the danger knocks on the door;

JUSTIN BIEBER

Acordei com o meu celular apitando. Peguei e vi que eram nove e meia da manhã. Atendi ao telefone sem ver quem era.

— Alô?

— Justin? – era Jeremy.

— O que você quer? – resmunguei sonolento.

— Hoje, você e a Hanna começam a fazer os preparativos do casamento. O carro está te esperando na porta da sua casa. Levanta logo dessa cama e vão. – desligou o telefone sem esperar eu dizer um "ai".

Relutante, me levantei e fui para o banheiro para fazer minha higiene pessoal. Saindo do banheiro, desci as escadas e fui para a cozinha, onde vi Maria arrumando as coisas.

— Maria, chame a Hanna pra mim, por favor. – a mais velha assentiu e saiu da cozinha.

— Bom dia, senhor Bieber. – Olívia, minha outra empregada, disse me entregando uma xícara de café.

— Bom dia Olívia. – balancei a cabeça e a garota sorriu antes de sair da cozinha.

Fiquei ali observando a loira passar com aquele vestido de empregada, a tornando mais sexy ainda. Assim que Olívia saiu do meu campo de visão, Hanna apareceu. Ela passou direto sem nem olhar ou falar comigo e preparou seu café.

— Bom dia se usa, educada. – a mais nova olhou para mim e sorriu sem mostrar os dentes de um jeito forçado. — Por que demorou tanto?

— Porque eu estava me arrumando. – deu um gole em seu café e foi em direção à sala. — Vamos logo porque eu quero chegar cedo. – colocou sua xícara em cima da estante e deu tchau para Maria que limpava ali logo saindo de casa.

Depois de um tempo, finalmente chegamos ao local.

— A partir de agora você é meu amorzinho. – olhei para Hanna e sorri forçado sem mostrar os dentes. A garota fez o mesmo e saiu do carro.

Ao entrarmos no local, Hanna segurou minha mão e fomos até a recepção desse jeito.

— Bom dia, viemos aqui fazer o planejamento do nosso casamento. – Hanna abriu um enorme sorriso.

— Nome? – a mulher perguntou abrindo uma pasta em seu computador.

— Hanna Andersen e Justin Bieber.

— Ah claro! Senhor e Senhora Bieber. Me acompanhem, Natalie está os esperando para conversar sobre o bolo. – a mulher saiu de trás do balcão, nos conduzindo até uma sala.

Entramos e vi uma puta de uma gostosa sentada em uma cadeira e... Cara, como ela era gostosa.

— Bom dia sr. e sra. Bieber. – a mulher sorriu. — Sentem-se. – Hanna e eu nos sentamos no sofá logo a sua frente e a loira pegou algumas pastas que estavam na mesa logo atrás dela. — Então, como vocês imaginam o bolo de vocês? – abriu um enorme sorriso. Aquela garota era muito animada.

— Eu queria um bolo com dois andares. O que acha bebê? – Hanna olhou para mim sorridente, colocando a mão sobre minha coxa.

— Qualquer coisa que você quiser, minha linda. – lhe dei um selinho, a deixando surpresa. Para disfarçar, a garota riu, me puxando pelo braço.

— Não era pra ter feito isso... – sussurrou em meu ouvido.

— Temos que ser convincentes. – olhei para ela, tendo nossos rostos próximos um do outro.

— Então... – Natalie chamou nossa atenção.

— Ah, desculpa. É que minha mulher é assim. Adora ser tratada como a verdadeira princesa que é. – sorri assim que percebi a cara feia de Hanna.

— E ele adora que eu o trate como o verdadeiro príncipe que é. Não é, amor? – Hanna deu um cheiro em meu pescoço fazendo meus pelos ficarem todos eriçados.

— Vocês realmente se amam. – Natalie sorriu.

— Claro! Se eu não a amasse eu não estaria me casando com ela. – percebi que Hanna havia me encarado com uma feição estranha, mas ela logo sorriu forçadamente.

— Sim, meu anjo. – olhei para ela sorrindo.

Bom... Então vamos começar! – Natalie chamou novamente nossa atenção com um enorme sorriso no rosto. 

HANNA ANDERSEN

Minha cabeça estava latejando, meus ouvidos zuniam e, nem prestando a atenção no que Justin e Natalie estavam falando, eu estava. Ele estava dando sorrisos e olhares na direção dela, mas ela nem percebia. Estúpida.

Justin deslizou sua mão pela mesa até encontrar a dela, meu estômago revirou. Ele soltou uma risada apertando sua mão na dela. Num ato rápido me levantei. Minha cabeça estava rodando e tudo ao redor estava me estressando.

— Aonde você vai? Ainda falta escolher as flores e a decoração... – Natalie franziu o cenho olhando para Justin e novamente para mim.

— Eu estou sem ar com todo esse casamento. A gente conversa mais amanhã. – forcei um sorriso animado, totalmente falso. Mesmo confusa, ela assentiu. Abri a porta e fui embora.

Eu precisava de um lugar para ficar sozinha. Dei sinal para um táxi e entrei, me jogando de qualquer jeito no banco. 

Joguei meus saltos do outro lado do muro e pulei. Meu pé virou e por pouco eu não caio com a cara no chão. Sinceramente, eu nunca me imaginei pulando o muro de um playground de criança. Mas, fazer o que...

Sentei no balanço e balancei meu corpo para frente e para trás. Eu não faço a mínima ideia do que estou sentindo; em uma hora eu quero sorrir e na outra eu quero chorar. Eu não quero me sentir confusa, mas parece que eu não tenho escolha.

Senti algo gelado deslizar pela minha bochecha e descer até meu pescoço. Olhei para cima vendo várias gotas de chuva caírem. Que clichê. Invadir um playground na chuva e ficar no balanço... O que falta agora? Uma criança me empurrar do balanço e me bater?

Escutei um barulho atrás de mim e me virei para olhar o que era. Era Justin, encharcado vindo em minha direção. Ele sentou no balanço ao lado sem dizer uma palavra e começou a se balançar.

— Por que aqui? – quebrou o silêncio olhando para mim.

— Eu costumava vir aqui com a minha mãe. – sorri de canto. Eu adorava esse play por isso.

— E o que aconteceu com ela? No começo a via muito com seu pai, quando ele ia lá em casa fazer algo negócio com meu pai, mas depois eu parei de vê-la. Soube depois que ela havia morrido, mas depois de um bom tempo. – desviei meu olhar para frente.

— A verdade é que... Eu não sei. – suspirei profundamente. — Ela sumiu do nada. Não deixou bilhete, não disse tchau, não se despediu... Apenas sumiu. – rodei o balanço. As gotas pingavam mais forte agora.

— Você já pensou que ela pode estar morta de fato? – olhei de soslaio para Justin. Parece que ninguém entende os limites de alguém.

— Claro que já. Mas eu já pesquisei e não tem corpo, acidente, nome falso, vestígios... Nada que prove que ela está viva ou não. – eu detesto falar de família com alguém que já xingou minha mãe. — E você? Porque não é fã do seu pai?

— Digamos que ele não é o melhor pai do mundo. Para te falar a verdade, ele é um péssimo pai. – riu desviando o olhar de mim. — Mas o motivo principal é que ele me batia e, quando minha mãe tentava entrar no meio, ele batia nela também. Agora ele tem outros dois filhos, que você já conheceu, e eu tenho medo que ele faça o mesmo que fez comigo.

A sensação de tomar um tapa na cara dominou meu corpo. Justin se importava com alguém, ele realmente se importava com alguém. Não era aquele cara que não tinha sentimentos; mesmo sendo um babaca, tinha sentimentos. Olhei para ele. Seu rosto estava inexpressivo e seu corpo rodava de um lado para o outro no balanço.

— Eu sei como é. Meu pai batia na minha mãe e, quando ela foi embora, ele começou a bater em mim. – eu não sabia o porquê de falar assim com Justin, mas eu realmente queria falar com ele.

De repente, senti uma ardência no braço e, instintivamente, minha mão tocou o local. Tinha sangue. Um zunido tomou conta de meus ouvidos e Justin pulou em cima do meu corpo, jogando nós dois para o chão. Tudo rodava rápido demais. Meu braço doía e meus dedos estavam molhados de sangue.

— Você está bem? – perguntou preocupado. Assenti minimamente fazendo uma careta de dor. — Você não tá bem porra! Você levou um tiro! – revirei os olhos enquanto via o loiro rasgar a manga da minha blusa para enrolar no meu braço.

— Se você sabia que eu não estou bem, perguntou para que? – retruquei o seguindo em direção ao portão.

— Eu só não te dou uns tapas porque você está machucada e sangue deixa digitais. – ri de sua ameaça parando em frente ao portão. O mais velho parou ao meu lado, olhando para mim com uma sobrancelha levantada. — Parou por quê?

— Eu estou com o braço machucado e você acha mesmo que eu vou pular o muro?

Justin revirou os olhos olhando para o meu braço. Puxou sua pistola da calça e atirou no cadeado. Recuei com o barulho e passei assim que ele abriu o portão. Corri na direção do seu carro estacionado do outro lado da rua e abri a porta. Sentei-me de qualquer jeito no banco e logo em seguida Justin entrou. Ele foi rápido em pegar seu celular logo discando alguns números e colocando seu celular no suporte.

— Fala chefia! – era a voz de Drew.

— Atiraram na Hanna. – a linha ficou muda.

— Que? Como assim? Quem foi? Ela tá bem? – era estranho ver alguém que eu mal conheço tão preocupado comigo.

— Ela tomou um tiro de raspão. Acho que a bala ainda está presa no braço dela. Chama um médico e reforça a segurança na mansão. Nós já chegamos aí. – disse antes de encerrar a ligação. Justin realmente estava alarmado com tudo isso. Esperei quieta até chegarmos à mansão.

Assim que chegamos, saí do carro e entrei com um pouco de pressa. Uma mão puxou meu braço e me arrastou para o sofá. Assustei-me ao ver um homem que eu nunca vi na vida.

— Eu sou o médico. Não se preocupe. – disse retirando o pano do meu braço.

Senti uma dor no braço e olhei. O médico estava com uma pinça encostada no meu braço e outra puxando um pedaço de metal. Um grito saiu involuntariamente da minha boca assim que ele puxou o metal. Finquei minhas unhas no sofá e arranhei o mais forte que pude.

— Olha! O Wolverine rasgou o sofá com as unhas! – Vinnie riu apontando para o sofá.

— Cala boca Vinnie! – Justin o cortou, sentando-se ao meu lado e segurou minha mão. Eu até tiraria minha mão da dele, mas é melhor do que arranhar o sofá.

— Que apaixonante. – Vinnie zombou novamente olhando para nossas mãos.

— Cala boca Vinnie! – Justin e eu ficamos furiosos ao mesmo tempo. O loiro apenas levantou os braços em rendição.

— Pronto. – o médico chamou nossa atenção colocando a bala em uma bandeja. — Espera. – ele a retirou da bandeja e examinou embaixo.

— O que foi? – Justin estava confuso.

— Está escrita alguma coisa aqui... – aproximou a bala do seu rosto. — "Voltarei". – leu franzindo o cenho. Fiquei ainda mais confusa do que todos na sala. Que tipo de pessoa atira e deixa um bilhete na bala? Psicopata, é claro.

— Posso ver a bala? – Drew pediu ao esticar-se.

— Claro. – o moreno pegou a bala e a analisou cuidadosamente. — É de uma Remington M24. – colocou o objeto em um saco plástico pequeno. — Vou mandar para o Zayn ver se consegue descobrir de onde veio a arma ou de quem é.

— É de um franco-atirador. – murmurei observando o médico saturar meu machucado. Não doía mais como antes. O ambiente ficou totalmente em silêncio, exceto pelos meus gemidos de dor. Os olhares estavam focados em mim.

— Como sabe disso? – Justin franziu o cenho.

— Somente franco-atiradores tem uma M24 e, para ter feito tanto estrago mesmo pegando de raspão, deve ser modificada com certeza. Meu pai já foi militar. – fechei os olhos. Que tipo de militar gostaria de me matar?

— Ela tem razão. Eu li isso em algum lugar. – Vinnie concordou comigo saindo da sala com a evidência.

— Que ótimo! Agora tem alguém dos militares querendo te ver morta. – o loiro ao meu lado ralhou jogando a cabeça para trás.

— Morta não. Se ele me quisesse morta teria matado, era um tiro perfeito. Ele queria apenas deixar o aviso.

— Talvez. – me encarou. — Estranho... – um barulho o interrompeu. Um zunido ficou no meu ouvido e eu soube o que era. Tiros. E muitos tiros.

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oii pessoal, então eu criei uma playlist pra fic, espero que gostem. a cada cap publicado a playlist será atualizada, então recomendo que sempre deem uma olhada

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