Arya P.o.V.

Agora tínhamos um pequeno probleminha, esconder ou se livrar desse corpo. Acho que ir de Jennings para New Orleans com um defunto poderia dar errado.

— Precisamos parar em algum lugar, me limpar, trocar de roupas, de carro e esconder esse cadáver. — falei, mas acho que ele já havia entendido.

— Eu disse para não matar ninguém, eu avisei! — ele exclamou, fazendo piada da minha cara.

Paramos em um motel afastado da cidade, deixamos o corpo no porta-malas temporariamente e subimos. Tomei um banho, retirei os cacos do espelho enterrados no meu corpo e fechei alguns cortes mais feios com sutura líquida.

— Credo, ela lutava tão bem assim? — Alec perguntou, me encarando pelo espelho do banheiro.

— Era da academia, e lutava como uma vadia, teve puxão de cabelo e tudo.

— Mentira?

— Verdade, por isso acabou morta, vadias são enterradas. — eu lancei um olhar psicopata para ele.

— Ih, que bom que não sou vadia, no máximo na cama — e piscou para mim.

Saí do banho e liguei o notebook, conectando a uma VPN nossa, enquanto o Alec tomava uma ducha. Recebi uma mensagem e chequei na hora, não havia muitas pessoas com acesso a isso.

"Um passarinho me contou que precisavam de ajuda, deixem o carro com as compras aí que eu dou um jeito de guardar elas.

-B"

Aí que bom, uma coisa a menos para nos preocuparmos. Contei ao Alec, quando o mesmo saiu do banho. O maior problema agora seria Drent. Se ele me visse, definitivamente teríamos outro presunto para esconder, então precisamos de um plano bem bolado sobre isso.

— Onde ele vai estar hoje, sabe? — perguntei ao Alec.

— Estou procurando, mas até onde sabemos, não será em uma festa...

— Realmente, não faz o estilo dele.

— Nossa a gente deu muita sorte! — Alec exclamou, mexendo no notebook.

— Trate de me contar o porquê. — falei, enquanto me aproximava.

— Ele acabou de reservar um lugar na pré-estreia de Duro de Matar 7. Cadeira premium e tudo, ótimo.

— E então, a gente pega ele na entrada, no meio, ou na saída do filme?

— Acho que na saída vai ser mais fácil, felizmente o cinema não fica no shopping e ele pegou a última sessão.

— Ótimo, então vamos para a cidade, arrumar um hotel decente, e dormir mais umas horinhas antes de ir atrás dele, eu já estou idosa.

— Velhota! — ele zoou e pôs a língua.

Andamos por algum tempo, eu dei umas boas cochiladas no carro, mas sempre com sonhos estranhos. Acordei com o Alec me dando um cutucão no braço.Olhei pela janela, um hotel melhor, nada muito luxuoso, mas daria para dormirmos bem.

Alguns minutos depois já estávamos em um quarto com duas camas de solteiro, Alec dormindo e eu distraída lendo um pouco, havia dormido um pouco mais, mas acordei agitada pelos sonhos. Vejo meu celular vibrando nos pés da cama e verifico.

Vocês estão bem? Não consigo falar com o Alec

Estamos sim, ele está roncando aqui.

Ótimo, desculpa o surto, faz algum tempo que não ouço de vocês

Algum tempo, vulgo poucas horas

Horas? Arya, eu não falo com vocês desde aquela quase morte.

Nesse momento eu pensei que havia me enganado e ela estava só desmaiada, ou era o novo episódio de The Walking Dead, levantei com tudo para acordar o Alec, mas meu olho pegou rapidamente a notificação no meu celular.

De novo, tática de morse com outros, já sabia que se tratava da Catarina. Abri e converti rapidamente de cabeça.

Eu soube do contratempo e dei uma ajudinha, tente não surtar, ok? Se você soubesse que era eu não me deixaria ajudar.

Eu amaldiçoei aquela vagabunda em todas as línguas possíveis, stalker desgraçada e abusiva. Ao mesmo tempo, não pude evitar sorrir, ela gastou o tempo dela só para me facilitar?

Isso foi muito creepy, maluca

De nada, nenê ;)

Se você não me quisesse na sua cola, eu sei que não conseguiria te rastrear, você está ficando óbvia demais

O que fizer você dormir melhor a noite, stalker

Me encontra na festa, precisamos conversar, informações.

Ok, só pelas informações.

O que fizer você dormir melhor a noite...

— Meu Deus, que garota irritante, eu vou socar ela quando ver, vai ser ótimo. — falei, um pouco alto demais.

— Vai socar quem, criatura? — Alec disse, bocejando.

— Depois te conto, vou tomar um banho, e vamos terminar o plano.

— Ok, me chama quando sair. — Virou para o lado e voltou a dormir, como uma pedra.

Então era isso, coletar as digitais de Tomas Drent e ir para a festa. O que será que a Catarina teria para me dizer? Se for alguma enrolação saio de lá com o próprio cadáver dela, estou séria sobre isso.

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EU DISSE QUE IA VOLTAR, desculpem pelo capitulo curtinho, mas eu ainda estou recomençando, e a história não flui tão naturalmente. Me deixem saber o que acharam.