscava no ar, e o brilho das tochas fazia as sombras dançarem em um espetáculo de caos e resistência. Mesmo assim, o exército negro era apenas uma fração do que estava por vir, uma pequena investida para testar as forças da luz.

E então, um comando ecoou pelo campo de batalha, vindo do centro das forças unidas. Era um chamado para avançar. As tropas das luzes não recuariam; era hora de marchar.

Todos se posicionaram e, como um único corpo, os exércitos começaram a se mover em direção ao coração de Lutharon, onde o Senhor das Trevas aguardava. As florestas vibravam com os passos das forças unidas, e o céu parecia mais claro, como se a própria luz estivesse se preparando para a batalha decisiva.

A guerra havia começado.

Continua...

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