POV JUSTIN CLARK.

Acordei com Maria me chamando para descer, porque já era tarde. Levantei com muita preguiça, tomei banho e coloquei uma blusa e uma calça moletom já que estava frio. E por último calcei meu chinelo. Desci pra cozinha e fiquei uns minutos conversando com Maria enquanto tomava café. Mas não pude ficar muito, pois o prazo pra entregar as músicas pra Graciella pra tinha acabado há bastante tempo e eu tinha que terminar de compor.

Na verdade, eu já tinha todas as músicas prontas mas tinha que mudar algumas coisas. Peguei meu violão, um caderno e uma caneta, e comecei a ajeitar as músicas. Acabei lembrando de quando tinha nove anos e morava com meus pais, lembro de quando chamava meu pai para brincar e ele dizia que não podia porque estava muito ocupado com seu trabalho. Eu sempre entrava no meu quarto e começava a chorar e perguntava para mim mesmo porque meu pai nunca tinha tempo para mim. E mesmo que eu não admitisse eu sentia falta de dele, e todos meu amigos achavam que eu tinha uma vida perfeita mas não era bem assim.

Queria ter um pai que se importasse comigo, que me desse amor e carinho porque por mais que ele me desse tudo que eu queria, isso não era suficiente para suprir a falta do amor dele. Eu só queria que ele dissesse que me ama, e tirasse um tempo para ficar comigo. Mas não, ele sempre colocava o trabalho em primeiro lugar. Mas eu cresci, amadureci e hoje não dependo dele pra nada. E apesar de sentir falta, já acostumei a não ter o amor dele. Pensando no meu pai, acabei compondo uma nova música. 

Você já se sentiu

como um saco de plástico

deriva através do vento

Querendo começar de novo

Você já se sentiu

Sinta tão finas como papel

como um castelo de cartas

Um golpe de desabar dentr

Você já se sentiu

Já enterrado profundamente

Seis pés abaixo

Gritos, mas parece que ninguém ouve nada

Você sabe que não há

Ainda uma chance para você

Porque há uma faísca em você

Fiquei com fome e resolvi procurar Maria. Desci para ver se o almoço estava pronto e Maria me respondeu que sim e que havia fritas. Depois de comer, subi novamente para dormir um pouco pois estava muito cansado, fiquei mais de uma hora compondo músicas, mas valeu a pena, ficaram ótimas.

Acordei e resolvi manda uma mensagem para a Mia chamando ela pra sair, já que não nos falamos há mais de uma semana, porque estava muito ocupado compondo minhas musicas. Mandei a mensagem para ela e ela aceitou sair comigo, e ficamos jogando conversa fora, até que lembrei que tinha que ir mostrar minhas músicas para a Graciella. Tomei outro banho e coloquei uma camisa preta, um moletom Preto também, uma calça jeans e um tênis vermelho, passei perfume e arrumei meu cabelo, porque de lá já ia buscar Mia. Desci e tomei meu café da tarde, terminei e dei um beijo na Maria e falei com ela que ia sair. Peguei meu carro e no caminho fiquei pensando em algumas coisas. Era estranho pensar em anos atrás e ver o quanto minha vida tinha mudado. Hoje eu estava realizando meu sonho de ser cantor, o que foi algo que meu pai sempre tentou me impedir. Mas eu nunca me importei pras palavras que ele dizia pra me desanimar, pois sabia que eu tinha talento e que tinha nascido pra isso. Eu sabia que havia nascido pra cantar, pra gravar álbuns, pra subir em cima de um palco, pra receber carinho e amor de pessoas que admiram meu trabalho. Eu sabia que tinha nascido pra ser artista. Depois disso, meus pensamentos foram parar em Mia. Desde que nos conhecemos, nos demos muito bem. Ela era uma linda garota, e não digo isso relacionando ser uma linda pessoa com o físico dela. Falava da beleza interior, ela tinha um caráter enorme e á cada dia eu tinha mais certeza isso. Não vou dizer que estou apaixonado por ela porque isso não é verdade, nem conhecia ela há tanto tempo pra me apaixonar. Mas é fato que eu gosto muito da amizade dela e sempre vou procurar mante-la.

Me dispersei de meus pensamentos quando vi que tinha chegado na empresa. Estacionei meu carro na garagem do grande prédio, subi e encontrei Franciny na recepção, como de costume. A cumprimentei e peguei o elevador indo para sala de Graciella,  e bati na porta aguardando resposta. Ela atendeu e pediu para mim entrar, eu entrei e sentei na cadeira a frente dela.

— Então Graciella, aqui estão as musicas que compus. — Entreguei os papéis com as musicas a ela. Comecei a mexer meus pés freneticamente, pois estava nervoso. Se ela não gostasse das músicas, o lançamento do álbum seria adiado.

Ela começou a ler, e eu fiquei esperando pela sua resposta. Quando ela terminou de ler, sorriu e disse:

— Justin ficaram ótimas, ótimo trabalho. Você tem mais talento do que pensei.

Dei um sorriso e agradeci. Falei com ela que precisava ir, e que depois marcaríamos uma reunião, para acertar os últimos detalhes: quando íamos poder gravar, qual o nome e etc...

Ela assentiu. Eu saí e fui para o elevador. Cheguei no estacionamento e fui para meu carro, entrei e fui direto para casa da Mia. Eu tinha combinado com ela de ir em uma simples lanchonete. Chegando la, desci do carro e toquei a campainha. Ela atendeu, e como sempre estava linda. Sorri.

Oi galero, tudo bem? Nessas férias, eu e a outra autora da história pretendemos postar dois caps por dia. Isso vai depender da nossa criatividade, e votos e coments estimulam muito hahah. Então não se esquece de votar e comentar. Obrigada por ler!
OBS: eu escrevo os POV mia enquanto minha bff, a outra autora escreve os POV justin.