21 O gárgula
No outro dia no curso...
Cheguei mais cedo e comecei anda pela catedral para ver si encontrava Louise só para perguntar se ela tinha alguma novidade sobre o caso, para averiguar se deveria entrar em seu plano. Eu a vi conversando no celular na parte externa da catedral então me escondi para ver o que estava acontecendo.
-A escritora sabe de alguma coisa ...
Não ela não é confiável...
Eu sei que é muito dinheiro envolvido...
Pode deixar que eu vou descobrir o que tem naquele sótão...
***
Depois do término do curso Louise me chamou para criarmos um plano para descobrirmos onde se encontrava a chave da porta , resolvemos ir novamente até ao sótão tirar uma foto do tipo de fechadura assim podiamos tentar encontrar alguma informação.
Havíamos acabado de tirar a foto quando o arcebispo chegou no local e começou a falar seriamente com a gente , não poderíamos estar ali por aquele local não fazer parte do passeio e nem do curso, que se encontrasse qualquer uma de nós ali novamente iria nos proibir de entrar na Catedral. O arcebispo estava concentrado em seu sermão sobre desobediência quando começou do nada a tremer e babar.
-Vossa reverendíssima está bem ? -Perguntei nervosa mais o arcebispo sem me responder caiu para a frente segurando em mim enquanto começava a ter um tipo de convulsão mais forte.
- Vai pedir ajuda , vai pedir ajuda .- Gritei para Louise que saiu correndo pelo amplo corredor.
O arcebispo tinha por volta de 1,70 de altura , seu cabelo era totalmente grisalho e seus olhos eram cinza claro.
Deitei o acebispo no chão e vendo que parecia sufocar tentei abrir sua veste perto do pescoço para ver se ele respirava melhor e foi exatamente nessa hora que vi... É claro que ela estaria ali... uma chave bastante antiga estava pendurada em um cordão feito de uma fita de tiras de couro no pescoço .
Sem pensar muito coloquei a cabeça do arcebispo em cima das minhas pernas para ele não acabar se machucando enquanto tinha convulsão e tirei com cuidado o cordão de seu pescoço. Segundos depois apareceram três padres que pegaram o sacerdote e o levaram , Louise que parecia está furiosa com o socorrista no telefone que pedia o endereço:
- Catedral de notre-dame ...Não é possível que você não saiba onde fica a Catedral de Notre Dame...
Escondi rapidamente a chave na calcinha levantei depois de todos terem saído do local e fiquei sozinha no corredor com o coração acelerado e segurando as lágrimas.
Quando notei que estava cheia de baba do arcebispo , fui até o banheiro repetindo baixinho.
- Eu vou para o inferno, eu roubei a chave de um sacerdote de Deus. Sim eu vou para o inferno. - Eu falava enquanto lavava meus braços esfregando tanto que acabei ficando vermelha.
Depois ainda em pânico abaixei a tampa da privada e sentei enquanto respirava com a cabeça entre as pernas.
-Limites, Emma , limites. -Eu repetia.
Sinceramente eu não me lembro de como fui parar em casa suspeito que tenha dirigido o carro em modo automático já que o mesmo estava estacionado não muito longe do meu prédio, já que o meu prédio não tem garagem.
Chegando em casa fui direto tomar um banho pois estava me sentindo suja. Tirei a roupa depressa enquanto a banheira enchia e ouvi um barulho.
-Wou mon Dieu. - Falei quando vi a chave no chão do meu banheiro.
Depois do banho fiquei na varanda olhando para o nada , só pensando na bendita chave.
-Será que pelo menos eu roubei a chave certa? E se eu roubei a chave errada?
-Jean veio até a mim me trazendo uma xícara de chá de frutas vermelhas e perguntou.
- Aconteceu alguma coisa no curso ? você está estranha.
- Não aconteceu nada.- Falei com ele pegando a xícara da mão do meu marido ainda olhando para o nada.
- Você não vai ler o seu diário hoje não?-Jean falou debruçando no parapeito da varanda.
-Não e você não sente vontade de ler o diário ?afinal de contas é a história da sua família.
- Não muito obrigado pelo que você falou a Maia era uma sem vergonha e traiu meu tatatataravó com um dos seus guardas de confiança; não é o meu gênero literário.
-É o seu gênero literário é mais para sessão de esporte e de notícias.- Falei sem notar que havia ofendido meu esposo.
-Desculpa qualquer coisa. - Meu marido falou entrando em casa e me deixando sozinha na varanda.
- Desculpa meu amor, desculpa , eu não estou raciocinando direito. - Falei chateada comigo mesma por ter machucado Jean .
Surpreendentemente o cara que atropelou o meu patinete ligou marcando para entregar um novo, marquei com ele perto da Catedral de notre-dame porque eu não sei , foi o primeiro endereço que veio na minha cabeça.
Sem muitas palavras nos cumprimentamos peguei o patinete motorizado mas em vez de ir embora fui até à catedral, já estava anoitecendo e um padre achou estranho quando me viu na Catedral, mais disse que estava procurando o meu celular que havia perdido quando ajudei o arcebispo que estava em convulsão.
Aos poucos fui entrando tentando não chamar atenção até que cheguei na porta do sótão . Com medo , cheguei a pensar em chamar Louise para entrarmos no sótão juntas mas comecei a ouvir passos no corredor então abri rápido a porta do sótão, entrei e não conseguia ver muita coisa devido a escuridão. Passei a mão pela parede tateando algumas coisas tentando achar o interruptor e nada, levei a mão ao bolso para pegar meu celular e usar como lanterna mas estava descarregado.
-Nossa que ótimo. - Falei chateada.
Andei um pouco mais para baixo e passei com a mão pelo interruptor apertei e finalmente o lugar estava claro.
Ali era praticamente um depósito , tudo que não prestava ou não queriam mais estava ali.
Segui devagar passando o dedo indicador da mão esquerda pelos móveis empoeirados até que alguma coisa grande coberta por um lençol no meio daquela sala me chamou atenção. Ainda andando devagar onde estava aquela coisa e quase tremendo puxei o lençol.
Quando o lençol caiu no chão vi uma grande estátua de mármore com quase 2 metros de altura de um gárgula . Com muito medo minha primeira reação foi subir as escadas correndo e tentar sair do sótão, mas a porta estava emperrada eu tentava de todo jeito abrir a porta , foi então que pisei em falso e caí rolando pelas escadas até o chão onde permaneci desmaiada.
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