37 capítulo

não revisado

M A D I

Acordo assim que minhas mãos tocam o travesseiro vazio ao meu lado e logo abro meu olhos arregalados.

--Blake-- chamo o loiro com a voz sonolenta mas não tenho resposta.

Levanto da cama sentindo todo meu corpo doer e logo vou devagar até a sala não vendo nenhum sinal do garoto. Vou ate a cozinha mas ela permanecia no mesmo silêncio de sempre. A casa estava vazia, apenas eu e meus sentimentos a flor da pele.

Blake havia ido embora, havia simplesmente me deixado. Naquela noite eu havia feito um plano em minha mente, tinha a certeza que meu amor por Blake era tão intenso que não conseguiria o ver longe de mim, mas agora parece que tudo o que eu pensei para nosso futuro não valeu de nada. Eu estava sozinha novamente.

Mas eu não podia reclamar, não podia o julgar por ir embora assim como eu pedi mas eu queria me despedir, queria o ter pela a última vez e agora eu não podia nem ao menos o dizer sobre meus planos. Eu não sabia onde Blake estava mas mesmo que soubesse não adiantaria de nada. Eu teria que ir embora. E quanto antes melhor.

Meu celular toca e por míseros segundos eu me pergunto quem poderia me ligar mas logo tenho minha resposta assim que o nome de Hunter aparece na tela de meu celular. Não queria falar com o garoto mas talvez fosse algo sobre Blake.

--Alo-- falo confusa e logo escuto a respiração pesada do garoto.

--Madi... Blake me ligou para buscar ele ai... Madi... um caminhão bateu em nosso carro e... Madi eu não sei se ele esta bem, eu... eu não sei o que fazer-- Hunter começa a falar desesperadamente e meu coração salta de meu peito.

As lágrimas começam a descer a todo vapor.

--Onde vocês estão ?-- pergunto desesperada e o garoto diz que estava no único hospital que havia perto de minha casa.

Desligo a chamada e começo a correr para o hospital. Não me importava com minha roupa e nem muito mesmo com meu rosto, a única coisa que me importava era saber se Blake estava bem.

Parecia que meus pulmões iam rasgar conforme meus passos iam se intensificando e minha respiração falhava diversas vez. Mas quando enfim consegui chegar no hospital minhas pernas falharam.

Eu não ligava para o aglomerado de pessoas me olhando, so me importava com os problemas os quais eu estava passando. A única pessoa que um dia me amou agora estava em um hospital.

As lágrimas desciam desesperadamente me fazendo soluçar diversas vezes. Sinto braços me rodearem e logo sinto o cheiro de Hunter fazendo com que eu o aperte mais em meu corpo. Eu sabia que Hunter ainda me odiava mas ele sabia de meus sentimentos por Blake.

--Ele vai ficar bem-- Hunter garante começando a me levar para dentro do hospital.

Eu sabia que Hunter não tinha certeza em suas palavras mas tinha que ter fé. A fé em algo melhor sempre me motivou a continuar e eu não podia a perder agora. Não quando o único garoto o qual eu amei estava correndo risco. Eu preferia o ter comigo e o proteger de meu pai do que o ter longe tendo sofrimentos piores que a dor da saudade. Blake não merecia tudo o que passava, talvez eu fosse sua maldição, talvez me ter em sua vida fazia a mesma ser uma merda como a minha.

Ja estávamos esperando por respostas a horas e ninguém ao menos vinha nos perguntar quem era nosso paciente. Hunter não havia se machucado quase nada. Como Hunter podia estar intacto ? Por que as coisas ruins só aconteciam com Blake ?.

Hunter batia seus pés impaciente enquanto olhava para uma pequena televisão que havia naquela enorme sala. Eu no entanto já havia comido todas as minhas unhas e orava a Deus para o mesmo salvar Blake.

Um médico sai da grande porta de vidro e eu logo o observo por completo, talvez ele fosse o médico de Blake.

--Responsáveis por Blake Gray-- o homem diz com a voz grossa e logo Hunter e eu corremos ate o homem de branco --Vocês são o que do paciente ?.

--Namorada e melhor amigo-- apreço em falar e Hunter me olha confuso mas deixa as perguntas para depois.

--Cadê os pais dele ?-- o médico pergunta e eu olho para Hunter buscando alguma resposta mas ele apenas nega com a cabeça.

--Eles provavelmente estão no trabalho, não queríamos os deixar preocupados-- falo a coisa mais idiota o possível para se dizer mas mesmo assim o médico assente.

O de branco faz um sinal indicando para nós dois o seguirmos e assim nós fazemos. Depois de uma longa caminhada passando por várias portas o homem para em uma delas e abre a mesma me dando a visão do loiro respirando por aparelhos.

--Algumas fraturas em pelo corpo mas nada que o impossibilite de viver como antes-- o médico explica.

Chego em passos lentos até o garoto e logo passo minha mão em seus fios loiros. Uma lágrima solitária para em minha bochecha e eu não me incomodo em a limpar.

--Eu não vou te deixar-- falo baixo em seu ouvido e sorrio triste para o garoto desacordado.

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