there is no happy ending;

JUSTIN BIEBER

— Hanna, sobe pro seu quarto agora. – ordenei pegando em minha cintura minha calibre 38 de ouro.

— Não. – a garota cruzou os braços. Dei uma rápida olhada para frente e vi os caras correrem para dentro da casa. Eu tinha que ajudá-los.

— Hanna, por favor, vá logo.

— Justin, eu não quero ficar sabendo que vocês estão tentando me proteger e não poder ajudar. Eu sei que isso é culpa minha. – permaneceu parada ao meu lado.

— Tudo bem então. – me rendi porque aquele não era um bom momento para uma discussão. Peguei uma pistola que estava em cima da mesa e joguei em suas mãos. — Cuidado. – a loira assentiu e eu corri para o andar de cima.

Comecei a andar sorrateiramente, vendo em cada cômodo se havia algo de errado. Não havia nada, ainda bem. Saí do quarto de Hanna e vi um vulto passar pelo corredor. Atirei, mas não consegui acertar a pessoa.

— Calma, sou eu. – revirei os olhos ao ver que era a pirralha da Andersen.

— Porra Hanna! Não faz mais isso.

— O que foi? Levou um susto? – riu.

— Claro que não. – dei de ombros fazendo com que ela risse mais. Escutei um disparo e rapidamente joguei Hanna no chão, ficando em cima dela.

— Ai! Sai de cima de mim! – reclamou me batendo.

— Da próxima então eu deixo você levar um tiro. – olhei para a garota que permanecia debaixo de mim.

— Sai logo de... – a interrompi tampando sua boca para escutar os passos que se faziam presentes no começo da escada. Levantei-me para que Hanna se levantasse e a puxei pelo braço logo entrando no banheiro e o trancando. — O que foi dessa vez? – a mais nova revirou os olhos.

— Silêncio. Tem alguém aqui. – sussurrei.

Ficamos calados e escutamos barulho de passos apressados mais perto da porta. Abri devagar a porta e mirei a arma na pessoa parada um pouco mais a frente de mim. Destravei a arma pronto para dar um disparo quando a pessoa se virou, abrindo os braços em rendição.

— Sou eu Justin. – era Zayn.

— Ah, é você. – travei a arma novamente e a coloquei em minha cintura. Saí do banheiro e Hanna saiu logo atrás de mim.

— Sério Justin? Eu e os caras estávamos lá embaixo no trabalho duro enquanto você e ela estavam juntos no banheiro? – cruzou os braços demostrando indignação.

— Vai se foder Zayn. – dei dedo do meio e ele riu. — Cadê os outros?

— Eles estão lá embaixo. Íamos pegar o cara, mas ele conseguiu fugir.

— E só tinha um?

— Só. – coloquei as mãos sobre minha cabeça e bufei irritado. — Eu vou dar uma saída. Zayn, você, o Drew e o Vinnie tomem conta da Hanna. Hanna, não saia de casa até eu voltar. – disse indo para a escada. Olhei para trás e vi os dois parados um do lado do outro enquanto Hanna demonstrava inquietação.

— Hanna! – peguei a arma de minha cintura e a garota se aproximou de mim. Ao se aproximar, joguei minha arma em sua direção e, como reflexo, ela a pegou. — Toma cuidado. – a loira arqueou uma de suas sobrancelhas confusa.

— Com a arma ou com o que está acontecendo? – segurou a arma com as duas mãos. Olhei para o teto e fiz uma careta.

— Os dois. Vocês duas são importantes para mim. – a vi ficar sem jeito e sorri de canto.

Desci as escadas e saí de casa sem dar tchau para os caras. Peguei meu carro e saí em disparada para casa de Michael.

Chegando em frente a mansão de Michael, estacionei o carro e saí do mesmo. Atravessei a rua e fui parado por dois seguranças.

— O que deseja? – um deles perguntou tampando a minha passagem.

— Preciso falar com o Michael. – cruzei os braços.

— Tem hora marcada? – o mais alto perguntou.

— E preciso? Eu sou filho do Jeremy Bieber, não preciso marcar hora. E mais, sou o noivo da filhinha dele. – ri sem humor. Os seguranças se entreolharam, mas, por fim, me deixaram entrar. Ao entrar na mansão, subi as escadas e entrei sem bater em seu escritório.

— Justin? O que você faz aqui? – Michael perguntou surpreso levantando-se e veio em minha direção para me cumprimentar.

— Quero que você me diga tudo o que sabe sobre o desaparecimento da Marie. – fui curto e grosso. Assim que eu falei aquilo, o sorriso de Michael desapareceu.

— E o que você quer saber? – foi em direção ao seu bar e pegou uma garrafa de uísque para colocar em seu copo.

— Tudo o que você sabe.

— Marie fugiu e deixou a Hanna comigo. Sofreu um acidente e morreu. – deu um gole em sua bebida e olhou para mim. — É tudo o que sei e é tudo que irei lhe contar. – sorriu cinicamente. Naquele exato momento o que eu mais queria era lhe dar um forte soco em seu rosto. Mas tinha que me conter.

— E se ela estiver viva?

— Impossível. – riu. — Os meus funcionários fazem um ótimo serviço.

— E se eles tiverem mentido para você? – Michael me olhou furioso. Sabia que ele não estava gostando daquela conversa.

— E já parou para pensar que, talvez, Jeremy tenha mandado matar Violet para conseguir que você entrasse nos negócios dele? – meu corpo estremeceu naquele momento. Falar de Violet era pegar pesado. — O que foi Justin? Vai chorar? – riu debochado se aproximando de mim. Não me controlei e dei um forte soco em seu rosto. Michael deu um passo para trás com as mãos em seu rosto.

— Agora eu entendo o porquê a Hanna te odeia tanto. – disse antes de sair do escritório e ir embora daquele lugar.

Depois de sair da visita que eu tinha feito a Michael, resolvi parar em uma praça qualquer para respirar um pouco.

— Justin Bieber. – olhei para o lado e vi uma loira se aproximar e se sentar ao meu lado.

— Quem é você? – me ajeitei no banco.

— A garota que Jeremy contratou para pegar o dinheiro da Hanna.

— Não preciso de ajuda. – ri minimamente olhando para frente.

— Você não entendeu. – riu. — Você foi substituído, Bieber. Olhei novamente para ela bastante confuso. — Jeremy acha que você não vai conseguir dar conta do serviço por causa do apego que você pegará com a Hanna.

— Primeiro que eu nunca vou gostar daquela garota e, segundo que é sério que ele só contratou você? – ri. — Acha mesmo que só você conseguirá dar conta do trabalho?

— Eu não falei que era a única.

— E por que veio me contar isso? – a olhei de cima em baixo contraindo a mandíbula.

— Eu só vim avisar para você ficar de olhos bem abertos. A bala no braço da Hanna e o ataque na sua mansão só foram o começo. Se eu fosse você tomava cuidado porque agora você é nossa pedra no caminho e Jeremy não disse que tínhamos que manter a salvo seu filhinho. – sorriu. — E outra, se eu fosse você, começava a tomar conta da Hanna agora. – disse antes de se levantar e ir embora. Droga! Quer dizer que agora terei que me proteger e proteger a Hanna?

HANNA ANDERSEN

Já eram umas cinco da tarde e Justin ainda não havia chegado. Estava jogando videogame junto com os garotos quando meu telefone vibrou. Olhei no identificador e vi que o número era desconhecido.

— Alô? – atendi saindo da sala e indo para a cozinha.

— Oi Hanna! – eu conhecia aquela voz...

— Shawn? Como conseguiu meu número? – ri surpresa.

— Uma de suas amigas me deu na festa. – riu.

— Ah... Mas... Como você sabia que era uma amiga minha?

— Bom, foi fácil quando a ruiva saiu dizendo que ia "matar a Hanna por aquele fim de festa". – imitou a voz de Emilly e eu ri. — Está a fim de dar um passeio?

— Claro! Que horas?

— Que tal agora? Chego em dez minutos. – o garoto disse antes de encerrar a ligação. Fiquei sorrindo que nem boba olhando para o celular. Quando me dei por si e me virei para voltar à sala, esbarrei com um ser plantado em minha frente.

— Ai, Drew! Me machucou... – reclamei passando a mão em meu ombro.

— Você não pode sair. O Justin ainda não chegou. – cruzou os braços.

— Voltei! – em sincronia, a voz de Justin pôde ser escutada na sala. Sorri sem mostrar os dentes e fui correndo para a sala. Justin estava jogado no sofá ao lado de Zayn e Vinnie.

— Justin... – o chamei com uma voz fofa e o loiro me encarou seriamente. — Eu posso sair com um amigo meu? – por que eu estava pedindo autorização para sair? Eu posso sair a hora que eu quiser.

— Vai, só não demora muito. – deu de ombros. Ora, até que foi fácil. Peguei minha jaqueta preta em cima da cadeira e a vesti. — Não se esqueça da arma. – chamou minha atenção antes que eu saísse.

— Não é sua?

— Agora é sua. Te dei de presente. – fui até a mesa de centro e peguei a arma, a colocando em minha cintura e a escondendo com minha camisa.

Assim que saí de casa, vi Shawn em cima de sua moto. Sorri e me aproximei dele, logo subindo na garupa e segurando em sua cintura.

— Para onde vamos?

— É surpresa. – Shawn respondeu dando a partida.

Chegamos num parque. Shawn estacionou a moto e descemos dela.

— Nossa! Você é bem simples. – sorri o encarando.

— Vem cá. – o moreno segurou em minha mão e me levou até uma árvore. Sentamos embaixo dela e ficamos observando o local.

— É tão tranquilo aqui... – sorri olhando para um chafariz logo à minha frente.

— Acho que enfim encontrei meu final feliz. – sorriu me beijando. Desvencilhei-me dele o deixando confuso.

— Shawn, não existe final feliz... – me afastei dele e abaixei a cabeça.

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