26 - O chip
Hoje é sábado e aproveitarei o grande movimento dos passeios nos finais de semana para poder ir ao sótão novamente, aproveitando que Louise estava de folga consegui entrar no sótão com facilidade .
O gárgula era exatamente como eu me lembrava .
Aproveitei o resto de Luís que vinha do pôr-do-sol e comecei a tirar fotos da escultura . Eu queria detalhes bem minuciosos para que quando eu descrevesse os leitores conseguissem ver o gárgula lendo meu livro.
-É foi você que destruiu com o casamento de Maya e Lohan? Acho que Maya foi generosa na descrição você não é isso tudo. -Falei enquanto tirava algumas fotos.
,-Ai que merda, já está de noite vou acender a luz.- Fui até o interruptor e acende a luz. Depois fui novamente até o gárgula e continuei tirando algumas fotos. Tirei fotos das asas e depois voltei para tirar outras fotos na frente.
-Bom mesmo iria ser se as asas estivessem abertas.
E foi então que as asas se abriram e eu cai de bunda no chão devido ao susto.
Peguei meu celular e comecei a filmar mas o gárgula arrancou o celular da minha mão e o destruiu apenas apertando com uma mão.
-Nãããão.- Falei, mas ja era tarde de mais.
Eu vi os pedaços do meu celular caindo no chão .
O engraçado é que se fosse uma das mocinhas dos meus livros iria gritar estridentemente, mas eu fiquei sem reação.
-Maya. -O gárgula falou e eu ainda sentada comecei me arrastar até chegar perto da escada onde comecei a corre subindo a de dois em dois os degraus. Quando cheguei a porta saí e tranquei e depois com o coração na boca tentei andar devagar para que ninguém percebesse.
Pierre ( gárgula) em cima do telhado do prédio de Emma.
- Foi uma alucinação, foi uma alucinação, foi uma alucinação, deitei na minha cama em posição fetal e fiquei repetindo.
Essa coisa está me fazendo mal; é isso que dá passar dia e noite pensando em gárgulas.
Olhei para perto do meu travesseiro em cima da minha cama e estava lá o diário de Maya, fiz menção de pega- ló, mas logo lembrei das alucinações e achei melhor não. Eu precisava de um detox, precisava de uma desintoxicação de gárgula era isso que eu precisava.
Fui até a cozinha e fiz pipoca de micro-ondas, peguei um refrigerante e quando cheguei no meu quarto tive a impressão que o diário de Maya estava me chamando. Peguei uma camisa limpa e usando para segurar o livro retirei o diário de cima da minha cama, colocando-o dentro do guarda-roupa e comecei minha desintoxicação.
Antes de ligar a televisão olhei pela janela e tive a
Impressão de ver a sombra do Gárgula no telhado do mesmo , limpando meus olhos limpei a televisão e
f oram 6 horas de filme de comédia nada que lembrasse gárgulas, castelos e igreja.
Quando o último filme acabou conhecidenteme alguma coisa caiu na cozinha e eu quase morri de surto.
Fui até a cozinha e vi um copo havia caído.
-Estranho...
O sono estava quase me vencendo, mais o medo era maior. Coloquei no meu notebook o áudio da Bíblia deitei na minha cama e me cobrir dos pés à cabeça.
Quando meu marido chegou pela manhã e tocou a campainha mesmo tendo a chave, eu soltei um grito e Jean ouvindo meu grito abriu a porta rapidamente e veio ver o que estava acontecendo.
-Não foi nada , não foi nada , apenas levei um susto. - Menti se eu contasse a verdade era capaz de meu marido me internar.
-E como foi a visita ao sótão que você iria fazer ? Viu o gárgula? Tirou fotos? - Meu marido se demonstrou mais curioso do que de costume.
-Não ,não tirei foto o meu celular caiu no chão e quebrou. -Menti.
-Tudo bem você passa naquela loja do shopping que passou na semana passada e comprar um celular, lá tem umas promoções muito boas e aí é só colocar seu chip. - Jean falou enquanto comia o pão.
- Mon Dieu... meu chip! - Eu quase gritei ao lembrar. -
Eu não acredito, o contato da editora, amigos , advogado, empresário.
- Sério Emma ? todos os seus contatos estão ali : pessoas influentes , editora , não parece que está levando a sério seu trabalho desde que chegou em Paris.
-Calma amor eu vou procurar acho que eu sei onde está.
Durante a tarde fui a loja do shopping e comprei no celular novo, tomei um sorvete e comprei uma camisa.
Meu marido que estava de folga foi comigo.
A noite...
-Quer que eu vá com você no porão? - Meu marido sempre prestativo me perguntou.
-Não obrigado vai chamar muita atenção. - falei saindo do carro indo em direção a Catedral.
Eu nunca tive tanto medo de descer aquele porão como estava no momento . Assim que abrir aposta falei:
-Olá tem alguém aí ?
Desci a escada com muita cautela .
Mas para minha surpresa não havia nada ali, e quando eu digo nada me refiro a escultura do gárgula.
Comecei a olhar para chão é encontrei os "restos mortais" do meu celular.
-Ai mon Dieu eu tenho certeza absoluta que minha imaginação não iria fazer isso com o meu celular.
Peguei a parte maior que restou do meu telefone que por sorte é exatamente onde fica o chip e saí dali correndo.
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