𓈒 🗓𖧚 ග . ⁕ 𑇛

⠀⠀ Olá, meus querides leitores!
໑𓈒ʿʿ𖧷 ⵓ
Hoje trago-lhes um romance que nasce de uma superação com o meu casal favorito dessa vidinha de fanfiqueira. É uma história bem antiguinha que estou repaginando. Espero que aproveitem a leitura e nos vemos lá no final deste capítulo maravilhoso!

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Devo admitir que estou me sentindo um novo homem após todos esses meses desde aquela noite que bati na porta de Rose como um pedido de socorro, socorro de mim mesmo, do vazio que carregava dentro de meu ser, e um pedido de socorro por medo do que viria a seguir se eu permanecesse mais um dia longe do seu afeto e cuidado, pude avaliar nesse tempo que passamos afastados como ela me fazia falta, era como se eu tivesse perdido um de meus braços, como se tudo que fosse fazer estivesse incompleto, era exatamente assim que me sentia em relação a sua ausência, que de fato o culpado era unicamente eu mesmo, eu que me causava esse tipo de sofrimento. Depois daquele último telefonema onde eu fui extremamente rude com quem queria apenas me ajudar, foi ali que comecei a entender o que Rose significava em minha vida, não era apenas a pessoa que me salvou a vida uma dezena de vezes e nem a aprendiz de psicologia que me usava como cobaia, não, para ela eu era mais que isso e ela também era para mim, só ainda não havia me dado conta disso.

— Justin? Ainda está aí?

— Gritou do banheiro e sua voz saiu abafada pelo barulho que a água fazia ao sair da sua ducha.

— Ainda estou aqui, Rose.

— Não irei demorar muito mais.

Ela volta ao seu banho e eu me perco em minhas lembranças daquela noite em que quase dei um fim à dor de minha alma. Era por volta de cinco e meia da tarde quando minha campainha toca e dou de cara com minha mãe com um olhar preocupado, logicamente que fiquei intrigado, afinal suas visitas era tão raras desde a partida de Olívia e ela jamais bateu à minha porta sem me ligar antes, mamãe sabia o quanto detestava ser pego de surpresa. Mas afinal desta vez ela não se importou com isso e o fato é que algo de muito errado estava prestes a acontecer.

—Mãe, o que faz aqui?

— lhe pergunto assustado, e ela pareceu perceber meu olhar.

— Filho.

Ela dá um passo em minha direção e deposita um beijo carinhoso em minha bochecha esquerda e eu dou um sorriso fraco para ela, ainda estava intrigado com sua visita inesperada, mas lhe dou passagem.

— Está tudo bem? — pergunto-lhe enquanto fecho a porta atrás de mim.

— Precisamos conversar, Justin! — É tudo que ela diz antes de se sentar e encarar as mãos por um curto momento e então ela se volta para mim e seus olhos estão carregados de preocupação e angústia, algo estava muito errado ali, foram poucas as vezes que a vi assim. Até onde sei estava tudo bem entre ela e meu pai.

— O que aconteceu, me diga logo — falo um tanto rude e ansioso. — O que a trouxe até aqui hoje?

Sou direto, afinal eu estava curioso para saber porque me apareceu aqui sem ao menos interfonar lá de baixo.

— Luke! — Foi direta e eu fiquei um tanto atordoado, esperava tudo menos que seu motivo ali fosse meu filho. — Vim até aqui por Luke.

— O que esse garoto andou lhe falando? — Meu tom saí ríspido demais e ela me fez uma careta em reprovação.

— Vim apenas o buscar, mas antes queria entender que diabos está acontecendo entre vocês?

Ela termina sua frase e eu fico a encarando por um longo tempo, parecia pedido e não compreendia suas palavras, como assim?

— Estamos bem mãe, pelo menos eu acredito que sim — digo com pesar.

Ela encarava um ponto atrás de mim, então me viro para a direção que seu olhar foca e encontro meu garoto encostado no batente da porta com uma mochila preta sobre os ombros e sua mala de rodinhas ao lado do seu corpo e ele me olha com certa raiva e isso me causa um grande incômodo e ainda sem entender volto meu olhar para a mulher sentada à minha frente, numa súplica.

— O que está acontecendo aqui? — Me levanto rapidamente e olho para ambos que permanecessem calados e insisto. — Que merda está acontecendo aqui? — Meu tom é tão alto que meus ouvidos chegam a doer.

Ela se levanta e como fazia quando eu ainda era um garotinho, pega em minha mão e me conduz ao sofá e leva a outra mão até então livre para a minha coxa esquerda e acaricia o local, então respira fundo e me olha nos olhos e eu sei que ali ela encontrou todo o pavor de minha alma, todo o poço de escuridão que eu levava comigo todos esses anos e ela viu a dor, a dor que agora me atingiu em cheio. Um misto de sentimentos se fez presente dentro de mim, raiva, medo e o pior de todos, o sentimento de ter sido enganado, traído. Suas mãos vão até meu rosto que já se encontrava quente e ela o acaricia como fazia quando criança, suas mãos finas e macias e com a essência de sua loção de castanhas, esse cheiro me traz tantas recordações e de algum modo me acalma.

Naquele momento eu soube que nada do que eu disse poderia ter algum resultado, Luke estava magoado comigo, eu sei que eu fui o culpado. Eu gritei e tentei o impedir mas minha mãe como sempre me convenceu, me fez ver que o melhor não era eu o forçar ficar e sim o deixar ir para um dia ele voltar, eu senti que meu mundo desabou e eu o senti levando o que restava do meu coração e então o buraco, o mesmo que eu estava conseguindo aterrar se abriu novamente e me engoliu, eu não via mais sentido e minha saída foi tentar pôr um fim em tudo, na droga de vida que eu levava e no péssimo pai que havia me tornado para meu filho e foi assim que naquela noite eu cheguei até aqui depois de um ato de desespero e foi nesse mesmo sofá que eu repousei e algo mudou naquela noite.

— Justin?

Sou trazido de volta pela voz doce de Rose que estava divinamente linda a minha frente, seus cabelos negros e ondulados caiam sobre seu decote, estava em um vestido preto tubinho e os fios saltos na mesma cor compunha seu figurino, em todo esse tempo nunca havia a visto tão bela e... procuro em minha mente uma palavra que pudesse descrevê-la naquele momento.

— Você está tão sexy. — Solto a palavra sem receio e a vejo cora.

Sim, sexy era a palavra perfeita para lhe descrever naquele momento, e tudo que senti vontade foi de a puxar para meus braços e lhe beijar os lábios vermelhos carnudos.

— Vamos!

Ela assente em confirmação e saímos em direção ao meu carro que nos esperava em frente ao seu prédio, tínhamos meia hora ainda á nosso favor. As reservas estavam marcadas para às vinte e uma horas e hoje oficialmente a pediria em namoro, sei que ela disse que não precisava.

— Justin eu já lhe disse que não tem necessidade disso, afinal a gente já está junto há um tempo. — Insistiu do outro lado da linha, eu havia lhe ligado para avisar sobre nossas reservas.

— Você sabe que precisa — indago. — Sou tradicional, Rose, e não seria justo com você não lhe fazer um pedido oficial.

Eu havia comprado um lindo anel de brilhante para ela, o mesmo que ela havia namorado em um de nossos passeio no shopping semana passada e sem que ela percebesse eu pedi para a vendedora o reserva que o buscaria no outro dia. E nesse momento olho para ele enquanto a convenço que sim, ela merece um pedido formal.

O jantar seguiu tranquilamente, falamos como havia sido seu dia e ela me contou que na próxima semana iria começar suas últimas provas e que estava um tanto apreensiva, lhe tranquilizei dizendo que se sairia bem, afinal ela era boa no que fazia e eu era uma prova viva disso. Lhe contei sobre meu dia e sobre um novo projeto que estava trabalhando com meu sócio, e rimos de uma piada boba que contei.

— Você está encantadora esta noite, querida.

Acariciei seus dedos que estavam entrelaçados com os meus sobre a mesa, ela sorri docemente deixando em evidência os seus dentes brancos e perfeitamente alinhados.

— Já volto!

Ela anuncia ao se levantar e caminhar até o toalete eu a observo desaparecer por entre as mesas e virar no corredor a direita do salão e então percebo olhares para seu corpo, vinha de uma mesa mais a frente com alguns executivos e sinto meu rosto queimar e meu punho se fechou tive vontade de ir até lá e dizer aqueles homens que não ousasse olhar para a minha garota, mais eu não a fiz, não iria estragar nossa noite por conta de meia dúzia de babacas engravatados.

— Demorei muito? — ela me perguntou quando voltou a se sentar e eu não havia me dado conta de sua presença, meus olhos continuavam focados a mesa mais a frente que agora tinham olhos voltados para nossa mesa e descaradamente um deles a observava sem pudor, eu não iria suportar por muito mais tempo.

— Garçom, por favor, conta.

Pedi educadamente ao rapaz que passava ao lado de nossa mesa e em menos de dez minutos estava saindo porta a fora daquele local, claro que Rose estranhou minha atitude, mas nada disse. Caminhamos até o carro e eu abri a porta para mesma que agradeceu com um sorriso e eu dei a volta rapidamente no mesmo e tomei meu posto, dirigi até uma praça que tinha ali perto e parei próximo a umas árvores e olhei para um ponto fixo, vinha ali quando Luke tinha seus cinco anos, a um tempo atrás eu não conseguiria me manter calmo olhando para o pequeno balanço logo a frente, mas agora eu sentia como se uma paz tivesse tomado conta de meu ser e ali era um local que eu realmente gostava, tinha boas lembranças com o mesmo.

— Venha, vamos dar uma volta.

Caminhávamos de mãos dadas até o balanço, ela se sentou em um deles e eu no outro, por longos minutos permanecemos em silêncio, até que ela o quebrou.

— Aqui é lindo, Justin!

— Sim, é mesmo. Eu gosto deste local. Sorrio quando uma lembrança me passa pela mente. — Mais forte papai. — Gritava Luke. — Vamos, lá. — Costumava trazer Luke aqui, quando era mais novo. Era nosso local preferido e todos os domingos era nosso ponto de encontro com seus amiguinhos, eram as únicas vezes que eu fui um pai de verdade para ele e a única vez que sai de minha bolha de tristeza. Eu ainda estava em negação naquela época.

— Oh querido! — Suas mãos apertam as minhas e eu seco uma lágrima que escorre pelo canto dos meus olhos.

Me levanto finalmente do balanço e caminho até a sua frente e ela me olha intrigada, pego em suas mão e as beijo e ela sorri envergonhada com meu gesto de carinho. Puxo a caixinha do meu bolso e a abro com facilidade e vejo quando seus olhos negros se arregalam em direção a caixa, ela pareceu um tanto inquieta, e antes que ela pudesse falar algo tomei a iniciativa.

— Meu amor, sei que já lhe disse essas mesmas palavras um milhão de vezes nesses últimos tempos. — Faço uma pausa para retomar o ar e contínuo. — Eu sei que fui um caso difícil para você e que por muitas vezes te implorei para desistir de mim, desistir de nós e pela graça do altíssimo você não o fez, e eu realmente agradeço por isso.

— Justin!

Ela interrompe.

— Deixe-me terminar por favor. — Imploro e ela assenti. — Eu pensei que jamais voltaria amar outra mulher em toda a minha vida, que não fosse Olivia. Mas você me fez ver a vida outra vez, ver que valeria a pena lutar por um novo amor e me fez ver que Olívia não queria me ver afundado em dor. Ela me falou isso. — Relembro de meu sonho. — Nosso caminho já vinha sendo traçado de outras vidas e hoje eu sei disso. — Ela sorri, tenho certeza que se lembrou do que lhe contei sobre a regressão.

— Eu te amo, Rosemary, e a amarei até o último segundo de vida, até o meu último suspiro e por esse motivo hoje eu estou aqui ajoelhado na sua frente em meio a uma areia gelada e suja. — Ela sorri com minha careta ao lembrar de toda aquela areia imunda sobre minha calça. — Não apenas para lhe fazer um pedido formal, mas para pedir que seja a mulher da minha vida até o nosso último dia abaixo dessa imensidão que chamamos de céu. — Seus olhos já estavam marejados quando eu fiz o pedido. — Você aceita se casar comigo? — pergunto colocando um sorriso amarelo nos lábios enquanto seguro suas mão trêmulas.

— Sim! — Suas palavras saíram embargadas. — É claro que eu aceito, Justin!

Nossos lábios se tocaram de uma forma suave e eu senti o gosto de suas lágrimas me atingir os lábios, hoje era o primeiro dia de uma nova vida. 

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⠀⠀ ⠀Informações da Fanfic:

㇛𓈒ʿʿ𖧷ܱ᠉ O.1┆ Betagem feita por: ScorpiJupiter

㇛𓈒ʿʿ𖧷ܱ᠉ O.2┆ Design feito por: Nigohyu

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⠀Considerações finais da autora!

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Quero agradecer imensamente a você que leu até aqui e dizer um enorme OBRIGADA por me ceder alguns dos seus minutos ao ler essa história. Espero de verdade que lhe veja em mais fanfics minhas, grande beijo.

Agradecimento a todos do blog NaturallyEdits que tem a melhor staff do universo e por dedicarem seu tempo em melhorar minha história.