A Sombra da Guerra
Enquanto Helena e Karathiel seguiam pelo caminho sinuoso em direção ao reino de Arandor, o ar começava a pesar. A floresta que antes parecia acolhedora agora sussurrava segredos inquietantes. Karathiel, com seus sentidos élficos aguçados, sentia algo mais além do vento entre as árvores — um silêncio denso e perturbador.
“Você também sente isso, não é?” perguntou Helena, quebrando o silêncio enquanto guiava seu cavalo ao lado da elfa.
Karathiel assentiu, os olhos brilhando com um tom de alerta. “Algo sombrio está se movendo nesta direção. É... malícia pura. A natureza sente medo.”
Do outro lado das vastas colinas que separavam as terras exteriores de Arandor, um espetáculo sombrio tomava forma. Um exército imenso, composto de orcs, wargs e outras criaturas abomináveis, marchava com propósito implacável. Mas o Senhor das Trevas, o arquiteto da destruição iminente, não estava entre eles. Ele estava em seu reino distante, uma fortaleza envolta em escuridão eterna, sentado em um trono de ossos retorcidos.
Com olhos fechados, o Senhor das Trevas sussurrava palavras arcanas, conectando sua visão aos olhos de seus corvos das trevas, que voavam sobre o exército. Através deles, ele observava a marcha de suas criaturas e os campos que logo seriam tomados pela morte e pelo caos.
“Os humanos são frágeis,” ele murmurou para si mesmo, com uma voz fria como o inverno. “E ainda assim, tentam resistir. Patético. Não importa quantos se unam... eles cairão.”
Um dos corvos pousou ao seu lado, inclinando a cabeça como se esperasse instruções. O Senhor das Trevas ergueu a mão, acariciando suas penas negras. “Mostre-me Arandor,” ordenou. Em instantes, sua visão foi transportada para o horizonte de torres imponentes e muralhas firmes do reino dos líderes humanos.
Enquanto o exército sombrio marchava, as pessoas do reino começavam a sentir o impacto de sua aproximação. O silêncio nas fronteiras foi interrompido por gritos de batedores que chegavam ao castelo de Arandor.
“Majestade!” exclamou um soldado, entrando apressadamente no salão do trono. Alexandre, irmão de Helena e rei de Arandor, levantou-se de seu assento, seus olhos fixos no homem ofegante.
“Fale,” disse Alexandre com firmeza.
“Um exército, meu senhor! Orcs, trolls... criaturas que eu nem sabia que existiam! Eles estão cruzando as Colinas Negras e marchando diretamente para cá!”
Alexandre franziu o cenho, apertando o punho da espada ao seu lado. “Preparem as tropas. Avisem os aldeões. E enviem corujas aos nossos aliados. Não subestimaremos essa ameaça.”
Enquanto isso, no coração da escuridão, o Senhor das Trevas continuava a observar. Ele não sabia sobre os fragmentos que Karathiel e Helena carregavam, mas seu instinto lhe dizia que algo especial estava se movendo na direção de Arandor. Algo que ele deveria esmagar antes que se tornasse uma ameaça.
Enquanto Karathiel e Helena avançavam, o castelo de Arandor começou a se erguer diante delas, majestoso e imponente, cercado por muralhas altas e a vastidão de vilas ao redor. O lugar estava vivo com atividade; soldados se preparavam, aldeões reuniam suprimentos e as pessoas corriam para organizar a defesa. Era um reino em alerta, e Karathiel percebeu isso de imediato.
“Eles sabem,” disse Karathiel em voz baixa, os olhos percorrendo os preparativos frenéticos. “Eles sentem que algo terrível está vindo.”
Helena assentiu, uma expressão preocupada no rosto. “Meu irmão deve ter recebido notícias. Ele sempre foi um líder protetor... mas essa ameaça é maior do que qualquer coisa que Arandor já enfrentou.”
Karathiel colocou a mão no ombro de Helena, seu toque cheio de conforto. “Não importa o que venha, você não está sozinha. Vamos proteger este lugar... e aqueles que você ama.”
Mas no fundo, ambas sabiam que a sombra que se aproximava era mais do que apenas uma ameaça física. Era um teste de força, de união e de coragem. E o destino de Arandor, dos reinos humanos e da própria luz parecia pender por um fio.
O Senhor das Trevas observava, sorrindo enquanto a escuridão marchava rumo ao reino dos líderes.
Enquanto Karathiel e Helena avançavam pelos campos que cercavam Arandor, o cheiro da terra molhada e o som das rodas das carroças se misturavam ao canto distante dos corvos, que ainda zumbiam no ar, como se a própria natureza estivesse ciente da ameaça que pairava sobre os reinos humanos. O cavalo de Karathiel avançava com elegância, enquanto seus olhos, agora mais aguçados do que nunca, observavam tudo ao redor com uma curiosidade crescente.
Ao longe, as altas torres de Arandor começaram a se erguer no horizonte, seus picos imponentes se destacando contra o céu nublado. Para Karathiel, era quase inimaginável que os reinos humanos pudessem ser tão próximos, tão acessíveis a apenas um dia e meio de cavalo. Ela estava acostumada às distâncias mais vastas e misteriosas das terras élficas, onde uma viagem longa de dias poderia ser uma jornada através de florestas que pareciam não ter fim.
“É impressionante, não é?” Helena disse, notando a fascinação nos olhos de Karathiel. “As terras humanas, com tudo o que têm de rústico, ainda são cercadas por uma beleza imensa. E a proximidade dos reinos... tudo é uma questão de perspectiva.”
“Sim, é quase como se o mundo humano fosse uma tapeçaria mais densa, mas... mais vulnerável ao toque da mão destrutiva,” respondeu Karathiel, sua voz suave, mas cheia de admiração.
O caminho que levaria ao reino de Arandor estava cercado por pontes de pedra, trabalhadas com uma ornamentação delicada, que uniam os rios que cortavam as vastas planícies. Karathiel observava a arquitetura com fascínio — as pedras esculpidas com símbolos antigos, os detalhes de runas protegendo as entradas e os escudos dos reis antigos gravados nos pilares. Ela sabia que a magia humana, embora muito diferente da magia ancestral das terras élficas, tinha raízes profundas e fortificava cada estrutura.
“Essas pontes... e toda essa ornamentação,” Karathiel começou, tocando suavemente a pedra de uma das estruturas. “É uma demonstração do poder dos humanos, mas também de sua fragilidade. A arte e a arquitetura preservam não apenas a beleza, mas os feitos de seus líderes.”
Helena sorriu levemente, olhando para os arredores. “Exatamente. Cada pedra, cada monumento, tem um pedaço da história. O reino de Arandor, e os outros reinos humanos, são unidos não apenas pela terra, mas pelos feitos de seus governantes. Meu irmão, Alexandre, é um desses líderes. Ele sempre acreditou que a força de um reino não vem apenas da guerra, mas da sabedoria e da capacidade de unir aqueles que o habitam.”
Foi ali, ao observar os sinais de um reino que parecia ser tão emaranhado em história e poder, que Karathiel compreendeu o peso da responsabilidade que Helena carregava. Ela já sabia que Helena era uma mulher de grande caráter, mas agora, ao ver a magnitude do reino que ela defendia, Karathiel entendeu o porquê da sua força. Helena não era apenas uma princesa, era a descendente de uma linhagem de líderes, aqueles cujos nomes haviam sido gravados nas pedras e cujas decisões haviam moldado os destinos de muitos.
“Você é uma das chaves desse poder, Helena,” disse Karathiel, com um sorriso caloroso. “Você tem mais do que a força de um líder. Você tem a visão e a coragem que os outros reinos necessitam.”
Helena olhou para Kara, com um brilho de gratidão nos olhos. “Eu fui moldada por tudo isso. Mas não sou apenas a filha de Lionel e Lilian e irmã de Alexandre. Tenho meus próprios caminhos a trilhar, minhas próprias batalhas a lutar.”
O reino de Arandor, com suas muralhas robustas e torres altivas, logo se erguia diante delas, como uma fortaleza de esperança e resistência. No entanto, Karathiel sabia que por trás de sua beleza e força, havia uma sombra crescente. O Senhor das Trevas estava mais próximo do que jamais haviam imaginado. E com ele, a ameaça que poderia destruir não apenas Arandor, mas o próprio coração da humanidade.
À medida que as duas cavalgavam em direção ao portão principal, Karathiel sentiu que o peso de todo o reino se depositava sobre seus ombros. Mas ela sabia, com uma certeza inabalável, que ela e Helena estavam preparadas. A guerra estava se aproximando, mas o fogo da coragem queimava dentro delas, mais forte do que qualquer escuridão.
"Vamos, Helena. O reino está esperando, mas a verdadeira batalha está prestes a começar."
Entrando em Arandor
O som das botas batendo no solo ecoava enquanto Karathiel e Helena atravessavam os portões de Arandor, mas, ao contrário do silêncio que as duas haviam esperado, um frenesi de atividade tomava conta do castelo. Soldados marchavam apressados, mulheres e crianças se refugiavam nas muralhas protetoras, e o som do metal sendo preparado para a batalha preenchia o ar. A tensão estava palpável, mas, mesmo em meio ao caos, havia uma sensação de algo mais — uma energia vibrante, como se a vida ainda estivesse se esforçando para florescer, apesar da sombra iminente.
Helena, no entanto, mal teve tempo de perceber o cenário ao seu redor. Quando o grupo avançou pelos portões, a multidão que se formava nas ruas começou a gritar e acenar. As vozes dos soldados, as mulheres, até das crianças, se misturavam em uma melodia de alegria e alívio. Vários corriam para se aproximar, sorrindo, e outros olhava para o céu, como se agradecessem aos deuses por sua segurança.
Helena observou tudo com os olhos marejados, sentindo um nó apertar seu peito. Ela não havia percebido o quanto sentia falta de seu povo até aquele momento. Ao ver os rostos familiares, os gestos de carinho, ela foi tomada por uma sensação de pertencimento e saudade.
“Minha princesa, você voltou!” exclamou um dos soldados, com os olhos brilhando de emoção, enquanto outros o seguiam, cumprimentando Helena com alegria genuína.
Uma mulher, com os cabelos grisalhos e as mãos calejadas pelo trabalho árduo, se aproximou com os olhos marejados. “Oh, minha senhora, pensávamos que tinha se perdido... Os deuses são generosos por tê-la trazido de volta.”
Helena sorriu, sentindo o calor daquelas palavras ecoar no fundo de seu coração. Ela disfarçou a emoção, mas a dor da saudade que havia guardado por tanto tempo transpareceu. As lágrimas se formaram em seus olhos, mas ela não as deixou cair. Ela sabia que precisava ser forte, ainda mais diante daqueles que tanto dependiam dela. “Eu estou de volta, minha gente,” disse com a voz firme, mas suave, para os que a cercavam. “E não deixarei Arandor cair.”
Entre os rostos familiarmente acolhedores, Karathiel se manteve em silêncio, observando com atenção. Ela sabia que aquele momento era pessoal para Helena, mas não podia deixar de perceber a profundidade da conexão que a princesa tinha com seu povo. Cada abraço, cada palavra, era uma expressão da confiança e do amor que ela cultivara ao longo dos anos. Karathiel ficou em silêncio, seu coração aquecido pela felicidade de ver Helena tão amada.
Enquanto isso, uma menininha, com os cabelos bagunçados e os olhos curiosos, se aproximou timidamente do cavalo onde Karathiel estava montada. Com a coragem inocente de uma criança, ela olhou para a elfa com grande interesse.
“Quem é você?” perguntou, os olhos grandes de admiração.
Os adultos ao redor ficaram em silêncio, aguardando a resposta, pois, embora os elfos dourados já fossem uma presença conhecida no reino desde a última batalha, Karathiel era diferente. A aura que ela irradiava era uma mistura de serenidade e poder, algo incomum mesmo entre os elfos. Sua presença não era intimidadora, mas trazia uma calma profunda, como se o próprio vento se curvasse ao seu redor. Ela era como uma força da natureza, pura e indomável.
Karathiel olhou para a menininha, seu olhar suave e acolhedor. “Eu sou Karathiel,” disse com uma voz baixa e melodiosa, como se cada palavra fosse parte de um encantamento gentil. “Sou amiga de sua princesa.”
A criança olhou para Helena, que sorria ternamente, e depois voltou o olhar para Karathiel com uma curiosidade crescente. “Você é uma elfa?” ela perguntou, com a inocência de quem ainda estava aprendendo sobre as diferenças entre os povos.
“Sim,” Karathiel respondeu, sorrindo levemente. “Eu sou uma elfa, mas, assim como a princesa Helena, estou aqui para proteger este reino.”
O murmúrio de surpresa passou pela multidão. Embora os elfos dourados fossem uma presença estabelecida em Arandor, ela era algo novo, algo que ainda despertava o espólio da curiosidade nas pessoas. Mas, ao contrário de muitos elfos, que poderiam parecer distantes ou misteriosos, Karathiel transmitia uma sensação de paz, como se sua própria existência estivesse profundamente conectada à terra, às árvores e ao vento.
A menina sorriu para Karathiel, talvez já sentindo a tranquilidade que ela emanava. “Você vai ajudar a proteger Arandor também?” perguntou, com um brilho de esperança nos olhos.
“Sim, minha pequena,” Karathiel respondeu com um sorriso caloroso. “Eu e Helena estamos aqui para lutar ao lado de todos vocês.”
Helena, observando a troca, não pode deixar de sentir um aperto em seu coração. Ela havia sentido o peso da responsabilidade de ser líder, mas, ao ver a interação de Karathiel com seu povo, algo em seu peito se acendeu. Karathiel não apenas ajudaria a proteger o reino fisicamente, mas ela era uma força que oferecia paz, algo que Arandor tanto precisava nesse momento de incerteza.
“Vamos nos preparar,” disse Helena, agora mais confiante, vendo que sua presença e a de Karathiel tinham um efeito positivo em todos ao redor. “Mas, antes de qualquer coisa, preciso ver meu irmão. Ele deve estar esperando por nós.”
E assim, as duas seguiram em direção ao castelo, com o povo de Arandor observando com gratidão e esperança renovada. O reino estava pronto para enfrentar o que quer que viesse, mas agora, com Helena e Karathiel ao lado deles, o medo da escuridão parecia um pouco mais distante.
O Encontro
Helena e Karathiel avançaram pelos corredores do castelo, seus passos ressoando nas pedras frias, mas o peso do momento estava além do som. O ar estava carregado de tensão e pressa, mas também de um desejo profundo de reencontro. Quando chegaram à grande sala de reuniões, a porta se abriu com um estalo baixo, e o que estava diante delas foi um cenário de autoridade e urgência. Mapas detalhados estavam espalhados sobre a mesa, os líderes dos exércitos e os elfos reunidos discutindo estratégias com voz grave.
Mas nada disso capturou completamente a atenção de Helena e Karathiel. O olhar de Helena foi direto ao centro da sala, onde Alexandre, seu irmão, estava de pé, discutindo com os outros líderes. Seu rosto estava marcado pela responsabilidade e a pressão do momento, mas quando seus olhos se cruzaram com os de Helena, tudo ao redor pareceu desaparecer.
Um silêncio súbito se instalou na sala, e, por um breve instante, o mundo parecia ter parado. Alexandre, o guerreiro imbatível e líder firme, não conseguiu esconder a emoção que atravessou seus olhos. Seu peito se apertou ao ver sua irmã, e antes que qualquer palavra pudesse ser dita, ele deu um passo à frente.
"Helena..." Sua voz tremia levemente, carregada de um misto de alívio e saudade que ele não havia permitido que se mostrasse até então. Seus olhos brilharam, e os lábios se curvaram para um sorriso que era tanto de dor quanto de alegria. "Você... está aqui..."
Helena, com os olhos marejados, não hesitou. Em um único movimento, ela correu para os braços de seu irmão. A sala estava em silêncio absoluto, todos observando a cena, mas para Helena e Alexandre, o mundo não existia além daquele abraço. Alexandre a envolveu com força, como se temesse que ela fosse desaparecer se ele a soltasse. Seus braços estavam firmes ao redor dela, apertando-a contra seu peito com a força de quem estava carregando a saudade de anos de separação.
"Eu senti tanto a sua falta..." Alexandre sussurrou, a voz embargada. "Cada dia sem você foi um peso. Mas ver você agora... ver que você está bem..."
As palavras falharam, e uma lágrima rolou pelo rosto de Helena, misturando-se com a expressão de alívio que ela também sentia. Ela se afastou um pouco, olhando para ele com um sorriso triste, mas cheio de amor. "Eu também senti sua falta, mais do que palavras podem dizer. Mas agora estou aqui, e nós vamos lutar juntos. Não importa o que venha."
Karathiel observava com um olhar suave, seu coração tocado pela cena de união e emoção entre os dois. Ela sabia o quanto Helena amava seu irmão e o quanto ele era seu pilar. Mas, naquele momento, ela percebeu o quanto a presença de sua amada no reino era necessária — não só como guerreira, mas como o elo de uma família que sempre esteve disposta a lutar pelo outro.
E então, algo inusitado aconteceu. Quando os olhos de Karathiel percorreram os elfos presentes na sala, ela os reconheceu de imediato. O general Valen, o mais respeitado de seu reino, foi o primeiro a curvar-se diante dela, os outros elfos seguindo o gesto de respeito. Não era só respeito, mas um reconhecimento profundo da força e do poder que Karathiel representava. Ela era a filha da grande natureza, e sua presença ali trazia consigo a energia de um vínculo entre dois mundos. Valen, com um gesto de reverência, falou em voz baixa, mas carregada de respeito. "Karathiel, é uma honra tê-la entre nós novamente."
Helena, ainda no abraço com Alexandre, olhou para Karathiel e sorriu com um brilho nos olhos. Ela sabia o que aquele momento significava, não apenas para ela, mas para o reino e para Karathiel, que agora estava sendo reconhecida não apenas como uma aliada, mas como parte daquele mundo.
Na sala, os amigos de karathiel e Helena, como Alexandra, Barry, Borin, Samantha, Caitlin e Axel, sorriam ao vê-las, seus rostos se iluminando com alívio. Havia uma sensação coletiva de serenidade, como se a presença de Karathiel e Helena, juntas novamente, fosse um símbolo de esperança.
Alexandre, com um olhar que refletia tanto sua gratidão quanto sua liderança, deu um leve aceno para Karathiel. "Fico feliz que esteja aqui conosco. Sua presença só fortalece nossas chances."
Helena, ainda em seus braços, olhou para seu irmão com um sorriso triste. "Agora somos mais fortes. E juntos, enfrentaremos o que está por vir."
O reencontro, repleto de lágrimas, abraços e momentos de saudade, trouxe uma renovada sensação de união. Mas também trouxe consigo a certeza de que o destino de todos estava selado: a guerra estava à porta, e nada mais os separaria.
Karathiel, agora ao lado de Helena, sentia a força de seu amor por ela se unir à força dos laços que se formavam entre os reinos. A batalha que se aproximava não era apenas pelo reino, mas pela sobrevivência de tudo o que amavam.
Continua...
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