Capitulo 3 - Confissão.
Assim que entro na minha sala Karina me persegue. Sento-me na cadeira e dou uma grande golada no meu café para tentar segurar toda essa onda.
Karina senta em uma cadeira a minha frente, deixando só a mesa entre nós.
- Já pode começar a contar e rápido antes que meu chefe chegue. - Karina está parada me esperando falar.
- Okay... Ontem eu fui para a boate com o Derik, ficamos muito bêbados e...
- Pelo amor de Deus. - Karina me olha com um sorriso enorme - Vocês transaram?
- Isso. - Sinto minha bochechas vermelhas.
- Eu te disse, Luna. Você e Derik se amam, como você não percebe isso? Vocês dois são completamente apaixonados um pelo outro.
- Não viaja, Karina. Somos melhores amigos e ele é noivo, não faria isso com ele.
- Tá, esquece essa parte. Como foi a transa? - Pergunta Karina.
- Foi perfeito, é como se nossos corpos já se conhecessem. - Sorrio quando me lembro daquela noite.
- Acho que a atração é tão forte que eles já se conhecem. Tá, mas vocês usaram camisinha né?
- Não.
- O quê!? Quer ficar grávida dele também? Vai ser super lindo você com uma barriga enorme no casamento dele. - Karina me encara com os olhos.
- Cala a boca! - Jogo um caneta nela - Eu não vou ficar grávida, eu tomo injeção esqueceu.
- Você toma injeção? - Karina coloca a mão na boca para não rir - E cadê seu calendário? Tomou esse mês?
- Não estou gostando nada dessa sua preocupação com meu útero. Deixa eu procurar aqui. - Procuro meu calendário por todas as gavetas e não o acho - Acho que eu esqueci ele em casa, quando eu chegar em casa eu vejo e te falo.
- Okay, caso não tenha aplicado a injeção me liga para começarmos a planejar seu baby chá.
- Você é uma estraga prazeres, não vai ter baby chá nenhum.
- Karina! - O chefe de Karina grita seu nome.
- Chegou o bola murcha. - Karina revira os olhos e sai da minha sala.
Fico pensativa e ansiosa para chegar em casa logo, preciso ver esse calendário, eu estou no meu período fértil.
(***)
Chego em casa por volta das sete horas da noite. A primeira coisa que faço é ir a procura do meu calendário. Assim que eu o acho sento no chão e coloco minha cabeça entre as pernas.
Pego meu celular e ligo para Karina.
- Vou ser titia ou não? - Pergunta Karina.
- Estava marcado para semana que vem, eu me lembro que desmarquei porque ia sair com Derik.
- Então culpe ele. Por um lado não é tão ruim ele nem ejaculou dentro de você né?
- Bem...
- Pelo amor de Deus, Luna! Isso é um pedido para ser a mãe do ano. Mal começou o ano, agora vou ter que comprar ovos da Páscoa, presente do dia das crianças e no natal também, fora outros feriados que não lembro. Quando eu tô bêbada eu penso, já falo logo " encapa esse negócio aí" , os caras entendem porque eles também não querem ser pais.
- E se o Derik quisesse ser? - Pergunto.
- Aposto que ele teria ejaculado na noiva dele, dá pra acordar? Terra chamando, Luna! Eu tô me segurando para não ir aí e te matar.
- O que eu faço?
- Um teste de gravidez. É a melhor coisa que você vai fazer na sua vida.
- Eu não quero fazer isso agora.
- Espere duas semanas pelo menos.
- E se der positivo, Karina? O que eu faço.
- Acho que você vai parir.
- E o Derik?
- Olha, Luna. Vamos resolver isso, ainda nem sabemos se você vai ser mãe mesmo, só tenta esperar para ver o que vai da.
- Okay, agora vou tomar banho e dormir.
- Vou fazer o mesmo que você.
- Tchau. - Desligo o telefone.
Abaixo minha cabeça novamente e deixo as lágrimas escorrem pelo meus olhos. E agora?
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