Capítulo_21

Chegando com mais um capítulo deixem é seus comentarios e curtam bastante!!!
Até a próxima amo vocês!!!

Boa leitura!!!

— Moço? O senhor tá bem? — Ouvi uma voz infantil falar comigo, e seu tom de voz era pura preocupação. 

Tem uma criança aqui? O meu Deus, imagina o que ele deve passar.

— Estou — Respondi baixinho, meio fraco — Qual seu nome?

— Me chamo Luke — Ele respondeu e senti a cama afundar do meu lado — Moço, o que vão fazer comigo? — Perguntou com a voz chorosa.

— Você mora aqui?

— Não. Me separaram da minha mamãe.

Engoli a vontade de chorar assim que ele confessou isso pra mim. Estou no mesmo barco que ele, entendo o que ele está sentindo.

— Pode tirar essa venda pra mim?

— Posso — Senti duas mãozinhas atrás da minha cabeça e logo a venda foi tirada.

Pisquei algumas vezes pra me acostumar com a claridade. Fazia duas semanas que não via nada.

— Pode me desamarrar também?

— Acho que sim — Ele tentou desamarrar, mas não deu certo. Fez um biquinho choroso e me olhou — Desculpa.

— Não precisa se desculpar, tá tudo bem — Olhei ao redor —  Ali em cima — Apontei pra uma faca que provavelmente Hwan largou ali — Pega — Ele fez o que eu pedi e voltou pra cama — Agora corta aqui.

— Pronto — Ele disse assim que cortou as cordas.

Sentei na cama e suspirei de alívio, mas ao mesmo tempo de dor. Ao olhar para o pequeno garotinho ele me encarava profundamente, cheio de medo e receio.

— Você sente falta da sua mãe?

— Não — Negou com a cabeça.

— Não? — perguntei surpreso com sua resposta.

— Mamãe é malvada, mas disse que me trocou por dinheiro porque queria o meu bem. Agora eu tô aqui.

Ia falar mais alguma coisa, mas ouvi um barulho alto lá fora e uma troca de tiros começou. Luke se encolheu inteiro e se aproximou de mim, mas se afastou quando sentiu meu olhar sobre ele.

— Venha cá.

Abri os braços e ele correu até mim. Me abraçou apertado e fechou seus olhos com força. Ele começou a chorar e se encolheu ainda mais. Eu tampei seus ouvidos e tentei acalmá-lo, o que pareceu funcionar.

Tomei um susto quando a porta foi aberta de repente, e logo duas pessoas que eu conhecia estavam ali.

Jung Jungkook e Choi San.

— Filho — Jungkook correu até mim e me abraçou apertado.

— Pai — Agarrei a camisa dele e chorei. Chorei de alívio. Tudo ia ficar bem.

— Quem é o garoto? — Ouvi Choi perguntar e Luke se encolheu ainda mais.

— Ele chegou hoje — Fiz um carinho no cabelo do Luke — A mãe o trocou por dinheiro.

— Vamos levá-lo para um lugar seguro, eu prometo — Meu pai ungkook disse quando viu meu olhar na direção dele e me ajudou a levantar.

Senti uma tontura forte, meu corpo enfraqueceu e eu desmaiei nos braços do meu pai.

Autora

Depois que Wooyoung foi levado, Hongjoong não sabia o que fazer. Yeosang chorava horrores e não parava de jeito nenhum. Chamava pelo pai, implorava que ele voltasse.

Hongjoong levou Yeosang e Yunho até a casa dos pais de Wooyoung, e quando Jungkook viu que o filho não estava com eles, soube na hora que algo estava errado.

— Cadê ele, Hongjoong? — Jungkook perguntou depois que os dois ficaram sozinhos, enquanto Jimin cuidava das crianças.

— Desculpa tio — Olhou para o mais velho com os olhos cheios de lágrimas, e logo sentiu os braços dele ao redor de seu corpo, o abraçando para acalmá-lo.

— Não foi culpa sua, não foi culpa sua. Me conte o que aconteceu.

— A gente estava voltando depois da aula, e no meio do caminho o mafioso Park Hwang apareceu. Ele tentou  levar a mim e ao Yu, mas Yeosang tentou interferir antes que Wooyoung pudesse fazer algo e acabou saindo machucado. O Wooy gritou com o Hwang e eles começaram uma briga feia. O alfa decidiu levar o Wooyoung e deixou nós três pra trás. Tentei interferir mas os homens dele não deixaram.

— Tudo bem Hongjoong, tá tudo bem — Jungkook tentou acalmar o Kim, que começou a chorar.

— Traz ele de volta tio, por favor.

— Eu vou trazer não se preocupe.

Jungkook não podia fazer tudo sozinho, então recorreu ao seu amigo de confiança. Choi San. Fez apenas uma ligação pedindo ajuda, e em dez minutos ele e Seonghwa estavam em sua casa.

Diferente do que todos imaginavam, ao ver a presença de San ali, Yeosang correu até ele e o abraçou apertado, ainda chorando.

— L-levalam meu papai — Olhou para Choi, que o pegou no colo imediatamente — Acha ele, por favor. Acha meu papai.

— Eu vou achar.

— Plomete?

— Prometo.

— Sangie, solta o Choi — Jimin pediu depois de um tempinho — Ele precisa conversar em particular com seu avô.

—Naum — Grudou no pescoço do Choi mais ainda, e nem por reza braba quis soltar.

— Sangie — Jongho, que havia ido também, chamou e teve total atenção do pequeno ômega — Tio Sannie, precisa de privacidade para resolver como vai achar seu papai. Vem brincar comigo e depois você fica com ele de novo.

Por um instante Yeosang cogitou negar, mas ao ver que Yunho estava todo encolhido no cantinho, decidiu aceitar e foi com Jongho.

— Yuyu — Yeo sentou ao lado do amiguinho — Pu que tá quietinho?

— Tô com medo Sangie — Sussurrou —  Muito medo.

— Não fica com medo — Abraçou o amigo, que retribuiu — Vai ficar tudo bem — Tentou parecer convincente o suficiente, mesmo que não acreditasse muito nisso.

Também estava com medo. Medo de nunca mais poder ver Wooyoung de novo, nunca mais sentir seus abraços e o conforto que ele traz.

— Venha comigo.— Jungkook chamou San e Seonghwa e os três foram para o escritório do mais velho —  San eu vou ser direto. Já tô sabendo que você é o pai do meu neto.

— Já? — Perguntou surpreso — Nossa, as notícias correm.

— Hongjoong é língua solta, mas não percebe quando fala demais — Deu de ombros —  Só não te mato aqui mesmo porque eu sei que você é um homem que merece meu respeito, mas vai me prometer que vai assumir seu papel de pai a partir de hoje, ou eu esqueço tudo o que passamos juntos e te mato.

— Eu prometo Jungkook — Disse sinceramente, mesmo que planejasse não ser apenas o pai de Yeosang, mas também o alfa de Wooyoung. 

— Acho bom

— Certo, vamos deixar a treta de família de lado e conversar sobre o Wooyoung — Seonghwa começou — Jungkook, acho mais seguro que Yeosang, Hongjoong e Yunho venham morar conosco. Temos a melhor segurança e poderemos ficar de olho nos três vinte e quatro horas, caso Hwang queira pegá-los novamente.

— E isso seria bom para Jongho  também. Ele se apegou muito ao Yeosang, e também está preocupado com o professor dele. Se os três morarem conosco, poderão ser a distração um do outro — San acrescentou.

— Além do quê, seria uma preocupação a menos. Com os três seguros, poderíamos focar em encontrar o Wooyoung, já que é mais do que óbvio que Hwang não o colocaria na sua casa pública — Seonghwa disse.

— Eu concordo e permito — Jungkook disse —  Cogitei essa ideia também, e já conversei com os pais do Hongjoong. Eles estão de acordo.

— Ótimo. Agora, precisamos encontrar o Wooyoung — San cruzou os braços e assumiu uma pose séria — Sabe qual foi o último lugar onde ele foi visto?

— Hongjoong disse que estavam no meio do caminho de volta pra casa. Então uns três quarteirões depois da escolinha.

— Seonghwa peça para Felix e Yeonjun começarem a procurar nas câmeras de segurança daquela região qualquer movimento suspeito desde o começo da manhã. Diga para eles identificarem tudo até a hora que Wooyoung foi levado. Quero a placa do veículo que Hwang usou, quero o número da quantidade de homens que estavam com ele junto do histórico completo desses homens, quero saber que rumo ele tomou depois que o Jung foi levado e qual o último rastro que ele deixou. E diga que eu quero o mais rápido possível.

— Certo — Pegou seu celular e saiu do escritório indo pôr em prática a ordem que recebeu.

— Vamos indo agora Jungkook. Temos muito trabalho a fazer.

— Me deixem informado e liberem minha entrada. Vou visitar frequentemente vocês.

— Certo — Concordou com a cabeça e saiu do escritório.

Depois de uma longa conversa com Hongjoong, ele acabou aceitando ir morar com Seonghwa e San. Jongho ficou animado ao saber que Yunho iria morar com ele, mas ficou mais animado ainda quando Yeosang foi o primeiro a aceitar.

Depois de uns dias de adaptação na casa nova, Yeosang vivia atrás de San. No momento, o alfa era seu refúgio. Sentia que podia confiar nele, e sabia que o cheiro dele o acalmava.

Hongjoong, Seonghwa e Yunho se aproximaram bastante nesse meio tempo, e o pequeno ômega adora brincar com o mais velho. Pareciam uma família, e Jongho sempre estava presente nas brincadeiras, rindo e se divertindo com eles.

San quase não descansou nessas duas semanas. Seu objetivo era encontrar Wooyoung e apenas isso. Quando sentia sono, era lembrado por seu lobo que o Jung poderia estar sofrendo enquanto ele dormia, e logo todo o cansaço desaparecia.

— Senhor, encontramos a localização onde Wooyoung se encontra — Yeonjun disse assim que entrou no escritório de seu chefe.

— Reúna um grupo grande e mande eles se armarem até os dentes. Diga a eles que todos têm autorização para matar. Avise a Seonghwa que é pra ele ficar e cuidar de tudo. Jungkook irá comigo.

— Sim senhor — Se curvou e saiu para obedecer as ordens.

Não demorou muito para todos estarem prontos. San não se armou tanto, apenas uma arma e uma faca já era o suficiente para si. Saiu de seu escritório e foi atrás de Yeosang. 

—O que tá acontecendo? — Yeosang perguntou confuso e abraçou o pescoço de San assim que foi pego no colo por ele.

— Vamos atrás do seu pai.

— Achalam ele? — Perguntou com os olhinhos brilhando. San achou a coisa mais linda.

— Sim — Concordou com a cabeça.

— Obligado por cumplir sua plomessa — Abraçou San bem apertado — Você é um bom alfinha, e eu confio em você.

San sorriu e sentiu todo seu interior se alegrar ao ouvir isso. Tinha a confiança de seu filho.

— Vou trazer seu pai de volta tá bom? — Deixou um beijinho na bochecha de Yeosang, que concordou com a cabeça —  O tio Seong vai ficar aqui pra proteger vocês, então enquanto eu estiver fora obedeça o que ele disser. Capiche?

— Capiche — Concordou com a cabeça e desceu do colo de San — Mas vê se não morre também!

— Não vou — Riu e bagunçou o cabelo de Yeosang, que resmungou e foi pra perto de Jongho. 

Ao chegar no local, Jungkook já estava lá e ele também só tinha uma arma e uma faca. Foi preciso apenas uma troca de olhares dos dois para invadirem o lugar e saírem atirando em todos.

Os dois lúpus seguiram para dentro da casa e procuraram por Hwang, mas ele não estava, então foram atrás de Wooyoung. 

Assim que San viu o estado em que seu ômega se encontrava, magro, cheio de machucados, desidratado e aparentemente bem fraco, jurou que encontraria Hwang e faria três vezes pior com ele.

Assim que viu Wooyoung abraçar o pai, percebeu uma cabeleira ao lado do ômega. Apenas em observar a criança, já sabia que ele era um beta.

— Quem é ele? — Perguntou a Wooyoung. 

— Ele chegou hoje. A mãe o trocou por dinheiro.

— Vamos levá-lo para um lugar seguro, eu prometo — Jungkook disse e ajudou Wooyoung a ficar em pé, mas segundos depois ele desmaiou.

— Eu levo ele, você cuida da criança — San pegou Wooyoung no colo e Jungkook pegou a criança.

Os dois saíram da casa às pressas e levaram Wooyoung e Luke para o hospital. O ômega foi levado para a cirurgia, e o pequeno para um check-up rápido, já que ele não aparentava ter nenhum machucado externo.

Jungkook precisou ir embora para buscar seu marido, e San não saiu dali em momento nenhum.

— Ele vai sobreviver — Disse para si mesmo — E eu vou achar Park Hwang. E vou matá-lo com as minhas próprias mãos.

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