63 triplex

Acordei no dia seguinte em um hospital particular com um triplex alugado em minha mente: assim  que acordei a primeira coisa que pensei foi que minha carreira seria destruída; pessoas já foram cancelados por muito menos do que isso.

Karen quando viu que eu estava acordada e chorando falou:

- Emma eu sei o que fiz pode ter destruído sua carreira e a minha, mas eu te prometo que vou tentar consertar tudo. Vou tentar salvar nós três: eu , você e a série. Já conversei com meus advogados que falaram que a melhor coisa a ser feita é esperar que ela nos processe , eles disseram que ela não tem como provar nada, porém sei que podemos perder a série se isso se prolongar muito. As vendas  dos seus livros baixaram 10%, nada que não possamos recuperar. Irei oferecer 3% do que já ganhamos com o livro até hoje, já marquei com todos os principais canais de notícias e também com vários canais da internet para me desculpar em público. Irei pagar pelo prejuízo do livro que queimei no momento da raiva .

- Porra Karen ,  por que eu?

- Com a morte do seu pai você passou a ser nossa escritora mais rentável e se você já fazia milagres com aqueles romances adolescentes pensei o que faria com uma ideia realmente boa? A Louise era a amante do Esteban eu não poderia deixar que ela saísse por cima.

- Karen até aparece que você não sabe o que vai acontecer daqui em diante, toda vez que eu aparecer com um livro novo vão perguntar de quem eu copiei naquele livro. Plagiadora será meu sobrenome.

- Emma, fica calma . As pessoas têm memória curta em pouco tempo ninguém mais lembrará disso.

- Mas eu irei lembrar, sempre lembrarei  do dia em que eu estava dando autógrafos e começaram a me jogar bolinhas de papel porque eu ter escrito um livro em cima da ideia dos outros, eles me vaiaram . Saia desse quarto por favor.

Karen pegou sua bolsa e o celular , respirou fundo e começou a andar em direção à porta mas antes que abrisse a porta falei:

- Você tem que pagar por isso sozinha, eu  não imaginava que estava roubando a ideia de alguém, eu realmente acreditei que você tivesse sonhado com  um romance de um príncipe e uma forjadora.

- Emma , isso não é justo , você ganhou uma cachoeira de dinheiro com esse livro e irá ganhar ainda mais com a série.

- As custa do quê? Da infelicidade de Louise? Agora entendo porque ela me odeia desde o primeiro dia em que me viu, de certo deve estar pensando que foi um plano, que sou sua cúmplice.

Karen saiu do quarto em silêncio. Mal minha ex melhor amiga havia saído do quarto meu telefone tocou e sem ver quem era atendi.

- Bon après-midi Emma, não desligue por favor.

- Jean eu não estou com cabeça para seus discursos.

- Emma, eu queria dizer que eu sinto muito por tudo o que tá acontecendo, sei que não robou a história da Louíse , liguei  para dizer que o apartamento já está vazio e minha chave está com o capitão, também quero te pedir desculpas por ter te dado um tapa aquele dia é que você me deixou muito... estressado. Emma você já tem dinheiro que chegue para viver tranquila a vida inteira, só está repondo o dinheiro da herança porque não quer mexer na sua reserva. Por favor esquece tudo isso esquece que eu te bati, esquece desse livro esquece da porra da Gárgula, a gente pode ir para um país onde ninguém conhece a gente, eu  e você, apenas nós dois sem família , sem Gárgula sem livros.

- Jean, eu não  esquecerei que você me bateu, eu não quero que isso aconteça nunca mais e a melhor forma de isso não acontecer é eu me manter bem longe de você.

- Emma, a culpa é sua,  se você não tivesse me traído, isso não teria acontecido.

Desliguei o telefone e toquei a campainha chamando a enfermeira, menti que estava com fortes dores de cabeça para ver se alguém me dava algum remédio que eu dormisse  e só  acordasse na próxima lua cheia, mais o máximo que ganhei foi um remédio que me fez dormir durante por 5 horas.

Quando acordei peguei meu celular e me deparei com várias pessoas me chamando de plagiadora, enganadora farsante, ladra e coisas do tipo, também vi o vídeo de Karen assumindo a culpa, dizendo que ela que havia lido o livro e pegou a ideia central e passou para mim, disse que eu não sabia de nada pois ela havia falado que teve a ideia em um sonho; é claro que depois disso ela teria problemas: perderia toda a credibilidade como editora, mas pelo menos ela falou a verdade.

Os dias foram se passando vagarosamente, Reed ligou para mim nas primeiras horas da noite e disse que havia mandado por e-mail um novo contrato onde eu abriria mão de 3 % da minha parte que seriam pagos a Louise e que haviam mudado o contrato da série de natal, ele deixou claro à parte do contrato que eu pagaria uma multa milionária se ele tivesse  algum problema com  direitos autorais.

...

Horas antes...

Jean ...

- Bon après-midi Emma, não desligue por favor.

- Jean eu não estou com cabeça para seus discursos.

- Emma, eu queria dizer que eu sinto muito por tudo o que está acontecendo, sei que não roubou a história da Louíse , liguei  para dizer que o apartamento já está vazio e minha chave está com o capitão, também quero te pedir desculpas por ter dado um tapa aquele dia é que você me deixou muito... estressado. Emma você já tem dinheiro que chegue para viver tranquila a vida inteira, só está repondo o dinheiro da herança porque não quer mexer na sua reserva. Por favor esquece tudo isso esquece que eu te bati esquece desse livro, esquece da porra da Gárgula, a gente pode ir para um país onde ninguém conheça a gente, eu você, apenas nós dois sem família sem Gárgula, sem livros.

- Jean, eu sei que  você me bateu, e não quero que isso aconteça nunca mais, e a melhor forma de isso não acontecer é eu me manter bem longe de você.

- Emma, a culpa é sua,  se você não tivesse me traído, isso não teria acontecido.  - Emma desligou o telefone na minha cara, isso nunca havia acontecido antes.

Eu não aguentava mais lutar contra um inimigo que eu não conhecia e estava disposto a acabar com essa desvantagem.
Assim   que Emma desligou o telefone, eu  totalmente fardado entrei na catedral de Notre Dame sem dificuldades e isso inclui a  fila .

Entrei na nave fazendo o sinal da cruz, de frente para o altar principal  e fiz uma pequena oração:

- Senhor, coloque em minha mão uma espada de fogo e me ajude a fazer justiça , me vingando do demônio que a séculos destrói a minha família. Amen.

Levantei e fui para onde estava a escultura da Gárgula, quando finalmente fiquei frente a frente com meu inimigo . Eu não podia destruí-lo enquanto estivesse dentro da catedral porém se  fizesse enquanto  estivesse fora da mesma, fazendo sua ronda de justiceiro, ninguém poderia reclamar.

...

Emma ...

No dia seguinte fui para casa e todo aquele silêncio me incomodava a muito. Abri todas as portas e janelas e deixei que o barulho  da rua movimentada  entrasse tentando não me sentir tão sozinha, a contragosto a semana se arrastava e parecia que a lua cheia não chegaria nunca. Faltei ao curso duas semanas seguidas , Eugène me mandava uma coisa ou outra do curso pela internet e me perguntava como eu estava , mas quem eu iria enganar? o único motivo de eu está naquele curso era ter livre  acesso à catedral de Notre Dame e ficar mais perto de Pierre.

Quando meu olho roxo melhorou, voltei para o curso e depois do mesmo passava no mínimo 2 horas na catedral olhando a escultura de mármore branco que  habitava meus sonhos.

Quando finalmente chegou a lua cheia,  me senti como uma criança na noite de Natal.

O arcebispo já havia explicado tudo para Pierre que parecia feliz com a ideia de poder acordar todos os dias.

Assim que cheguei no interior da catedral tive que  me segurar para não sair correndo até a Gárgula que parecia tão feliz quando eu.

Assim que cheguei perto de Pierre, não me importei com a presença do arcebispo e abracei a Gárgula com força sabendo que um abraço não faria nem cosquinha nele, Durand retribuiu o abraço porém bem mais fraco .

- Sua benção vossa reverendíssima.

- Deus te abençoe e te dê juízo senhora Emma de Leroy . - O padre falou saindo em direção ao Santíssimo enquanto falei para Pierre:

- Temos que ir para a maison Caron , Angèle está nos aguardando , aqui está o mapa. - Falei me afastando .

- Por que ir de carro enfrentando enormes engarrafamentos se pode ir voando? - Pierre falou segurando minha mão e me puxando em direção às escadas e quando chegamos a torre a gárgula me pegou pela cintura abriu suas enormes asas e desafiando qualquer lei da física, voôu auto bastante para não sermos vistos por carros e pessoas que estivessem na rua e baixo  o bastante para não sermos atingidos por nenhuma aeronave.

Todo aquele medo frio e cuidado ao mesmo tempo estava me deixando extremamente excitada .

Era extremamente lindo ver todas aquelas luzes, o Louvre, a torre Eiffel, o Arco do Triunfo...

Os meus cabelos vez ou outra passavam no  rosto de Pierre que não parecia se importar . Quando sobrevoamos  a Maison Caron Pierre ficou na vertical   e me segurou de frente para ele, olhavamos de forma carinhosa enquanto suas asas batiam nos levando até o pátio da escola. Quando nossos pés finalmente tocaram o chão Pierre Durand fechou os olhos e me beijou e nesse momento lamentei por esse feitiço não ser a cura que o traria 100% para mim .

Pierre Durand

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top