30 O sonho

Na lua cheia do outro mês...

-Meu amigo fico muito feliz em vê-lo novamente, cheguei a procurá-lo imenso e não o achei em lugar algum da Catedral.

- Pierre você está se arriscando demais, hoje em dia qualquer um tem uma filmadora no telefone se você foi filmado por uma dessas câmeras ou qualquer outra que esteja na rua será uma nova Inquisição. Apesar de as pessoas hoje em dia dizerem que são liberais e apoiar a igualdade, elas ainda tem medo do que não conhece. - O arcebispo conversava com o gárgula no sótão .

-Não posso ficar dentro do sótão todo tempo, eu só estou livre dessa magia durante as luas cheias não irei ficar preso durante esse tempo também.- Pierre respondeu sério e decidido.

-O sótão não é mais seguro roubaram minha chave e não sabemos se tiraram cópia dela. - Explicou o sacerdote. Talvez fosse o caso de passar um tempo na
Basilica de Sacré-Cœur de Montmartre até eu achar um lugar seguro no interior onde seria mais fácil de te esconder. Quem sabe no santuário de notre-dame de Lourdes.

- Amigo sacerdote eu vi a Maya ou pelo menos alguém muito parecida com ela. Eu preciso conversa com ela saber o porquê da aparência tão idêntica.

-Não creio.

-É a ruiva que o amigo tinha falado?

-Pierre Durand você não pode ficar conversando com as pessoas assim, não sabe se ela é de confiança não sabe se ela vai contar o segredo para alguém. -O arcebispo entrou em desespero.

-Ela não contará nada eu a ameacei.

- Ow mon Dieu. Eu já te disse um milhão de vezes : você não pode matar as pessoas, não pode ameaçar as pessoas, não pode falar com as pessoas, não pode ser visto pelas pessoas.

-Sei que ela não vai contar para ninguém. Amigo sacerdote entre em contato com ela e fala que eu espero por ela hoje na torre .

-Pierre você está a um passo de todo o mundo saber que você existe, isso se já não sabem, você não faz ideia de quanto uma notícia dessa vale para um jornal, pagariam qualquer coisa por uma prova que você existe. - o Sacerdote falou com a mão na cabeça horrorizado.

-Só estou pedindo para conversar com ela não é muita coisa.

-Não tenho o número do telefone dessa jovem e mesmo que tivesse, se ela for uma pessoa normal já deve estar bem longe daqui, pois qualquer pessoa normal estaria morrendo de medo de um gárgula vivo. A única coisa que eu sei dela, é que faz o curso de restauração que acontece: terça ,quarta e quinta. O curso era de manhã mas passou para de tarde. - o Sacerdote explicou.

- Otimo pessa que ela me espere na Torre.

- O muito tempo de vida está te enlouquecendo Pierre Durand.

- também acho senhor meu amigo, também acho .

...

-Desistiu do gárgula do sótão ? -Jean perguntou passando na porta do escritório e me vendo na mesa de desenho.

- Eu perdi a chave , não tenho como entrar lá , mas acho que tenho fatos suficientes para escrever o livro, é claro que muita coisa vai ter que vir da minha cabeça já que não sei todos os fatos. mas tudo bem porquê falta de criatividade quase nunca foi um problema.

-E o que você está desenhando? - meu marido perguntou entrando no meu escritório.

- Aqui desenhei o gárgula como eu lembro que ele é , e agora estou desenhando a capa do livro. - falei mostrando meu desenho que viria a ser a capa do livro que consistia em um gárgula com formas mais humanas em cima de um telhado e a lua atrás da besta.

-O desenho está muito bom será que Pierre Durand era realmente assim? digo tirando as asas, as pernas de dinossauro e as orelhas de elfo? - Meu marido perguntou enquanto olhava para o primeiro desenho.

-Era sim, pelo menos é o que o diário relata . -Falei olhando o que se transformaria na capa do meu livro.

- Mas eu não acho certo trocar um relacionamento por outro só por causa de beleza e ela nem trocou um relacionamento pelo outro, ela apenas traiu.

Aquela noite me deitei e logo peguei no sono. Eu tive um sonho, coisa que não tinha a muito tempo: no meu sonho eu estava andando em um jardim, perto de um lago, era um dia frio de verão , eu estava vestida com um vestido medieval carmim e meu cabelo estava preso em uma longa trança bem trabalhada. Eu andava em direção a uma fonte no meio de um jardim que lembrava um labirinto quando vi um homem ; eu sorri e fui em sua direção e quando cheguei bem perto reconheci alguns traços, era Pierre Durand . Ele não tinha o cabelo branco como o do gárgula: seus cabelos eram loiros extremamente claro, seu corpo era exatamente como o gárgula, não tinha nenhum centímetro a menos ou a mais , uma perfeição, é claro que ele não tinha as pernas de velociraptor . Pierre estava vestido como um guarda, ele foi-se aproximando cada vez mais com um sorriso nos lábios, e quando chegou perto me beijou ardentemente e eu não fiz questão nenhuma de me afastar.

-Aqui não , algum criado pode te ver, pegue um cavalo e vá até o pomar. - Falei indo até o estábulo pegando um cavalo branco com a crina longa que voava com o vento . O cavalo corria e o vento gélido tocava meu rosto o que fazia com que me sentisse livre.

Como é de costume acontecer nos sonhos a cena cortou e eu já estava no pomar.

Peguei um pêssego e comecei a comer eu ainda não havia acabado de comer o pêssego e Pierre já estava lá. Lancei-me em seu pescoço, ele me abraçou e girou e nos beijamos com ardor.

-Não podemos demorar, tenho de dar às ordens no almoço, me conheça logo , anseio por isso a dias.

O guarda não pensou muito, abaixou a sua calça , levantou meu vestido e ...

Eu acordei suada e com minha intimidade molhada.

-Ow mon Dieu ! Tenho que parar de ler esse diário.

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