16🖤
Comentem e interajam com os personagens por favor gente, esse episódio foi difícil de escrever e me motiva muito as interações, me fazendo trazer capítulos mais rápido.
Bárbara🥀
Ajeito minha jaqueta e entro no bar. Minha mãe está muito animada pelo fato de eu ter perdoado ela e decidiu fazer uma festa para me apresentar para seus amigos.
Isso me deixa um pouco ansiosa, todos da gangue saberá quem eu sou.
Carol vem até mim assim que me vê e me dá um abraço.
——— Oi, Babi. ——— ela sorri.
——— Oi, amiga.
——— Sua mãe está te procurando, ela está perto do palco. ——— Carol me comunica.
——— Vamos lá. ——— seguro na mão da minha amiga para não perder dela na multidão e começamos a procurar minha mãe.
Enquanto eu andava e desviava das pessoas, meus olhos se cruzaram com o de Victor. Ele estava sentado em uma mesa um pouco distante, com uma garota loira.
Desvio meu olhar rapidamente quando escuto a voz da minha mãe.
——— Que bom que você veio, confesso que estava um pouco preocupada de você não aparecer aqui hoje.
——— Relaxa, estou aqui. ——— abro um sorriso.
——— Vamos subir no palco que vou te apresentar para a festa finalmente poder começar.
Sinto um friozinho na barriga quando minha mãe segura em minha mão para que possamos subir no palco.
Que vergonha!
—
🥀
—
Tainá se aproximou de mim com um sorriso no rosto, acompanhada de uma garota ruiva que também sorria.
——— Oi. ——— ela me cumprimenta.
——— Oi. ——— abro um sorriso e bebo um gole da minha cerveja.
——— A festa está muito animada e Mercy também.
——— Pois é, ela se esforçou pra fazer ser divertido.
——— Realmente. ——— ela molha os lábios e me pergunta: ——— Está meio sumida daqui, você e Victor não estão mais juntos?
——— Nunca estivemos juntos. Tínhamos um lancinho e acabou. Ele não quer dar continuidade então...——— dou de ombros. ——— Não tem muito o que eu fazer, não posso insistir.
——— Que ódio desse merda! ——— Tainá resmunga mais pra ela do que pra mim, me arrancando uma risada. ——— Sério, ele só faz cagada.
——— Está de boa, sério. Nós nunca tivemos nada, foi só ficadas e pronto, tanto que ele esta curtindo. ——— indico com a cabeça Victor e a mesma loira que o vi acompanhado no começo da festa.
——— Ela é uma puta. ——— a ruiva fala pela primeira vez. ——— Sério, literalmente! Ela da para os meninos daqui e em troca ele fazem favores para ela.
——— Que tipo de favores? ——— franzo a sobrancelha.
——— Ah...qualquer coisa que ela desejar, mas normalmente é com drogas.
——— Que biscate. ——— julgo e as duas garotas riem.
——— Típico do meu irmão. ——— a morena fala. ——— Quer dizer, menos você, você não é uma biscate.
——— Obrigada. ——— brinco e sorrio de lado.
Continuei conversando com as meninas por muito tempo, elas são bem divertidas e estamos nos dando muito bem.
Certa hora, começou a me dar um leve cansaço. Já era mais de 03h da manhã e aqui ainda estava rolando a todo vapor. O pessoal aqui é bastante animado.
Me aproximo da minha mãe que conversava com algumas pessoas.
——— Eu acho que já vou embora, está tarde e estou cansada. ——— explico.
——— A essa hora e sozinha? Nem pensar, durma por aqui hoje, com Victor.
——— Ah não vai rolar, não estamos mais nos vendo.
——— Independente, durma lá. Sei que ele tem um sofá cama confortável para você poder dormir.
——— Mãe...
Ela me interrompe, chamando alguém com um aceno, me dei conta que era Victor quando ele parou do nosso lado.
——— Bárbara vai dormir com você hoje, está muito tarde pra ela ir embora dirigindo sozinha.
——— Certo. ——— ele diz, com seu jeito seco de sempre.
Resolvi não discuti sobre isso, ela parece está um pouco alcoolizada. Me despedi da minha mãe e Victor eu fomos para fora do bar, aonde tinha algumas pessoas da festa.
——— O que você está fazendo? ——— ele pergunta quando me vê pegar minha chave e caminhar rumo ao meu carro.
——— Indo embora. ——— digo o óbvio.
——— Mas Mercy pediu que você dormisse no meu apartamento.
——— Mas não vou!
——— Ela vai me encher o saco se souber que você foi pra sua casa. ——— ele apoia sua mão na porta do meu carro, me impedindo de abri-la.
——— O problema é exclusivamente seu.
Victor franze o cenho.
——— Que porra é essa? Por que está sendo filha da puta comigo?
——— Ué, não entendi...só você pode ser um filho da puta? ——— pergunto e cruzo meus braços.
Ele solta uma risada abafada e passa a mão pelo rosto, demonstrando sua falta de paciência.
——— Que hora fui filho da puta com você, princesa?
——— Não tem hora pra você ser filho da puta, você é o tempo todo. ——— tento abrir a porta e ele não deixa. ——— Sai, caralho!
——— O que aconteceu?
——— Não se faça de besta, Victor, você sabe muito bem o que aconteceu. Simplesmente me tratou como uma puta qualquer que você é acostumado a comer por aí só pelo fato de eu ter feito uma pergunta pra você. ——— aperto minha mão na alça da minha bolsa. ——— Sai de frente da porra da porta.
——— Saio não. ——— ele coloca as mãos no bolso da sua calça e apoia as costas na porta do carro. ——— Não te tratei como uma puta qualquer, você que veio cheia de perguntas pra cima de mim.
——— Mas o que que tem? Eu só queria saber um pouco sobre você. Victor, além da gangue eu não sei nada de você, é um completo estranho. Enquanto isso você sabe de todos os problemas da minha vida.
——— Não tem porque você saber sobre a minha vida, cara.
——— Pra mim tem, cacete. Se estamos transando e passando finais de semanas inteiros juntos, preciso pelo menos saber quem você é!
——— Pra que?
——— Não sou como você, Victor. Não faço sexo casual sem envolvimento nenhum. É o meu jeito, você não gostou e eu me afastei, é isso.
——— Não gosto de falar sobre minha vida.
——— E você acha que eu adoro falar sobre como minha mãe me abandonou? Ou como meu pai é a porra de um mafioso e minha vida é uma completa mentira? ——— altero minha voz, prestes a explodir com ele. ——— Eu odeio falar sobre isso mas eu te contei, essa é a nossa diferença e a razão por estar sendo uma filha da puta com você.
——— Meu pai matou minha mãe. ——— Victor fala me encarando intensamente.
Fico em completo silêncio. Ele desvia o olhar e se afasta, virando de costas pra mim e fechando as mãos em punhos, como se tivesse soltado isso sem pensar.
Estou sem saber o que fazer, não estava esperando por essa informações tão horrível.
Prenso os lábios um no outro, e devagar, com receito pouso minha mão em suas costas levemente.
——— Como assim, Victor?
Ele ainda mantinha suas mãos fechadas em punhos. Virei Victor de frente para mim e deslizei minhas mãos em seus braços, até chegar nos seus punhos e segurar.
——— Ei. ——— chamo e ele me olha, seus olhos estavam um pouco vermelhos e lacrimejados. ——— Calma.
Aos poucos ele relaxa suas mãos e eu na mesma hora entrelaço nossos dedos.
——— A gente pode pelo amor de Deus subir pra porra do apartamento? ——— ele praticamente sussurra.
——— Pode. Vamos.
Subimos pro apartamento em completo silêncio. No momento estou me sentindo invasiva demais, porque agora está explicado o motivo de ele não me querer contar nada sobre sua vida.
O que ele me disse é algo muito, mas muito sério mesmo.
——— Você pode me explicar, ou podemos apenas ficar em silêncio, você que sabe...——— falo assim que me sento no sofá, ao seu lado.
Victor fica pensativo por alguns minutos, apenas olhando pra parede.
Estou ficando agoniada!
——— Desde que eu era pequeno, meu pai sempre bebeu muito. Ele ia pro bar, enchia a cara, chegava em casa, enchia minha mãe de porrada. Minha mãe tinha depressão e mexia com drogas, então desde novinho eu cuidei da Tainá, já que nenhum dos dois fazia isso direito.
Eu escuto com atenção, ele contava e não olhava para mim.
——— Eu fui crescendo e me revoltando com ele. Quando eu tinha 12 anos e Tainá 7, meu pai chegou em casa mais maluco que o normal, então minha mãe e ele começou a discutir como sempre. Tainá e eu estávamos presentes, na sala assistindo desenho. Meu pai começou a bater na minha mãe, ele espancou ela a deixando meio desacordada no chão. Não satisfeito, ele foi até a cozinha, pegou uma faca e enfiou duas vezes no peito dela.
——— Meu Deus, Victor...
Ele engole em seco.
——— Eu e a minha irmã assistimos tudo, sem podermos fazer absolutamente nada, ele ficou a madrugada inteira sentado na cozinha, calado e bebendo, enquanto o corpo da minha mãe estava jogado no chão. Depois de muito tempo tentando fazer Tainá parar de chorar e se acalmar, coloquei ela pra dormir e voltei para sala. Perto de amanhecer, meu pai se levantou e foi até seu quarto, então só ouvi o barulho do disparo. Ele deu um tiro em sua própria cabeça.
——— Merda. ——— levo a mão até a boca, incrédula com aquilo tudo.
Eram só crianças...
——— Pude finalmente chamar a polícia, já que ele não havia deixado eu chamar antes. Assim que enterramos os dois, a irmã da minha mãe foi morar na nossa casa pra cuidar de mim e da Tainá, era outra bêbada. Em uma noite, em vistorias que costumamos dar nas casas, seu avô encontrou a gente, ficou mexido pelo jeito precário em que vivíamos e levou a gente pra vir morar aqui no prédio. Ficamos morando aqui nesse apartamento, sendo criados por alguns membros da gangue e principalmente pelo seu vô. Com 14 anos eu entrei pra gangue, 3 anos depois seu avô morreu e sua mãe veio morar aqui. Enfim...é mais ou menos isso, essa é a minha vida.
Sem conseguir me segurar, jogo meu braços ao redor do seu corpo, abraçando ele fortemente.
——— Eu sinto muito por tudo isso que você passou, e também sinto muito por ter praticamente te obrigado a contar isso. Eu sei que foi muito difícil pra você dizer tudo.
Sinto seu braço ao redor da minha cintura e ele coloca o rosto da curva do meu pescoço.
——— Na verdade estou um pouco aliviado de ter te contado isso. ——— finalizamos nosso abraço. ——— Eu não deveria ter te tratado daquela forma...Eu...o que eu sinto por você é algo diferente, não consigo explicar porque nunca senti por ninguém antes. Eu só sei que não te quero distante de mim, te quero comigo.
Sorrio de lado e levo minha mão até sua bochecha, acariciando de leve.
——— Também sinto algo por você, Victor e não quero ficar distante de você.
——— Ainda quer ir embora ou vai obedecer sua mãe e dormir comigo?
——— Ela não pediu especificamente pra eu dormir com você. ——— estreito meus olhos, brincando com ele.
——— Mas se ficar, vai!
Dou risada. ——— Vou ficar.
—
Gente quero pedir desculpas pela demora dos capítulos. Eu estudo e trabalho, minha rotina é corrida e escrevo sempre que dá. Além disso os capítulos mau estão tendo engajamento como, vizualizações, votos e comentários e isso me desanima.
Peço desculpas, de verdade.
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