tough in the fall;

JUSTIN BIEBER | Mansão Bieber, 01h12

— Então... Quem é ela? – Faith perguntou assim que Hanna entrou em casa.

— É a garota do serviço do meu pai. Eu preciso pegar o dinheiro da herança dela... – mexi no bolso de minha calça, tentando encontrar algum cigarro, o que foi em vão.

— Hum... – Faith me olhou de cima para baixo.

— O que foi?

— Você vai matá-la? – se sentou no capô do carro e cruzou os braços.

— Bem que queria, mas Jeremy disse que não era para matá-la, e sim me casar com ela. – naquela hora a menor arregalou os olhos surpresa.

— Boa sorte com a pirralha. – riu pegando um cigarro do bolso de seu moletom.

A morena acendeu o cigarro e começou a fumar, fazendo com que um silêncio se formasse entre nós. Após algumas tragadas, Faith jogou seu cigarro no chão e o apagou com seu salto, me puxando para mais perto de si para me beijar.

Faith, de fé você não tem nada. Você é o pecado em pessoa. – sorri com os lábios próximos dos seus. Apertei sua bunda e a garota riu, mordendo meu lábio inferior. Colocou sua mão esquerda dentro de minha calça e apertou meu pênis.

— Digamos que um nome não define a pessoa. – começou a distribuir beijos em meu pescoço.

Eu vou acabar com você na cama. – puxei seu cabelo para trás e ela riu.

— Isso eu quero ver. – disse antes de se desgrudar de mim e entrar em casa, me obrigando a segui-la.

HANNA ANDERSEN | 06h00

Terminei de arrumar meu coque e ajeitei o cadarço do meu tênis. Joguei um pouco de água em meu rosto e me encarei no espelho. Eu estava poderosa com minha maquiagem leve e meu batom vermelho ainda intacto.

Abri a porta do quarto e desci as escadas. Não deveria ter ninguém em casa, além de Justin que pegava Faith há horas. Eca. Afastei esse pensamento e coloquei um sorriso no rosto. Uma buzina me despertou e eu abri a porta. O uber já me esperava no portão da mansão e Justin estava lá, conversando com o motorista.

Pigarreei, chamando a atenção do garoto e ele logo olhou para mim, confuso e com raiva. Não liguei e me aproximei da porta do passageiro, porém um puxão no braço me impediu de abrir a porta.

— Aonde você vai uma hora dessas? – seu tom de voz me arrepiou. Ele estava realmente irritado. Sem dar muita importância para sua pergunta, dei um tranco em meu braço para que ele me soltasse e abri a porta do carro.

— A casa do meu pai. – fui indiferente em minha resposta, olhando para o loiro que ainda me encarava, esperando uma resposta. Justin estreitou os olhos em minha direção e colocou a mão na porta. Entrei no carro e peguei meu celular, usando a câmera como espelho.

— Você não vai a lugar nenhum. – seu tom autoritário me fez desviar o olhar do meu celular para ele. Abri um sorriso cínico para ele.

— Primeiro: eu ainda não sou sua esposa oficialmente então você não me manda e, nem se fosse meu marido de verdade, me mandaria. – ajeitei meu cabelo. — Segundo: se quiser alguém para mandar, fale com aquela criatura plantada ali com a cara mais feia que eu já vi. – apontei para Faith que apenas deu dedo do meio e aproveitei que Justin havia olhado para trás e fechei a porta bruscamente.

Assim que ele se virou novamente para mim, fechei a janela e pedi para o motorista acelerar o mais rápido possível, e assim ele fez. Justin não seria estúpido de seguir um uber só por minha causa. Pelo menos eu espero.

Comecei a mexer em meu celular para me distrair e vi que havia algumas mensagens de Emily. Todas elas perguntavam se eu estava bem e onde estava. Apenas respondi que estava indo para casa e que estava tudo bem.

Assim que saí do carro, fui direto para o portão da mansão, onde havia um guarda.

— Nome? – ele perguntou ao ver que eu o esperava abrir o portão. Olhei para ele incrédula. Era novato com certeza. O segurança ao seu lado o empurrou, o repreendendo com o olhar.

— Ele é novato, senhorita. Está liberada. – apertou um botão para que o portão se abrisse. Sorri como forma de agradecimento e, assim que entrei, ouvi um estalo. Olhei para trás a tempo de ver o segurança dando um tapa na cabeça do outro. Virei-me para frente e me concentrei no caminho.

Andei devagar pelos corredores a fim de não quebrar nada. Sou muito desastrada quando estou nervosa e agora mais do que nunca eu tenho que me manter forte sobre minha decisão. Meu pai é osso e queda quando o assunto é negócios.

Bati duas vezes na porta entrando antes de ouvir o "entra". Meu pai estava sentado em sua cadeira fumando um cigarro qualquer com os pés em cima da mesa. Odeio cigarros. Sem falar nada, peguei o laptop que estava em cima de sua mesa e entrei num site para que ele lesse.

— O que é isso? – Michael perguntou retirando os pés da mesa. Arqueei uma sobrancelha para ele, me sentando na cadeira logo à sua frente.

— Leia e saberá. – respondi áspera. Nunca gostei do meu pai e não tenho obrigação de ser educada. Fuzilando-me com os olhos, ele virou o laptop para ele e começou a ler. Depois de cinco minutos Michael fechou o notebook e riu, acendendo outro cigarro.

— Você não vai fazer faculdade. – sentenciou estalando a língua no céu da boca. Levantou, andou até a mesa de centro e encheu seu copo de uísque.

— Então eu não me caso. – cruzei os braços. Michael riu bebericando sua bebida. Não recue Hanna.

— Quem manda sou eu. – sentou-se novamente e eu ri. Não. Quem mandaria agora seria eu.

— Primeiro: você não vai me convencer a assumir os seus negócios nunca. Segundo: eu posso até me casar com o Justin, mas eu acho que pegaria mal se seus amiguinhos de negócios, principalmente o Jeremy, me vissem pegando outro homem. Não acha? – sabia que isso afetaria seu acordo com Jeremy e tive confirmação assim que Michael levantou fervendo de raiva.

— Eu ainda sou seu pai e posso te bater... – murmurou apertando seu copo de uísque. Ele estava com raiva. E muita.

— Ah claro! Eu sabia que você diria isso e, por isso, contratei uma pessoa para matar o Bieber caso eu mande. Justin achará que foi você e te matará. Não é divertido? – ri. Ele estava cercado e estava comendo na palma da minha mão. Claro que a parte de contratar alguém era mentira, mas... Ele não precisava saber.

Michael olhou impassível para mim por alguns segundos. Olhou para seu copo, o rodando em sua mão, porém novamente tornou a olhar para mim e sorriu.

— Sua mãe também era assim: decidida. – escorei meu corpo na cadeira. Falar sobre minha mãe era pegar pesado e ele sabia disso.

— Mais uma palavra e eu ligo para o cara matar Jeremy. – ameacei rangendo os dentes. Eu não gosto dele falando da minha mãe. Michael riu fraco e colocou seu copo em cima da mesa, voltando a olhar para mim.

— Você quer fazer cursar o que? – apoiei meu corpo na mesa e sorri pra ele.

— Advocacia. – o mais velho ia dizer algo mas eu intervi, pedindo silêncio com meu indicador. — E eu quero fazer um acordo.

JUSTIN BIEBER | Mansão Bieber, 07h30

Hanna havia saído há uma hora e meia e, até agora, não havia voltado. Eu não estava nem um pouco preocupado com ela, mas sem ela não vai ter casamento e, consequentemente, sem grana. O que levaria pro ralo meu trabalho.

A porta foi aberta e a mais nova passou por ela com um enorme sorriso. Hanna havia mudado sua roupa da festa por uma blusa social branca e uma saia plissada preta. Admito que ela estava muito gostosa com aquela roupa, mas eu ainda estava muito irritado com ela. A garota tentou passar por mim, porém eu a puxei pelo braço, impedindo-a de andar.

— Por que você foi à casa do seu pai? – fui direto ao assunto. Ela revirou os olhos e bufou se desvencilhando de meus braços.

— Estava tratando de um acordo. – foi indiferente em sua resposta, se jogando no sofá. Folgada.

— Que acordo, garota? – cruzei os braços e Hanna nem sequer olhou para mim.

— Não que seja da sua conta, mas... Eu farei faculdade. E, conversei com o seu paizinho e chegamos a um acordo também. – olhou para mim com um sorriso sacana. — Se você chegar perto de alguma garota ou me trair durante o nosso "casamento" meu pai matará toda a sua família e será o fim do reinado dos Bieber's em Atlanta.

— Ele não teria coragem. – ri sem humor tentando assimilar o que ela falou.

— Será mesmo? – perguntou asperamente. Levantou e parou à minha frente. — Não sou suas putas que você come e joga fora. Não vamos nos envolver emocionante e nem fisicamente. Eu não gosto de você e não me interessa se você gosta de mim. E, tem mais uma coisa, se você encostar uma unha em mim, será o seu fim. – em um impulso levantei a mão, mas as abaixei. Ela com certeza era a mulher mais fria que eu já conheci. Mas se ela quiser jogar sujo, eu também vou. — E mais uma coisa: a Faith não entra mais nessa casa ou perto dela, senão você já sabe. – e saiu para o andar de cima. Parece que agora ela virou o jogo.

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