Capítulo 1: A caminhos depois da queda.
Onde eu estou?
Está escuro...Muito escuro.
Quem....Quem eu sou?
O meu nome....meu nome é
.
..
...
....
.....
O vento frio bate pelo meu corpo, eu abro lentamente meus olhos enquanto minha mente começa a ganhar consciência, olho para minhas mãos, minha cabeça dói, eu não sei o que está acontecendo.
Eu sinto como se estivesse caindo.
– Nhem....Grr que dor de cabeça – Resmunguei enquanto apoiava meu corpo com meus braços, passei as mãos pelo chão desregular antes de finalmente perceber que parecia estar debaixo de uma cama fria de flores.
São azuis...Ou estão congeladas? Confusa me sentei e segurei uma das flores, elas pareciam reais, na verdade olhando melhor, parecia que o gelo formava uma fina camada sob as pétalas.
– Onde será que eu estou? Eu realmente não lembro de nada... – Suspiro confusa e me levanto, algumas flores abaixo de mim, estalam com isso.
Eu tento sair com cuidado da cama de flores, infelizmente boa parte se esmagou amortecendo minha queda, eu suspiro e dou alguns passos a frente. Olhando melhor em volta eu vejo um pouco escondido a frente, uma pequena abertura.
Me aproximei com calma, espiando pela abertura parecia ter uma fraca luz do outro lado, além de uma grama pálida, eu me abaixei um pouco e passei pela pequena passagem em direção a luz.
Quando finalmente cheguei lá, algo tremeu entre a grama e uma flor pulou para fora da terra.
– Ah! Que isso!? – Soltei recuando para trás na hora.
– Hoi! E-Eu sou Flowey! Flowey a flor gélida – Disse a flor? Com um sorriso suave no rosto, eu olho em confusão.
– Ah...Olá? – Digo dando um aceno leve para a florzinha, eu ainda me sinto incerta com isso.
– I-Imagino que você tenha acabado de cair aqui...Bem, você caiu no subsolo! Lar dos monstros! – Flowey disse balançando suas folhinhas.
– Monstros? – Questiono inclinando a cabeça, eu sinto que conheço a palavra, mas não sei definir o que ele diz com "monstros".
– Sim! Parece que você não sabe m-muito não é humana? Bom...M-Mas a frente você verá o começo das ruínas, o local mais próximo do subsolo – Explicou enquanto se virava para trás, eu sigo com o olhar e não vejo muito, mas parecia haver algo no meio da escuridão.
– Certo...Só ir por ali enquanto – Eu digo já me preparando para seguir entre a escuridão.
– E-Espere por favor! Há mais coisas úteis que eu posso te explicar! Isso vai te ajudar a agir dentro do subsolo – Exclamou desesperadamente, quando eu virei para olhar para o rosto dele...Havia algo naquele rosto...Mas não sabia o que.
– Certo...Poderia me explicar como funciona Flowey? – Questiono com uma sobrancelha erguida, isso fez a florzinha se agitar.
– Mas é claro! – Ele respondeu com um sorriso antes de tudo em volta piscar e ficar sem cor.
De repente do meu peito um coração saiu, ele brilhava em um laranja suave e próximo das minhas mãos uma pequena tela...Isso deveria ser comum?
Olhei em volta e então voltei a olhar pra ele, ele parecia ter ficado um pouco nervoso se a sua expressão dizia algo.
– Bem....Começamos com a sua alma, isto humana, é a conjunção do seu ser! Sua cor é a sua essência, cada alma humana é diferente, então nem todos tem a mesma cor – Flowey explicava enquanto balançava suas folhinhas, eu olhei pro coração à minha frente e então de volta para ele, apenas para afirmar com a cabeça para ele continuar a falar.
– Certo! Bem, as almas podem ser fracas no início, seu poder evolui à medida que você cresce e aprende a usá-lo também, mas com...Hum...Com LOVE, você pode aumentá-lo e tornar-se muito poderosa rapidamente.... – Disse enquanto desviava o olhar, suas pétalas ficando caídas, ele parecia desconfortável.
– Humm...Certo, acho que entendo, mas...O que seria esse tal Love? – Pergunto um pouco apreensiva e recuo quando os olhos dele parecem dilatar e perder o brilho.
– I-Isso é uma sigla humana, LOVE ou Level of violence, basicamente...O nível obtido por violência...Se você ferir ou derrotar um monstro, por exemplo, ganhará Exp até que obtenha níveis de LOVE – Flowey disse com sua voz mais baixa agora, seu pequeno corpo de planta encolhido.
Eu engoli em seco refletindo sobre suas palavras...Derrotar? O que ele quer dizer com isso? Que monstros seriam esses? Ele é um monstro? Eu teria que ferir algo como ele? Simplesmente o que? Pisar nele para ganhar poder com sua dor? Que tipo de sistema de força é esse? Machucar os outros para se tornar mais forte? O que força realmente me ajudaria.
Eu pisco saindo do choque quando um pequeno barulho vêm de Flowey, ele parece retorcido de medo no chão o que me faz sentir culpa. Respirando fundo eu paro meus pensamentos o máximo que posso e volta a focá-lo, minhas mãos se apertando e fechando em punhos.
– Podemos pular esta parte? Eu...Não acho que precisamos prosseguir sobre isso, não é? – Digo enquanto forço um pequeno sorriso em meu rosto e isso parece funcionar ao menos um pouco, pois o vejo menos encolhido e nervoso agora.
– Certo...Tudo bem, vamos focar então na tela à sua frente – Flowey disse com suas folhinhas juntas uma na outra e eu concordo com a cabeça.
– Essa tela vai aparecer sempre que iniciar uma batalha! Pelo menos até que você não precise diretamente dela, mas até lá ela estará aí para te ajudar na luta, você pode tocá-la e então escolher sua ação, tente fazer algo – Flowey disse sorrindo, esperando que eu fizesse alguma coisa.
Baixei meu olhar em direção a tela próxima das minhas mãos, haviam algumas palavras nela...Deveriam ser os botões.
• HP: 10/10 LV 1•
• ○Atack ○Agir ○Item ○Mercy •
• ○Atack ○Agir ○Item ○Mercy •
Olhei um pouco desconfiada, mas fiz a minha ação.
Você escolheu conversar.
– Não acho que uma luta seja um bom teste...Assim é bom? – Questiono e o mesmo concorda com a cabeça.
– Tudo bem, você pode agir como achar melhor, se você for bem conseguirá com que o monstro aceite ser poupado e assim terminar a luta sem precisar recorrer a violência– Flowey explicou erguendo suas folhinhas em entusiasmo.
– Certo...Eu preferia não entrar em lutas, mas fazer o que né? – Suspiro coçando a cabeça, isso tudo parecia muita coisa – Céus, será difícil lidar com isso tudo sozinha...
Penso um pouco, haviam tantos pontos sobre isso, tantas perguntas e dúvidas, tantas incertezas e medos. Eu rio baixo enquanto coloco as mãos no meu rosto, eu sinto a água escorrendo e passando pelas minhas mãos.
– Não! Não!! – Digo em volta alta pra mim mesma, eu seco as lágrimas depressa e me recomponho, eu posso não saber ao certo o que fazer, mas não posso me deixar cair, eu mal comecei.
– Você está bem humana? – Flowey pergunta preocupado, suas folhinhas juntas e caídas.
– Sim...Me desculpe Flowey, eu só estou muito perdida, mas vou ficar bem – Digo com um pequeno sorriso no rosto.
– B-Bem sabe! Eu poderia ajudá-la se você permitir! – Disse com um sorriso em seu rostinho.
– Adoraria a sua companhia – Falo com um sorriso no rosto e ele com euforia pulou do solo em minha direção – Ah! Que isso!!
Caio no chão pelo susto e vejo o mesmo enrolar suas raízes pelo meu braço direito, grudando completamente na região acima do cotovelo, deixando minha mão e antebraço ainda livres sem apertar muito.
– Hehe, acho que a gente deve ir agora né? – Falo enquanto me levanto e sigo para a direção que ele havia me apontado antes.
Fomos em direção à passagem, seguindo a luz que vinha do outro lado dela, para enfrentar o que viesse, juntos.
"Você se sente assustada, mas saber que alguém está com você preenche sua alma com um sentimento desconhecido"
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