Romances e finais
Capítulo 16 – Romances e finais
"Eu tenho tanta sorte, que a luz no fim do meu túnel, deve ser um trem."
– Park Jimin
Era complicado e todos conseguiam notar aquilo, mas era nítido que aos poucos Jungkook quebrava as barreiras de Jimin.
Quanto mais dias se passavam, mas Jimin parecia envolvido com o alfa e, por mais que ainda não tivessem passado de alguns beijinhos roubados, ainda era quente e gostoso.
Jungkook gostava de ter o ômega em seus braços e reforçava a cada segundo o quanto gostava dele, o quanto tudo aquilo era verdadeiro e profundo, consistente e real.
O alfa sabia que Jimin precisava de certeza, de palavras de afirmação e atos significativos e por mais que sempre tivesse imaginado que não teria paciência para coisas como aquelas, descobriu gostar de tudo isso.
Sempre que podia fazia demonstrações de carinho e nunca se esquecia de reforçar o quão importante o ômega era, e achava uma graça como Jimin sempre ficava constrangido e sem palavras.
Dar flores, doces e até mesmo bilhetinhos com pequenas rimas bonitinhas, havia virado um costume. Caminhar de mãos dadas, abraços calorosos e beijos furtivos era algo especial, mas rotineiro. E durante a noite, o alfa se esgueirava até a cama do ômega para que pudessem ler até cair no sono um nos braços do outro.
Tudo aquilo estava perfeito. Estavam trabalhando no artigo há duas semanas e a cada dia mais ele pega forma. Em pouco tempo estaria terminado e assim que fosse publicado, iriam ter um tempo antes de iniciar uma nova pesquisa.
O Natal já estava logo ali, a universidade já estava decorada e aos poucos o clima esfriava. Jimin não gostava muito do tempo de festas, sempre que voltava para casa se sentia triste e desmotivado, maltratado por aqueles que deveriam lhe dar amor, em contrapartida adorava as luzes e a decoração bonita, o clima sempre era gostoso e se sentia mais quente com todo o chocolate que bebia.
– Venha passar o natal comigo. – Taehyung pediu. – Yoon também irá para a minha casa nessas férias e Hoseok vai nos encontrar no ano novo. Não tem porque voltar para aquele inferno.
– Eu sei... Minha mãe mandou mensagem falando que estaria esperando, mas eu sei que é da boca pra fora. Talvez eu devesse ficar aqui.
– Sozinho? – Yoongi questionou incrédulo, enquanto comia um biscoito de gengibre em formato de árvore de natal. – Porque não quer ir com a gente?
– Eu não sei, acho que não estou no clima para festa e também vai ser o primeiro ano de vocês três juntos. Deveriam aproveitar.
– Não me irrita, Ji. Você sabe que seria melhor com você lá. Nós três te amamos. – Taehyung afirmou, bravo por seu amigo insistir naquilo.
– Vou pensar, okay? Prometo. – Tentou dar um fim a discussão e Taehyung fez uma careta logo se dando por vencido.
– E o Jungkook? – Yoongi questionou. – Onde ele está?
– Ele disse que ia falar com o Namjoon. – Explicou e logo sentiu suas bochechas corando.
– O que foi isso? – Taehyung questionou notando. – Porque está corado?
– Não estou não.
– Está sim e muito, vamos, fale logo o que aconteceu. – Yoongi rebateu.
– Eu não tenho certeza. Ontem Jungkook ficou me farejando e disse que gostaria que eu conhecesse os pais dele. – Contou se encolhendo, constrangido ao dizer aquilo. – Ele me chamou de namorado sem querer e depois me pediu desculpa e disse que não queria ter apressado as coisas
– Vocês estão nessa a duas semanas. Você não o considera seu namorado? – O ômega perguntou. – Vocês dormem juntos todas as noites.
– Ele te aromatiza – Yoongi pontuou
– Andam de mãos dadas e não se desgrudam.
– Ele te beija quando chega e quando vai.
– Isso é um relacionamento, Ji. – Taehyung finalizou o argumento de Yoongi. – Você não pensa nisso? Digo, em oficializar ou quem sabe realmente conhecer os pais dele?
– Eu não sei. Temos feito muitas coisas de casal, mas ele não tentou... vocês sabem. – Resmungou constrangido. – E eu sei que eu também posso sugerir, mas... eu não sei, acho que eu queria que ele quisesse.
– Você acha que ele não quer?
– Acho que estamos cansados demais com todo o projeto e que quando terminarmos vamos poder pensar em tudo isso com calma. – Disse pensativo, olhando para as pessoas no refeitório que riam distraídas. – Teremos tempo antes dele ir para a casa.
Jimin esperava que tivessem tempo, tempo real e significativo, mas quando terminou de escrever a última linha de seu artigo, já era o dia da festa da universidade e em dois dias seria natal e sentia que isso não era tempo o suficiente para conversar com o alfa sobre tudo o que queria.
Se sentia ansioso e despreparado e só queria que Jungkook viesse até ele e puxasse uma conversa, mas o alfa parecia tão aéreo naqueles dias.
– Jimin? Está pronto? – O alfa perguntou entrando no quarto, falando mais alto ao imaginar que Jimin estivesse no banheiro terminando de se arrumar para o jantar de fim de ano. – Eu tenho algo para te contar. – O tom de animação pura chamou a atenção do ômega, que mesmo de roupão, saiu do banheiro, atraído pela curiosidade do que poderia estar deixando o alfa assim.
– O que foi? O que aconteceu de tão incrível para te deixar tão elétrico? – Questionou saindo do banheiro, vendo o alfa com um enorme sorriso no rosto.
Ainda movido por total felicidade e ansiedade, Jungkook caminhou até o ômega, o abraçando o mais apertado que conseguia, o erguendo do chão para girá-lo no ar.
– O professor Xin publicou o nosso artigo e recebeu um e-mail da N.A.S.A. – Jimin sentiu paralisar em seus braços ao ouvir aquilo e agradeceu por Jeon ainda o segurar, porque teria caído se dependesse de suas próprias pernas. – Eles gostaram da nossa teoria e querem nos patrocinar no próximo ano para fazer uma experiência prática.
O alfa o colocou no chão, apoiando uma mão em suas costas e outra em seu rosto, o olhando nos olhos para procurar toda a felicidade que esperava encontrar, mas Jimin apenas o encarava sem reação.
O ômega encarava seu rosto e tudo o que conseguia pensar era que "Deus, conseguiram". Eles finalmente haviam conseguido algo grande, algo verdadeiro e aos seus olhos o alfa brilhava.
Jeon havia sido seu parceiro, havia se dedicado e dado seu melhor naquilo e apesar de todas as brigas, ele não havia saído do seu lado. Deus, amava tanto aquele alfa.
– Jimin? – Chamou ao ver os olhos do ômega se encherem de lágrimas, mas antes que pudesse dizer algo, o ômega já o interrompia.
– Eu amo você. – A voz saiu frágil e carregada de sentimento, algo verdadeiro e intenso, que parecia destruir o ômega por dentro. – Eu te amo mais do que tudo, Jun.
O alfa paralisou ao ouvir a fala tremida do menino em seus braços e tudo o que conseguia sentir era o mais profundo amor, carinho e ternura, porque esteve errado durante muito tempo, porque o ômega a sua frente era quente e caloroso, carregava o coração mais lindo de todos e merecia todo o amor do mundo.
– Ama? – Questionou sorrindo. – Tipo de verdade? Como eu amo você? – Voltou a perguntar, apenas porque queria ouvir novamente e viu algumas lágrimas escorrerem do rosto bonito enquanto confirmava com a cabeça. – Está aceitando meus sentimentos, Ji?
– Estou. – Fungou, levando uma das mãos até o rosto do alfa, o acariciando com ternura. – Estou, porque o medo não é maior do que o meu amor por você. Porque apesar de tudo, eu ainda quero viver isso com você, mesmo que um dia não dê certo, mesmo que um dia percebamos que isso não era o melhor, eu ainda quero você. E é egoísmo meu, mas eu ainda quero tudo isso. – O fungado saiu frágil e mole e Jeon sorriu, limpando uma lágrima. – Quero os beijos, os carinhos e os cuidados. Quero andar de mão dada e ouvir você sussurrando que me ama enquanto eu durmo. Porque você faz parecer que eu mereço isso e eu não... eu não... – Estava sufocando entre o choro e Jeon percebeu que era hora de o acalmar.
– Você merece muito mais, Ji. – Afirmou, deixando um beijinho suave nos lábios molhados pelo choro. – Merece o universo todo e talvez eu nunca consiga te dar ou te mostrar tudo o que você merece, mas eu irei tentar todos os dias. Irei mostrar que nosso amor é real e sincero e que iremos nos encontrar em todas as realidades e dimensões, em todas as vidas e universos, porque eu sou destinado a te amar. – Respirou fundo, vendo o ômega derramar mais uma lágrima. – Então me ame de volta e iremos fazer dar certo, mesmo que o mundo nos diga não.
– Eu amo. De verdade. – Afirmou, o puxando para mais um beijo, um profundo e carregado de amor, um beijo com gosto de começo.
Jeon o puxou para mais perto, seu coração transbordando felicidade ao saber que Jimin finalmente havia aceitado aquilo, que o ômega finalmente estava se permitindo sentir e em um impulso, o conduziu até a cama.
O deitou com cuidado, se afastando para olhá-lo nos olhos e sabia que agora, depois de colocar todos os pingos nos Is, seria diferente, iria poder amar Jimin com toda sua alma, sem se segurar ou ter medo, porque o ômega estava pronto e ele o amava de volta.
O sentimento era recíproco e Jeon quase tremia sobre o olhar caloroso do ômega, carregado de luxúria e desejo. Não era bobo, havia notado certos sinais nos últimos dias, sabia que o ômega estava o esperando dar o próximo passo, mas o alfa estava aguardando pelo momento certo, o momento em que estivessem na mesma página.
E agora, após um beijo quente e verdadeiro, pode notar pela forma como o ômega o olhava, agarrado a seu corpo, que queria mais, que esperava mais.
– Você é tudo o que eu preciso. – Sussurrou antes de o beijar novamente, sentindo Jimin se desmanchar em suas mãos. Os feromônios se misturando e o calor aumentando.
Deslizou as mãos para dentro do roupão, sentindo a pele macia do ômega se arrepiando. Jimin ofegou enquanto deslizava as mãos pelo alfa, em uma tentativa de o trazer para mais perto.
Quando o nó do roupão se abriu e finalmente deslizou pela lateral de seu corpo, Jimin sentiu uma brisa fria passando pelo seu corpo e se sentiu injustiçado ao ver que o alfa ainda estava vestido.
Suas mãos procuraram pela barra da calça e, sem desgrudar seus olhos do olhar predatório do mais alto, passou o botão pela casinha, abrindo a peça sem paciência, puxando o tecido para forçar o zíper a descer.
Rindo do ato do ômega, o alfa se afastou o suficiente para puxar a camisa para cima e então desceu a calça, ficando apenas com a cueca que já marcava seu pau de uma forma depravada e injustamente gostosa.
Jimin passou suas mãos por ali, o estimulando como podia, mas o olhar em seu rosto era tão sujo que Jeon acreditou que se perderia a qualquer segundo.
– Ji... – Tentou alertar, fechando os olhos e tremendo sob a mão do ômega.
– Você disse que teria me marcado durante minha febre, se tivesse certeza sobre meus sentimentos. – O ômega sussurrou. – Agora você tem.
– Isso é uma permissão? – O alfa perguntou, sentindo seu peito disparar, porque não havia nada no mundo que queria mais do que aquilo.
– É uma observação. Sei que pode ser cedo e que teremos tempo, mas deixo a decisão com você. – Seu tom era baixo e suave, arrepiava o alfa com a ideia enquanto sentia as mãos do ômega em seu corpo, o puxando para fora. – Agora você sabe, então...
– Deus, eu vou acabar enlouquecendo. – Sussurrou, se esfregando contra o ômega.
Jimin se sentiu desejado, confiante e corajoso. O olhar do alfa transmitia tudo aquilo que Jimin precisava saber e a verdade nas entrelinhas que Jeon não se cansava de dizer.
– Precisamos de preservativos. – Disse ofegante, com o pensamento nublado.
– Sobrou algumas do cio. – O alfa murmurou. Na primeira vez não haviam usado, mas depois Jeon encomendou um pequeno estoque para o cio e as mantinha na cabeceira da cama por precaução.
Jeon tentou se mover, se aproximar para pegar o necessário, mas se assustou ao ter Jimin invertendo a posição, o jogando na cama, o montado para ficar sobre seu corpo.
O ômega abriu a gaveta e puxou o pacote, logo o abrindo, colocou o preservativo com tanta luxúria que um pequeno rosnado saiu da garganta do alfa. Jimin estava brincando com fogo.
– O que está fazendo? – Perguntou ofegante, sentindo o quão molhado o ômega estava.
– Eu fico por cima. – Avisou com o nariz arrebitado e Jeon riu, se lembrava de Jimin o montando, se movimentando com tanto apreço e desejo.
– Você é tão mandão. – Reclamou falsamente e Jimin riu baixo, gostando de como aquele tom engraçadinho soava.
– Admita que gosta. – Mandou enquanto se esfregava contra o alfa.
– Eu amo tudo em você, até esse maldito nariz empinado. – Reclamou se sentando, mantendo o ômega em seu colo, o ajudando a se movimentar, mesmo que não precisasse de ajuda.
Jimin se posicionou, sentando lentamente, deixando ser tomado pelo alfa e assim que estava preenchido, completamente empalado no pau do alfa, soltou seu peso, sentindo o quão fundo Jungkook estava. A sensação era boa, mas diferente do cio. O olhar era diferente, as mãos entrelaçadas eram diferentes.
Estavam fazendo amor.
Jimin começou a se movimentar e assistiu com devoção o alfa jogar a cabeça para trás, ofegante, desestabilizado, completamente entregue às suas vontades, incapaz de se manter silencioso porque tudo com Jimin era intenso demais em sua opinião.
O ômega controlava tudo, cada movimento e cada toque e mesmo que quisesse tomar o controle, gostava daquilo, gostava de sentir que Jimin queria aquilo, gostava de assistir seus corpos de unindo e o amor fluindo e quanto mais Jimin se fodia contra seu pau, mas verdadeiro aquilo parecia.
– Diga que me ama. – O alfa pediu, querendo ouvir mais uma vez e Jimin sorriu, passando seus braços atrás do pescoço do alfa enquanto o puxava para mais perto.
– Eu te amo como o mar ama a lua, como as estrelas amam a noite, com a mesma intensidade com que o sol queima. – Sussurrou colando suas testas, ofegando contra a boca do alfa. – E não precisa ser nenhum gênio para enxergar que eu sou seu.
Jeon o forçou para baixo, indo o mais fundo que podia ao sentir que estava perto e Jimin tremeu em seus braços, sentindo o pico do prazer transbordando seu sistema nervoso.
O ômega tremeu, convulsionando de prazer e se agarrou ao alfa, ao sentir que a qualquer segundo perderia seu chão. Jungkook, ao sentir o cheiro intenso do ômega e as palavras ecoando em sua mente, não hesitou em fincar as presas em seu pescoço, sentindo a carga elétrica atravessando seus corpos, unindo suas almas e ligando seus lobos.
– Eu também te amo, Jimin. Com a mesma intensidade de que preciso de oxigênio para viver. – O alfa recitou ofegante em seu ouvido. – Você é tudo que eu tava procurando.
– Meu Deus. Quando foi que você ficou tão sentimental? – Brincou, se afastando para encarar o alfa nos olhos, enquanto acariciava seu rosto com carinho, se sentindo bambo e perdido.
Sem acreditar que realmente estava marcado, que agora estava com o alfa e que era definitivo, que enquanto se amassem, a marca estaria ali, simbolizando seu amor.
– Por favor, você é tão manteiga derretida quanto eu. – Jeon devolveu a brincadeira, passando a mão de leve sobre a marca no pescoço do menor.
– Falou a cadelinha apaixonada.
– Melhor ser uma cadelinha apaixonada, do que um boiolinha enrustido. – Provocou, rolando para o lado, deitando o ômega no macio, enquanto o encarava de cima.
– Você é tão... – Procurou pela palavra certa, mas logo foi interrompido.
– Você está marcado, Ji. Vai ter que me aceitar sendo completamente apaixonado por você pelo resto da sua vida. Porque eu vou ser o namorado mais meloso de todos.
– Irei fazer esse esforço.
| GENIUS|
Okayyy. Chegamos ao final da História e eu fiquei todo boiolinha. Espero que tenham gostado e que estejam ansiosos pelo o que ainda vai vir pela frente.
Infelizmente, eu não estou abrindo uma nova história, como costumo fazer sempre que encerro uma, mas em breve, se tudo der certo, eu irei sim começar uma nova.
Irei tirar umas férias para recuperar a inspiração, mas continuarei por aqui para tudo o que quiserem.
Desejo a todos um FELIZ ANO NOVO e que em 2023 nós estejamos todos juntos para muitas outras histórias.
Se você ainda não me segue, me siga para não perder as novidades.
Beijos coloridos
TIA_MANU / MANU PADILHA
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top