Capítulo_30
Olá amores, boa noite!!!
Estou de volta com mais um capítulo, espero que gostem curtam bastante e deixem seus comentários!!!
Boa leitura!!!
𝐒𝐚𝐧
O que eu fiz com o Wooyoung foi horrível. Quando percebi os meus atos já era tarde demais.
Novamente, a culpa era minha.
Me culpei por dias e a dor da culpa era maior do que a dor do meu rut. Me proibia de dormir pensando não ter esse direito, pois eu sabia que o Wooyoung não conseguia dormir relembrando o que eu fiz, me proibi de comer, pois sabia que ele não conseguia comer.
Seonghwa me repassava o que Hongjoong o contava sobre o estado do Wooyoung.
Meu lobo também se culpava, mas por conta do rut os efeitos vinham mais fortes. Ele quebrava coisas de vidro tomando controle do meu corpo, e os cacos voavam na minha direção. Protegia o rosto com os braços recebendo vários cortes, e era uma dor que me acalmava.
Quando fui na casa de Jungkook, eu realmente tinha o objetivo de ver apenas o Yeosang de novo. Eu sentia falta dele, e me senti melhor ao saber que ele não tinha mais medo de mim.
O que me deixou surpreso foi Jimin dizer que diria ao Wooyoung que eu queria falar com ele.
Na realidade, eu não queria. Só queria ver o Yeosang, e sentir o cheiro do Wooyoung de novo. Era só isso que eu precisava. Mas não sabia que Jimin realmente faria o que havia dito.
Ele voltou dizendo que Wooyoung estava me esperando lá no quintal, e com o coração na mão eu fui até lá.
A conversa com o Wooyoung foi coisa de outro mundo. Eu realmente não achei que ele me perdoaria. Pensei que me odiaria para sempre e estava de bem com isso.
Tudo o que eu não queria era ser proibido de continuar vendo o Yeosang. Eu não ia suportar.
Ao ouvir ele dizer que me perdoava e que ia me ajudar a me perdoar, soube naquele momento que meu lobo escolheu o ômega certo para passar o resto de sua vida.
Voltei até um pouco melhor.
Fiz como ele mandou e tirei aquele dia pra descansar. Não sabia que precisava disso até ver minha aparência no outro dia. Eu estava muito melhor.
A volta de Wooyoung pra mim foi uma grande felicidade, mas evitei ficar perto dele a todo custo, com medo que ele ainda sentisse medo de mim.
Quando ele me fez comer um pedaço de bolo inteiro, me dando colherada por colherada, sorrindo e me elogiando sempre que eu comia o pedaço que ele colocava na frente da minha boca como se eu fosse uma criança de três anos, percebi que não precisava ficar longe, e que ele me queria por perto.
Por dois dias testei essa teoria. Na hora de qualquer refeição que ele estivesse junto eu ia pra sala, mas ele vinha até mim com um prato na mão e me alimentava como se eu realmente fosse uma criança que ainda nem saiu das fraldas, me dando elogios e sorrisos maravilhosos.
Às vezes ele aparecia no escritório me trazendo um café. Dizia que havia pensado que eu precisava, e realmente precisava às vezes.
Ele parecia ler minha mente. Sabia quando eu queria algo e sempre aparecia com um sorriso tímido no rosto, colocava na mesa, dizia pra eu comer bem e saía.
Esses pequenos gestos foram o que me fizeram confirmar minha teoria.
E assim como ele prometeu, me ajudou a me perdoar.
Dentro de um mês foi inevitável não me aproximar dele, e a principal causa foi o Yeosang. Ele sempre queria que nós três estivéssemos brincando juntos, e nesse meio de brincadeiras e risadas, eu e Wooyoung conversávamos quando Yeo se distraia ou quando não estava por perto.
Ele era uma pessoa incrível, cheio de sonhos, amável e agressivo algumas vezes, tinha um coração bom, e ele era tudo o que eu sempre imaginei.
Ele não era o que eu queria, era o que eu precisava.
Hoje as crianças foram dormir na casa de Jungkook. De início seria só o Yeosang, pois Yunho dormiria na casa dos pais de Hongjoong, mas Jongho fez uma birra implorando pra ir junto do meu filho, e nesse meio Yunho também quis ir com eles, adiando a ida na casa de seus avós.
Agora o casal Jung estavam cuidando de três pestinhas.
Seonghwa e Hongjoong foram se curtir um pouco. Seong me contou o que planejaram. Jantariam numa lanchonete e depois iriam a um restaurante chique pra comparar o sabor, o preço, a quantidade e a qualidade das comidas oferecidas pelos dois lugares, depois iriam ao cinema e, se tudo corresse de acordo com o tempo previsto, eles iriam pra casa de praia fazer um passeio noturno pela praia, e depois fariam amor na casa.
Esse último detalhe eu achei desnecessário saber, mas ele contou todo felizinho então só deixei ele falar.
Na casa sobraram apenas eu e Wooyoung, mas pelo horário eu acho que ele está dormindo, então sobrou só eu.
Terminei meus trabalhos a pouco tempo e fui até meu quarto. Tomei um banho relaxante e decidi ver algum filme lá na sala, já que estava sem sono.
Quando desci, encontrei Wooyoung lá, com um pote de pipoca na metade em seu colo, um pacote de doritos aberto, também na metade, do lado esquerdo do corpo dele e uma coca cola de 500ml com dois canudinhos no lado direito. Ele comia como se sua vida dependesse daquilo e ria do que seja lá que ele estivesse assistindo.
Um fofo
— Ainda acordado? — Perguntei quando cheguei perto dele.
— Sim, sim. Estava com fome e sem um pingo de sono, então vim pra cá.
— Não gosta da tv do seu quarto?
— Não posso mais ver tv aqui na sala?
— Não é isso, é que você geralmente fica mais no seu quarto.
— Yeosang jogou água na tv hoje sem querer e ela acabou queimando. Hongjoong estava lá e viu tudo. Mandou o Seonghwa comprar outra. Até que chegue, vou ficar por aqui. Quer um pouco? — Estendeu o pote da pipoca pra mim e eu peguei um pouco.
_ Posso me juntar a você?
— Claro, fica à vontade.
Me sentei do lado dele e começamos a dividir a comida. Wooyoung estava assistindo um dorama chamado "My Demon", e eu comecei a assistir também.
Quando percebemos a comida já havia acabado. Meu braço estava ao redor do pescoço dele e ele usava meu ombro como travesseiro.
Pensei que ele fosse sentar em outro canto, depois que levantou e foi na cozinha pra jogar os pacotes fora e voltou pra sala, mas ele só sentou do meu lado de novo, pegou meu braço e passou pelo pescoço dele e deitou a cabeça no meu ombro de novo, se aconchegando em mim.
Ele parecia confortável, e eu me senti tão bem que não consegui conter o sorriso.
— Que fofo, tá sorrindo — Ouvi ele dizer e desmanchei o sorriso.
— Não tô sorrindo. Você está vendo coisa
— Eu sei bem o que eu vi — Cutucou minha bochecha com a ponta do dedo — Olhos de gatinho com lindas covinhas.
— Ei! Não me chama assim.
— Por que? É fofo — Riu e cutucou minha bochecha de novo.
— Não sou fofo.
— E eu sou feio!
— Você é lindo!
—E você é fofo, e ponto final!
— Desisto — Me dei por vencido e revirei os olhos.
— Não fica bravinho olhos de gatinho.
— Não me chame assim.
— Se não o que?
— Vou calar a sua boca.
— Olhos de gatinho, olhos de gatinho, olhos de gatinhooooooo…
— Não diga que não avisei.
— E o que você vai fazer? Olhos de ga... — O calei quando juntei nossos lábios.
Realmente pensei que fiz merda outra vez, mas ao invés de me afastar, gritar comigo, me bater, ele só retribuiu, e foi em questão de meio segundo.
Foi apenas um encostar de lábios, mas o rebuliço que eu senti dentro de mim foi como se eu tivesse acabado de ser aceito por ele como alfa, mesmo não sendo essa a realidade, e eu não sabia que a sensação era tão boa.
Já beijei vários ômegas, betas e até mesmo alfas, mas nada se comparou a esse simples toque de lábios.
Meu pai sempre me dizia que quando conhecemos nossa outra metade e temos um primeiro afeto como esse, seria diferente de tudo o que eu já havia sentido ou presenciado, e ele tinha razão.
Foi a melhor sensação que eu já senti em toda minha vida.
Nos separamos quando a falta de ar se fez presente e ele piscou algumas vezes raciocinando tudo.
Pensei que seria agora que levaria uns bons tapas, mas ele apenas riu baixinho e escondeu o rosto em meu peito.
Estava com vergonha! Que fofo.
— Está com vergonha? — Perguntei olhando pra ele.
— Não faz ideia do tanto — Ele disse abafado por estar com o rosto escondido.
—Por que? Foi só um beijinho — Perguntei rindo por tamanha fofura.
— Eu acabei de beijar o cara que eu perdi minha virgindade, meu bv, meu bvl, e ainda jurei que você nunca mais queria me ver na vida. Me dá um desconto poxa.
— Tá bom, tá bom —Ri.
— Quando disse que calaria minha boca não pensei que fosse assim —Disse depois de um tempo.
— Não, gostou?
— Não, foi o que eu disse.
— Então você gostou.
— Para de me confundir — Resmungou e deu um tapinha no meu peito.
Eu ainda vou morrer de infarto por tamanha fofura, e tenho certeza que vai ser com um sorriso no rosto.
—Tá bom, desculpa — Ri — O que você pensou?
— Pensei que enfiaria a almofada na minha boca ou algo assim.
— Sua boca é preciosa demais pra enfiar algo tão grande assim nela.
— Meu Deus, que duplo sentido — Escondeu o rosto nas mãos e riu.
— Não acredito que o neném não é neném — Falei chocado.
— Neném que faz neném não é neném — Tirou as mãos do rosto e me encarou.
— Você tem um ponto — Concordei com ele.
— Tá bom, essa conversa tá tomando um rumo totalmente diferente. Vamos voltar a assistir que é melhor — Olhou pra tv e não desviou mais o olhar. Eu fiz o mesmo.
Depois de mais dois episódios, senti uma respiração levinha bater contra meu pescoço. Quando olhei pro Wooyoung, ele dormia todo fofo.
Não consegui conter o sorriso. Até dormindo ele é lindo! O biquinho que fica em sua boca por conta da bochecha amassada é tão fofo que dá vontade de fazer um quadro com essa foto pra deixar pendurado num lugar visível pra sempre, pra nunca esquecer essa cena.
Fiz um carinho no rosto dele, tirei a franja de seus olhos, e ele se aconchegou mais em mim.
— Não sabe o quão feliz estou em saber que correspondeu meu beijo — Sussurrei fazendo um carinho no rosto dele. — Você é perfeito Wooyoung.
Parei de falar quando ouvi um resmungo vindo dele, mas tudo o que eu entendi foi... nada. Eu não entendi nada.
Peguei ele no colo com cuidado e o levei até seu quarto. Deitei ele na cama de uma maneira confortável e o cobri.
— Boa noite, Wooyoung.— Sussurrei e fiquei admirando ele um pouco mais, depois saí do quarto e desci. Desliguei a tv e fui pro meu quarto.
Deitei na minha cama com um sorriso no rosto. Estava feliz e nada tiraria minha felicidade.
Eu dormi assim, pensando que nada poderia tirar meu bom humor, mas não sabia que esse pensamento poderia ir embora tão rápido quanto veio depois de receber uma ligação.
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