Humanos e os Elfos Dourados Unidos Por uma Guerra

Enquanto Karathiel e Helena navegavam rumo às profundezas do oceano em busca da próxima peça da grande arma contra as trevas, os ventos do sul carregavam o prenúncio de uma guerra devastadora. As terras humanas, esquecidas da magia por mais de mil anos, enfrentavam agora o avanço implacável das forças das trevas.

No coração do Reino de Arandor, Alexandre Luthor, o jovem rei que buscava ressuscitar os laços perdidos entre os humanos e a magia, se preparava para liderar uma resistência quase impossível. Apesar de seus esforços para unificar os três grandes reinos humanos, Alexandre sabia que suas forças eram insuficientes.

O Conselho dos Humanos

No grande salão de pedra do castelo de Alexandre, os reis e conselheiros dos reinos vizinhos estavam reunidos. Mapas cobriam a mesa central, com marcadores mostrando a lenta, mas inevitável, aproximação do exército das trevas.

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"Estamos em desvantagem numérica e estratégica, Alexandre" disse o Rei Oliver, um homem mais velho com cicatrizes que marcavam décadas de batalha. "Esses monstros não têm piedade. Mesmo unindo nossas tropas, não temos chances."

A rainha Diana, governante do reino dos Navegadores, concordou com um aceno sombrio.

"Nossas forças já estão cansadas das batalhas internas. E agora enfrentamos algo que não compreendemos totalmente. Como podemos vencer um inimigo que vive nas sombras?"

Alexandre, erguendo-se em meio ao pessimismo, encarou os dois líderes com uma determinação que parecia desafiar a própria realidade.

"Há séculos, os humanos abandonaram a magia e, com isso, perderam mais do que força: perderam propósito. Mas não somos os mesmos humanos de mil anos atrás. Podemos ter cometido erros, mas lutamos por redenção, por uma nova era."

"E acha que a magia ouvirá suas preces?" perguntou Oliver, com ceticismo.

Alexandre hesitou por um momento. Ele sabia que o retorno das histórias da magia ao seu reino era frágil, um sopro de esperança em um mar de incertezas. Ele sabia que sua irmã, Helena estava lá fora em busca de algo maior. Ele não sabia se a magia existia de verdade, mas esperaria que sim, e espera que ela não os puni pelos erros do passado.

"Não sei se a magia nos ouvirá" ele admitiu, sua voz carregada de honestidade. "Mas não tenho outra escolha senão acreditar."

A Marcha das Trevas

Do outro lado do horizonte, a horda das trevas avançava. Orcs e criaturas abissais marchavam em uníssono, o som de seus tambores de guerra ecoando como trovões distantes. O céu acima deles estava tingido de um vermelho profundo, como se o próprio mundo sangrasse diante de sua aproximação.

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Cada dia que passava, o sul ficava mais perto de cair. Vilarejos já haviam sido abandonados, as terras tornadas estéreis pela passagem das trevas.

O Peso do Legado

Na solidão de seus aposentos, Alexandre refletia. Ele olhou para o amuleto que pendia de seu pescoço, um presente de sua mãe antes de sua morte. Era um artefato antigo, um símbolo da antiga aliança entre os humanos e os magos de mil anos atrás.

"Será que estou realmente pronto para isso?", pensou ele, suas mãos fechando-se ao redor do amuleto.

Ele pensava em Helena. Ela sempre fora mais sábia, mais curiosa, mais conectada às coisas que ele não conseguia compreender. Mas agora ela não estava ao seu lado.

"Helena, onde quer que esteja, espero que encontre o que precisamos para vencer" ele murmurou.

O Aviso da Magia

O grande salão estava carregado de tensão. Alexandre e seus conselheiros estavam reunidos ao redor de uma imensa mesa de madeira, coberta de mapas e documentos. Generais sussurravam estratégias fracassadas, enquanto os reis Oliver e Diana, junto de seus próprios conselheiros, trocavam olhares apreensivos.

Bruce, o conselheiro de Alexandre, bateu na mesa para chamar a atenção de todos.

"Não temos exércitos suficientes. Mesmo que juntássemos todas as tropas dos três reinos, não conseguiríamos deter essa horda. Fora que nossas armas não são páreos paras as grandes bestas."

Oliver se levantou, sua voz carregada de frustração.

"Estamos lutando contra algo que não entendemos! Orcs, bestas das trevas... Isso não é uma guerra convencional!"

Diana, sempre mais controlada, passou a mão pelo queixo, estudando os mapas.

"Precisamos encontrar outra solução. Algo que não dependa apenas de números ou força bruta."

Alexandre suspirou, sua mente pesando com a responsabilidade de liderar seu povo contra uma ameaça que parecia invencível.

"Mas o quê? Não temos armas suficientes, nem soldados. Estamos sozinhos nessa."

Antes que mais alguém pudesse responder, as portas do salão se abriram abruptamente. Caitlin entrou, seguida por Barry e Axel. Suas roupas estavam cobertas de poeira, sinais claros de que haviam viajado sem descanso.

"Caitlin!" Alexandre exclamou, surpreso. "O que está fazendo aqui?"

Caitlin se aproximou rapidamente, seus olhos fixos no rei.

"Estamos aqui para salvar vocês de cometer um erro fatal."

A Verdade Revelada

Os generais trocaram olhares confusos enquanto Caitlin, Barry e Axel se posicionavam diante da mesa.

"O que sabem sobre a horda?" perguntou Caitlin diretamente, sua voz firme.

Diana respondeu primeiro, com um tom defensivo.

"Sabemos que são milhares. Orcs, bestas, criaturas das trevas... e que estão vindo para destruir tudo no caminho."

Barry balançou a cabeça, desapontado.

"Vocês só estão vendo a superfície. Essa horda é apenas o começo. Há algo muito maior por trás disso."

Axel ergueu a mão, interrompendo a discussão.

"Vocês precisam entender uma coisa muito importante: a magia está voltando ou melhor ela sempre esteve aqui e vocês a ignoraram."

O salão ficou em silêncio. Finalmente, Alexandre falou, sua voz hesitante.

"Magia? Quer dizer... é verdade, então? A magia realmente existe?"

Axel deu um passo à frente, sua expressão grave.

"Não só existe, como nunca deixou de existir. Ela apenas foi suprimida pelos humanos há séculos."

Com um gesto simples, Axel conjurou uma esfera brilhante de energia azul. A esfera flutuava em sua palma, emitindo uma luz suave que iluminava o salão.

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"Isso é magia" disse ele calmamente.

Bruce deu um passo para trás, seus olhos arregalados.

"Inacreditável..."

Oliver, tentando disfarçar o choque, cruzou os braços.

"Todo esse tempo, nossos antepassados esconderam isso de nós?"

"Sim" respondeu Axel. "Eles temiam o poder da magia e o que ela representava. Mas esconderam algo que poderia ter salvo vocês."

Caitlin deu um passo à frente, olhando diretamente para Alexandre.

"Eu sei que vocês estão desesperados. Mas quero que saibam que Helena está lá fora com Karathiel, a melhor pessoa que já conheci. E, quando vocês menos esperarem, a magia irá responder.

Alexandre franziu a testa, confuso.

"Responder? Como? E quem é Karathiel?"

"A magia é viva, Alexandre. E ela responde àqueles que a aceitam, que acreditam nela. Aprendi isso com Karathiel, uma elfa da natureza que transformou minha visão sobre o mundo. Vocês precisam fazer o mesmo."

Diana se aproximou da mesa, seus olhos fixos nos mapas.

"Isso ainda não resolve nosso problema. Mesmo com magia, não temos soldados suficientes."

Caitlin sorriu, misteriosa.

"Não se preocupem. Quando o momento chegar, vocês verão que não estão sozinhos."

O Foco na Guerra

Alexandre respirou fundo, olhando para Caitlin, depois para Axel e Barry.

"Então, o que vocês sugerem que façamos agora?"

Barry apontou para os mapas.

"Foquem na batalha que está chegando. Preparem seus soldados. Garantam que as defesas estejam prontas. Nós lidaremos com o resto."

Axel dissipou a esfera de magia e encarou os generais.

"O importante agora é manter a cabeça fria e confiar que o inesperado virá para ajudar."

Diana trocou um olhar com Oliver antes de voltar-se para Alexandre.

"É uma aposta alta, mas parece que não temos escolha."

Alexandre assentiu lentamente, sua determinação renovada.

"Muito bem. Vamos nos preparar para a guerra."

Enquanto o salão voltava à vida com discussões estratégicas, Caitlin, Barry e Axel trocaram olhares silenciosos. A batalha estava apenas começando, mas eles sabiam que graças  a Helena e Karathiel a magia finalmente começava a despertar, trazendo consigo uma esperança há muito esquecida.

O Chamado da Rainha

No trono de cristal dourado, a Rainha dos Elfos, Elaris, observava a vasta floresta que cercava o Reino Dourado (Galathrendil). Seus olhos brilhavam com uma sabedoria ancestral, mas também com uma tristeza profunda. À sua frente estava o General Valen, um guerreiro imponente, cuja armadura reluzente refletia as luzes mágicas do salão.

"Me chamou, Vossa Majestade?" Valen curvou-se levemente, respeitoso.

Elaris levantou-se, sua presença etérea preenchendo o ambiente.

"General, é hora de agirmos. Os humanos estão à beira do colapso. Uma guerra está prestes a consumir o sul destas terras, e precisamos ajudá-los."

Valen franziu a testa, seu semblante rígido mostrando a relutância em seu coração.

"Majestade... Com todo respeito, isso que está acontecendo é culpa deles. Mil anos atrás, foram os humanos que trouxe essa maldade com seus sentimentos ruins, que nos enfraqueceram e nos tornaram lendas rejeitando a magia. Por que deveríamos ajudá-los agora?"

A rainha aproximou-se dele, seus olhos fixando-se nos dele com intensidade.

"Por que, Valen? Porque uma dessas humanas é nossa salvação. Você já esqueceu? Ela esteve aqui."

Valen ficou paralisado, as palavras da rainha ressoando profundamente em sua mente. Ele sabia de quem ela falava.

"Helena..." murmurou, sua voz carregada de surpresa.

Elaris assentiu.

"Sim, Helena. Ela e Karathiel, as guardiãs da Luz. Elas são a chave para restaurar o equilíbrio. E, mais do que isso, você viu com seus próprios olhos: Caitlin, Samantha, Alexandra e Barry. Eles não são como os humanos que nos traíram. Eles são diferentes, Valen. Eles acreditam na magia e na união."

O general abaixou a cabeça, envergonhado.

"Perdoe-me, minha rainha. Não era minha intenção questionar sua sabedoria. Era apenas o ressentimento do passado falando mais alto."

Elaris colocou uma mão gentil em seu ombro, sua voz suavizando.

"Eu sei, meu caro general. Mas agora é o momento de mostrarmos que a magia não é apenas destruição, mas também criação, união e beleza."

Valen ergueu a cabeça, seu olhar determinado.

"Eu liderarei os exércitos, Majestade. Não por causa dos humanos do passado, mas pelos humanos de agora. Por nossa Karathiel, pela princesa Helena e seus amigos, e por outros que provaram seu valor."

Elaris sorriu, satisfeita.

"É isso que eu esperava de você. Vá, General Valen. Mostre a eles o que significa a verdadeira magia dos elfos do Reino Dourado. Vamos dar tempo para Karathiel e Helena."

A Marcha dos Elfos

Pouco depois, o exército do Reino Dourado estava reunido. Milhares de elfos em armaduras leves, adornadas com runas brilhantes, preparavam-se para marchar. Borin, o anão, verificava seu imenso machado, enquanto Alexandra e Samantha conferiam os suprimentos e organizavam as fileiras.

Valen aproximou-se, seu manto dourado esvoaçando ao vento.

"Está tudo pronto?" perguntou ele, sua voz autoritária, mas tranquila.

Borin deu um tapa amigável em seu ombro.

"Mais do que prontos, elfo. Vamos ensinar às criaturas das trevas que não devem mexer com as terras sob nossa proteção."

Alexandra riu, ajustando sua lança.

"E vamos acabar com todos eles e atrasa-los o maximo que der para ajudar Karathiel e Helena."

Samantha, mais reservada, ergueu o olhar para Valen.

"Estamos seguindo você, General. Faça valer a pena."

Valen olhou para o exército, inspirando fundo.

"Não estamos marchando apenas para ajudar os humanos. Estamos marchando para provar que a magia é mais do que destruição. Vamos lutar não com ódio, mas com a pureza da nossa missão. Pela luz, pela natureza, pela união e pelas Guardiãs."

Um grito ecoou entre os soldados, suas vozes enchendo o ar de determinação. E assim, liderados por Valen, o exército dourado partiu em direção ao sul, carregando consigo não apenas armas e magia, mas também a esperança de um mundo renovado.

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O Início do Fim

As chamas das tochas dançavam nas muralhas de Arandor, lançando sombras inquietantes sobre as pedras ancestrais do castelo. Lá fora, o som abafado de passos e grunhidos ecoava na noite, crescendo a cada instante. Os batedores tinham retornado com a notícia que ninguém desejava ouvir: os exércitos das trevas estavam nos portões.

Alexandre Luthor estava sozinho em seus aposentos, olhando para sua armadura. Era pesada, uma peça forjada em ferro negro, com detalhes em ouro, um símbolo da força do reino. Ele passou a mão sobre a superfície fria da couraça, sentindo as gravuras rústicas sob os dedos. O cheiro metálico o envolveu, misturado ao aroma distante de fumaça vindo dos campos queimados.

Ele fechou os olhos, respirando fundo. O peso da responsabilidade esmagava seu peito. Ele pensava em Helena, sua irmã, que lutava para salvar o mundo em terras distantes.

"Helena... você está aí fora enfrentando o impossível. Como posso falhar aqui?" murmurou para si mesmo, as palavras quase se perdendo no silêncio.

As lembranças da infância vieram como uma onda: ele e Helena correndo pelos jardins do castelo, sonhando com aventuras. Mas agora, a realidade era brutal. Não havia sonhos. Apenas o dever.

Ele ajustou o peitoral da armadura, os cintos apertando contra suas costelas. Cada movimento era metódico, mas pesado. O som do couro rangendo parecia amplificar a tensão que pairava no ar. Quando finalmente pegou sua espada, ele se olhou no espelho rachado do quarto. Um rei, mas acima de tudo, um homem que protegeria seu povo a qualquer custo.

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Os Portões do Desespero

O som dos chifres ecoou pelos muros do castelo, uma nota profunda e desesperadora que vibrava na alma de todos que a ouviam. Do alto das muralhas, os soldados olhavam para a vasta escuridão além dos portões. Uma horda infinita de orcs e outras criaturas grotescas se movia como uma onda negra sob o luar. O fedor pútrido de carne apodrecida e sangue envenenado preenchia o ar, causando náuseas em alguns dos mais jovens.

Axel, Barry e Caitlin estavam ao lado de Alexandre, observando a cena. Caitlin segurava suas adagas com força, o metal frio em suas mãos trazendo um estranho conforto. Barry, com sua besta pronta, tremia levemente, mas sua determinação permanecia intacta. Axel, com o cajado erguido, parecia mais calmo, mas havia um brilho de preocupação em seus olhos.

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"Majestade, estamos prontos" disse Axel, sua voz firme, mas baixa.

Alexandre virou-se para eles, olhando cada um nos olhos. Ele sabia que a batalha seria brutal, mas também sabia que esses três eram sua maior esperança.

"Vocês têm algo que nenhum de nós tem. Vocês acreditam. E essa fé... pode ser nossa única chance."

Caitlin deu um pequeno sorriso.

"Você também precisa acreditar, Alexandre. Se Karathiel nos ensinou algo, é que a magia está sempre presente. Só precisamos aceitá-la."

Barry assentiu, ajustando a besta.

"Vamos mostrar a essas criaturas que Arandor não cairá tão facilmente."

Axel ergueu o cajado, sua magia cintilando levemente como um farol na escuridão.

"Pelos humanos, pela magia... por todos."

A Primeira Investida

O som dos tambores das trevas ecoou, um ritmo frenético e ameaçador. Quando os portões foram abertos, os soldados humanos avançaram com gritos de guerra, suas espadas brilhando sob a luz do fogo. Alexandre liderava a linha de frente, sua espada reluzente em punho.

Os primeiros impactos foram como trovões. As lâminas se chocaram, criando faíscas que iluminavam os rostos assustados, mas resolutos, dos combatentes. Alexandre sentiu o choque do primeiro golpe subir por seu braço, o som metálico ressoando em seus ouvidos. Ele girou a espada, derrubando um orc que rosnava em sua direção, o cheiro de sangue negro invadindo suas narinas.

Axel, ao seu lado, brandia o cajado. Com um movimento, uma rajada de vento cortou a linha de criaturas, jogando várias delas ao chão. Mentalmente ele agradecia Karathiel por ter lhe dado o cajado.

"Essa é a força da magia!" gritou ele, encorajando os soldados.

Caitlin movia-se com graça mortal, suas adagas cortando gargantas com precisão. Cada movimento era acompanhado pelo som sutil da lâmina encontrando carne, um som que ela preferia nunca mais ouvir, mas que agora era necessário.

Barry, em uma torre próxima, disparava sua besta com precisão implacável, seus dardos encantados atingindo os pontos vitais das criaturas.

"Alexandre, mantenha a linha!"  gritou ele de cima, enquanto carregava mais uma flecha.

A batalha era um caos. O chão tornou-se escorregadio com o sangue das criaturas, e o cheiro de morte era sufocante. Gritos de dor e de comando misturavam-se, criando uma sinfonia terrível.

Uma Centelha de Esperança

Alexandre olhou ao redor, seu coração pesado ao ver seus homens caírem. Ele estava coberto de sangue, sua armadura amassada em vários pontos. Ainda assim, ele continuava lutando, cada golpe de sua espada impulsionado por sua determinação.

Caitlin aproximou-se, suas adagas pingando sangue negro.

"Majestade! Não podemos desistir agora. Acredite em nós... a magia vai responder."

Antes que ele pudesse responder, um grito ecoou pelos campos. Um trovão dourado iluminou o horizonte, e um brilho familiar surgiu na linha do horizonte.

Os elfos do Reino Dourado tinham chegado.

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A Chegada dos Elfos - A Luz no Meio da Escuridão

Quando a situação parecia desesperadora, a presença dos elfos transformou o campo de batalha. Uma melodia etérea, quase imperceptível aos ouvidos humanos, ecoou pelo ar, vinda das trompas élficas, anunciando a chegada do exército do Reino Dourado. Os passos ritmados de milhares de guerreiros elfos criavam um som que reverberava pelo solo, como uma promessa de vitória.

A visão era deslumbrante. Os elfos marchavam com uma elegância sobrenatural, suas armaduras douradas brilhando à luz das chamas da batalha. Cada guerreiro parecia esculpido pela própria natureza, seus movimentos graciosos e calculados, quase como uma dança. Eles não se moviam como soldados; eram artistas, coreografando a destruição das trevas.

No centro da formação, o general dos elfos empunhava sua espada longa, decorada com runas mágicas que cintilavam como se vivas. Seu olhar era feroz, mas ao mesmo tempo carregado de uma serenidade inabalável. Ao lado dele estava Borin, o anão, segurando seu machado de guerra, e Samantha, uma simples humana, mas que teve a melhor professora: Karathiel, com sua armadura reluzindo e sua determinação evidente.

Os humanos, já exaustos e à beira da derrota, ergueram os olhos e viram os elfos. Esperança floresceu em seus corações como uma chama renascida.

Um soldado humano, com o rosto coberto de suor e sangue, caiu de joelhos ao ver os elfos se aproximando:

" A magia realmente vive entre nós, ela nos ouviu! Eles vieram... os elfos realmente vieram..." ele sussurrou, enquanto lágrimas escorriam por suas bochechas sujas.

Alexandre, ainda no campo de batalha, respirou fundo, sentindo uma onda de alívio. Ele ergueu sua espada ensanguentada e gritou:

"Ergam-se, homens e mulheres de Arandor! Os elfos estão conosco! Hoje não seremos derrotados!"

O grito de Alexandre reacendeu o espírito dos soldados. Mesmo os mais feridos pegaram suas armas e se prepararam para lutar novamente, inspirados pela majestade e poder do exército élfico.

Quando os elfos avançaram, foi como assistir a um espetáculo divino. Arqueiros élficos, com reflexos sobrenaturais, disparavam flechas encantadas que não erravam o alvo. Cada flecha brilhava com uma luz dourada, e ao atingir as criaturas das trevas, elas se desintegravam em cinzas.

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Um troll avançou, rugindo, mas antes que pudesse balançar sua clava, o general dos elfos saltou, girando no ar com graça impecável. Ele desferiu um golpe com sua espada, que parecia cortar o próprio tecido da realidade. O troll caiu com um estrondo, dividido em duas partes perfeitamente limpas.

"Por Karathiel!" o general gritou, sua voz ressoando como música pelo campo.

Os elfos não apenas lutavam — eles inspiravam. Cada movimento era calculado, cada ataque eficiente. As criaturas das sombras, que antes eram quase invulneráveis às armas humanas, agora eram destruídas por lâminas encantadas. Os golpes dos elfos dançavam pelo campo, formando vórtices de luz que engoliam orcs e trolls como se fossem folhas ao vento.

A União dos Povos

Caitlin, Barry e Axel lutavam lado a lado com os elfos. As armas dadas por Karathiel agora brilhavam com ainda mais intensidade, como se reagissem à magia ao seu redor. Caitlin girava suas adagas com uma agilidade impressionante, eliminando um grupo de orcs com um golpe preciso. Barry, com sua besta, disparava flechas contra as criaturas que tentavam flanquear os elfos. Axel, erguendo seu cajado, conjurou uma parede de fogo que separou as criaturas das trevas de um grupo de soldados humanos feridos.

"Não deixem que eles passem!" Axel gritou, enquanto a magia fluía de seu cajado como um rio de pura energia.

Samantha, ao lado do general dos elfos, lutava com uma ferocidade que rivalizava com a dos próprios elfos. Sua espada parecia ser uma extensão de seu corpo, cada golpe certeiro e devastador.

"Nós podemos vencer!" ela gritou, sua voz ecoando pelo campo de batalha.

O Clímax da Batalha

Quando o exército elfo avançou, as criaturas das trevas começaram a recuar. Mesmo os trolls, antes imponentes, agora pareciam hesitantes diante da força combinada dos humanos e dos elfos. A magia élfica estava devastando suas fileiras, e os orcs começaram a fugir em pânico.

Alexandre liderou um grupo de soldados humanos em um ataque final, cortando os últimos orcs que ainda resistiam. Ele sentiu o sangue quente escorrer por suas mãos, mas sua determinação não vacilou.

"Por Helena, por Arandor e por nosso povo!" ele gritou, desferindo o golpe final em um troll que estava tentando escalar as muralhas.

Quando o último rugido das criaturas foi silenciado, o campo de batalha ficou estranhamente quieto. O cheiro de sangue e magia ainda impregnava o ar, mas agora havia um silêncio reverente.

Os soldados humanos caíram de joelhos, muitos chorando, outros rindo em alívio. Os elfos, mesmo cansados, mantinham sua postura elegante, suas armaduras douradas agora manchadas de sangue inimigo.

Alexandre olhou ao redor, vendo seu povo e seus aliados. Ele respirou fundo, sentindo a magnitude do que acabara de acontecer. Ele caminhou até o general dos elfos e estendeu a mão.

"Você salvou meu reino e meu povo. Não temos palavras para agradecer."

O general dos elfos segurou a mão de Alexandre e respondeu com um sorriso discreto:

"Foi por Karathiel e Helena, e por esta terra que merece mais do que destruição. Vocês humanos têm muito a aprender, mas hoje provaram que também têm força e coragem."

Alexandre assentiu, sentindo-se honrado.

E assim, com o exército élfico liderando o ataque, a batalha nos portões de Arandor foi vencida. Mas todos sabiam que essa era apenas uma vitória em uma guerra muito maior. A verdadeira batalha ainda estava por vir.

O Conselho na Sala de Estratégia

Com a batalha vencida e a noite se instalando sobre o reino de Arandor, Alexandre reuniu aqueles que poderiam ajudar a planejar os próximos passos. Ele convocou para a sala de estratégia o general dos elfos, Borin, Caitlin, Samantha, Axel, Barry, Alexandra, além do rei Oliver e da rainha Diana.

As portas da sala se abriram e, à medida que os elfos entravam com sua graça natural, Oliver não conseguiu disfarçar sua expressão de quem ainda estava processando o que viu. Ele, que tantas vezes duvidara da existência de magia, agora estava diante de seres cuja mera presença parecia irradiar poder e sabedoria.

"Elfos... de verdade. Nunca pensei que viveria para ver isso," murmurou Oliver, enquanto observava cada detalhe dos trajes e armaduras deles.

Diana, por outro lado, estava fascinada. Seus olhos brilhavam ao observar a majestade dos visitantes, especialmente o general élfico.

"Vocês são exatamente como nas histórias que ouvi quando criança," ela disse, quase em um sussurro, sua voz carregada de reverência. "Mas há algo mais. Vocês irradiam luz."

O general dos elfos respondeu com um leve aceno de cabeça, mantendo seu semblante sério.

"E vocês, humanos, são mais resilientes do que esperávamos," respondeu ele, sua voz profunda e carregada de sabedoria.

Todos se acomodaram ao redor da mesa central da sala de estratégia, suas expressões revelando tanto curiosidade quanto preocupação. A mesa estava coberta com mapas detalhados das terras, marcados com os territórios aliados e os avanços das criaturas das trevas.

Os Segredos da Profecia Revelados

Samantha foi a primeira a falar, sua voz firme, mas repleta de emoção:

"Agora que a batalha foi vencida, é hora de compreender o que está em jogo. Tudo isso — as trevas, as criaturas, a guerra — remonta a algo muito mais antigo."

Valen continuou, puxando um pergaminho antigo sua rainha havia entregue a ele. Ele o desenrolou sobre a mesa, revelando escrituras élficas entrelaçadas com símbolos mágicos.

"Essas terras carregam um passado sombrio. Há mil anos, os primeiros humanos que aqui chegaram trouxeram consigo a ganância, o medo do desconhecido, a inveja... essas emoções sombrias corromperam a pureza do lugar.

Axel, segurando seu cajado, explicou:

"Esses sentimentos influenciaram até mesmo um mago de dom raro, alguém que possuía um poder incomum. Ele era bondoso, mas sua mente foi corrompida pela negatividade que os humanos trouxeram. Ele se tornou uma força de destruição, consumido pelas trevas. Foi ele quem selou a maldição que agora ameaça todos nós."

"E então, o que aconteceu?" perguntou Diana, intrigada.

Caitlin respondeu com calma, mas sua voz carregava um peso de sabedoria:

"Após a derrota da luz, uma profecia foi deixada. Ela falava de duas almas puras que viriam ao mundo para salvar essas terras."

O general dos elfos tomou a palavra, sua voz ressoando como um trovão suave na sala:

"A profecia fala de uma elfa nascida sob as estrelas e uma humana nascida sob o olhar da lua. Juntas, elas seriam a luz que dissiparia as trevas. Nós, elfos, acreditamos nessa profecia desde então, mas agora ela tomou forma."

Alexandre sentiu o peso das palavras, como se uma onda de emoção passasse por ele. Ele olhou para Caitlin e Samantha, buscando confirmação.

"Está dizendo que... que essa humana é minha irmã, Helena?"

Samantha assentiu, seu olhar fixo nos olhos de Alexandre.

"Helena é a humana escolhida. Karathiel, a elfa. Por isso elas partiram juntas. Helena foi escolhida por seu coração puro, por sua bondade, sua força."

Alexandre abaixou a cabeça por um momento, processando tudo. Ele se lembrou de sua irmã quando crianças, sempre tão gentil, sempre disposta a ajudar qualquer pessoa, mesmo quando significava sacrificar algo seu. Ele sentiu uma mistura de orgulho e emoção o tomar."

"Minha irmã... uma guardiã da luz. Quem diria que ela estaria destinada a algo tão grande?"

Sua voz tremeu, mas ele ergueu a cabeça novamente, determinado

O general dos elfos olhou para Alexandre, percebendo sua emoção.

"Não há espaço para dúvida, rei de Arandor. A missão delas é crucial, mas a vitória não será apenas delas. Cabe a todos nós lutar para garantir que essas terras estejam prontas para o retorno da luz."

Oliver, que ainda parecia processar tudo, finalmente falou:

"Então a magia é real... e essas histórias, que eu achava que eram lendas... são verdades."

"Mais do que verdade," disse Diana, com um pequeno sorriso. "É nossa chance de redenção."

Caitlin se aproximou da mesa, apontando para as linhas do mapa.

"Enquanto Karathiel e Helena enfrentam seu destino, nossa responsabilidade é manter essas terras seguras. As trevas estão se movendo, e mais batalhas está por vim."

Samantha completou, sua voz firme e confiante:

"Juntos, humanos, elfos, anões e todos os que acreditam na luz, podemos vencer. Essa é nossa luta. Helena e Karathiel farão sua parte, mas nós temos que garantir que essas terras estejam prontas para recebê-las de volta."

Alexandre olhou ao redor da sala. Ele viu em cada rosto, humano e élfico, um senso de propósito. Ele se levantou, puxou sua espada e a colocou sobre a mesa.

"Então, lutaremos. Pela luz, por essas terras, e por Helena e Karathiel.

A sala ecoou com murmúrios de aprovação, e todos sabiam que aquele momento marcava o início de uma nova fase na luta contra as trevas. Uma união entre reinos e raças que nunca antes fora vista estava prestes a mudar o destino de todos.

Continua...

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