"o que eu sinto ou não sinto por você"

Capítulo 13

— "o que eu sinto ou não sinto por você"

Dias depois…

Jay Park

Mais uma manhã se inicia, dessa vez acordei escutando um barulho estranho vindo do banheiro. Lembrei que hoje tem consulta pra S/N no obstetra, então me levantei logo.

Me aproximei lentamente até perto do banheiro, ouvindo a S/N vomitar.

Os enjôos…

Jay: – S/N! Abre a porta! – falei tentando abrir a porta, mas não consegui, já que está trancada.

S/N: – Agora não! Aqui tá horrível… – falou com a voz chorosa.

Ouvi mais uma vez ela vomitando, e tentei novamente abrir a tranca.

Jay: – S/N! Abre essa porta, caralho! – esmurrei a porta com raiva da teimosia dela.

S/N: – Me deixa, Jay! – ela disse e logo pude ouvir o barulho dela vomitando de novo. – Sai daqui!

Jay: – Eu quero te ajudar, inferno!

Alguns segundos depois, ela finalmente abre a porta passando por mim rapidamente e se jogando na cama, cobrindo o seu rosto com o travesseiro.

Jay: – Deixa eu cuidar de você. – me sentei ao seu lado acariciando seus cabelos. Ela virou o rosto me olhando e sorriu.

S/N: – Até parece que você é fofinho assim. – falou ironicamente.

Jay: – Estou tentando, cacete!

Ela riu humorada.

S/N: – Tenta mais.

Jay: – Não abuse.

S/N: – Vem cá. – me puxou para um abraço.  – Obrigada por se importar. – sussurrou em meu ouvido e eu sorri.

Jay: – Se arruma. Hoje iremos ao obstetra. – ela bufou e eu ri. – Não faz essa cara. Você não vai me enrolar.

Toda vez que eu tento levá-la ao médico para iniciar o pré-natal, ela passa a perna em mim e acabamos sem ir, mas não dessa vez.

Ela bufou sem gostar e levantou-se.

Jay: – Ótimo. – eu disse com um sorriso vitorioso em meu rosto. – Te espero lá embaixo.

Park S/N

A consulta com o obstetra foi tranquila, estava tudo nos conformes.

Jay e eu estávamos saindo do consultório, indo até a Ferrari preta estacionada.

S/N: – Viu só? Está tudo bem com o bebê e nós viemos aqui à toa.

Jay: – Pelo menos agora temos certeza que está tudo bem com o bebê. Ou você esqueceu o susto que levamos?

S/N: – Não, eu não esqueci. – revirei os olhos. – Mas está tudo bem com ele agora. – levei a mão esquerda até a minha barriga. – Não tem necessidade de eu ficar vindo.

Jay riu humorado, olhando pra mim negando com a cabeça.

Jay: – Você vai vir nessa chatice ao menos uma vez no mês sim.

S/N: – Você é um porre, cara.

[...]

Entrei no quarto e me joguei na cama.

Park entrou também e começou a se despir caminhando em direção ao banheiro.

Jay: – Tira foto que dura mais. – ele falou e só então percebi que eu estava muito tempo olhando para suas partes íntimas.

S/N: – Eu quero fazer outra coisa. – sorri maliciosa.

Ele sorriu malicioso também, mas seguiu para o banheiro.

Me levantei e fui atrás dele.

S/N: – Eu vou na casa da Jennie, a minha amiga, ok?

Jay: – Fazer o quê exatamente?

S/N: – Bater sirica.

Jay revirou os olhos com a minha resposta irônica e eu gargalhei da reação dele.

Jay: – Idiota…

S/N: – Tô indo, tchau!

Quando saí do banheiro, ele rapidamente segurou o meu braço.

Jay: – Não sem antes satisfazer o seu maridinho aqui. – me beijou e eu sorri de canto.

S/N: – Tudo bem. – envolvi minhas mãos em torno de seu membro fazendo os movimentos, vejo ele fechar os olhos e suspirar em êxtase.

Me ajoelhei em sua frente e continuei movimentando minhas mãos, molhando involuntariamente os meus lábios com a língua.

Deslizei minha língua por toda a sua extensão e então o chupei, ouvindo-o soltar um gemido rouco, o que me incentivou a continuar os meus movimentos.

XXX: – AH! CARALHO!!! – olhamos em direção a porta e vimos o Loco. – FECHEM A PORTA, SEUS PORRAS!

Jay: – Tá fazendo o quê no meu quarto, cuzão?

Loco: – Vim te entregar a merda que você pediu! – jogou uns papéis na cômoda e revirou os olhos se virando pra sair do quarto.

S/N: – Loco! – o chamei e então ele me olhou com uma cara estranha, o que me fez pensar que tinha algo estranho na minha cara, mas olhando para o espelho não tinha nada, parecia normal. – Você pode me levar na casa da minha amiga?

Loco: – Vamos lá.

S/N: – Tchau, amor! – dei um selinho rápido no Jay e segui o Loco.

Loco: – Vai me pagar pela corrida!?

Jay: – LOCO!! – ouvimos o Jay gritar de lá do banheiro e rimos.

[...]

Jennie já estava me esperando na varanda da sua casa, vendo eu e o Loco quando chegamos. Ela ficou olhando pra ele por um bom tempo, sem se importar comigo se aproximando.

Loco foi logo embora, e nós duas entramos.

Jennie: – Quem é aquele gatinho que te trouxe aqui? – perguntou se sentando ao meu lado.

S/N: – Loco… Por quê?

Jennie: – Nada. Só curiosidade. – deu de ombros.

S/N: – Tá querendo sentar pra ele, né safada? – sorri maliciosa.

Jennie: – Para! – jogou uma almofada em mim. – Eu não sou você, S/N.

S/N: – O que é uma pena. Imagina ser gostosa como eu? Não que você não seja. – pisquei pra ela.

Estávamos conversando e rindo, enquanto comíamos alguns salgadinhos.

De repente a campainha tocou, e Jennie se levantou para atender.

S/N: – Você está esperando alguém? – perguntei pegando o meu celular.

Jennie: – Não.

Ela foi até a porta e abriu, revelando o Jimin.

S/N: – Jimin? – olhei pra ele desacreditada.

Jimin: – S/N? Droga, eu estava mesmo te procurando! Porra, você sumiu e sua mãe acha que você está fora de Seul. Mas que caralho, S/N, porque você não atende essa porra de celular!?

S/N: – Porque eu estou te ignorando, baby.

Pelo simples fato de não poder te contar que; eu me casei com o maior criminoso da Coréia.

Jimin: – Eu fiquei preocupado, inferno, e você não deu a mínima pra mim. Sua egoista do caralho! – ele disse irritado. – Eu sei lá em que caralhos você se meteu, mas eu estou te odiando muito agora, garota. Você e a Jennie na verdade.

Jennie: – Ya! Não me mete nisso!

Jimin: – Você mentiu pra mim! Me disse que a S/N realmente não estava em Seul. – falou irritado com a Jennie.

Jennie: – Eu não ia entregar a minha melhor amiga por causa de um drama de macho. – deu de ombros.

Jimin: – Tudo bem. Eu não faço mais parte da sua vida, você não me deve satisfações sobre ela, Jennie. – quando ele foi andando até a porta para sair, eu me levantei o segurando pelo braço, ele me olhou ainda bravo e o beijei. – Eu te amo, S/N. Por isso eu me preocupo com você. – ele disse quando nos afastamos do beijo, e meu coração disparou. Faz muito tempo que eu não ouvia isso da boca dele, por um momento eu até cheguei a pensar que eu tinha me tornado apenas um objeto sexual para ele.

S/N: – Eu também te amo. – falei acariciando o seu rosto.

Jimin: – Me fala o que tá acontecendo, S/N… – encostou sua testa na minha.

S/N: – Sério que você quer falar sobre isso agora?

Nesse momento eu só queria ser tocada por ele e sentir o seu amor percorrendo cada centímetro do meu corpo.

Jimin: – Sério. – se afastou, olhando nos meus olhos visivelmente preocupado comigo.

Jennie: – Eu vou deixar vocês à sós. – foi subir as escadas. – Só não transem na minha sala.

E por fim ficamos sozinhos, olhando um para o outro.

Jimin: – Vai me falar o que tá acontecendo?

S/N: – Promete que não vai me odiar?

Jimin: – Eu prometo.

S/N: – Eu estou… – vi através da janela de vidro aquela Ferrari preta que eu reconheceria a milhares de quilômetros de distância, estacionar em frente a casa da Jennie. – Jimin, você precisa ir embora. – falei empurrando-o em direção a porta dos fundos.

Jimin: – Não sem antes você me dizer o que tá acontecendo. – ele disse teimoso como sempre.

S/N: – Depois eu te explico tudo, só vai embora.

Jimin: – Do que você está com medo, ou melhor, de quem? – tentou ir em direção a porta da frente.

S/N: – Jimin, por favor! – me ajoelhei na frente dele. – Só vai embora, merda!

Ele me olhou sem entender nada, e até que enfim ele assentiu.

Jimin: – Tá bom, mas depois você vai me explicar tudo. – assenti e então ele saiu pela porta dos fundos, e nesse exato momento a campainha tocou.

Fui atender a porta, a Jennie apareceu lá em cima da escada pra atender a porta, mas eu fui logo já sabendo quem seria.

S/N: – Tá fazendo o quê aqui? – perguntei ao me deparar com suas íris negras.

Jay: – Eu vim te buscar. – ele disse entrando na casa da Jennie sem nem ao menos ser convidado.

Ele olhava para todos os lados como se estivesse procurando algo, isso era nítido.

S/N: – E quem disse que eu quero ir embora agora? – perguntei, logo em seguida sentindo uma de suas mãos grudar em meu pescoço, me prensando contra a parede. – O que é isso, Jay!?

Jay: – Quem estava aqui com vocês? – olhou pra mim e em seguida olhou para a Jennie na escada que ficou apenas parada sem reação.

S/N: – Ninguém, porra! – respondi irritada com ele e consequentemente levei um tapa na cara.

Jay: – Não mente pra mim, S/N. Eu já tô cansado de você tentando me fazer de palhaço.

S/N: – Vai tomar no seu cu, Jay! – o empurrei. – Para de me tratar como objeto de posse sua, porque eu NÃO SOU!

Jay: – Vamos embora. – ele disse me agarrando pelo braço.

S/N: – NÃO! – gritei e ele bufou me jogando nas suas costas, saindo comigo para fora da casa. – ME COLOCA NO CHÃO! – gritei socando suas costas.

Jay me empurrou para dentro do carro e travou a porta, logo entrando também e dando partida.

Jay: – Casa da Jennie, né!? – ele disse irritado. – Merda, eu não sei porque raios eu ainda confio em uma vadia como você.

S/N: – Eu disse que iria à casa da Jennie e lá eu estava. Eu não menti para você.

Jay: – Só omitiu a parte de que estava indo lá para sentar pra outro.

S/N: – Eu não fui sentar pra outro. – revirei os olhos. – Estava só nós duas lá.

Jay: – Mentirosa.

S/N: – O quê? Você por acaso mandou me seguirem!?

Jay: – E isso importa?

S/N: – Idiota.

Jay: – Vadia.

S/N: – Imbecil.

Jay: – Cretina.

S/N: – Eu te odeio, Jay.

Jay: – Eu te odeio mais, S/N.

S/N: – Grrrrrrrrr!

Jay: – Eu vou matar ele. – ele disse sem tirar os olhos da estrada.

S/N: – Ele quem?

Jay: – O seu amiguinho Jimin.

Meu coração gelou e eu estremeci. Jay sabe que o Jimin estava comigo, não vai adiantar mentir e ficar discutindo.

S/N: – Ele não sabia que eu estava lá. – entreguei o jogo ao sacar que Jay já sabia de tudo. – Ele foi procurar a Jennie.

Jay: – No mesmo dia em que você resolveu ir lá? Você está vendo escrito palhaço aqui? – apontou para sua própria testa.

S/N: – Você já ouviu falar em coincidência?

Jay: – Coincidência é o meu pau.

S/N: – Seja lá o que você esteja pensando, não rolou nada entre nós.

Ele riu de nervoso.

Jay: – Acredito. – debochou.

S/N: – Eu juro.

Jay: – Como se eu acreditasse em seus juramentos.

S/N: – Eu não sou como você, Jay. Eu cumpro o que falo. E tem mais; você só está se doendo aí porque me chifrou primeiro e acha que eu vou fazer o mesmo, mas eu não sou tão babaca a esse ponto.

Na verdade eu sou sim, mas não chifrei ele. Aquele beijo com o Jimin não foi nada comparado com o que ele fez com aquela vagabunda da Hoody.

Jay: – Você o ama? – Jay perguntou do nada. Olhei pra ele sem entender, vendo-o sério olhando para o trânsito.

S/N: – O porquê dessa pergunta?

Jay: – Não há um porquê, eu só quero saber se você ama ele.

S/N: – Isso não importa.

Jay: – Eu sabia. – ele riu de nervoso.

S/N: – Eu não o amo. Eu não amo ninguém na verdade. Para de ser idiota.

Jay: – Não mente pra mim. Você acha que eu não percebo como você fica toda vez que ele é mencionado?

S/N: – Eu não sei do que você está falando. E seja lá o que for, isso não significa nada.

E então o Jay se calou e concentrou toda a sua atenção na estrada, como tentativa de me ignorar completamente.

Suspirei e preferi não discutir mais sobre aquilo também.

Jay Park

Eu não sei por qual razão, mas os sentimentos da S/N pelo tal do Jimin me incomodam e muito.

Eu preciso tirá-lo do caminho, de maneira não muito drástica para que ela não me odeie eternamente.

Ou preciso fazer a S/N entender que não importa os sentimentos que ela tem por outro homem, ela é minha independente de qualquer situação.

S/N: – Jay, vai mais devagar, caralho! – ela disse me dando um empurrão, fazendo-me sair do transe e perceber que eu havia ultrapassado o limite de velocidade. – Quer matar nós três, inferno?

Jay: – Eu quero matar você, sua maldita. – falei irritado ao pensar na ideia de que ela transou com outro.

S/N: – Não aconteceu nada, demônio! Eu. Não. Transei. Com.  O. Jimin. – ela disse pausadamente para que eu entendesse, mas eu sei bem quem é a mentirosa que estou lidando. – E mesmo que eu estivesse, qual é o problema? Afinal, nós nem somos casados de verdade. Não sentimentalmente. Por que toda essa obsessão, Jay, se você nem sente nada por mim?

Jay: – E quem disse que eu não sinto nada por você? – olhei diretamente para os seus olhos e ela se calou me olhando perplexa.

S/N: – Sente o quê? Ódio? Ah, legal, eu já sei disso.

Jay: – Olha S/N, não importa o que eu sinto ou não sinto por você, eu só não quero te ver com outro homem. Não quero que você seja tocada por alguém além de mim. E principalmente, não quero que você ame alguém que não seja eu.

Felizmente já havíamos chegado na mansão, e eu desci do carro antes que a S/N pudesse dizer algo.

Park S/N

Olhei o Jay entrar na mansão e franzi a testa. O que ele falou no carro foi meio confuso pra mim, não dá pra entender o Jay quando fica irritado, na verdade enciumado.

Mas que porra foi essa?

Ah merda! Eu nunca vou entender esse homem…

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