i'm not jealous;

— Eu não sou seu pai Hanna? – Michael perguntou irritado segurando fortemente em meus pulsos.

— Está me machucando. Me solta! – grunhi entre dentes. Michael lançou um olhar de fúria e me soltou logo colocando suas mãos no volante.

— A quem eu quero enganar? Eu já te perdi faz tempo...

— Michael... Você bebeu? – aproximei-me um pouco mais do banco do motorista e coloquei minha mão sobre seu ombro.

— Eu só queria ter uma boa relação de pai e filha, mas eu estraguei tudo como sempre. Acho melhor você ir ver como o Justin está. – destravou as portas do carro e continuou a olhar para frente. E, pela primeira vez, eu o compreendi e senti pena.

— Eu só vou se você for também. Pai. – sequei as lágrimas que ainda insistiam em cair em meu rosto. O mais velho me encarou surpreso. — Acho que está na hora de perdoar. – sorri de canto e ele sorriu grato. Abri a porta do carro e saí enquanto Michael fez o mesmo.

Ele já ia caminhando em minha frente, quando eu o parei e lhe dei um abraço. Creio eu que Michael ficou sem reação, pois demorou alguns minutos para corresponder o mesmo. Assim que desgrudei-me do abraço, andei em passos apressados até onde havia deixado Justin e, por sorte, lá estava ele. Seu rosto estava horrível por causa dos socos que Michael havia lhe dado e ele estava sentado no chão, parecendo estar triste. Corri em sua direção e me ajoelhei ao seu lado logo lhe abraçando.

— Justin! Você está bem? – segurei em seu rosto e ele gemeu de dor.

— Um pouco e você? – respondeu com um pouco de dificuldade.

— Eu estou melhor agora que voltei. – o ajudei a levantar. Justin olhou para o lado e viu Michael. Seus punhos se fecharam e ele avançou para cima do mais velho.

— Seu desgraçado! Eu vou te matar!

— Justin! Não! – me coloquei na frente dele, impedindo que ele se aproximasse do meu pai. — Está tudo bem comigo. Não precisa bater nele.

— Está tudo bem? ESTÁ TUDO BEM? Hanna, esse filho da puta me bateu e quase te tirou de mim e você ainda diz que está tudo bem?

— Eu o perdoei Justin, assim como também te perdoei. – o empurrei para trás. — Assim como você, Michael também pisou na bola e, acredite em mim, o que ele fez comigo foram coisas bem piores do que você já tenha feito! – exclamei irritada. — Por que você merece ser perdoado e ele não? – o loiro olhou para baixo e passou a mão em sua nuca, parecendo estar desconfortável.

— Michael você vai ficar aqui na Califórnia? – olhei para ele tentando mudar de assunto.

— Sim, sim, mas não precisa ficar preocupada. Eu já tenho onde ficar. – assenti sorrindo.

— Ela não se preocupa com você, seu otário. Ela só é educada. – Justin desviou seu olhar para o outro lado da rua. Dei um tapa em sua cabeça e voltei a olhar para Michael.

— Tudo bem. Se precisar de algo é só me ligar. – Michael assentiu e foi embora logo sumindo do meu ponto de visão. — Vamos para o hotel, senhor encrenca. – o dei um selinho.

— Eu sou o encrenca? Ele que me bateu! – começou a reclamar como uma criança.

— Quantos beijos eu preciso te dar para você se calar? – revirei os olhos e segurei em sua mão.

— Para calar minha boca precisa muito mais que beijos...

— Pensarei no seu caso. – o puxei fraco para atravessarmos a rua e logo chegamos ao hotel.

Assim que cheguei no quarto, joguei-me na cama enquanto Justin foi tomar um banho para limpar o sangue e, talvez, desinchar um pouco seu rosto. Fiquei olhando para o teto até que o loiro me chamou no banheiro. Levantei-me e fui até ele.

— Hanna, me ajuda a tomar banho? – olhei para o teto e ri fraco. — Por favor Han, eu estou dodói. – fez uma voz de bebê.

Depois de alguns minutos pensando, me despi e entrei no box ‒ que não era muito grande, mas também não era apertado. Justin segurou em minha cintura e eu passei as mãos sobre seus braços. Ele me encarava de uma forma diferente enquanto eu passava o sabonete sobre seu machucado, tomando cuidado com alguns outros machucados de seu corpo.

— O que foi? – ri enquanto guardava o sabonete na saboneteira.

— Eu gosto de olhar pra você. – corei imediatamente. Justin se aproximou para me beijar, porém eu desviei e tampei seu rosto ‒ o que não deu muito certo, já que o loiro deu uma mordida na palma de minha mão, fazendo com que eu as retirasse de seu rosto. Prensou-me na parede e molhou meu cabelo.

— Justin! – beijou-me e eu apenas me envolvi.

O beijo estava ficando cada vez mais quente. O mais velho encaixou minhas pernas em seu quadril e me levantou, logo penetrando em mim. Dei um gemido, segurando em seus ombros e Justin começou a dar leves estocadas que logo foram ficando cada vez mais fortes. Mordia meu lábio inferior para conter os gemidos enquanto ele mamava um de meus seios.

— Oh, Hanna. – gemeu com uma voz rouca dando várias estocadas. Meu corpo estremeceu indicando que meu ápice estava prestes a chegar. Segurei em sua nuca e selei meus lábios aos seus, formando um beijo. Dei uma mordida em seu lábio inferior e meu ápice chegou junto com o seu. Justin me pôs no chão e terminamos nosso banho normalmente.

Depois do banho, coloquei uma lingerie preta de renda e uma blusa branca social de Justin, pois estava com preguiça de pegar meu pijama. O garoto colocou sua calça moletom e ficou sem camisa.

A noite na Califórnia era calma e perfeita, o vento gelado que vinha da varanda fazia o quarto ficar fresco ‒ tanto que nem fizemos questão de ligar o ar-condicionado. Joguei-me na cama onde Justin já estava deitado e deitei-me ao seu lado. O loiro entrelaçou suas mãos às minhas e eu encaixei meu rosto na curvatura de seu pescoço.

— Boa noite. – Bieber murmurou após um selinho.

— Boa noite. – sorri não demorando muito para adormecer.

JUSTIN BIEBER

O barulho das ondas do mar me acordou e, ainda relutante, abri meus olhos lentamente. A luz forte do sol ofuscou em meus olhos fazendo com que os piscasse para me acostumar com a claridade.

Era tão bom pela primeira vez na minha vida acordar em paz, sem me preocupar com o trabalho ou com alguém que queira me matar. Olhei para o lado e vi Hanna dormir docilmente. Ela parecia um anjo dormindo.

Levantei-me com cuidado para que não a acordasse e abri a porta de correr que dava para a varanda. Fiquei ali por um tempo observando a paisagem onde haviam algumas pessoas correndo, outras malhando e algumas passeando. Logo, senti braços se entrelaçarem em minha cintura e ouvi uma risada pouco abafada.

— Bom dia. – ri e virei-me para Hanna. Coloquei minhas mãos em seu rosto e lhe dei um selinho.

— Bom dia. Dormiu bem? – a puxei para mais perto de mim pela cintura. A loira assentiu sorrindo. Hanna ficava tão linda quando sorria. A beijei enquanto a prensava contra a grade. O beijo estava ficando cada vez mais intenso até que a porcaria do meu celular começou a tocar. Parei o beijo e olhei em direção ao quarto logo voltando meu olhar para Hanna.

— Acho melhor você atender. Deve ser importante. – sorriu e eu bufei. Entrei no quarto e peguei meu celular, que tinha o nome de Drew escrito na tela.

— Fala Drew.

— Atrapalhei algo? – o garoto perguntou do outro lado da linha.

— Não, pode falar. – sentei-me na cama e olhei para a varanda, onde Hanna estava pendurando-se na grade. Claro que atrapalhou, mas eu não estava fazendo algo tão importante assim... Ainda.

— Sabe, Justin, eu não quero te irritar nem nada, mas você já sabe o que fazer com a Emily? Sério cara, eu estou cansado de jogar "adivinha o que eu estou pensando" com ela.

— Olha Drew, tenha um pouco de paciência. Cadê o Vinnie?

— Ele já está lá com aquela vadia ruiva. – respirou fundo. Sei que estavam cansados de Emily, mas o que eu podia fazer?

— Me dê mais um tempo. Prometo que logo, logo pensarei no que fazer com ela. – mal foi eu dizer isso e Hanna pegou o celular de minhas mãos, correndo para o outro lado da cama. — Hanna devolve!

— Oi Drew! Tudo bem? – sentou-se na cama e apoiou seu braço esquerdo no colchão. — Ah, eu estou ótima! – estiquei-me na cama e comecei a puxar seu braço para que a mesma devolvesse meu celular. Porém, a loira enfiou as unhas em minha mão e eu a soltei rapidamente. Aquela garota tinha as unhas tão afiadas que parecia até o Wolverine. — Não, tudo bem. Mas eu tenho uma ideia do que fazer com Emily. – arregalei meus olhos perplexo. Hanna me olhou de canto e se sentou numa poltrona que havia no quarto. — Eu quero que vocês a vendam para algum cafetão amigo de vocês. Sei que vocês conhecem um e quero que me deem a certeza que ela sofrerá o mesmo que eu sofreria se Justin não tivesse me salvado... Absoluta. Assim como ela me disse, eu torno a dizer: "eu quero o melhor para ela. Putas merecem estar no trabalho".

— Tudo bem então, chefia. – foi a única coisa que consegui escutar Drew dizer. Andersen encerrou a ligação e se levantou da poltrona.

— Tem certeza que quer fazer isso? – perguntei me sentando na cama.

— Sim Justn. Eu tenho certeza. – foi fria enquanto se ia em direção ao banheiro. A puxei pela cintura e comecei a fazer cócegas em sua barriga. Hanna caiu na cama e começou a se contorcer enquanto dava risadas. — Para Justin. – pediu vermelha já sem fôlego.

— Não vamos deixar Emily estragar nossa viagem, sim? – a soltei e mexi em seu cabelo.

— Não vamos. – a mais nova subiu em cima e beijou um canto da minha boca logo saindo de cima de mim e foi para o banheiro.

Depois de Hanna ter saído do banheiro, eu entrei para tomar um banho. Coloquei um short simples preto e uma camisa branca. Saí do banheiro e lá estava ela me esperando. A loira usava um short jeans e uma regata branca. Pela regata ser branca dava para ver o biquíni que usava, que era azul.

— Vamos? – perguntou pegando o boné que segurava. Assenti com a cabeça e saímos do quarto.

Depois de termos comido num quiosque na praia, resolvemos dar uma volta. Passeávamos perto da praia até que uma garota morena que fazia corrida passou por mim e sorriu. Irritada, Hanna me empurrou fazendo com que eu caísse em cima da garota.

— Me desculpe. – saí rapidamente de cima dela.

— Tudo bem. Meu nome é Angel. – a morena se apresentou enquanto eu estendia minha mão para ajudá-la a se levantar.

— Justin. – sorri. Comecei a conversar com a garota e, pelo jeito, Hanna não gostou nem um pouco.

— Temos que ir Justin. – me puxou pelo braço pondo fim em minha conversa com Angel.

— Até Justin. – Angel sorriu enquanto acenava e logo voltou para sua corrida.

— Ciumenta. – ri em seu ouvido e ela bufou, andando na minha frente. Eu achava graça quanto Hanna sentia ciúmes. Ela sentia ciúmes por motivos tão bobos...

— Eu sou ciumenta? Se um garoto me paquerasse na rua você também não ia gostar. – andou um pouco devagar para que eu a alcançasse. Olhei para o lado e mordi meu lábio para não sorrir. Hanna olhou para os lados e sorriu ladina, logo indo em direção a uns garotos que estavam conversando.

— Hanna, o que você vai fazer? – perguntei, mas não obtive resposta, já que ela já estava ao lado dos garotos.

Os vi lançarem olhares para Hanna e a mesma dar risadas. Um deles segurou em sua cintura ficando bem próximo dela. Meu sangue ferveu na hora.

— Hanna temos muito o que fazer. Vamos. – aproximei-me deles seriamente. A mais nova olhou para mim e apenas riu, voltando a olhar para os garotos.

— Quem é você? – um deles perguntou.

— Ah... Eu sou apenas o namorado dela. – sorri sem mostrar os dentes de forma debochada. Puxei Hanna pelo braço e saímos dali, indo para um lugar mais distante deles.

— Quem é o ciumento agora? – a garota riu se desgrudando de mim.

— Eu não sou ciumento. Apenas protejo o que é meu. – murmurei desviando o olhar para o outro lado. A mais nova virou meu rosto para que eu olhasse para ela e me beijou.

— Ai, meu amor, você é mais ciumento que eu. – riu durante o beijo. De repente a garota olhou para frente e acenou me deixando confuso. — Calma aí. Os meninos estão me chamando de novo. – se desgrudou de mim. A segurei pelo braço, impedindo-a de sair dali.

— Não! Você vai ficar aqui comigo. – fui ríspido e Hanna riu alto.

— É brincadeira Bieber. Vem, vamos aproveitar o dia. – sorriu segurando em minha mão e correu até a praia.

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