18🖤

Por favor, comentem ao decorrer do capítulo interagindo com a história e os personagens.

Barbara🥀

Entro no carro do meu irmão e fecho a porta, enquanto ele me encara em silêncio por alguns segundos e depois da partida, saindo do estacionamento da escola e desviando o seu olhar.

——— Não vai parar de me julgar, sério isso, Henry? ——— pergunto e cruzo meus braços bufando.

——— Como você consegue perdoar ela, Bárbara? Depois de tudo que ela fez a gente passar. E ainda fica indo todo fim de semana pro lado Norte, que patético!

——— Demorei muito pra perdoa-la, Henry...Mas não tem porque ficar remoendo isso a vida inteira, devemos superar!

——— Eu nunca vou conseguir perdoar, jamais!

——— Bobeira sua, pode ser que em algum momento seja tarde demais e você se arrependa de não ter perdoado ela.

Meu irmão da de ombros, como quem diz "tanto faz" e estaciona o carro na frente de um café, onde tínhamos combinados de encontrar com alguns amigos.

Descemos do carro e entramos, logo avistamos eles sentados e fomos até lá, nos sentando junto.

——— Olha só ela, lembrou que tem amigos, Bárbara? ——— Kimberly fala e joga seu cabelo loiro pra trás do ombro.

——— Faz tempo que não se reúne com a gente, Babi. ——— Joshua fala e passa o braço pelo meu ombro. ——— A gente estava com saudade.

——— Foi mal, galera, eu só estou meio sossegada, não estou saindo muito de casa.

——— E a vadia da Carol? Onde é que ela se meteu? Ela sim faz bastante tempo que eu não converso, vejo só na escola.

——— Ela está bem, está ficando mais em casa...acho que é problemas familiares, não sei direito. ——— invento uma mentira.

Henry me encara do outro lado da mesa e eu desvio o meu olhar, começando a conversar com os meus amigos.


🥀

Chegando em casa, me sentei no sofá e comecei a mexer no meu celular, até que percebi meu irmão que rondando.

——— Que cacete, o que mais você quer falar pra mim.

——— É sexta feira, sete horas da noite e você ainda não foi pra lá...só estou achando estranho. Está acontecendo alguma coisa lá?

——— E você se importa?! Da um tempo, Henry, não fode!

Me levanto e subo as escadas, indo direto pro meu quarto. Tomei um banho demorado pois hidratei o cabelo, depois, coloquei um roupa quentinha e me joguei na minha cama.

Confesso que estou entediada aqui em casa, me acostumei a passar os fins de semanas longe.

Fiquei assistindo uma série até mais ou menos dez da noite, mas fui interrompida quando minha melhor amiga entrou no meu quarto só o ódio e se jogou na minha cama.

——— Que isso? ——— pergunto e ergo a sobrancelha.

——— Vou dormir com você hoje, okay?! ——— ela se levanta e entra no meu banheiro, fechando a porta e em poucos segundos escuto o chuveiro ligando.

——— Então tá, né....

Fico mexendo no meu celular até a loira sair do banho, enrolada em uma toalha. Ela vai até meu closet e eu me levanto e sigo ela.

——— Por que você está aqui e não com o Arthur? ——— me apoio no batente da porta enquanto observo ela procurar uma roupa pra vestir.

——— Porque ele me expulsou de lá. Sério, as coisas não estão nada fáceis, está tudo um caos.

——— Porra, só tem duas semanas que não vou lá e tudo já desandou?

——— Pra você ver, os moradores não estão querendo sair de casa, eles saem pra trabalhar morrendo de medo. A gangue está recebendo diversas ameaças. ——— Carol acaba de colocar um pijama e fomos pra minha cama.

——— Acha que as coisas ainda vão piorar? Tipo, lutas...mortes.

——— Tenho quase certeza que sim, os meninos estão loucos, eles falam disso o tempo todo, não podem ver ninguém estranho que encurralam e enche de perguntas.

——— E por que Arthur decidiu te mandar pra cá agora?

——— Ele não explicou direito, só me disse que era o melhor a se fazer no momento, porém, enquanto eu arrumava minhas coisa, escutei Victor e ele conversarem...parece que essa noite eles iam invadir o território da outra gangue, mas não consegui ouvir o motivo.

——— Que saco. Victor mal está me respondendo, só pergunta como eu estou, se está tudo certo e pronto. Estou preocupada agora pelo que você me falou ——— coço a cabeça. ——— E a minha mãe?

——— Está do mesmo jeito dos meninos, foi ela que mandou eles invadirem. Eu não sei aonde tudo isso vai parar...

——— Eu queria estar lá, me mata ter que ficar aqui. Estou com medo de acontecer alguma coisa com a minha mãe, ou com o Victor.

——— Nem me fala. Acho que deveríamos ir lá , só para ver como está tudo.

——— Minha mãe e o Victor vão querer me matar, mas eu topo...eles também não precisam saber que estamos lá, podemos só dar uma passada de carro, pra ver como está o clima.

——— Sim, vamos fazer isso. ——— ela puxa a coberta pro ombro. ——— Mas agora vamos ver algum filme, faz tempo que não fazemos isso.

——— Tudo bem. ——— sorrio.


🥀

No dia seguinte Carol e eu tomamos café, almoçamos e jantamos juntas. Tinha bastante tempo que nós não fazíamos isso, antes era frequente. Eu estava com saudades.

Mas agora, estamos dentro do carro da Carol, seguindo para o lado norte.

——— E se eles verem a gente lá? Vão falar até na nossa cabeça. ——— falo. ——— Não acha melhor a gente voltar pra trás.

——— Para de ser cagona, Babi.

Mordo meu lábio inferior e volto a olhar pra frente, já são aproximadamente uma da manhã, está um frio congelante e as ruas estão com neblinas.

Tudo pra dar errado, mas a ideia foi minha e eu estava confiante a cinco minutos atrás, antes de entrarmos no carro.

Continuamos nosso trajeto enquanto escutávamos músicas e conversávamos. Chegando perto do norte, desligamos o som e Carol desligou as lanternas e os faróis do carro e eu a olhei com a sobrancelha arqueada.

——— Pra que isso, louca?

——— Pra não chamar atenção, ué!

Começamos a andar pelas ruas do lado norte, estava um silêncio perturbador, os bares estão fechados, lanchonetes estão fechadas e não tem ninguém na rua. Um pouco bizarro.

Continuamos andando até que vimos alguns homens da gangue, eles estavam fazendo a vistoria com suas motos.

——— Merda, vão parar a gente. ——— Carol diz.

——— Cacete, eu avisei!

Dito e feito, pararam as motos ao redor dos carros de uma forma que não tivesse como sair e apontaram as armas.

Um deles bateu no vidro da Carol e ela abaixou.

——— O que estão fazendo aqui? Não são moradoras!

——— Eu sou a Bárbara, filha da Mercy.

Ele pega a lanterna e aponta pra minha cara, me fazendo fechar o meu olho, quando ele tira, abro os olhos novamente.

——— Estão doídas? Andando por aí a essa hora da madrugada...——— ele abaixa a arma.

——— Desculpa, só estávamos dando uma olhada, estamos preocupadas. ——— explica.

——— Não está no momento de "dar uma olhada", temos um toque de recolher no momento, as 23h.

——— Não sabíamos disso. ——— Carol fala.

——— Voltem pro lado sul, aqui não é seguro no momento.

——— Queríamos só...

——— Voltem e a Mercy e seus namorados não ficaram sabendo que vocês tiveram aqui. ——— ele me interrompe.

——— Certo. ——— engulo em seco.

Esse cara tem uma cara assustadora, me deu medo. Ele se afastou e junto dos outros, subiu na moto. Deram espaço para sair e assim fizemos, com eles nos seguindo até a ponte que separava a cidade, certificando que estávamos no lado sul.

——— Vamos pra casa logo, eu tô com medo. ——— Carol fala.

——— Agora você está com medo?! Eu avisei aquela hora pra voltarmos pra trás.

——— Não joga na cara, vadia!

Seguimos estrada. Estava um vazio surreal que percebemos um carro atrás da gente, achamos normal até percebermos que toda curva que fazíamos, ele também fazia.

Carol e eu estávamos em silêncio, mas pelos nossos olhares estávamos percebendo que aquilo não estava normal, ainda mais quando o outro carro começou a acelerar demais, quase batendo na traseira do nosso.

Está vendo?! Ser teimosa da nisso...

Fodeu...

👀

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