Capítulo_14
Chegando com mais um capítulo deixem é seus comentarios e curtam bastante!!!
Até a próxima amo vocês!!!
Boa leitura!!!
Meu Deus, que vontade de estrangular essas crianças!
Não me dão um minuto de sossego e já quebraram três copos! Eles acham o quê? Que eu cago dinheiro pra comprar copo? Copo tá caro porra!
Hongjoong se trancou no quarto dele a mais de quinze minutos para controlar sua raiva, me largando com os quatro capetas aqui na sala.
Grande amigo ele.
Yeosang está de cabeça pra baixo no sofá junto com Jongho enquanto Yunho e Mingi estão brincando de pique-pega, derrubando tudo!
Vou enlouquecer!
— Yeosang e Jongho sentem direito, Yunho e Mingi parem de correr dentro de casa! — Eu quase gritei, e os quatro finalmente me obedeceram — Vão lavar as mãos, tá na hora da janta!
Os quatro correram lá pra dentro e eu suspirei aliviado. Coloquei comida no prato pra todos eles e quando chegaram já começaram a devorar tudo.
Eu fiquei de olho pra ver se não iam começar uma guerra de comida igual na hora do almoço, mas acho que depois da bronca do Hongjoong eles aprenderam a lição.
Enquanto os pestinhas comiam eu arrumei a bagunça que eles deixaram na casa. Chamei Hongjoong para sair do quarto e ele foi comer enquanto eu continuava arrumando tudo.
Quando tô nervoso eu perco a fome.
Ainda bem que Park vem buscar o irmão amanhã na hora do almoço.
Imagina passar o final de semana todo com esses quatro? Eu assassino eles!
Depois de comerem, Hongjoong levou os alfas pro banho e eu levei os ômegas. Os dois se divertiram tacando água na minha roupa inteira e jogando a espuma do shampoo pro ar.
Foi irritante, mas fofo.
Eles decidiram dormir na sala hoje como se realmente estivessem numa festa do pijama. Mingi, Jongho e Yunho já estavam apagados, mas Yeosang tem problemas para dormir então ele é o único acordado.
Meu filhote, desde que fez dois aninhos, tem pesadelos constantes com um lobo preto de olhos azuis, que o assusta toda noite. Ele tem medo de dormir porque não gosta de ver aquele lobo.
Então cá estou eu, quase caindo em pé de tanto sono, dando leite morno pro meu pestinha dormir melhor, enquanto ele está com a cabeça deitada no meu ombro e todo encolhidinho no meu colo, segurando a mamadeira com as duas mãozinhas e quase dormindo.
Quando ele acabou de tomar o leite, eu deixei a mamadeira de molho na pia e deitei ele no colchão vazio na sala. O cobri e dei um beijinho na testa dele, enquanto o querido já estava no mundo dos sonhos.
Com todos os capetinhas já apagados, Hongjoong desligou a luz da sala e trancou tudo enquanto eu ia tomar um banho.
Não demorei muito no chuveiro porque estava quase caindo em pé, mas tomei um bom banho e me vesti confortavelmente. Me joguei na minha cama e apaguei.
Acordei de madrugada sentindo uma cutucada no meu braço, e com os olhos quase fechando de novo eu vi o Jongho me olhando.
— O que ouve? — Perguntei rouco pelo sono recente.
— Tio Wooy, desculpa te acordar — Ele sussurrou — Mas é que eu… — Parou de falar e eu acordei um pouco mais quando vi ele excitar.
— Você...?
— Eu sonhei com o acidente...
Acidente? Que acidente?
Fiquei me perguntando sobre até meu cérebro raciocinar. Senhor Park havia me dito que Jongho presenciou a morte dos pais, mas não me disse como foi. Então deve ter sido num acidente.
— O pequeno — Chamei ele pra deitar do meu lado, e devagarinho e um pouco tímido ele se deitou — Não precisa ficar assim tá bom? Foi só um sonho.
— Eu tô com saudade deles — Confessou baixinho, quase incerto se falava ou não. Mas ele tava com uma carinha de sono, então acho que nem tava raciocinando o que falava — Papai não aparece mais pra me dar beijinho de boa noite, e mamãe não me abraça mais quando sinto medo.
Me deu uma vontade de chorar quando ele disse isso.
Jongho é tão pequeno e já passou por tanta coisa. Me pergunto como é a criação de Seonghwa, já que agora é ele quem cuida do irmão. O mais velho ainda é mafioso, então me pergunto o que o pequeno aprende naquela casa.
— Eu não sei como é esse sentimento, mas eu sei que seus pais estão olhando por você lá de cima.
Eu não acredito nessas coisas, mas ele é só uma criança! Merece receber palavras de conforto ao invés de palavras duras.
— Tio Wooy — Ele me olhou piscando os olhinhos devagar — O Seongie cuida bem de mim, ele me dá muito carinho. Mas quem vai dar carinho pra ele? Ele precisa também não é? Meus papais também eram papais dele, e ele também viu o acidente...
— Tenho certeza que seu irmão já se sente bem acolhido só por sentir os seus abraços. — Comecei um carinho no cabelo dele, e ele quase apagou — Não pense muito nisso, tá? Agora dorme — Deixei um beijinho na testa dele, o cobri e fiz ele dormir.
Foi só ele dormir que eu dormi também. Estava muito cansado.
No dia seguinte os quatro pestinhas já estavam a todo vapor novamente, mas Jongho não estava tão virado no 220 igual os outros. Ele ainda brincava, mas agora era só com Yeosang.
O pesadelo que ele teve ontem realmente bateu forte para ele, foi como uma recaída, e eu me senti mal ao vê-lo assim.
Comentei com Hongjoong sobre, e ele ficou querendo chorar igual eu ontem.
Quando Seonghwa chegou para buscar o irmão, eu decidi ter uma conversa com ele primeiro. Então convidei ele pra entrar e o levei pra cozinha enquanto Hongjoong distraia as crianças.
— Quer uma água, um suco ou café? — Educação em primeiro lugar.
— Não obrigado, estou bem.
— Certo então — Me sentei na frente dele e reparei que ele não desgrudava o olhar de Hongjoong.
Olha só, parece que Hongjoong tem um admirador! Vou usar isso pra encher o saco dele.
— O que queria falar comigo? — Seonghwa voltou pra realidade depois de uns minutos e me olhou.
— É sobre o Jongho.
— Ele aprontou muito?
— Sim, mas isso é normal de toda criança. Não era isso que eu queria falar.
— Então era o que?
— Jongho teve um pesadelo essa madrugada, e ele disse que sonhou com o acidente.
A expressão de Seonghwa mudou drasticamente para uma mega preocupada.
Ah que bom que ele se importa, ou eu dava uns tabefes nele.
— E o que mais que ele disse?
— Ele disse que sentia falta dos pais. Disse que o pai dele não aparecia mais pra dar beijinhos de boa noite e a mãe não o abraçava mais quando sentia medo — Ouvi um suspiro triste vindo do homem à minha frente, e ele abaixou o olhar.
— Jongho sempre gostou muito dos pequenos gestos de carinho dos nossos pais, e sempre pede pra eu fazer o mesmo. Acho que é um jeito dele nunca esquecer dos dois. Não é?
— É sim — Concordei com a cabeça — Mas não foi só isso que ele disse.
— O que mais ele disse? — Perguntou olhando Jongho lá na sala, com um olhar tão carinhoso que até esqueci que ele era um mafioso por alguns segundos.
— Ele disse que você cuida muito bem dele e dá muito carinho também. Mas perguntou quem vai dar carinho pra você. Ele disse que os papais dele também eram seus papais e você também presenciou o acidente.
Nesse momento eu pude ver Seonghwa com um olhar sofrido, aquele típico olhar de quem guarda tudo pra si e quando percebe um gesto carinhoso de quem ama quer explodir.
— Senhor Park, eu não quero me intrometer muito pois sei que é um assunto muito pessoal pra você, mas quero que siga um conselho.
— Que seria?
— Hongjoong — Chamei e ele veio rapidinho. Expliquei rapidamente e ele já entendeu.
— Wooyoung não é bom em dar conselhos então essa parte sobra pra mim — Riu soprado — Senhor Park, seu irmão e você são o que restou de uma família feliz, mas os dois estão quebrados por dentro e não conseguem juntar os pedacinhos pois tentam fazer isso sozinhos. Deixe o trabalho um pouco de lado e passe mais tempo com ele, faça perguntas pequenas mas que mostrem a ele que você se importa. Deixe que com o tempo ele comece a fazer o mesmo, e quando se entenderem um com o outro procurem ajuda psiquiátrica. Isso não vai ajudar apenas no psicológico dos dois, mas no crescimento familiar de vocês e uma infância melhor e menos conturbada pra ele.
Hongjoong, parou um pouco quando ouviu um suspiro pesado de Seonghwa e o olhar dele concordar com tudo o que dizia.
Mesmo que eu vá zoar com a cara do meu amigo, eu acho que eles combinam.
Seonghwa passou as mãos no rosto e Hongjoong me encarou. Eu concordei com a cabeça e ele finalizou sua frase.
— Vocês dois presenciaram o acidente, vocês dois viram o que aconteceu e compartilham do mesmo sentimento. Mostre pra ele que ele não está sozinho, e ele fará o mesmo com você.
— Obrigado — Seonghwa agradeceu com a voz meio falha e eu vi que ele realmente estava precisando ouvir essas palavras.
— Se precisar, pode deixar o Jongho aqui em casa mais vezes — Hongjoong disse e Seonghwa olhou pra ele — Ele se sentiu bem e conseguiu se distrair o dia todo. Ter companhia da faixa etária dele pra brincar mais ou até mesmo para conviver com ele, pode ajudá-lo também.
— Eu vou pensar sobre isso — Concordou com a cabeça.
— Seongie! — Ouvimos a voz de Jongho e vimos ele correndo até o irmão, que pegou ele no colo — A quanto tempo você chegou? Eu nem vi.
— Não faz muito tempo — Sorriu mínimo — Se divertiu?
— Sim — Concordou freneticamente com a cabeça com um sorrisão — Eu brinquei muitão!
— E aprontou também — Hongjoong disse e o sorriso de Jongho se transformou num sorriso culpado.
— Diculpa — Disse fofo.
— Tudo bem, é normal de toda criança — Eu falei antes que o Hongjoong, pra ele não acabar falando besteira — Nos vemos segunda na escola tá bom?
— Tá bom —— Ele deixou um beijinho na bochecha do Hongjoong e me abraçou apertado, depois correu até os outros pestinhas e se despediu deles também. Voltou correndo e foi embora com o irmão.
— Gente, Seonghwa tava tão tristinho — Hongjoong comentou comigo — Fiquei com dó.
— Você com dó de alguém? Essa é nova.
— Vai se ferrar — Ele resmungou e eu ri.
Nos juntamos a Mingi, Yunho e Yeosang e começamos a brincar com os três, sabendo que, mesmo que uma criança tenha ido, ainda tinha três, e elas eram as mais espoletas do quarteto, ou seja, ainda estávamos ferrados.
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