"Cuidadoso"
Capítulo 3
— "Cuidadoso"
Kim S/N
Estou trancada nesse quarto o dia inteiro, já deve estar de noite, só espero não ficar presa aqui por muito tempo.
No meu celular chegam várias notificações de mensagens da minha amiga vagabunda, como não tenho nada pra fazer resolvi falar com ela e culpá-la pelo que estou passando.
(Jennie): Amiga, você está bem?
(Eu): Não.
(Jennie): Me desculpa :(
(Jennie): Eu fiquei preocupada de acontecer alguma merda com você.
(Jennie): E se você morresse?
(Jennie): Aí, eu não gosto nem de pensar nisso.
(Eu): Ótimo.
(Eu): Agora eu vou ter que parir o bebê do Jay.
(Eu): Como você acha que eu vou contar isso pra minha mãe?
(Jennie): Aí, me desculpa.
(Jennie): Talvez o Jay ajude você com isso também.
(Eu): Jay não é quem você pensa que é.
(Jennie): O quê?
(Eu): Ele me bateu.
(Jennie): O QUÊ??????
(Jennie): S/N, por favor, me diga que é mentira.
(Eu): Não é mentira, Jennie.
(Eu): Ele me bateu, de verdade.
(Jennie): Como ele pôde?
(Jennie): Ainda mais sabendo que você está grávida de um filho dele?
(Jennie): Mas que filho da puta!
(Eu): Sim, ele é, Jennie.
(Eu): Ele está disposto a quebrar a cara de qualquer um que o desafie.
(Eu): Mesmo que seja a mãe do filho dele.
(Jennie): Ah, estou me sentindo péssima agora :(
(Jennie): Eu não deveria ter ido procurar ele.
(Jennie): Nada disso teria acontecido se não fosse por minha culpa.
(Jennie): Você teria tirado o bebê, estaria feliz e não teria que lidar com esse homem.
(Jennie): Eu realmente não o conhecia.
(Eu): A merda já está feita mesmo.
(Eu): Agora não adianta vir com desculpas esfarrapadas e lágrimas de crocodilo.
(Jennie): Ei, estou sendo sincera.
(Eu): Eu não tenho outra opção a não ser deixar a coisa nascer.
(Jennie): Então eu vou ser madrinha???
(Eu): Não.
(Eu): Assim que nascer eu entrego pro Park, e sigo a minha vida normalmente.
(Eu): Como se nada tivesse acontecido.
(Jennie): E se você acabar se apegando ao bebê?
(Jennie): Se isso acontecer, vai ser muito difícil pra você ver o Jay tirando ele dos seus braços e nunca mais vai vê-lo.
(Eu): Haha
(Eu): Nem sonhando que eu vou querer andar por aí com a cara de cansada e toda golfada com um bebê chorando sem parar nos meus braços.
(Jennie): Pensa bem nos acordos que você faz com o Jay para depois não se arrepender.
(Eu): Cala a boca.
(Eu): Você que me colocou nessa merda.
(Eu): Então não se intrometa nas minhas decisões.
(Jennie): Aí, tá bom.
(Jennie): Eu não falo mais nada, sua grossa.
(Jennie): Onde você está?
(Eu): Trancada na mansão dele.
(Eu): Esperando ele me liberar.
Ouvi a porta sendo destrancada.
(Eu): Por falar nele.
Bloqueei a tela do celular, e joguei para qualquer canto.
Jay entrou no quarto vestido com uma calça preta, com o cabelo úmido e bagunçado. Acho que acabou de sair do banho.
S/N: – O princeso vai me deixar ir agora?
Jay: – Quando foi que eu disse que em algum momento você sairia daqui?
S/N: – Você não é louco de me manter presa aqui!!!
Jay: – E se eu manter? Vai fazer o quê? Ligar pra polícia?
S/N: – Eu não, mas a minha mãe vai com certeza chamar a polícia.
Ele riu aproximando-se de mim, ficando em cima da cama na minha frente.
Ver as gotas de água caindo do seu cabelo molhado e deslizando suavemente pelo seu corpo absurdamente maravilhoso, é uma grande tentação que eu não sou capaz de resistir.
Puta que pariu! Ele é realmente muito gostoso!
Jay: – Não se preocupe… – pegou em meu queixo, erguendo o meu rosto para olhá-lo, já que eu estava perdida olhando o seu abdômen atraente. – Eu vou te deixar ir, mas antes… – olhou fixamente para os meus lábios. – Preciso dos seus serviços.
Sorri maliciosa e isso serviu como resposta para que ele me beijasse.
Jay: – Eu pensei que estivesse me odiando. – falou rindo.
S/N: – E estou. Mas, uma boa garota nunca contraria seu cliente. – sorri de canto, o beijei entrelaçando os meus dedos nos seus cabelos, puxando-o para mais perto e incentivando a intensificar o beijo.
Jay deitou-se em cima de mim, sem quebrar o nosso ósculo, deslizou suas mãos por todo o meu corpo, antes de tirar as minhas roupas.
Seus lábios carnudos percorreram o meu pescoço, meu ombro esquerdo, até chegar aos meus seios, onde mordeu levemente o mamilo enrijecido. Foi descendo seus beijos incessantes pela minha barriga, e quando chegou perto da minha virilha o meu corpo inteiro se arrepia.
Ele desabotoou minha calça logo tirando-a rapidamente, deixando apenas a minha calcinha rendada barrando a visão do meu corpo nu a sua frente.
Vê-lo tirar a calça e ficar sobre mim novamente olhando nos meus olhos, vendo-me levar as minhas mãos vagarosamente até a sua cueca box, logo abaixei a peça sem quebrar o nosso olhar um no outro. Peguei no seu membro delicadamente pela base, sentindo seu pau completamente ereto liberando o pré-gozo.
Antes de iniciar os movimentos de vai e vem, comecei a masturbá-lo deliciosamente.
Sorri vendo-o fechar os olhos, aumentei os movimentos de minhas mãos, fazendo ele arfar.
S/N: – Você mal pode esperar para estar dentro de mim, não é mesmo, daddy? – perguntei sensualmente em seu ouvido. Ele assentiu, mordendo o lábio inferior. – E eu mal posso esperar para senti-lo..
As veias de seu pau começaram a engrossar, fazendo-me sorrir em pura satisfação.
S/N: – Mas já? Eu nem comecei. – falei só para provocá-lo.
Jay: – Eu preciso meter em você. – falou ofegante, ficando por cima de mim e abrindo minhas pernas, encaixando seu membro na minha intimidade.
S/N: – Aaahh… – arfei sentindo-o entrando em mim.
Começou gostoso, estávamos transando como sempre… mas diferente das outras vezes, o Jay não estava agressivo, ele está sendo muito delicado agora.
Entre os meus gemidos involuntários, franzi o cenho achando estranho, ele beijava meu pescoço e peguei no seu rosto com as minhas mãos, fazendo-o olhar pra mim.
S/N: – Tá tu-tudo bem? – perguntei entre gemidos sutis.
Jay: – Si-sim… por que não estaria? – fala ofegante, sorrindo safado, se movimentando dentro de mim devagar.
S/N: – Sei lá… está diferente… – olhei pra ele sem entender ao certo o porquê de estarmos transando normalmente.
Jay: – Diferente como? – pergunta ficando confuso. – Está ruim?
S/N: – Não.. tá ótimo. É que não estou acostumada com você sendo… Como posso dizer… – tentei encontrar as palavras certas para falar isso, mas ele pareceu entender o que eu queria dizer.
Jay: – Só não quero machucar o bebê. – se justificou, e quase me emocionei com sua atitude.
S/N: – Uhum… – sorri.
Jay: – Não se preocupe. Aposto que o nosso bebê não vai se importar caso a mamãe e o papai façam festinhas particulares algumas vezes.
Jay sorriu tão animado e safado ao mesmo tempo, que apenas sorri e beijei este homem maravilhoso.
Eu nunca vou entender esse homem.
Como pode ser agressivo em alguns momentos e em outros tão dócil?
Minutos depois da conversa durante o sexo, o Jay pareceu perder um pouco do medo e foi mais rápido nos fazendo gemer loucamente. No entanto, mesmo assim não deixou de ser cuidadoso comigo durante toda a noite.
Por causa do bebê, é óbvio.
[...] No dia seguinte, pela manhã…
Jay: – Pode se trocar. Eu vou pedir pro Simon te levar pra sua casa. – ele disse sem olhar pra mim, ainda jogado na cama com o celular em mãos, enquanto eu permanecia enrolada no lençol olhando-o seriamente.
S/N: – Por que quer tanto esse bebê?
Perguntei na intenção de saber o real motivo dele querer tanto esse feto, ele nem sequer tinha vontade de ter filhos, era só sexo por diversão e pra mim por dinheiro.
Jay: – É o meu filho. Por que eu não iria querer ele?
S/N: – Você não faz o tipo de homem que quer ser pai aos 29 anos.
Jay: – E não quero. – ele disse olhando pra mim. – Mas quem mandou eu meter sem camisinha em uma irresponsável de 18 anos? – riu lembrando dessa noite.
S/N: – Não foi minha culpa! – joguei um travesseiro nele acertando seu rosto e ri, mas ele joga um travesseiro em mim também.
Me levantei, indo na direção do banheiro, antes de entrar ele me chamou.
S/N: – O quê?
Jay: – Eu quero que você me prometa duas coisas.
S/N: – Aish…
Jay: – A primeira você já sabe; não aborte. – revirei os olhos, já bem ciente disso.
S/N: – Eu já falei que vou deixar seu filho nascer, desde que depois disso eu não tenha mais que olhar na cara de vocês dois.
Jay: – E a segunda coisa é; serei seu único cliente. Eu não quero mais te ver trabalhando para outros caras.
S/N: – O QUÊ? Você só pode estar brincando com a minha cara, né!? Como você acha que eu vou me sustentar e pagar a minha faculdade?
Jay: – Convenhamos que quem te sustenta é a sua mãe. O dinheiro que você ganha se prostituindo vai tudo para usos desnecessários, com exceção da faculdade. Não se preocupe com dinheiro, eu vou deixar um cartão ilimitado com você e você faz o que quiser.
S/N: – Sério?
Jay: – Sim.
S/N: – Uau! O que carregar o herdeiro da máfia não faz, não é mesmo?
Jay revirou os olhos indignado com o meu sarcasmo.
Jay: – Não me desobedeça e teremos uma ótima relação.
Hum… o que ele quer dizer com "não me desobedeça"? Não desobedeça nenhuma das regras? Ou, faça tudo o que eu mandar como uma cadelinha adestrada? Porque se for a segunda opção, ele pode ir tirando o cavalinho da chuva!
S/N: – Jayy!!!
Jay: – Hum? – me olhou novamente.
S/N: – O que vou dizer para a minha mãe quando a minha barriga começar a crescer?
Jay: – Eu vou pensar em algo.
E assim ficamos acertados, então fui tomar meu banho.
Tenho que ir pra casa logo, minha mãe já deve estar putaça comigo.
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