Prólogo
A notícia que recebi e mudou a minha vida por completo, que me destruiu e me matou. Não sou nada sem ela. Sou apenas uma alma presa no seu próprio corpo.
— Onde é que ela está? Como é que ela está?
— O senhor desculpe-me, mas tem que se acalmar. É familiar da menina Aurora Matias?
— Sou namorado.
— Então não é familiar.
— Como não? Ela é a mulher da minha vida.
— São casados?
— Não.
— Vivem em união de factos?
— Não.
— Então desculpe-me, mas neste momento temos que comunicar com a família da vítima primeiro.
— Eu sou a única família dela. Os pais nem querem saber da filha.
— A minha menina, a minha filha!
Ouço uma senhora berrar perto de mim, mesmo sem ver a pessoa eu reconheço esta voz. É a mãe dela. Corro à procura da mulher e ao chegar perto dela, reparo que ela chora, agarrada ao marido, o pai da minha menina. Lágrimas de crocodilo. Deve de pensar que me engana.
— Tu! Tu matas-te a minha filha!
— Ela está...
— Está sim e a culpa é tua. Ela devia de estar a viver com os pais e não contigo. O culpado és tu.
— Se quer culpar alguém, culpe-se a si por querer proibir a sua filha de estar comigo, porque se não tivess tentado impedir, ela estaria em sua casa!
Dois homens agarram-me pelos braços, ainda tento escapar, mas não consigo. Os seguranças são mais fortes que eu.
Caio de joelhos no chão assim que os braços dos seguranças me largam. Foi como se me tivessem tirado o chão por baixo dos meus pés. Como assim, a minha menina morreu? Talvez a mulher tivesse razão. Se eu me tivesse afastado assim que os seus pais disseram para o fazer, talvez agora ela estivesse bem e viva.
Dava tudo para voltar atrás e salvá-la.
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