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"Ódio é um veneno que consome o coração e destrói a alma."

~ Desconhecido.









AUTORA


Sábado, um dia que para Pietro era abençoado. Esse era o dia em que ele aproveitava e dormia até tarde. Em um dia bom, ele só saía do quarto as 13:00.

Mas, por algum motivo, nesse sábado ele acordou cedo.

As 11:32 ele despertou e decidiu se levantar, por vontade própria.

Ele foi ao banheiro, fez sua higiene matinal e logo abriu a porta de seu quarto, para ir até a cozinha, já que acordou cedo, iria ir comer um misto quente. Mas, o que ele não contava, é que assim que começou a andar pelo corredor, alguém o puxou rapidamente.

Quando ele se depara, está dentro do quarto da Margot.

- O que tá acontecendo?

- Você não era uma das minhas opções, mas é uns dos mais intrometidos, e para evitar que isso se espalhe, terá que ser você.

O garoto olha para ela sem entender.

- O que foi...?

A garota avança até ele e empurra o mesmo até a parede mais próxima, colocando na garganta dele uma faca. Ela chega perto do rosto dele, garantindo que ele entenda cada palavra que ela disser.

- Você me disse que sou boa, discordo totalmente, principalmente depois de pergunta o significado de "boa pessoa" para a sexta-feira- Margot diz olhando nos olhos do platinado.

- Eu ainda acho isso.

- Então eu quero que prove.

Pietro fica quieto por um minuto. Logo fica feliz ao parar para pensar, e entendo o que ela quis dizer.

- Confia em mim então?

- Não.

- Então...?

- Não posso confiar em alguém, quando não confio nem em mim mesma- Ela diz de forma fria- Se você pensar em contar isso a qualquer pessoa, irei te prender em algum lugar e a cada dia irei arrancar uma perna, um braço e para evitar o sangramento irei colocar fogo para cauterizar. Quando eu terminar de cortar, irei te cortar em cada espaço do seu corpo, até você ficar irreconhecível. E aí sim, irei te matar.

O rapaz engole em seco.

- Quer minha ajuda... Mas está me ameaçando?

- Não, estou avisando o que farei- Ela solta ele e vai até a cadeira de seu quarto, e coloca a faca sobre a mesa.

- Tem outras formas de pedir ajuda.

- Não estou pedindo ajuda, só quero tirar de sua cabeça algo totalmente estapafúrdio.

- Estapa o que?

Margot olha para ele e pensa seriamente se tomou a decisão certa.

- Esquece.

O garoto da uma olhada em volta, percebendo que o quarto permanecia da mesma forma de quando ela chegou. Não tinha nem mesmo uma coisa fora do lugar. Até a cama, ficava arrumada de forma perfeita.

- Você ainda não decidiu como arrumar seu quarto?

- Não me parece útil, então não perdi meu tempo com isso.

- Isso na verdade seria um ótimo primeiro passo- Pietro decide ir até a cama dela- O nosso quarto pode ser um pequeno refúgio as vezes. Um lugar aconchegante, um cantinho onde tem as nossas coisas e o que gostamos. Seja uma cor marcante, ou alguns objetos.

A menina olha para ele, de forma pensativa. O rapaz pensou que conseguiu fazer ela mudar de ideia.

- Não. Levando em consideração que sempre deixo ele o mais escuro possível, na maioria das vezes- Ela diz olhando em volta- E quase não fico nele, acho que não mudaria em nada.

- Você também não ajuda.

- É a realidade.

- Se está disposta a tentar, deveria... Mudar... Não, na verdade você deveria... - Ele se cala por um tempo- Ok, me de uma semana, para que eu pense como posso te ajudar.

- Já estou aqui, a mais de um mês... O que essa semana vai mudar?

- Eu fiquei muito tempo pensando e quase não agi. Agora, vou ver coisas para te provar quem eu vejo- Pietro se levanta e para enfrente a ela, que não se levantou da cadeira- Serei o seu mentor de agora em diante, mas, você tem que parar de mentir e esconder as coisas. Não falo nem de mim, mas sim da Nat. Até breve minha aluna.

O platinado vai até a porta e logo se retira do quarto.

- Acho que eu realmente enlouqueci- Murmurou olhando a porta.


*

8:15 da manhã

Natasha estava na sala com seu marido, aguardando o tal de Josef, que acabou não retornando no dia seguinte e só mandou uma mensagem dizendo que sábado iria aparecer por ali.

Ela não faz a mínima ideia de como ele conseguiu o número dela.

- Você parece não confiar muito nele- Steve diz olhando para ela.

- Não sei... Eu deveria confiar... Percebi que Margot confia nele, mais do que qualquer um nessa torre- Ela pega a mão de Steve- Acho que só não o conheço muito.

- Mais uma coisa em comum entre você e a Margot- Ele diz e ela dá uma leve cotovelada nele- Não menti.

"Vrum; Vrum; Vrum;"

O celular dela começa a tocar e ela atende.

- Josef?

- Olá! Estou ligando para avisar que estou aqui embaixo.

- Pode subir.

- Ok, não quis subir sem avisar, para não ser um incômodo, e também, acho que seria inconveniente.

- Sem problemas.

Assim, a chamada é encerrada.

- Ele chegou?

- Sim. Está subindo.

Em alguns poucos minutos, o elevador anuncia que alguém chegou, e os dois se levantam e logo vê o homem com um sobretudo marrom. Ele também carregava uma pasta de couro preta.

- Bom dia!- Ele sorri e fala com animação em sua voz- Tive que resolver uns assuntos e não consegui ir aquele dia. Eu tinha esquecido algumas coisas fundamentais para transferir o dinheiro a você.

- Bom dia- Steve aperta sua mão.

- Bom dia- Josef segura sua mão e deposita um beijo.

Steve semicerra os olhos por alguns segundos, e se aproxima da Natasha, colocando a sua mão sobre o ombro dela.

- Gostaria de comer ou beber algo?

- Bom, se tiver um café eu agradeceria.

- Vamos pra a cozinha então- Steve fala e empurra sua esposa para ir na frente enquanto os dois vão atrás.

Logo eles estão na cozinha e Natasha pega três xícaras de e põe sobre a mesa. Ela pega a garrafa de café que tinha sido feito a pouco tempo atrás. O homem de grande bigode se senta na mesa depois que Steve apontou para a cadeira.

- Gostaria de leite?

- Não, muito obrigado.

Natasha assente com a cabeça e se senta o lado de seu marido. O homem pega a garrafa e coloca uma quantidade de café em sua xícara, logo os três estão tomando o líquido marrom escuro.

- Josef, certo?- O de bigode concorda- O que te trás aqui?

- Senhora Romanoff, você atualmente é a responsável pela Margot. Então, um dos motivos, é que quero lhe dar o dinheiro do pai dela, para ajudar na criação, e também, porque é o direito dela como uma Lestrange- Ele faz uma pausa e toma mais uma gole de café- Também, quero saber como as coisas estão indo. Não a vi muito desde que ela era um bebê, tão pequena, e eu somente participei mais da vida dela nessa época, vi como o sentido da vida do senhor Lestrange mudou quando ela chegou.

- Como era a relação dos dois?- Natasha se arrisca perguntar.

- Bom, deixe-me contar do início: Markov Lestrange passou a trabalhar para Dreykov por causa do irmão, ele era o mais velho e se sentiu na obrigação de proteger seu irmão sem juízo. Até que se tornou o braço direito e seu irmão o esquerdo- Ele faz outra pausa e toma mais um gole de café- Até que um certo dia, a proposta de tentar uma nova arma caiu em seu colo, ele já não estava ligando para mais nada na época, então, aceitou e BUM! Deu certo, conseguiram uma mulher para gerar a Grande Arma, era assim que chamavam ela, bem no início.

- Me parece um péssimo nome- Steve fala e o homem a sua frente da uma leve gargalhada.

- Claro que é, foi Dreykov quem escolheu. Bom, 9 meses se passaram e a mulher começou a entrar em trabalho de parto, e assim que Margot nasceu, mataram a mulher por acharem ela insignificante é porque a mesma tentou fugir para criar a criança, e depois do nascimento colocaram Margot em um carrinho de bebê e foram achar Markov. Eles lhe entregaram ela é falaram que ele deveria cuidar dela até que ela conseguisse iniciar seu treinamento- O homem tem um leve sorriso em seus lábios- Ele surtou no início, ele olhava aquela coisa tão pequena e se perguntava como iria cuidar de um negócio tão frágil. Era sua filha, demorou um pouco para que sua fixa caísse, mas, ele percebeu que ela seria o motivo dele tentar acabar com tudo e fugir com ela e seu irmão, na primeira vez que segurou ela em seus braços. Eu estava no dia, ele por algum motivo achou que eu sabia cuidar de crianças.

"Ele não aguentou mais ouvir o choro dela, que não parou de chorar por 1 hora e meia, e então ele decidiu agir, e a garota parou de chorar, e olhou diretamente no olhos dele, sorriu e logo chorou novamente, porque estava com fome. Eu percebi que a forma que ele passou a olhar para ela foi diferente. Ele não agiu mais como um simples braço direito de Dreykov, que está disposto a fazer qualquer coisa. Naquele dia, ele passou a ser um Pai. Aprendeu a dar a mamadeira, o jeito certo de segurar ela e um pouco mais".

O silêncio dominou por um instante.

- Eu pensei que o pai dela fosse alguém ruim- Natasha confessa.

- Deixe-me adivinhar: ela falou dele como se ele não fosse... Nada? É uma estratégia, se todos acharem que alguém era insignificante para você, jamais usaram ela contra você.

- Como sabe disso?- Steve pergunta.

- Estratégia do próprio Markov. Se Dreykov descobrisse que ele passou a querer ser o pai dela, Dreykov iria impedi-lo de se aproximar da Margot- Ele diz e suspira- Ele sacrificou tudo que podia para ter uma vida tranquila ao lado dela, mas nem tudo sai como planejamos. Uma simples pessoa em que ele confiou, o levou para a morte.

- Como ele... Morreu?- Natasha perguntou, querendo saber como a vida dele foi tirada. Apesar de achar que já sabe a resposta:

Dreykov.

O homem a sua frente desvia seu olhar para o lado.

- Seu avanço com Margot não está muito longe... Eu acho que... Ela deveria te contar- Ele diz de forma séria e baixa- É uma coisa que precisa saber dela. Precisa fazer ela te contar, eu acho que ela nunca falou isso a ninguém, tente ser a primeira, porque se ela te contar isso, as outras coisas que ela passou será contado sem nenhuma dificuldade, eu espero.

Natasha teme o que poderia ter acontecido. Percebeu que provavelmente não era algo simples. Algo muito grave aconteceu.

- Bom, nesses papéis estão todas as informações necessárias- O homem logo muda de assunto e entrega uma pasta preta - O banco e senha, para que consiga sacar o dinheiro. Também tem o cartão. Pode usar essa conta, ou transferir para seu nome. Falando mais um pouco sobre a Margot, sobre o aniversário, deve fazer algo simples mais significativo.

A mulher olhou para Steve antes de falar.

- Eu não sei a data do aniversário dela.

Josef olhou para ela com o semblante confuso.

- Como?

- Na primeira vez em que a vi, tentei puxar assunto, e ela disse que não gostava dessa data. Percebi o desconto dela e decidi não incomodar ela com isso.

- Como assim ela não gosta? Markov sempre dobrou Dreykov para conseguir passar a data de aniversário com ela, mesmo que a maioria eram dentro da casa com uma janta simples e um bolo com velas em cima, não consigo imaginar o que faria ela... Odiar... - A fala dele foi morrendo em forma que ele foi pensando em algumas possibilidades- Acho que eu sei...

- Por que eu sinto que o senhor não vai me contar o motivo?- Nat pergunta mesmo sabendo a resposta.

- Sinto muito, mas esse quebra-cabeça é a Margot que deve completar.

*

Depois disso, a conversa dos três foi mais sobre coisas relacionadas o dinheiro, que o homem fez questão de passar tudo para Natasha e tudo dentro da lei, dizendo que já não fazia mais parte de algo duvidoso.

Apesar dele sempre parecer de bom humor, ele no final da conversa, depois de descobrir que Margot odiava sua data de nascimento, algo nele mudou. Ele parecia com raiva. Algo nele mudou. Ele parou de sorrir e passou a ficar bem mais sério.

Ele foi embora sem esperar ver a Margot. Disse que iria encontrar uma pessoa, para que pudesse viver em paz.

*


Ooooopappaaa! Bão?

Espero que vocês estejam bem!

Capítulo mais curto do que o de costume, mas é que eu não queria ficar mais tempo sem postar!

É isso! Até!

Adios!

Feito com muito carinho EVFR.💝

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