"Contrato de Casamento"

Capítulo 6

— "Contrato de Casamento"

[...] No mesmo dia, de noite

Kim S/N

Resolvi que antes da minha barriga ficar visível, vou continuar com os meus serviços, afinal, tenho que trabalhar até que aquele maldito teste de DNA prove que o Jay é realmente o pai desse bebê.

Não sei se o Jay ainda vai me procurar, ou mandar alguém me vigiar. De qualquer forma eu não vou ser intimidada por ele, eu gosto do que faço e acima de tudo eu preciso de grana para os meus gastos.

Entrei na Casa Noturna que já estava lotada, logo avistei o Hobi sexy e deslumbrante como sempre com o seu típico ar de superioridade.

Marchal: – Posso lhe servir, senhorita? – perguntou formalmente com uma bandeja de bebidas equilibrada em uma de suas mãos.

S/N: – Claro, amor. – sorri para ele e peguei um copo de tequila, em seguida fui seguindo o meu caminho em direção ao Hobi. – Olha só!? Se não é o meu melhor chefe de todos. – ele sorriu pra mim, brindando nossos copos. – O que tem de bom pra mim hoje?

Hobi: – Nada. – balançou a cabeça negativamente. – E eu acho melhor você vazar daqui, S/N, o Jong-Suk está louco atrás de você, e você o conhece bem, sabe o quanto ele é persistente.

S/N: – Está louco? Cadê o meu neném? Eu estou com saudades dele. – fiz sinal de dinheiro com os dedos e o Hobi riu pelo nariz. – É sério. Cadê o Lee? – olhei para todos os lados.

Hobi: – S/N, eu não quero você trabalhando aqui pelos próximos meses.

S/N: – O QUÊ!? Como assim, Hobi? Qual foi a merda que eu fiz dessa vez?

Hobi: – Você não fez nada, S/N. Eu adoro você e os seus serviços aqui, você sabe que você é o meu melhor investimento aqui dentro, mas… é o Jay. Tô sabendo que está grávida dele, e tudo que eu menos quero é ter problemas com o Park.

S/N: – Aish… – bufei de raiva. – Hobi, na boa, não dê ouvidos pra esse cara, e se ele vier te importunar novamente deixa que eu mesma vou ter uma conversinha com ele.

Hobi: – S/N, olha aonde você está se metendo. Jay não é o tipo que gosta que brinquem com a cara dele.

S/N: – Como ele não gosta, se ele próprio é o palhaço?

Hobi riu e consequentemente rimos muito.

Hobi: – Só não morra e não se meta em problemas. – ele disse convicto e eu assenti.

Assim que mais pessoas entraram, reparei que conheço alguns.

S/N: – Por falar no diabo. – falei vendo o Park com a sua turminha entrando no local, inclusive a mulher agarrada nele. – Uhmm.. então quer dizer que agora ele trás bolo pra festa?

Olhei para eles quando passaram mais perto, acenei para o Gray e sorri, deixando bem claro as minhas intenções com ele. Como ele é um homem tímido, ele simplesmente desviou o olhar de mim.

Timidez é sinônimo de; medo de ser morto pelo Jay.

Na verdade, eu nunca tinha reparado nos amigos do Jay, até aquele dia em sua mansão, Gray realmente me chamou a atenção e não seria nada mal prestar os meus serviços a ele.

Jay ficou me olhando de longe por longos minutos, até que a mulher ao seu lado percebeu a gente se encarando e logo o puxou para um beijo.

Se foi uma tentativa de me impressionar, ela falhou miseravelmente.

No mesmo instante senti um tapa estalado na minha bunda, e me virei, vendo quem era o atrevido e sorri.

S/N: – Oii.. – eu disse abraçando Jong-Suk, sentindo suas mãos no meu bumbum.

Jong-Suk: – Me disseram que você não trabalha mais aqui. – suas mãos subiram para a minha cintura e me puxou para mais perto.

S/N: – Foi apenas um mal entendido. – dei um selinho nos seus lábios rosados.

Jong-Suk: – Me acompanha?

S/N: – Claro. – tomei o primeiro gole da minha tequila e fui seguindo ele, mas uma mão forte segurou o meu braço.

Jay: – Nós temos um acordo. – ouvi Jay quase rosnar de raiva atrás de mim.

S/N: – Enfia esse acordo no seu orifício anal. – tentei me livrar de sua mão que me segurava, mas ele não me soltou. – Me solta, Park! Você não tem nada a ver com a minha vida e o meu trabalho.

Jay: – Mas tem algo meu com você, então tem tudo a ver comigo. – ele tirou o copo da minha mão e jogou no chão sem nenhum escrúpulo, me devolvendo o copo vazio.

S/N: – Você mesmo duvidou da paternidade dele. Então, talvez o Jong-Suk seja o pai. – debochei e tentei mais uma vez me livrar de suas mãos.

Jong-Suk: – Park, qual é, espera a sua vez. – Jong-Suk disse provocativo vindo até nós, e Jay me puxou para trás, ficando entre mim e o Lee.

Jay: – Você fica longe dela!

Jong-Suk: – Hum? Acho que quem tem que decidir isso é ela. Agora solta ela, se não quiser arrumar confusão comigo.

Jay riu sarcástico do Jong-Suk.

Jay: – Você está no meu território, Lee, coloque-se no seu lugar.

Seul pertence ao Jay Park, querendo ou não, todos dentro dessa cidade o temiam e o respeitavam. Lee Jong-Suk até tem um certo poder diante da organização do Jay, e se destaca em outras regiões do país, mas a cidade de Seul é do Park e não há ninguém que diga o 'contrário.

Jong-Suk: – Você não vai querer ter problemas comigo, Park, não agora. Eu posso fazer você ter sérios problemas com os russos, e isso não é nada bom.

Em questão de aliança entre as máfias, Seul é favorecida pelos sul-coreanos que influencia todo o restante da Coréia em favor deles, enquanto que os Lee's "esse nome devido a todos os membros poderosos da gangue pertencer a família Lee" são fortemente apoiados pelos russos, que diga-se de passagem, já que nunca teve uma boa relação com os coreanos.

Jay: – Faz o que você quiser. Só fica longe da S/N!

S/N: – Ei, eu…

Jay: – Cala a boca! – Jay cortou a minha fala.

S/N: – Cala a boca é o caralho! Quem você pensa que é para dizer o que eu devo ou não falar!? – sai de trás dele, ficando na sua frente. – Entenda uma coisa; nós dois não temos nada e por esse motivo eu transo, beijo, e faço programa pra quem eu quiser!

Jay: – Espero que você tenha bons argumentos quando for explicar isso pra sua mãe. – me deu as costas e por mais que eu estivesse desesperada por dentro, eu preferi não dar esse gostinho a ele e pagar pra ver.

S/N: – Vem. – puxei o Lee pela gravata. – Não dê ouvidos pra ele. – nos direcionamos em direção aos quartos novamente.

Inesperadamente de uma ação rápida, me deparei com o Jong-Suk no chão com o nariz sangrando e o Jay furioso.

Jong-Suk: – Qual é o seu problema, cara!? – Lee perguntou levantando do chão, tentando revidar o soco que o Jay desviou rapidamente.

Jay: – Eu mandei você ficar longe dela!

Jong-Suk: – Você não me dá ordens, Park, essa garota é uma vadia e eu vou foder com ela quantas vezes eu quiser!

Eu não gostei da fala do Lee, mas me recuso a ficar do lado do Park, até porque ele não me trata diferente disso: vadia.

Jong-Suk e Jay começaram a brigar, o que me deixou nervosa. Jong-Suk deu um soco no rosto do Jay que avançou para cima dele e o pegou pelo colarinho da camisa, prensando-o contra o balcão do bar.

As pessoas nem perceberam a briga rolando, outras nem ligaram, mas as que estavam por perto só ficaram olhando de longe, inclusive o Hobi.

Que merda!

Jay: – Escuta aqui, Lee, eu só vou repetir uma vez; "Encosta um dedo nela e eu te mato! Foda-se sua família de merda, foda-se os russos, foda-se você! Chega perto da S/N novamente e eu não terei misericórdia de você!"

Jay jogou o Jong-Suk no chão ensanguentado, virou-se na minha direção e agarrou o meu braço extremamente bruto.

S/N: – Ei! Você tá me machucando! – assim que falei isso logo levei um forte tapa no meu rosto, que me fez calar a boca na hora e olhar pra ele espantada.

Hobi: – Jay, eu não admito que bata nela aqui e ainda mais na minha presença! Solta ela agora! – Hobi disse sério vindo até nós, e Jay sacou uma arma de sua cintura apontando pra ele.

Jay: – Eu mandei você dispensar ela daqui!

Hobi: – Não pense que eu não mandei! Mas ela é teimosa e você sabe disso! E não há necessidade de você fazer todo esse espetáculo aqui dentro, até porque você a conheceu prostituta e deveria aceitá-la assim a menos que ela queira o contrário! E ainda tem mais; ela pode estar esperando um filho seu, mas, ELA NÃO É SUA PROPRIEDADE!

Fiquei apenas olhando para o Hobi sem reação, e Jay não parecia gostar nenhum pouco disso tudo.

Jay: – Dê ouvidos a ela novamente e eu vou tacar fogo nisso aqui. – ameaçou e depois saiu me arrastando para fora, enquanto o Hobi nos seguia então neguei com a cabeça para ele, dando entender para não me seguir. Ele parou de me seguir, mas é muito evidente que ficou preocupado e infelizmente não poderá fazer nada.

Não quero meter o Hobi nos meus problemas, essa Casa Noturna é tudo que ele tem e o Jay pode destruir esse lugar em um estalar de dedos.

Estávamos quase chegando em seu carro, não tinha ninguém por perto.

S/N: – Me solta, Jay! – tentei me livrar de suas rudes mãos.

Jay: – Então você acha que pode me fazer de bobo, né? Eu vou mostrar só quem é o bobo. – abriu a porta do carro e do nada tirou uma fita isolante não sei de onde, prendeu as minhas mãos para trás. – Você vai ficar bem debaixo dos meus olhos e quero ver você fazer mais alguma merda.

S/N: – Você não pode me prender. Se você fizer isso, eu…

Jay: – Você não vai fazer nada! – agarrou meu pescoço. – Porque debaixo do meu teto, eu dito as regras e você obedece!

S/N: – Eu não vou ser sua submissa, seu doente. – tentei soltar as minhas mãos, enquanto o Jay tentava a todo custo me botar dentro do carro. – Pode ir sonhando se você acha que isso vai acontecer, porque não vai!

Jay: – Veremos.

S/N: – Eu não sei que tipo de mulher você está acostumado, mas eu não sou o tipo de mulher que me deixa ser adestrada por macho! Eu acho bom você aceitar isso para não ferir o seu ego.

Jay: – E muito menos eu faço o tipo de homem que caiu na lábia de vadias como você.

Fechou a porta do carro assim que conseguiu me enfiar para dentro do mesmo, logo deu partida no veículo.

[...]

As mãos do Jay seguravam fortemente o meu braço, como se em algum momento eu fosse tentar fugir ultrapassando todas as paredes humanas que tem do lado de fora.

Patético!

Entramos num quarto diferente da outra vez que vim aqui, e ele me jogou na cama como se eu fosse um saco de batatas.

Jay procurou por algo na primeira gaveta da cômoda, é uma papelada que logo assinou, depois entregou pra mim.

Jay: – Assina! – ordenou e eu nem tive chance de pestanejar, pois tinha um homem nitidamente impaciente segurando uma arma apontada para a minha cabeça, me olhando como se esperasse a oportunidade perfeita para ter um bom motivo de atirar em mim.

Olhei pra ele pela última vez pegando a caneta, depois olhei para a papelada.

Quase me engasguei com a minha própria saliva, quando li do que se tratava: Contrato de Casamento.

S/N: – Jay, você precisa urgentemente se tratar. – eu disse em choque, vendo todas as cláusulas do Casamento Civil já ali, inclusive com os nossos nomes registrados, só esperando pela minha assinatura. – Você só pode estar zuando com a minha cara. Eu não acredito nisso. – ri de nervosa.

Jay: – ASSINA ESSA PORRA! – gritou enfurecido e eu tive um sobressalto devido ao susto.

S/N: – Não… – neguei e imediatamente ouvi o barulho da arma sendo destravada. – Jay, não pode me obrigar a casar com você.

Jay: – E você não pode me impedir de te matar agora!

Olhei para a arma na mão dele tatuada um leão, e por fim suspirei assinando o meu nome.

Jay pegou o contrato da minha mão, enquanto eu fazia de tudo para não chorar e ele aproximou-se dando um selinho nos meus lábios.

Jay: – Amanhã bem cedo eu vou levar esse contrato ao cartório e seremos oficialmente senhor e senhora Park. Agora, durma bem e descanse. Amanhã à tarde vamos viajar para a nossa Lua de Mel.

• • •

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top