9
A terceira semana passou envolta numa névoa de felicidade, e quando finalmente chegou a segunda-feira, da última semana, acordei me sentindo estranha, com a sensação de que algo
ruim ia acontecer. Botei de lado esse pensamento, afinal, deve ser só porque está terminando minhas "férias" aqui.
Me visto, vou à cozinha, preparo o café e vou acordar a Mada, como faço todas as manhãs.
Abro a porta e não a vejo. Imagino que ela possa estar com o Léo preparando os cavalos, então vou até os estábulos procurar por eles.
Encontro o Léo escovando o Cookie, mas ele está sozinho. Ele sorri quando me vê, deixa a escova de lado e vem me dar um beijo.
— Você tá estranha, que foi?
— A Mada não tá aqui com você?
— Não, acho que ela ainda tá dormindo.
— Não tá, acabei de sair do quarto dela. Onde ela pode ter ido?
— Ela deve estar escondida lá dentro, eu vou te ajudar a procurar, vamos.
Passamos quase uma hora procurando, e nem sinal dela.
— Vou ligar pro Nando. — Decide Léo.
Três horas depois, estamos todos juntos novamente, num silêncio infernal. Nando, é o primeiro a quebrar o silêncio:
— A gente precisa de um plano. Quem viu ela por último?
— Fui eu! — Disse Natasha. — Hoje, era umas 5 da manhã quando eu fui no quarto dela dar um beijo antes da gente pegar a estrada.
— Certo, então ela sumiu entre as 5 e as 8 da manhã. Léo, veio alguém estranho nesse meio tempo?
— Não que eu tenha visto.
Natasha, chorava tanto que mal dava para ver os olhos, o Nando estava abraçado a ela tentando consolar a esposa.
— Vamos organizar uma busca, Léo, você e a Sara reúnam todos aqui da fazenda e comecem a varrer a área. Eu vou até a polícia com a Natasha.
Todos concordamos e cada um se ocupou de sua tarefa. Pouco tempo depois, a casa estava lotada, com os funcionários da fazenda, a Viviane e alguns amigos que moram na região. Léo explicou a situação, dividimos o pessoal em pequenos grupos, e saímos.
O dia passou dolorosamente devagar. No fim da tarde, todos estão re-agrupados na sala, quando ouvimos o barulho de carros se aproximando.
— Meu Deus, alguém chamou a polícia! — Exclamou Viviane.
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