03🖤
Comentem ao decorrer do capítulo, interajam por favor. 30 comentários para o próximo.
Victor🥀
Entro no bar e cumprimento as pessoas. Vou até o balcão e pego uma cerveja.
——— Coloca na conta. ——— abro a garrafa e dou a volta no balcão, abrindo a porta e indo para os fundos.
Alguns amigos estavam sentados no sofá, esparramados em bancos e em pé por aí.
——— Sumiu o dia todo! ——— Marcos fala e faz um toque comigo. ——— Estava comendo quem?
——— Ninguém, eu estava resolvendo umas coisas que Mercy pediu. Ela está com alguém no escritório dela ou posso ir até lá?
——— Está sozinha.
Passo por Marcos e bato na porta do escritório, escuto a voz de Mercy dizendo que eu podia entrar e assim faço, depois fecho a porta.
——— Olá querido, fez o que eu te pedi? ——— a mais velha me pergunta e acende um cigarro.
——— Fiz sim. Vasculhei todos os arredores, não achei nada de incomum. Se eles estão por aqui, estão se escondendo bem.
——— Merda! ——— ela xinga e passa a mão pelo rosto. ——— O que será que eles querem? Por que saíram de tão longe para virem aqui? Essa rivalidade entre nós e eles acabou a muito tempo atrás, os que participaram disso nem vivos estão mais!
——— Eu não faço ideia. Podem estar revoltados, querendo vingança para os que foram...não sei. ——— coloco as mãos no bolso. ——— Juro que não sei.
——— Não vamos ficar muito preocupados, podem estar querendo apenas encher o saco. Tem mais algo pra me falar ou é só?
——— Só.
——— Tudo bem, pode ir.
Giro meus calcanhares e saio de sua sala, fechando a porta atrás de mim.
Meus amigos estavam rindo de alguma coisa, me sento com eles no sofá e acendo um cigarro.
——— Victor, olha só que gracinha, Arthur tem um encontro essa noite. ——— Gabriel me conta enquanto se esparrama no sofá rindo.
Franzo a sobrancelha. ——— Que merda, cara. ——— dou risada e olho pra Arthur que estava revirando os olhos.
——— O puto está mudado, está até levando garotas a encontros. O que aconteceu? ——— Marcos pergunta.
——— Não é encontro, seus cuzões. A gente só vai sair por aí. ——— Arthur da um tapa na cabeça do Marcos. ——— Para de fazer fofoca errada, seu monte de merda!
——— Não entendo o motivo de vocês darem risada disso. O que tem demais o Arthur ir a um encontro? ——— Lara pergunta e cruza os braços, enquanto encara a gente.
——— Não é um encontro! ——— Arthur repete.
——— O problema, gata, é que eles acham que devem apenas levar garotas para seus apartamento e fode-las. ——— Tainá passa o braço pelo ombro da namorada. ——— Deixa eles, são uns bostas.
——— Por que vocês duas não vão se chuparem por aí e deixa os homens com as conversas de homens? ——— pergunto e solto fumaça pela boca, provocando minha irmã e minha cunhada.
——— Ah, vamos mesmo. Melhor do que ficar aqui. Já deu de testosterona por hoje!
As duas dão risadas e saem.
——— Chatas! ——— Gabriel reclama.
—
🥀
—
Arthur estava sentado sozinho no bar, me aproximo e me sento ao seu lado. Ele sorri de lado e bebe um gole do seu Whisky.
——— A garota que vai sair é a mesma da noite da festa? Aquela do Sul? ——— pergunto.
——— É sim.
——— Deve ter gostado dela, é a terceira vez que vão se ver. ——— ergo as sobrancelhas.
——— Nada a ver. É que a foda é legal, é bom então...Estamos nos encontrando para transar.
——— Saquei. ——— olho meu relógio. ——— E vai buscar ela que horas?
——— Ela disse que uma amiga vai trazer ela. Vai mandar mensagem quando tiver chegando no prédio e eu vou pra lá.
——— Hum. Aproveite a noite então.
—
🥀
—
Bárbara🥀
——— Eu tenho mesmo que ficar aqui te esperando, Carol? ——— pergunto enquanto procuro o tal prédio que Carol me fez trazê-la.
——— Sim, Babi. Por favor, amiga. Eu não vou demorar muito.
——— E se eu for assaltada? Alguém fizer algo pra mim? Porra, Carol, estamos no Norte!
——— Relaxa Babi, não vai acontecer nada. Para de ser medrosa. Para de preconceito também, tem famílias que moram aqui!
——— Que merda. Então tá!
——— Ali. ——— ela aponta para um prédio. ——— É aquele ali. Estaciona na porta e fica vendo alguma série no seu celular.
Reviro meus olhos e estaciono na porta do prédio.
——— Boa foda pra você. ——— minha amiga sorri com o que falo e sai do carro.
Fecho os vidro do carro e pego o meu celular. Abro um streamer e começo a assistir um filme.
Já havia se passado 40min e eu sei que Carol ainda iria demorar. Estava próximo das 23:30 e eu estava morrendo de fome.
Decido sair do carro e procurar algo para comer nos estabelecimentos que estavam abertos.
A rua não estava nem um pouco deserta, havia pessoas bebendo nas calçadas e em frente a bares e esquinas. Entrei em um mercadinho e comecei a andar pelas prateleiras.
Peguei um salgadinho e depois fui até o freezer, pegando um refrigerante. Fui até o caixa e paguei.
Quando cheguei no local que meu carro estava estacionado, prestes a abrir a porta, senti uma mão no meu braço.
Me virei pra trás assustada.
——— Perdida pela norte novamente, princesa? ——— Victor pergunta enquanto solta fumaça pela boca.
——— Vim trazer uma amiga para encontrar uma pessoa. ——— explico.
——— Hum...——— ele me encara de cima a baixo. ——— E está esperando ela dentro do seu carro?
——— Sim.
——— Moro bem aqui nesse prédio, quer ficar lá dentro? Tenho umas coisas pra resolver na rua e volto daqui a pouco.
——— Ah...não sei não. ——— franzo o nariz.
——— Aqui está cheio de gente bebendo, se deitando. Vai ficar aqui na rua mesmo até sua amiga acabar de se pegar com o Arthur? Conheço ele e sei que isso vai demorar.
——— Peraí, como você sabe quem é a minha amiga? ——— pergunto confusa.
——— Sabendo. ——— ele dá de ombros e eu continuo o encarando, esperando que ele responda. ——— Eu só juntei as peças do quebra cabeça.
——— Bom...Acho que subir então.
Eu realmente estou com medo de ficar aqui.
——— Beleza, bora'. ——— ele dá as costas e entra dentro do prédio.
Tranco meu carro e começo a seguir ele. Entramos no elevador e quando chegamos ao andar tinha algumas pessoas no corredor. Estranhei o fato de todos estarem usando uma jaqueta jeans preta.
Talvez seja alguma moda do pessoal desse lado da cidade.
——— É aqui. ——— Victor destranca uma porta e abre ela. ——— Entra e fica de boa. Volto mais tarde.
——— Obrigada por me deixar ficar aqui.
Ele abre um mini sorriso de lado e eu entro. Ele fecha a porta, me deixando sozinha ali.
Começo a olhar ao redor. Não era nada demais, um apartamento simples porém era bem arrumado.
Vou até o sofá e me sento, abrindo meu salgadinho e meu refrigerante e voltando a comer enquanto assistia meu filme.
—
🥀
—
Eu estou no tédio! Minha comida já acabou, o filme que eu estava assistindo já acabou e não tenho o que fazer.
Olho ao redor novamente e vou até a janela, abrindo um pouco e vendo se a moto de Victor estava estacionada lá em baixo. Quando eu vi que não tava, começo a andar pela casa.
Chego no quarto e era normal, nada demais. Como a curiosa que sou, começo a abrir o guarda roupa.
A maioria das suas roupas eram pretas. Abri a outra parte e encontrei algumas jaquetas, a maioria era apenas de couro, lisa, sem desenho ou escrita alguma. Mas três delas tinham algo nas costas.
Tirei uma do cabide e estendi na cama para olhar melhor. "Hells Angels" ( Anjos do inferno) estava escrito a cima de um desenho super bizarro, tinha asas que acredito ser de demônio, uma caveira com uma cara sinistra e chifres.
——— Credo. ——— falo para mim mesma. ——— Que porra é essa, uma banda?!
Dou uma risada e guardo novamente no lugar, fechando o guarda roupa. Vou até uma escrivaninha ao lado da cama e abro a primeira camiseta.
Tinha muitas camisinhas ali. Reviro os olhos e fecho a gaveta também.
Volto para a sala e me jogo no sofá, bufando e cruzando os braços.
Eu havia mandado mensagem a alguns minutos pra Carol e ela disse que daqui a pouco ela desceria pro carro.
Escutei a porta se abrindo e olhei na direção, era Victor entrando.
——— Eae. ——— cumprimentei e sorri, me levantando no sofá.
——— Eae. Demorei mais do que achei que demoraria porque passei para comprar isso. ——— ele levanta um saquinho com erva e balança.
——— Entendi.
Me sento novamente no sofá e observo Victor abrir uma gaveta de um móvel da sala e pegar seda lá dentro. Ele se sentou em uma poltrona de frente pro sofá e começou a bolar um beck.
——— Ficou fazendo o que? ——— Victor pergunta.
——— Assistindo um filme no meu celular.
——— Hum.
——— Você não é de muito papo, né? ——— pergunto.
——— Como assim? ——— ele me pergunta com as sobrancelhas franzidas.
——— Não conversa muito e fica falando bastante "hum". Não gosta de trocar uma ideia? É mais caladão?
——— Sou, na real. ——— Victor joga a seda e a erva em cima da mesa e pega o isqueiro, acendendo o beck que já estava pronto.
——— Por que?
——— Por que eu não sou de muito papo?
——— Sim.
——— Porque sou assim, ué. ——— ele dá de ombros e sorri, depois traga à maconha e me oferece. ——— Quer?
——— Tô dirigindo.
——— Só uma tragadinha'.
Penso um pouco e pego o baseado da sua mão, tragando por alguns minutos e sentindo meus músculos relaxarem assim que soltei a fumaça.
——— Nossa, tinha é da boa. ——— entrego de volta pra ele. ——— Fazia um tempinho que eu não fumava.
——— Eu adoro. ——— ele fala e eu dou risada.
Ficamos em silêncio por alguns segundos e eu escutei meu celular chegando notificação.
Era Carol falando que já estava descendo pro carro.
Me levantei.
——— Eu ja vou. Obrigada de novo por ter me deixado ficar aqui.
——— Tá de boa. ——— ele se coloca de pé também e fomos até a porta. ——— Te vejo por aí.
——— Eu espero. ——— sorrio de lado e saio do apartamento, escutando a porta se fechar.
Desci pra rua novamente e Carol ainda não tinha descido- graças a Deus, não queria dar satisfação de onde eu estava- entrei no carro e em cinco minutos ela entrou também.
—
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top