☆DYLAN☆

Meu pai realmente me deixou preso junto da Emma por um dia e uma noite, nas palavras dele era pra aprender e por que o Marsh estava sendo requisitado no Brasil.
Já faz 3 semanas e no terceiro dia eu descobri o que rolou.
Meu padrinho Chase é pai.
Pai de uma gata que veio do Brasil, rolo antigo ao qual só foi descoberto no show que meu padrinho fez.

***

Estávamos na sala da casa do meu padrinho, a noite era viva, eu não queria estar ali, Emma até que queria, meu pai comprou uma roupa tão ridiculamente mauricinho que eu queria vomitar em mim mesmo. Tudo isso pra vê uma garota que não devia estar aqui.

Pelo que meu pai disse, meu padrinho e a mãe da garota brigaram na justiça pela guarda, no fim meu padrinho ganhou, isso era óbvio.

Mexia na gravata que praticamente me enforcava e logo senti um tapa do meu pai.

__não mexe nisso!

__tá me incomodando.__ressaltei.__e pra que tudo isso?

__pra causar boa impressão irmão.__Emma avisou nem se importando com o vestido patricinha que papai a fez usar.

__Emma, eu não madei tirar esse Piercing da sombrancelha?!

__ah nem vem! Tô nessa roupa ridícula e sorrindo toda meiga, mas não vem querer tirar meu Piercing não!__acabou a doçura.

Engraçado que meu pai me fez tirar o meu, alegado que se não fosse por bem, ele arrancava por mal.

__que bela impressão em?__zombei e ela me encarou e dei de ombros.

__seu babaca!__Emma me deu um chute na barriga com essa bendita sapatilha e fomos pro chão, Emma pode ser mulher mas briga feito garoto, nunca vi.

Não conseguia dar ouvidos ao chamados do meu pai.

Ele entrou no meio tentando apartar a briga.

__DÁ PRA DAREM UM TEMPO PRAGAS!__meu pai berrou e escutei um pigarrear.

Olhamos pra entrada da sala e lá estava meu padrinho e uma jovem loira de olhos azuis, pele clara e com um corpo sexy.

Meu padrinho nos olhava intrigado e a garota levemente surpresa.

Olhei Emma descabelada e o sutiã torto embaixo do vestido, minha roupa amarrotada e o cabelo bagunçado pelos fios caídos sobre o rosto.

__a primeira impressão foi pra vala.__meu pai bufou.__juro que esse temperamento não é meu.

__meu pai tem toda razão, isso é o sangue ruim das nossas mães.__avisei dando de ombros.__qual a boa?__meu pai deu um tapa na minha nuca e me encolhi.

__qual foi coroa?!__ele me encarou e corri pra trás da Emma.

__eu vou mostrar o coroa, quando eu quebrar seus dentes moleque.

__CADÊ A ELEGÂNCIA?!__Emma berrou e se desvencilhou de mim e foi até meu padrinho.

__oi Emma.

__oi padrinho lindo, desculpa a nossa situação.__ele negou e ela o abraçou.

__tudo bem, sei como vocês são e como Yama é. Bom, deixa eu apresentar a Lucinda, minha filha.

Emma a olhou e sorri largamente e acena.

__posso te abraçar ou não gosta?

__não tem problema.__sua voz é doce.

Emma a abraçou e ela devolveu, ao se separarem meu pai me deu um empurrão e fui até elas.

__eai padrinho.__sorri pro mesmo.__como vai Lucinda, que loucura sua vida virou né?

__DYLAN!__meu pai berrou e me encolhi.

__então você é o Dylan?__a olhei.

__já ouviu sobre mim?__arqueei a sombrancelha.

__por uma situação não agradável, mas é um prazer te conhecer e sim, minha vida virou uma loucura, mas pra tudo se dá jeito.

__então tá, mas que situação foi essa?__ela nada disse, apenas deu de ombros e olhei meu padrinho que olhava meu pai.

Era como se conseguissem se comunicar pelo pensamento.

__não foi nada Dylan.__meu padrinho avisou sério.

__é um prazer finalmente te conhecer Lucinda. Você é mais bonita pessoalmente.__meu pai sorri e ela devolveu.

__obrigada e você é o mesmo que a mídia fala, bem energético.__meu pai ri dizendo; culpado.

Após as apresentações fomos jantar e notei que ela não falava muito, só respondia o básico e mais nada.

__vai estudar onde Lucinda?__a olhei.

__não sei bem o nome.__ela olhou o meu padrinho.

__no mesmo colégio que o de vocês, se puderem ajudar ela a se enturmar, serei grato.

__claro, vamos mostrar tudo pra ela e ajudar ela a se acostumar.__Emma avisou sorrindo.

__ja se acostumou com o fuso horário?

__não muito, mas logo sei que irei me adaptar.

Ela não parecia feliz e se nota nos olhos dela, em como se porta e as poucas palavras ditas.

***

Agora estou na quadra na arquibancada vendo Lucinda jogar queimada, ela joga muito bem e ouvi boatos que ela é a melhor que esse colégio já viu, levava o time de queimado do seu colégio a vitória.

Me pergunto se o tio Chase sabe da travessura da sua filha algumas semanas atrás.

Ela defendeu Thank Banks do grupo de babacas do Jeremy. Disseram que ela fez um estrago feio, a mesma nem está ferida e uma garota confrontou frente a frente um grupo de 5 rapazes.

Eu não sei dizer, ela tem algo que me intriga, mas também parece esconder algo.

Não cumprimos o que dissemos ao tio Chase, Lucinda se achou sozinha, o modo foi ser reclusa, não parece propícia a fazer amizades e não entendo por que.

Eu não sou como o Jeremy, mas não gosto dessa situação. A regra é clara, homem com mulher e fim. Eu não fico aí batendo em todo que não se enquadram no padrão biológico do mundo, mas não falo com eles.

Eu penso que é eles lá e eu aqui, simples assim.

Quando o treino acabou, notei a mesma pegando sua mochila e saindo da quadra.

Estranhei, afinal agora era a hora do banho pra voltarem a próxima aula.

Sai da quadra e a vi correndo e fiz o mesmo. Nas escadas eu agi;

__Lucinda!__ela parou e se virou.

__oi Dylan, tudo bem?__ela parecia agitada.

__sim, por que não foi pro vestiário?

__ah eu esqueci minha toalha, deixa eu ir tchau.__ela se virou e segurei o braço dela.

__espera, eu posso te emprestar a minha...

__não precisa, mas eu preciso mesmo ir.

__parece que tá fugindo?

__tá maluco?! Dylan por favor, me deixa ir.__Ela batia o pé freneticamente, não conseguia ficar parada.

__não enquanto não me falar o que tá pegando?

__do que isso importa a você? Não te devo satisfação alguma.__ela puxou o braço.

__mas deve ao meu padrinho e...

__e o quê? Vai contar a ele? Vai enfrente. Vai ficar me vigiando por ordem dele? Me erra, que não tô me metendo na sua vida.

__por que...

__aí que porra!__ela passou por mim voltando todo caminho e fiquei ali estático sem reação.

Que garota maluca!