𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟐𝟐 • Satanica

EPISÓDIO 6 — PARTE 3 — TEMP. 1
[SATANICA]

TINHA DUAS CARAVANAS na Rua Stratford, vindo na direção deles. Um ex-soldado deles haviam reconhecido alguns homens como gente do Billy Kimber.

Thomas havia acabado de bater a porta da casa de Ira assim que entrou, assustando a bruxa que estava em cima da cadeira, colocando suas novas cortinas. Thomas foi rápido em segurá-la no lugar antes que caísse, mas isso não a impediu que xingá-lo dos piores nomes.

Ada estava junto dela com Polly, as três mulheres conversando e jogando papo fora, enquanto Karl dormia tranquilamente nos braços da sua mãe.

— Ada, vá com o bebê para Bull Ring, onde há muita gente — mandou Thomas.

— O que houve? — perguntou Polly, enquanto ira descia da cadeira.

— Fomos traídos, porra — xingou Thomas. — Alguém abriu a boca, tem gente do Kimber vindo.

— E não dá para acabar com eles aqui? — questionou Ira, arrumando a barra do vestido preto.

— Estamos sozinhos, os Lee's estão a caminho de Worcester. Kimber tem mais gente — explicou. — Merda!

— Quem mais sabia que hoje estaria indo para cima do Kimber? — perguntou Polly, sem entender. — Disse que havia mantido segredo. A quem contou?

Thomas ficou em silêncio, se amaldiçoando ao se dar conta de quem o teria traído, juntando as peças do quebra cabeça de uma vez.

— A Grace — respondeu, xingando a si mesmo.

— A garçonete? — exclamou Ira, quase como se estivesse se sentindo ofendida.

— Eu anotei num papel e deixei no escritório, era para eu ter te contado e não esquecer — disse ela, tentando acalmá-la. — Mas o papel sumiu. Ela deve ter pegado.

— Como pode ser tão estúpido, Tommy? — exclamou Polly, indignada com seu sobrinho.

Antes que ele pudesse falar algo, Ira o cortou:

— Eu falo com ela. Há uma chance de eu tentar matá-la, mas são menores que se você for — disse ela à Thomas. — Vamos ter uma conversinha de bruxa para ratinha.


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GRACE NÃO MENTIRIA, ela tinha medo de Ira, pavor. Qualquer pessoa normal tinha medo da doutora, mas agora Grace tinha um motivo para sentir-se tão agoniada. Ira estaria com raiva dela e queria sua morte.

Ela ainda estava no Garrison, tomando coragem para sair, mas assim que tentou abrir a porta, não conseguiu. Ela viu que não estava trancada, então por que não conseguia abri-la?

— Instinto é uma coisa engraçada — disse a voz mortal atrás dela, a esperando. — E você querendo fugir...

— A briga vai começar daqui a pouco — disse Grace, tentando manter a voz calma. — Precisamos sair daqui.

— Ah, todos já sabemos — declarou, como se estivesse debochando dela. — Aquele seu amante inspetor me disse algo desse tipo esta manhã. Eu só não esperava que ele estivesse falando a verdade.

Grace instintivamente abriu sua bolsa, sacando sua pequena pistola e a apontando para Ira.

— Sou uma agente a serviço da coroa — avisou, tentando não tremer. — Tenho o poder de dar voz de prisão e de usar a força. Então, por favor, saia do meu caminho.

— Mas você se demitiu do seu posto, Grace — lamentou ira, falsamente. — O que vai fazer? Me matar a sangue frio? E por quê? Porque se apaixonou pelo Thomas de verdade, não é? Enquanto ele sempre só teve olhos para mim...

— A arma está carregada — ameaçou.

— Não tenho medo de você, ratinha.

Então, sem pensar duas vezes, Grace atirou, o som da bala saindo do cano explodiu pelo locar. Ela estava mirando no meio da testa de Ira, seria uma morte imediata, sem dor.

Mas isso nunca aconteceu.

Grace soltou um grito apavorante quando viu a bala parada a centímetros de distância da testa de Ira. Uma de suas mãos estava no ar, pequenas espirais de fumaça azul saindo por ela. Assim que a abaixou, a bala caiu aos seus pés, ainda quente.

— Além de suicida, é burra — exclamou Ira. — Agora, vamos conversar.

Com um pequeno gesto, o poder de Ira obrigou Grace a se sentar numa das cadeiras de madeira, a mais próxima dela. Presa, sem conseguir escapar, rios de lágrimas escapavam por seus olhos enquanto gritava por misericórdia, implorando para que a soltasse.

Ainda enraivecida, Ira caminhou em passos longos e aterrorizantes. Poder saindo de suas mãos, ela agarrou o pulso de Grace, fazendo tanta pressão e força que ela largou a arma junto com o osso cujo barulho de quebrado explodiu dentro do pub.

Lágrimas de dor e desespero desceram pelo seu rosto, implorar não fazia nada.

— Eu sei quem você é — disse Grace, agoniando. — Pesquisei tudo sobre você e sua família. Lestat não é seu sobrenome, não é? Sua nome mesmo é C...

— Terei que arrancar sua língua também? — a cortou, cansada de sua impertinência. — Quer meu concelho? Case-se com o Cambpell e reconstrua sua imagem de boa moça dona de casa, tenha filhos e siga sua vidinha de merda.

Ira soltou o aperto, fazendo Grace gritar mais uma vez antes de soltá-la do feitiço.

— Tem até amanhã para sair da cidade — avisou Ira, por fim. — Caso contrário, eu mesma vou atrás de você, Grace, e vai descobrir porque me chamam de Satanica.


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26.10.21

𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐈𝐒:

Perdão, ninguém me lembrou que hoje tinha que atualizar a fic e eu fiquei a manhã toda em provas e escrevendo a tarde.
Espero que tenham gostado do capítulo.

Lembrando que semana que vem é o último capítulo de GRITE MEU NOME e eu quero ouvir suas teorias sobre um pequeno detalhe nele, então fiquem atentos.

VOTEM e COMENTEM
[atualizações às terças]

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