I missed you;
Empurrei Justin e saí de cima da pia num pulo. Eu não podia deixar aquilo acontecer de forma alguma.
— Aonde vai? – perguntou confuso com o que havia acabado de acontecer.
— Não podemos fazer isso. Eu já disse. – aproximei-me da porta.
— É, mas você pode ficar com qualquer um, né? – o olhei bem na hora que ele revirou os olhos. Sabia que ele estava se referindo a Tommy.
— Ele é só um amigo Justin, você não se importa comigo. Só está mordido porque sabe que eu posso ficar com quem eu quiser, já que sou livre. – o mais velho me puxou fortemente e vi que ele estava furioso.
— Quem disse que eu não me importo com você Hanna? Esse tempo todo eu estava te protegendo. Eu te tratava como se fosse minha, eu comecei a te... Amar. – murmurou no final de sua frase, porém, deu para escutar o que ele havia dito.
Por que quando bebemos falamos coisas estúpidas? A quem diga que bêbado sempre fala a verdade, mas eu não acredito que Justin tenha dito a verdade. Eu espero que não, pelo menos.
— Olha, Justin, eu preciso ir. – me soltei dele e abri a porta.
— Como eu faço para te ter de volta? – o loiro perguntou antes de eu sair do banheiro.
— Mude e tente me conquistar de novo. Quem sabe eu volte. – saí do banheiro sem olhar para trás.
Não sei se aquela resposta havia sido boa, ou era melhor eu não ter respondido, mas eu já tinha respondido aquela coisa patética e não tinha como voltar atrás. Fui até Tommy que estava dançando com algumas garotas que roçavam nele e o puxei de lá.
— Tommy, vamos para casa.
— Agora pequena? – fez bico.
— Sim, está tarde e você já bebeu demais. – passamos entre as pessoas até conseguir sair da boate.
— Ei, o que houve? – o mais velho olhou para mim meio confuso.
— Nada. – olhei para ele e sorri sem mostrar os dentes.
— Hanna! – Thomas me repreendeu e soltou minha mão para cruzar os braços. Desfiz o sorriso e uma lágrima desceu pela minha bochecha.
— Sabe que eu não vou te dizer o que foi, não é? – enterrei meu rosto em seu peitoral. Tommy assentiu e apenas fez cafuné em minha cabeça. Ficamos assim durante um tempo até que eu resolvi parar de chorar e pegamos enfim um táxi.
Assim que chegamos em casa, vi minha mãe sentada no sofá e logo estranhei.
— Mãe? O que faz acordada há essa hora?
— Seu pai ligou. – arregalei levemente os olhos. Meu pai nunca ligou para mim. Por que só agora ele resolveu ligar?
— O que ele queria? – perguntei enquanto ela se levantava do sofá.
— Ele quer que você vá lá agora. Disse que é um assunto importante.
— Acha certo eu ir? – eu estava com receio. Aquilo era muito estranho...
— Hanna, eu não quero que você vá. Mas, se seu pai te ligou, é porque o assunto é sério. – sem dizer mais nada, corri até a porta e saí imediatamente de casa. Eu ia agora sem esperar nada, nem ninguém.
— Hanna! Espera aí! – Tommy me chamou atenção. — Quer que eu vá junto?
— Não, Thomas, é melhor não. É assunto de pai e filha e eu não quero ninguém se envolvendo. É melhor assim. – o maior assentiu e ficou comigo até eu pegar um táxi.
Durante o caminho, fiquei pensando em Justin e de como ele estaria se estivesse aqui comigo. Na certa, prepararia sua arma para me... Proteger.
Olhei para a janela e me senti arrependida por ter dito que Justin não se importava comigo. Querendo ou não, ele sempre esteve ao meu lado, fazendo do possível ao impossível para me ver bem. Um jeito bruto e estranho, mas ele sempre esteve ao meu lado.
Assim que passei pelos seguranças, entrei na mansão sem ao menos tocar a campainha.
— Filha! Que bom que veio! – Michael exclamou sorridente assim que cheguei na sala.
— Espero que seja importante. – cruzei os braços, parada na entrada da sala enquanto o observava beber vinho sentado em sua poltrona.
— Bom, eu vou direto ao assunto: eu descobri nesses últimos dias que Justin só havia se casado com você para pegar sua herança e o filho da puta do Jeremy me enganou esse tempo todo. – fingi estar surpresa com aquilo.
— Meu Deus, Michael! Eu não acredito nisso! – fui irônica.
— Você sabia disso?
— Justin me contou. Mas... O que eu tenho a ver com isso? – cruzei os braços.
— Eu quero que você se vingue dele.
— Por que você não faz isso? – fiz uma careta.
— Você sabe que eu sou muito ocupado com o trabalho. – deu de ombros.
— De qualquer jeito, não vai rolar. Eu não estou mais morando com o Justin e pedi o divórcio depois que ele deu algumas mancadas. – virei-me para ir embora.
— Então Hanna, esse é um ótimo momento para isso. Faça-o acreditar que você o quer de volta e depois o mate. – Michael despertou minha atenção fazendo com que eu voltasse para sala.
— Você sabe que eu não mato ninguém. – me apoiei na parede.
— Então faça outra coisa. Que tal o torturar do pior jeito possível?
— Talvez... – até que a ideia de Michael era boa. Em vez de torturar Justin, eu podia dar uma pequena lição nele, talvez para ele aprender que quem não deve brincar com fogo é ele e não eu.
— E então? Topa?
— Tudo bem eu topo. – me rendi. — Mas será do meu jeito. – disse antes de ir embora. Eu não sei como faria, mas precisava começar meu "plano" desde já.
Terminei de pôr minha calça preta justa ao meu corpo, ajeitei minha camisa social branca que era um pouco grande em mim e botei meu salto alto. Desci as escadas e fui para fora de casa, onde estava minha mãe me esperando no carro.
— Tem certeza que quer fazer isso? – olhei para Tommy que estava encostado no batente da porta, sem camisa e com o short abaixado, sendo possível ver a barra de sua cueca. O sol estava forte e, como seus olhos eram claros, eles estavam semicerrados.
— Sim, Tommy. Eu preciso fazer isso. – me aproximei dele.
— Hanna, vingança não é uma coisa boa. – o mais velho descruzou os braços.
— Isso não é uma vingança. Fica tranquilo. – fiquei na ponta dos pés para bagunçar seu cabelo. — Eu preciso ir, minha mãe está atrasada. Você vai ficar sozinho hoje. Nada de trazer putas para cá. – beijei sua bochecha.
— E você quer que eu fique só na bronha? – riu. Dei dedo para ele e entrei no carro.
— Está pronta? – minha mãe perguntou.
— Sim. – suspirei profundamente. Minha mãe deu a partida e eu apoiei minha cabeça no banco olhando para a janela. Eu só podia estar louca.
JUSTIN BIEBER
Tinha acabado de tomar um banho e, como estava calor, optei em ficar apenas de short. Desci as escadas e fui para a cozinha tomar café da manhã.
— Caiu da cama? – Vinnie perguntou assim que entrei na cozinha.
— Cadê o Zayn? – ignorei sua pergunta e me sentei à sua frente.
— Eu liguei várias vezes para ele e ele não atendeu. Pelo jeito deve ter ido pra casa dele dormir. – deu um gole em seu café.
Apesar dos meninos morarem junto comigo, cada um também tinha sua casa. Quando eles não estavam aqui, com certeza estavam em suas casas querendo um pouco de privacidade ‒ até porque morar junto com quatro caras e se ver todos os dias, às vezes cansa né.
— Foi boa a boate ontem?
— Não. Eu acabei encontrando a Hanna. A vi com outro, quase transei com ela no banheiro e me "declarei" para ela no final. – suspirei colocando um pouco de café em minha xícara e logo dei um gole.
— Cara, você estava muito chapado ou o quê? Qual é a sua demência? – o loiro riu.
— Eu não sei. Só sei que eu passei a noite toda pensando nela. – escutei o barulho da campainha e fiz sinal para Vinnie atender enquanto eu tomava meu café.
— Justin. – escutei uma voz feminina. Olhei para trás e vi que era Hanna.
— O que faz aqui? Pensei que não quisesse mais me ver. – levantei-me
— Eu preciso falar com você...
— Cadê o Vincent? – olhei atrás dela, tentando encontrar o meu amigo.
— Ele saiu. Disse que precisava fazer algo e ia à casa do Zayn. Agora, me escuta. – se aproximou de mim. A loira parou em minha frente e enterrou suas mãos no bolso de sua calça. — Eu quero te dar mais uma chance. – meus olhos brilharam assim que ela disse aquilo mas, antes que eu pudesse dizer algo, Hanna me interrompeu. — Mas fique sabendo, Justin, que essa será sua última chance. Se você pisar na bola de novo, acabou para sempre. – sem hesitar, a peguei pela cintura e a coloquei em cima do balcão da cozinha.
— Pode ter certeza que eu não desperdiçarei essa chance. – a beijei. Hanna passou seus dedos entre meu pescoço e meus pelos ficaram eriçados.
— Espero. – retirou meu short com seus pés.
— Minha rainha. – retirei sua calça a deixando somente com sua camisa.
— Rainha? – riu confusa.
— Sim. Ou prefere Sra. Bieber? – sorri.
— O que você quiser. – me puxou para mais junto de si pelo pescoço. Derrubou tudo do balcão no chão, o deixando livre e me prendeu entre ela com seus pés, mordendo seus lábios. — Agora as coisas serão do meu jeito. – murmurou durante o beijo.
— O que quer dizer com isso? – Hanna se soltou de mim e desceu do balcão num pulo. Retirou seu salto e o jogou no chão, ficando perto da entrada da cozinha.
— Se quiser, venha me pegar. – correu para as escadas e correu para o andar de cima. Eu não acredito que ela queria fazer joguinhos. Sorri e subi as escadas atrás dela. Eu sentia falta de sua alegria nessa casa.
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