STEPHEN KING
Stephen King é um escritor de horror e fantasia mundialmente conhecido, autor de best-sellers como "Carrie, a Estranha", "O Iluminado" e "IT". King nasceu em 21 de setembro de 1947, em Portland, Maine, Estados Unidos. Ele se formou na Universidade do Maine e, mais tarde, trabalhou como professor enquanto dava os primeiros passos na sua carreira de escritor. Tendo também publicado trabalhos sob o pseudônimo de Richard Bachman, o primeiro romance de terror de King, "Carrie, a Estranha", foi um grande sucesso. Com o passar dos anos, King se tornou conhecido por títulos que são tanto bem-sucedidos comercialmente quanto aclamados pela crítica. Seus livros venderam mais de 350 milhões de cópias em todo o mundo e foram adaptados para vários filmes mundialmente conhecidos.
Em 1973, King vendeu seu primeiro romance, Carrie, a história de uma adolescente atormentada que se vinga de seus colegas da escola. O livro se tornou um grande sucesso depois de ser publicado no ano seguinte, permitindo que o autor se dedicasse a escrever em tempo integral. Posteriormente, Carrie foi adaptado para o cinema com Sissy Spacek no papel principal. Vários outros romances populares vieram em seguida, incluindo A Hora do Vampiro (1975), O Iluminado (1977), A Incendiária (1980), Cujo (1981) e IT (1986).
Durante uma boa parte de sua carreira, King escreveu romances e contos em uma velocidade vertiginosa. Ele publicou vários livros por ano durante grande parte das décadas de 1980 e 1990. Seus contos envolventes e emocionantes continuaram a ser usados como a base de vários filmes para o cinema e a televisão. A atriz Kathy Bates e o ator James Caan estrelaram a adaptação crítica e comercialmente bem-sucedida de Misery, em 1990, com Bates ganhando um Oscar por sua atuação como a psicótica Annie Wilkes.
King e sua esposa romancista atualmente dividem seu tempo entre a Flórida e o Maine. Eles têm três filhos: Naomi Rachel, uma reverenda; Joseph Hillstrom, que escreve sob o pseudônimo de Joe Hill e é um elogiado escritor de ficção de terror por seus próprios méritos (e sobre o qual nós já publicamos um capítulo especial aqui no perfil); e Owen Phillip, cuja primeira coleção de histórias foi publicada em 2005.
Apesar de Stephen King ser reconhecido como um gênio do terror, há muitas lições que podem ser aprendidas a partir de suas obras e empregadas ao escrever histórias de suspense. O método de King para criar suspense em suas narrativas foi estudado a fundo pelo professor e especialista em literatura William Cane, que conseguiu sintetizar o modelo desse famoso escritor americano em três etapas fundamentais.
A primeira etapa consiste em oferecer pistas sobre algum elemento que possa ou produzir curiosidade no leitor, ou se tornar um grande problema conforme a trama se desenrola. Em seguida, essa ideia ou elemento precisa ser mencionada mais algumas vezes depois da sua primeira aparição na história, numa espécie de referência ou aceno, da mesma forma com que humoristas costumam repetir uma mesma estrutura familiar de piada no decorrer de suas apresentações. Esse processo de referenciação e repetição permite que aquela preocupação ou ameaça permaneça vívida na mente do leitor e gere tensão e antecipação pelo momento em que essa questão finalmente irá se resolver na narrativa.
Por fim, o terceiro passo é justamente o momento em que King eleva esse elemento ao seu ponto máximo de tensão, geralmente revelando a solução de algum mistério ou colocando os personagens em seu acerto de contas final. Isso faz a narrativa atingir o seu clímax de suspense e finalmente se encaminhar para sua resolução, etapa essa em que, normalmente, o horror ocupa o plano principal e se torna mais intenso nas histórias desse escritor.
De maneira sucinta, é possível dizer que o suspense nas obras de Stephen King está centrado ao redor da ideia de fazer o leitor se preocupar. O autor quer que o leitor sinta que algo ruim está prestes a acontecer com aquele personagem com quem ele tanto se identifica e se importa. É assim em Misery, por exemplo, quando acompanhamos a saga de Paul, mantido em cativeiro pela obsessiva Mary. Como observamos o desenrolar da história sob o ponto de vista do prisioneiro, de certa forma experienciamos a mesma tensão que ele, ao não sabermos o que a sequestradora está fazendo ou qual será a tortura terrível que ela aprontará da próxima vez em que entrar no quarto.
Em sua análise sobre a obra de Stephen King, Cane sugere que a melhor maneira de aprender a construir uma ambientação de suspense com esse escritor é ler uma de suas histórias com papel e caneta na mão e tentar identificar por conta própria as três etapas comumente utilizadas por King: 1) pistas sobre o problema ou problemas principais; 2) referências ou acenos a esse(s) problema(s); 3) resolução do problema, geralmente de maneira intensa e/ou violenta, com grandes picos de tensão. Dessa forma, conforme tomamos uma maior consciência dessa estrutura, também seremos capazes de tentar replicá-la em nossas próprias histórias de suspense.
Você já tinha reparado nesse método utilizado por Stephen King para criar suspense? Quais são suas histórias preferidas dele? Não deixe de compartilhar com a gente!
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