15. Fifteen 🥀

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Boa leitura!
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Quando chega a manhã seguinte, Jimin e Jungkook mal se falam pois estão muito perdidos em seus pensamentos. Eles fazem sua rotina matinal juntos, mas em vez de conversar durante isso, eles ficam quietos. O silêncio é ensurdecedor. Qualquer um que não sabe o motivo de sua quietude, vai presumir que eles estão tendo uma briga de namorados, quando na verdade só estão pensando na situação em que estão.

Mesmo que eles sejam vampiros e não necessariamente durmam, pode-se dizer que eles não pregaram o olho na noite passada. Jungkook está pensando sobre seu passado com Taehyung, repetindo cada evento tentando descobrir se há alguma mensagem oculta sobre o porquê de seu ex-melhor amigo ser assim. Jimin, por outro lado, está interpretando Sherlock. Ele também quer saber o motivo dessa rixa entre os dois homens. Ele precisa de respostas, mas onde consegui-las? Como ele vai provar que existe uma explicação lógica para tudo isso?

Jimin ainda mantém sua impressão de Tae, ele meio que o lembra de si mesmo de certa forma. Ele sabe muito bem como é ter alguém decepcionado ou que não apoia seus sonhos, ele nunca conheceu seu pai, mas sabe o que é ter o amor de uma mãe, o apoio de uma mãe, alguém que vai longe para garantir que você consiga o que precisa para realizar seus sonhos. É por isso que ele acredita que Tae está sofrendo tanto quanto Jungkook. Ambos são vítimas, peões até, em algo inimaginável. Chame-o de louco por pensar assim, mas ele tem certeza de que, quando a verdade for revelada, ele saberá se seus palpites estão corretos ou não.

Já são 14h da tarde e os meninos ainda não se falaram, mas nenhum dos dois percebe isso, até que começam a se sentir tontos. Só então que eles quebram o silêncio.

— Sou eu ou esta sala está girando?— Jimin pergunta ao que Jungkook responde.

— Não, eu sinto isso também. Precisamos de sangue agora ou vai piorar.

Jimin se levanta e vai para a cozinha, mas para sua consternação não há mais sangue à vista, o que significa que eles precisam ir caçar.

Jungkook sente a leve aflição em seu companheiro e caminha trêmulo até ele.

— O que foi, querido?

— Sangue... Acabou... tudo. 

São as únicas palavras que Jimin consegue murmurar. Sem perder mais tempo juntam o que precisam para embalar o sangue e saem porta afora. Eles fazem seu caminho vertiginosamente para a floresta em busca de qualquer animal selvagem para cravar suas presas.

Felizmente, não demora muito para eles localizarem, não uma, mas duas presas. Apenas alguns metros à frente deles há um javali à direita e uma raposa com orelhas de morcego à esquerda. Eles se separam porque tem suas próprias preferências. Jimin e Jungkook lutam contra a tontura. Eles mantivem suas presas em sua linha de visão antes de correr em sua direção após alguns segundos.

Jimin corre atrás do javali quando sente um desejo por seu sangue. O javali é traiçoeiro, pressentindo o perigo reune seus filhotes antes de ir para uma toca no chão. Jimin não tem ideia de como ele será alimentado agora, não é como se ele pudesse ir atrás deles... ou pode? Jimin rapidamente inspeciona o buraco e nota que é pequeno mas dá para passar, então com um sorriso malicioso ele desce pelo buraco procurando por sua refeição.

Enquanto isso, Jungkook decide brincar com sua comida antes de comê-la. Ele adora observar as raposas com orelhas de morcego quando elas pressentem o perigo. Seus ouvidos se movem como pequenos satélites captando sons fracos e vibrações. Jungkook tem a capacidade de se mover de maneira silenciosa e leve, sem produzir nenhuma vibração. No entanto, como queria se divertir um pouco, faz questão de emitir sons toda vez que salta de árvore em árvore ou de arbusto em arbusto para que a raposa saiba que está sendo caçada. Ele ri quando vê a raposa decolar e usando sua visão biônica, ele vê que a 100 metros de onde ele está se escondendo, há uma toca, provavelmente onde a raposa vive.

Ele queria jogar um pouco mais, mas a dor crescente e a tontura lhe dizem o contrário. Ele vacilante corre atrás da raposa escondendo todas as vibrações sonoras e pouco antes da raposa correr para o buraco, ele a ataca quebrando seu pescoço no processo. Ele não perde tempo afundando suas presas no animal morto debaixo dele. Ele geme ao sentir o sangue descer por sua garganta.

— Puxa, já faz um tempo desde que eu tive isso. — Ele diz quando finalmente se afasta.

Jungkook olha em volta para ver se consegue localizar seu adorável companheiro em algum lugar, então de repente ouve um baque alto ao lado dele. Quando olha, vê um leitão morto deitado ali. Ele ergue a sobrancelha e logo depois vê mais leitões vindo em sua direção.

— Que diabos? — Ele diz com confusão em todo o rosto. Ele olha em direção a toca para a qual a raposa estava indo, e vê a poeira escapando do buraco seguida por um javali maior voando em sua direção com força total. Seus olhos se arregalam, então ele se abaixa bem a tempo antes que o javali possa atingi-lo, o que resulta no animal pousando atrás dele... morto, é claro. Não muito tempo depois, ele vê um Park Jimin empoeirado saindo da toca com um sorriso.

— Oh, oi Kookie. —  Ele diz enquanto levanta se limpando. 

— Baby, o que diabos você estava fazendo aí? — Jungkook pergunta rindo mas tendo mais ou menos uma ideia.

— Você acredita que podemos escavar? Puxa, é um labirinto lá embaixo. Eu vi um porco-da-terra, cascavel, javali, escorpiões, o que você quiser... Ufa. — Jimin responde.

Jungkook ri em voz alta e Jimin se junta a ele. Eles drenam o sangue de todos os animais e os empacotam antes de voltar para casa.
  
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ALGUNS DIAS DEPOIS....

Enquanto o sol se põe, tanto o Rei quanto Taehyung esperam ansiosamente que Jungkook e sua companheira cheguem a Ördögház, porém, assim como nas outras noites... ele não aparece. O rei está além de chateado, até mesmo a aldeia pode dizer que ele não está nada satisfeito com o herdeiro abandonando seus deveres para viver entre os humanos.

Não os entenda mal, alguns deles estão realmente felizes e com inveja pela maneira como Jungkook foi capaz de ir contra o rei e ainda estar vivo para contar a história, mesmo sendo seu filho. Eles também gostariam de ver e experimentar a vida dos humanos, talvez até estabelecer alguns relacionamentos com eles.

É claro que é por isso que eles invejam Jungkook e mal podem esperar que ele seja seu novo Rei, pois acreditam que ele será um governante melhor do que seu pai. Eles acreditam que Jungkook lhes concederá a liberdade que desejam, desde que jurem nunca chamar a atenção para si mesmos.

A Rainha, por outro lado, não está surpresa por Jungkook não ter aparecido, na verdade ela está mais do que aliviada por ele estar livre dessa loucura e finalmente ter realizado seu desejo.

Mal sabe ela que sua liberdade ainda está pendente...

O rei contata alguns cientistas e pergunta-lhes se há algo que eles possam fazer para que seu filho volte e, felizmente para ele, eles de fato tem uma ideia que estão prontos para sugerir.

[...]

— Então, você está me dizendo que isso vai trazer meu filho de volta? —  Pergunta o Rei.

— Sim e não, senhor... bem, deveria. — Responde o cientista-chefe.

Isso confunde o Rei, ele pensou ter sido chamado para saber sobre a maneira certa de trazer seu filho de volta, mas agora ele não sabe do que esse homem está falando.

— Você se importa de elaborar para o meu velho cérebro, por favor? — O rei diz enquanto aperta a ponta do nariz.

O cientista responde: 

— Bem, encontramos uma maneira de fazer a Lua de Sangue aparecer novamente, porém levará um tempo para fazer os cálculos e preparativos necessários para que isso funcione sem complicações. — O Sr. Jeon acena com a cabeça, mostrando que está acompanhando. —  Além disso, depois de fazer isso, não há garantia de que Jungkook retornará. A julgar pela última vez, é claro que os raios da lua pode não alcançá-lo novamente. — Ele termina olhando para o Rei esperando pacientemente por sua resposta.

— Então você está dizendo que ele escapou dos raios uma vez e existe a possibilidade de que ele faça isso de novo? — O cientista assente.  — Bem, faça o que puder, tudo o que podemos fazer é esperar que Jungkook caia em si e volte para sua casa de direito. — Esta é a última coisa que é dita antes dele partir.

Ao sair, o Rei pensa profundamente sobre o que foi dito: 'Se Jungkook desviou dos raios, quem foi que produziu aquela onda de choque? Só pode ter sido Jungkook, já que era sua vez este ano. Quando ele chega a seus aposentos, vê seu filho e sua esposa conversando alegremente, então a compreensão o atinge.

— JUNGKOOK ACOPLOU COM UM HUMANO?!!!

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Do outro lado da floresta há um Taehyung fumegante em sua sala de estar. Jin, Namjoon e Yunho, seu Beta, estão todos sentados em silêncio, observando o Alfa andar para frente e para trás continuamente. De repente, Tae ri sinistramente quando começa a falar consigo mesmo.

— Espere um minuto, eu não preciso de Jungkook para nada, hahaha, tudo que eu preciso é de um plano. BETA!! 

Yunho se levanta abruptamente 

— Sim, Alfa?!

— Ligue pata meu primo... isso vai ser divertido.

Yunho obedece e liga para o primo de Taehyung antes de passar o telefone para ele... depois disso uma voz profunda é ouvida do outro lado da linha.

— Olá?

— Olá primo... quanto tempo. — Tae diz com um sorriso malicioso.

Uma risada é ouvida e o homem responde.

— Por que você está me ligando Taehyung?

— Lembra das minhas visitas quando éramos mais jovens?

— Sim, claro... você quer jogar de novo?

Isso faz Taehyung rir sabendo que seu primo já está a bordo mesmo sem saber de suas verdadeiras intenções.

— Acho que está na hora de você fazer uma visita... Conversamos quando você chegar.

Um zumbido é a resposta antes que a ligação termine.

Os outros na sala não tem certeza do que pensar, mas o que Tae diz em seguida causa arrepios na espinha de Namjoon e Jin.

— Agora começa a verdadeira diversão. — Seus olhos ficam verdes brilhantes quando ele diz essas palavras.

 

CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Taehyung está aprontando algo. Prepare-se pois a ação vai começar em breve.

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