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Terminamos nosso lanche, e eu voltei pra fazenda. Jantei com a família, e depois do jantar ficamos na varanda conversando e bebendo vinho. Me peguei pensando em como seria bom
ser parte de uma família de novo. Logo, Léo veio sentar- se ao meu lado, e passamos o fim da noite conversando.
Me retirei, jurando que iria dormir até o meio-dia pelo menos, mas para a minha surpresa, meu corpo já havia se habituado à rotina de acordar cedo para cavalgar. Geralmente saímos
juntos, Léo, Mada e eu, mas hoje é domingo, a casa está tão silenciosa então resolvi sair sozinha. Pego Cookie, um quarto de milha de pelagem castanha, super dócil, dou a ele uma
maçã, e começo a escová-lo. Escovo ele por inteiro, acaricio seu pescoço enquanto cantarolo baixinho. Vejo uma manta surgir do nada, e me dou conta de que não estou sozinha. Pego a
manta e a deslizo pelo pescoço, até chegar ao dorso do animal, ajeito a sobremanta, e assim que termino vejo Léo vindo com a sela.
Sinto um fiozinho de esperança brotar no meu coração, ele não tá mais namorando a Viviane, faz tempo, segundo ele, e agora tá passando tempo comigo, será que... não, melhor não me
iludir.
— Quer companhia? — Ele me pergunta.
— Com certeza! — Novamente minha boca me trai, e eu pareço uma adolescente desesperada pela atenção do crush, o que não é muito diferente do que eu realmente tô sendo, a não ser pela parte do adolescente.
Saímos em direção ao rio, e acabamos passando boa parte da manhã juntos, falamos sobre nossas famílias, infância, amigos, e percebi que essas conversas estão se tornando hábito maravilhoso.
O domingo passou rápido, e logo chegou a segunda. Estabelecemos uma rotina confortável, que incluía montar ao amanhecer, banhos de rio, e brincar com as crianças daqui. Ao contrário da rotina da cidade que me enlouquecia, essa rotina eu amo. E logo me pego
pensando se seria muito louco voltar a morar num sítio ou algo assim.
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