19🖤

Por favor, comentem ao decorrer do capítulo interagindo com a história e os personagens.

Bárbara🥀

Estou sentindo um frio que eu nunca senti antes, meu corpo todo está tremendo. Levo minha mão até minha cabeça onde estava doendo e sinto algo molhado, quando olho meus dedos havia sangue.

Me sento e olho ao redor, estava um pouco escuro porém dava pra enxergar. Estou em uma espécie de porão, todo sujo e com apenas um colchão e um vaso sanitário no cantinho.

Levanto do chão gelado e vou até a porta, tentando abri-la mesmo sabendo que estaria trancada, mas não custou nada tentar.

Estou com medo, muito medo. A última coisa que me lembro é de quatro homens me tirando de dentro do varro e dando uma pancada forte na minha cabeça.

Será que Carol também está por aqui? Eu não faço ideia...

Com os dentes batendo um no outro por estar tremendo, vou até o colchão e me sento, encostando minhas costas na parede e abraçando minhas pernas.

Não sei a quanto tempo estou aqui, não tem uma janela pra ver se está a noite ou se já amanheceu.

No momento, só me resta ficar aqui.


🥀

Perdi totalmente a noção do tempo que estou aqui. Não sei se passaram horas ou dias, o que sei é que estou quase congelando. A minha boca está trincada e eu quase não consigo mexer meus dedos das mãos.

Abro meus olhos quando escuto uma porta se abrir. Uma garota morena entra com algumas coisas nas mãos e a porta é fechada novamente.

Imediatamente me coloco de pé quando ela se aproxima.

——— Está de boa, eu não vou machucar você. ——— ela fala e deixa as coisas em cima do colchão. ——— Trouxe cobertor, travesseiro e uma troca de roupa pra você.

——— Onde eu tô?

——— Não vou te contar, né?! ——— ela cruza os braços e se encosta na porta. ——— Não estão querendo dar comida pra você.

Encaro ela sem dizer nada, apenas continuo em pé, encarando.

——— Você é um ouro nas nossas mãos, sabia? Filha da Mercy e filha do prefeito da cidade, que por acaso também é um mafioso.
Conseguiremos tudo que quisermos com você aqui. ——— ela sorri de lado. ——— Enfim...Tenho que ir agora, tenho mais o que fazer.

Ela joga seus cabelos enormes pra trás do ombro e da algumas batidas na porta que em segundos é aberta e a garota sai, me deixando trancada ali.

Imediatamente arrumo as coisas no colchão e troco de roupa, era uma calça de moletom e uma camisa preta enorme.

Me deitei no colchão e puxei a coberta até meu queixo. Deu uma ajudada no frio, claro, mas eu ainda o sentia.


🥀

Victor🥀

Estou sentado no banco da minha moto enquanto o frio batia no meu rosto. Estávamos todos em silêncio a um tempo já. Era de madrugada e a essa hora já estamos exaustos, porém precisamos ficar de guarda.

Coço meus olhos pela milésima vez e cruzo meus braços.

Sinto meu celular vibrar no bolso da minha calça e pego, atendendo e levando até minha orelha. Era Mercy.

——— Oi, Mercy.

——— Preciso que venha até o meu escritório agora! ——— pela sua voz ela está apreensiva.

——— Chego em cinco minutos. ——— desligo a chamada

Subo na moto e coloco o capacete, dando partida em seguida. Assim como eu havia falado pra Mercy, em cinco minutos eu já estava batendo na porta do seu escritório.

Escutei ela falar "entra" e assim fiz, me surpreendendo por ver Carolina sentada na poltrona que ficava no canto do cômodo, a loira estava assustada e com os olhos avermelhados.

——— O que houve? ——— pergunto para Mercy.

——— Levaram a Bárbara! ——— ela me responde e eu paraliso por alguns segundos, tentando raciocinar.

——— Como assim levaram ela? Quem levou ela? Pra onde? ——— apoio minhas mãos na mesa.

——— Os Ballas.

——— Que? Porra, me fala que vocês estão de tiração' com a minha cara. Como isso aconteceu?

——— Eu e ela viemos até aqui, a mais ou menos uma hora atrás, encontramos com alguns membros da gangue daqui e mandaram a gente voltar pro sul. Quando estávamos voltando, um carro começou a seguir a gente, pouco depois outro parou na nossa frente, impedindo nossa passagem, apontaram armas pra gente e nos forçaram a sair, imediatamente pegaram Bárbara...ela tento resistir mais acertaram a cabeça dela com a coronha e ela apagou, depois disso colocaram ela dentro de uns dos carros e sumiram. Eu não pude fazer nada, estavam apontando arma na minha cabeça.

A garota conta enquanto chora e abraça o próprio corpo.

——— Cacete! ——— bato minha mão na mesa e começo a andar pelo escritório.

——— Eles provavelmente não levaram ela pro qg deles, mas lá vai ser o primeiro lugar que vamos procurar. ——— falo pra Mercy. ——— Bando de filhos da puta. Que porra vocês vieram fazer aqui, Carolina? É difícil demais obedecer pelo menos uma vez na vida?

——— Você acha que eu sabia que aconteceria isso? Só ficamos preocupadas com vocês e decidimos dar uma olhada pra saber se estava tudo bem!

——— E se não estivesse tudo bem, o que que duas garotas mimadas pra caralho iriam fazer para nos ajudar?

——— Vai se foder, Victor...não coloca a culpa em mim, eu já estou me culpando o suficiente, não preciso de você fazendo isso também.

——— Cala a boca, os dois. ——— Mercy chama a nossa atenção e fizemos o que ela mandou. ——— Não é hora de brigar. Vou chamar todos pra cá!

Merda...E se eles fizeram alguma coisa com ela? A minha vontade é matar cada um que colocou a mão nela.

E eu vou fazer isso!

👀

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