44°

SEGUNDO o Google, acordar chorando representa “o sentimento de tranquilidade, liberdade e oportunidade de se sentir feliz novamente. Ter este sonho indica a chegada de uma nova fase, mas fácil e com menos consequências emocionais negativas para o sonhador”.

Mas não é isso que sinto agora. Não quando meu coração está acelerado e não de um jeito bom. Ou quando as lágrimas não param de vir e soluços intermináveis saem de mim.

— Aqui. Beba isso. — Damon põe um copo com água nas minhas mãos. Mãos que agora tremem.

Sonhei com a minha mãe mais uma vez. Vi aquela mulher alegre e gentil que me colocava para dormir todos os dias, que me deu um colar com uma estrela e sussurrou para mim “você é minha estrelinha”. Vi, mais uma vez, a luz deixar seus olhos.

Entrego o copo a Damon depois de beber a água e abraço minhas pernas.

Nunca fiquei de luto por ninguém antes. Não conhecia a dor de perder alguém, até agora. Mas eu sei que preciso achar um jeito de conviver com ela sem me afundar em um poço de sofrimento. E apesar de saber que todo mundo sempre lhe diz isso quando você perde alguém, eu sei que ela não ia querer que eu ficasse assim.

— Ela disse que gostou do seu nome. — digo a Damon quando ele passa seus braços ao redor de mim.

— É mesmo?

— Sim — quando tenho certeza que posso confiar na minha própria voz de novo, eu prossigo: — Obrigada... Por ficar, mesmo depois de tudo.

Damon ergue meu queixo e encaro seus olhos.

— Sempre irei ficar, Elle. Não importa o que aconteça, sempre irei ficar. — ele enxuga meu rosto quando mais lágrimas molham minhas bochechas.

Eu o magoei dias atrás e mesmo assim, quando mais precisei, ele veio e não saiu do meu lado. Ele com certeza ainda deve estar magoado. Palavras, apesar de serem apenas palavras, causam danos inimagináveis quando ditas. Então para ele estar aqui deve mesmo me amar.

— Você deve estar cansado de me ouvir dizer isso, mas desculpe, Damon. Eu realmente sinto muito... Não queria tê-lo magoado... Eu...

— Não é o momento de falar sobre isso. — ele continua enxugando meu rosto, mas nego com a cabeça. Eu preciso falar.

Afasto-me dele, ajoelhando-me na cama, de frente para ele. Encaro minhas mãos quando começo.

— Eu achei que estava fazendo o certo... Eu vi o que fizeram com você... Por minha causa, por tentar me defender e me proteger — balanço a cabeça para afastar a imagem dele todo ensanguentado. — Eu fiz um acordo com Sam. Fiz ele prometer que lhe deixaria em paz e que mandaria você para Inglaterra e pagasse seus estudos. Apenas... que o deixasse em paz e longe.

Lembro-me que foi exatamente essas palavras que usei.

— Qual o custo disso? — Damon parece muito interessado nisso agora. Ainda não olhei para ele, mas consigo sentir pelo tom da sua voz.

— C-casar com Oscar. — falar isso em voz alta é tão ruim quanto em pensamento.

— Puta merda, Elle... — olho para Damon e o vejo passar as mãos pelo rosto e suspirar. Quando olha para mim, não está bravo, mas... chateado, mas então ele dá risada.

— O que é tão engraçado? — pergunto com as sobrancelhas franzidas.

— Então também não está apaixonada pelo meu irmão?

— Deus, não! Achou mesmo que eu estava apaixonada pelo Oscar?

— Você o beijou como se estivesse apaixonada. — sua voz é baixa quando diz isso e seus olhos mostram a mágoa que ele sente.

— Então sou mais boa atriz do que achei que fosse — engulo em seco. — E eu pensei em você enquanto beijava ele. Devo ser uma pessoa horrível por causa disso.

— Muito horrível. — ele sorri para mim e quase suspiro de alívio.

Damon continuou insistindo que não era momento para falar sobre isso. Que eu ainda estou emocionalmente abalada e que conversaremos sobre isso depois. Mas estou bem ou pelo menos preciso ficar. Não posso ficar nesse quarto para sempre, chorando. Minha mãe, definitivamente, não ia querer isso.

Fiquei pensando no aniversário de Damon o dia todo. Não é justo ele passar seu aniversário aqui comigo, cuidando de mim, mas ainda não me sinto pronta para levá-lo a uma festa. Devia aproveitar que Jason está em Carson City, mas não consigo ainda.

Por isso decidi dar um presente a ele.

Damon está com um livro na frente do rosto, então não vê quando eu paro no batente da porta do banheiro. Deve ter pego um dos meus livros.

Mantenho minhas mãos atrás das costas para ele não ver meu nervosismo e como fico torcendo os dedos.

Limpo a garganta e penso em algo para dizer.

— Está frio esta noite. — é a coisa mais idiota pra se dizer. Ele nem sequer abaixa o livro para responder.

— Não acho.

— Ah...

Sinto-me ridícula. Deveria tirar essa camisola e evitar a vergonha. Ele provavelmente já viu garotas mais bonitas que eu com menos do que isso.

A camisola de seda dourada não cobre quase nada das minhas coxas, nem das costas que é livre de tecido. O decote em meus seios é tão extravagante quanto.

Comprei essa peça por capricho...

Ele abaixa o livro. Seus olhos percorrem cada parte do meu corpo que consegue ver. Damon engole em seco e pisca algumas vezes.

Minhas bochechas estão quentes e meu coração está em um ritmo irregular. Eu deveria fazer alguma coisa... Ir até ele, beijá-lo... Seduzi-lo... Mas estou travada no lugar.

— Você... Você gostou? — mordo o lábio, nervosa. A ideia parecia fácil na minha cabeça, mas aqui com ele... Não sei por onde começar.

— Sim... Você está... Linda. — ele também está nervoso? Por que estaria? É a pessoa mais experiente desse quarto.

— Que bom... É pra você. — não sei se é possível, mas fico ainda mais vermelha. Damon levanta e dá passos lentos até parar a dois passos de distância de mim.

— Não acho que essa camisola dê em mim. — ele sorri. Meu nervosismo deve estar tão transparente que ele precisa fazer piada para me distrair. Mas ele é minha distração.

— Não, seu bobo... Eu... Eu sou sua. — eu praticamente sussurro. Seus olhos brilham com minhas palavras e ele finalmente dá os passos que faltavam para me beijar.

O beijo começa doce e gentil, como se ele estivesse com medo de me quebrar. Quero dizer a ele que admiro sua delicadeza, mas ao invés disso, abro a boca para ele, permitindo que sua língua brinque com a minha.

Fico na ponta dos pés e passo os braços em volta do seu pescoço. Suas mãos se limitam apenas em minhas costas e nuca. Estou prestes a implorar para ele parar de dar atenção para essas partes quando Damon me impulsiona para cima e eu entrelaço as pernas em sua cintura.

Minhas mãos se perdem em seu cabelo quando sinto a parede atrás de mim.

Nós nos afastamos por falta de ar, mas eu não me incomodaria de morrer sufocada por seus beijos.

Abro os olhos e vejo-o me encarando, os lábios inchados como os meus devem estar.

— Eu quero você... — sussurro em seus lábios — Eu quero tanto você que chega a doer aqui. — ponho sua mão em meu peito, bem em cima do coração.

Damon assente e deve estar atordoado demais para dizer qualquer coisa, além de murmurar meu nome enquanto me beija de novo.

Sinto ele se mover e em segundos algo macio está em minhas costas, mas ele não para de me beijar. Uma mão está em meu seio e não impeço o gemido quando ele aperta; a outra está apoiada ao lado do meu rosto.

Protesto quando ele se afasta e abro os olhos. Ele beija meu maxilar, uma, duas... Perco a conta até ele formar uma trilha de beijos até meu pescoço, onde ele para e chupa minha pele. Várias vezes, me arrancando sons que eu não sabia que podia fazer.

Damon continua sua trilha de beijos até meus seios. Ele envolve um com a boca e acaricia o outro com os dedos.

Arqueio as costas e respiro seu nome. Isso é uma tortura e ele está se deliciando em fazer. Eu também.

Ele abocanha meu outro seio e preciso morder o lábio com força para não gritar. Sua outra mão vai fazendo carícias em minha barriga, até chegar na borda da minha calcinha, onde ele para quando começo a dizer.

— Eu... — encaro sua mão pausada ali e fico vermelha. — Eu... Eu nunca...

Desisto de tentar falar.

— Você é virgem? — Damon ergue a cabeça dos meus seios e me encara. Faço que sim, minha respiração acelerada. Ele beija meus lábios brevemente e volta a me encarar quando sussurra: — Quer continuar?

Eu sei que se dissesse que não estava pronta, ele pararia. Se estivesse muito nervosa e não conseguisse continuar, ele ia querer me acalmar acima de tudo. Ele não é Brad. Damon respeitaria meu tempo.

— Sim — sussurro de volta e acrescento para ele não hesitar: — Sim, eu quero.

Damon toma meus lábios em um beijo ardente antes de fazer outra trilha de beijos em meu corpo até parar em minha calcinha. Ele ergue os olhos para mim em uma pergunta silenciosa.

— Ande logo com isso. — minha voz não sai com o tom de provocação que eu queria, mas ele ri, sua respiração arrepiando meu corpo.

Não protesto quando ele retira minha calcinha. Observo seu rosto e o brilho em seus olhos, ele provavelmente deve estar imaginando a umidade que vai encontrar ali, antes de se pôr em minha frente.

Damon deposita beijos em minhas coxas, me provocando, como se tivesse todo o tempo do mundo.

Arqueio as costas ainda mais quando sinto sua língua em mim, se deliciando e me pergunto se para ele eu sou seu banquete da noite.

Sua língua brinca com um ponto específico e eu grito seu nome. Damon continua fazendo movimentos com a língua que eu não achei que fosse possível e que com certeza entrou para lista das melhores coisas que ele pode fazer.

Ofego e agarro os lençóis da cama. Meu corpo todo parece estar em um frenesi, gritando ou talvez eu esteja gritando. É difícil dizer quando nem consigo raciocinar direito com sua língua se banqueteando em mim.

— Damon... — seu nome sai como um gemido de desespero e prazer. Agarro seu cabelo e puxo de leve. Sinto-lhe sorrir contra mim, no mesmo momento que estremeço, sentindo a libertação do prazer.

Damon beija minha coxa uma última vez antes de engatinhar até a mim e me beijar. Meu gosto em sua boca.

— Você tem certe… — eu lhe calo com outro beijo. Minhas mãos vão para sua calça e sinto o volume ali. Só de imaginar...

Damon ri baixinho e me ajuda a deixá-lo completamente nu. Ele retribui a ajuda tirando minha camisola. Apoio meu peso nos cotovelos e admiro a visão. Meus olhos disparam para o que tenho certeza que é sua parte preferida, considerando o tamanho...

Isso tudo vai caber em mim?

Ele ri de novo, lendo a expressão em meu rosto e se inclina para pegar algo na cômoda. Sua carteira e tira dela um pacotinho. Ele abre e põe a camisinha. Acompanho tudo atentamente. Me pergunto se estou babando.

Ele para por um segundo, admirando-me também. Pura fome em seus olhos verdes brilhantes.

Damon usa o joelho para abrir minhas pernas, ficando entre as mesmas. Ele se inclina para mim, apoiando os braços ao lado da minha cabeça.

— Você precisa relaxar... — ele sussurra em meu ouvido ao morder o lóbulo da minha orelha — Vai ser desconfortável no início.— ele beija minha têmpora, depois minha bochecha, meu maxilar e finalmente minha boca.

Faço que sim.

— Se quiser que eu pare, é só me dizer. Estou falando sério, tudo bem? — eu nunca o vi tão preocupado em me machucar antes. Chega a ser fofo.

— Tá.

Lhe dou um beijo de incentivo e ele entra em mim logo depois. Fecho os olhos.

— Você está bem?

Faço que sim apesar da dor que me recebe como já tinha sido avisada. Dói e preciso de todo meu autocontrole para me impedir de chorar logo agora.

Damon continua os movimentos lentos e chega a ser reconfortante. Ele beija meu rosto e meu pescoço. Me apego a isso. A sua delicadeza que nunca achei que sentiria; a sua respiração ofegante no meu ouvido; ao jeito como pronuncia meu nome acompanhado de gemidos.

Abro os olhos e encontro seu olhar. Seus olhos como esmeraldas brilhando.

— Me beija. — peço. Ele faz sem hesitar. E talvez seja a dor ou o fato de eu estar tendo minha primeira vez com o garoto que amo, mas permito as lágrimas.

Quando ele afasta sua boca da minha e percebe as lágrimas, faz menção de parar. Não deixo.

— Eu estou feliz... Que seja com você. — sussurro para ele. Damon volta a me beijar e a dor vai sumindo.

Observo seu rosto quando ele geme meu nome. Se eu soubesse pintar, eu o pintaria exatamente assim e passaria minha vida apreciando a memória gravada com tintas.

Sua respiração está ofegante e quente contra meu pescoço e solto um gemido quando ele morde a mesma região.

Seus movimentos continuam lentos e sei que ele está se controlando. Beijo seu pescoço enquanto arranho suas costas e ele geme meu nome várias vezes.

— Elle... — Damon procura meu olhar e apoia a testa na minha.

— Eu te amo, Damon. — Observo seu rosto quando atingimos o prazer

— Eu te amo, Elle. — ele beija minha testa antes de sair de dentro de mim.



*Preciso dizer que nunca escrevi hot antes, muito mesmo uma primeira vez, então me perdoem se não ficou bom*

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2bjs, môres♥

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