III - Quer morrer, macho chato?

Arya P.o.V.

22/01/2019

Depois de passar a noite toda no bar, voltei pra casa com tanto álcool nas veias que só apaguei na cama. Logo que acordei, fui tomar banho, nem vi que horas eram, mas devia ser tarde já, chegando no banheiro eu vi uma marca perto dos meus seios... O que diabos foi isso? Então algumas partes voltaram a minha memória. Meu Deus, eu tinha bebido muito mesmo.

— Arya, você tem certeza? — Alec perguntou.

— Sim, me deixa, eu preciso desse porre, você sabe, eu preciso parar de pensar nela. — Eu disse.

— Tudo bem... Eu cuido de você, mas vou beber um pouco também, não morre.

— Okay, te amo. — Dei um beijo na bochecha dele e virei mais uma dose de tequila.

Uma garota começou a me olhar do outro lado do bar, eu olhei de volta e sorri levemente. Começamos a trocar olhares e sorrisos. Em um segundo eu sai de onde eu estava e dei a volta no bar, mas quando cheguei perto dela, um cara a agarrou pelo pulso.

— Uma gatinha como você não pode andar por aí sozinha, sabia? — Ele parecia um pouco pior que bêbado, como se tivesse usado alguma droga.

— Eu posso andar sim, me solta, idiota. — Ela livrou o ombro do braço dele, mas o homem não parecia nada feliz com a ofensa.

— Olha aqui, sua vadiazinha...

— Hey, amor, esperou muito? — Entrei em cena, acenando para a garota e ficando entre os dois, segurando sua mão.

— Ah, agora entendi tudo, tinha que ser uma sapatão. Você não quer experimentar como é dormir com um homem de verdade não, docinho?

— Não, acho que estou bem. — A garota disse e me puxou para um beijão.

— Que nojo. — O homem se afastou.

E eu? Me entreguei aquele beijo, porra. Eu precisava esquecer as coisas, então foi o que fiz, tirei tudo da cabeça e me deixei levar, pelo álcool e pelo sabor de halls de morango que ela tinha.

Me livrei dos pensamentos sobre isso, tomei meu banho, bem demorado mesmo, relaxando e ouvindo algumas músicas. Quando terminei, me vesti com uma calça moletom e uma blusa larga e confortável. Peguei meu celular, 21:13, eu desmaiei na cama, meu Deus, mas eu fui dormir eram pelo menos 10 da manhã. Tinha também um milhão de notificações, incluindo uma do Henry, bem incomum. Dei de ombros, eu precisava pelo menos comer algo e tomar um remédio antes de responder, tudo bem que nós somos resistentes, mas ninguém é deus para não ficar de ressaca depois de tanta bebida.

Alec P.o.V

Fui direto pro bar depois me despedir de Arya, não confiava nela para se cuidar, mas ela estava precisando um pouco se divertir, o máximo que ia acontecer era eu encontrá-la em uma briga por aí, a ideia de diversão dela era um pouco limitada a ficar com pessoas e lutas.

— Uma dose de vodka por favor - Eu adorava destilados, era a única bebida com a capacidade de me deixar um pouco menos pensando em fazer as coisas funcionarem.

Um cara sentou ao meu lado, e pediu o mesmo que eu - Gosta de bebidas fortes então? - Ele me perguntou.

— Não tanto quanto gosto do meu namorado. — Eu disse.

— Concordo, ter alguém pra amar é maravilhoso, por isso eu tenho. — Fiquei sem reação, eu estava bêbado e achei que ele estava me cantando.

— Sim, claro — Eu tentei fugir do assunto.

— Prazer Nate, e você?

— Alec — Respondi e apertamos as mãos, agora nem sabia se ele era hetero ou não, mas não importava.

— Vem sempre aqui? — Ele perguntou. Isso parecia tão clichê que eu estava começando a pensar que eu não tinha me enganado, ele estava mesmo dando em cima de mim, mas queria algo sigiloso, para que a "pessoa que ele ama" não descobrisse.

— Não, nem sou dessa cidade. — Respondi, pois se uma coisa aprendi com a academia, é que um espião não entrega seu itinerário.

— Bom saber - Ele respondeu

Depois do terceiro shot de vodka, eu não lembro mais de muita coisa, além da Arya sugando a alma de uma garota pela boca no balcão, olhei para minha cintura e eu estava de cinto, mas eu não uso cintos, mas se eu não lembro, não aconteceu.

Lembro que mais tarde eu tinha saído do banheiro com um copo, não me pergunte o que tinha dentro, eu tinha saido do "banheiro", esbarrei em um cara e derramei o que quer que fosse aquilo. Foi o que bastou pra ele complicar comigo, e me empurrar, bem coisa de macho escroto, mas como sempre Arya apareceu pra me salvar.

Bem quando eu estava lembrando disso, Arya apareceu descendo as escadas da nossa casa, massageando a têmpora.

— Você está bem? — Perguntei.

— Morrendo de ressaca, mas com um remédio cura, e você?

— Estou bem, me diverti ontem. Como está sua mão?

— Minha mão? — Ela perguntou obviamente confusa, e eu ri um pouco.

— Do que você lembra? — Arqueei a sobrancelha.

— Catarina, fiquei irritada, bebi, uma garota linda apareceu, fiquei com ela. E depois uns flashs de nós duas no quarto dela.

— Esqueceu a melhor parte. — Falei.

— Qual?

— Foi mais ou menos assim:

— Você está arranjando confusão de novo "idiota"? — Arya apareceu, encarando o homem, com a cabeça levantada, desafiando-o.

— Saia daqui garota, ou vou te ensinar a ser mulher. — Ele disse, quase rosnando de raiva.

— E eu vou te ensinar como um sapatão dá um soco.

— E foi a última coisa que você disse antes de tudo virar uma briga generalizada, quebramos o bar, você desmaiou o cara com um soco gritando "Isso é um soco de sapatão" e depois vomitou e caiu em cima dele, eu levantei você, e disse para a sua amiga que depois você ligava pra ela, mas ela insistiu em cuidar de você, então eu coloquei um rastreador em você, eu voltei para cada eram 5 da manhã, você chegou já eram umas 11 horas.

— Como eu cheguei?

— Não sei, eu estava dormindo, só programei a casa pra se abrir quando você chegasse.

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