𝟬𝟴. BONECO DE NEVE
♥︎ ˚ ༘✶ Snowman.
Sim, você é minha casa, minha
casa por todas estações. Vamos
abaixo de zero e nos esconder
do sol. Eu te amo para sempre,
vamos nos divertir. Sim, vamos
viver felizes. Por favor, não chore,
sem lágrimas agora. Meu boneco
de neve e eu.
08 ᭝ CARTA NÚMERO OITO.
Sejeong, eu te amo.
Ainda está bastante frio e me lembrei de quando estava me sentindo muito mal.
Meu psicólogo disse que às vezes é normal nos sentirmos sós. Que mesmo rodeados de pessoas que nos amam, em algum momento, vamos estar agregados a esse sentimento. Que não tem como alguém nos conhecer mais do que nós mesmos e que por isso, quando estamos passando por algo que ninguém parece entender, nos sentimos sós. Que mesmo que exista alguém que nós amamos muito e que nos faça bem, essa pessoa não estará 24 horas por dia do nosso lado. Que precisamos achar a nossa própria forma de também sermos felizes sozinhos.
Eu entendo ele, de verdade e até concordo que é bom se amar, mas também acho que tem momentos que nosso amor próprio não funciona muito bem.
E naquele dia foi assim.
Essa não é uma carta triste, ok? Ou pelo menos não era pra ser. Eu só quis citar essa reflexão.
Vou chegar na parte boa.
Mas voltando ao assunto... eu estava muito mal naquele dia. Não sei explicar o que era, mas acho que deveria ser solidão. Depois de gravar, ensaiar e até fazer algumas fotos, quando cheguei em casa, tomei um banho e me sentei no sofá. Nada na televisão parecia bom. Nenhum filme e nenhuma série. Tentei ler um livro e nada. Fazer algum hobbie? Sem vontade. Tentei dormir, mas não funcionou. Escutar música... mas nenhuma parecia boa o suficiente. Até tentei brincar com o Vivi, mas nem ele parecia estar muito no clima ─ acho que os cachorros sentem mesmo como os donos estão.
Você sabe que eu não ligo de ficar um pouco só. Sou reservado, calmo e gosto de em certos momentos estar na minha. Mas esse dia foi mesmo difícil.
Então como último recurso voltei a tentar mexer no celular. Passei por diversos aplicativos, rede social que costumo ignorar, jogos e até mensagens... nada funcionou. No entanto, quando eu estava prestes a desligar o celular e voltar a tentar dormir, você me ligou.
"Oi Sehunie, tudo bem?" Eu não respondi na hora, talvez tentando raciocinar o que iria falar com o "tudo bem". Eu não gosto de mentir pra você e sempre fui muito verdadeiro com o que eu sinto ─ não seria diferente agora. E ai você continuou "Sehunie? Oh Sehun?", Foi ai que eu respondi "Oi Se... Bem... Ah... Acho que não estou muito bem hoje".
Você me fez milhares de perguntas, mas como eu não sabia o que era, não chegamos na conclusão. Em seguida você deu a ideia de vir para minha casa. Se eu queria que você fosse e nós dois passássemos a noite juntos. Eu disse que sim. Não queria parecer desesperado, mas eu quis muito ter uma companhia. Principalmente se essa companhia fosse a sua.
A gente já namorava faz um tempo, então isso não era esquisito, estranho ou íntimo demais você ir na minha casa ─ não seria a primeira vez.
Meia hora depois você chegou e trouxe consigo uma mala de mão com algumas coisas para passar a noite. Uma sacola cheia de besteiras que tecnicamente nós nem poderíamos encostar, outra com Tteokbokki e Gimbap que sua mãe havia mandado para mim e você trouxe o Pasta de Feijão, seu cachorro.
Ainda bem que ele e o Vivi se dão bem.
Nós passamos a noite conversando, jogando jogos de tabuleiro, comendo e agasalhados. Não me senti mais sozinho. Por volta das 03:00 da manhã resolvemos ir dormir pois já estávamos cansados. Por sorte nenhum dos dois iria trabalhar no outro dia... um milagre! Então teríamos o dia de folga para dormir um pouco mais e descansar bem.
Acho que o universo me ajudou muito nesse dia.
Guardamos todas as coisas, colocamos o Vivi e Pasta de Feijão nas suas caminhas e fomos nos deitar. Eu me joguei na cama com o corpo exausto, mas com a mente mais leve. Depois que você colocou um casaco meu por cima de seu pijama, você também se jogou na cama e soltou uma risada, achando engraçado. Automaticamente te puxei um pouco mais para perto de mim, passando meu braço por cima da sua cintura e pousando meu rosto bem de frente para o seu.
"Jagiya" , chamei. Você deu toda sua atenção a mim novamente e perguntou o que foi. "Obrigado por hoje, não estou me sentindo mais só", te respondi. Você sorriu com aquele seu sorriso encantador. Depositou um beijo na minha testa, logo mais no meu nariz e por último nos meus lábios. Senti a palma da sua mão deslizar sob a minha bochecha e fechei os olhos, recebendo carinho.
Adormeci poucos minutos depois.
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